Crença, a base do conflito
"... Assim a nossa pergunta é: «será possível a mente libertar-se da crença e do conhecimento acumulado?» Não terá a mente por base esse conhecimento e essa crença? Não será a estrutura da mente esse conhecimento e essa crença? A crença e os conhecimentos são os processos do (re)conhecimento, o centro da mente. O processo é limitador, é consciente e é também inconsciente. Poderá a mente libertar-se da sua própria estrutura? A mente poderá deixar de existir, tal como a conhecemos? É esse o problema. Tem na sua base a crença, o desejo, o impulso para estar segura, conhecimentos e acumulação de força. Se com todo este poder e superioridade, uma pessoa não é capaz de pensar por si mesma, não pode haver paz no mundo. Pode-se falar de paz, podem-se organizar partidos, pode-se gritar do alto das casas; mas não pode haver paz; porque na mente está a propria base que cria contradição, que isola e separa. Um homem pacífico, um homem sério, não pode isolar-se e ao mesmo tempo falar de fraternidade e de paz. Isso é apenas um jogo, político ou religiosos, um modo de obter o que se deseja e ambiciona. Uma pessoa que sente realmente interesse pela fraternidade e pela paz, que quer descobrir, tem de encarar este problema do conhecimento acumulado e da crença; tem de estudá-lo a fundo, para descobrir todo o processo do desejo em ação, o desejo de estar seguro, o desejo de estar certo.
Para se encontrar num estado em que o NOVO possa acontecer - seja a Verdade, Deus,(A Paz) ou o que quisermos -, a mente deve deixar, certamente, de adquirir, de acumular; tem de pôr de lado todos os conhecimentos. A mente carregada de conhecimentos não pode, seguramente, compreender o que é Real, o que é Imensuraável".
Pág. 61 de: "O Sentido da Liberdade", de Krishnam., da E. Presença, Lisboa
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