Friday, May 28, 2010

A tão propalada crise de que todos os dias falam nos meios de comunicação e em quase todo o lado parece ter as características não de uma crise real, mas antes de uma crise inventada, de palavras, de ideias e teorias. Pois, quando há mesmo uma crise real, de saúde, por exemplo, a nossa reação é diferente. Não ficamos nós, numa destas crises verdadeiras completamente atentos de uma atenção e cuidado profundos de olhos, nervos, ouvidos e coração, uma atenção e um cuidado de todo o nosso ser? Não há, nem é preciso haver, na crise verdadeira, ninguém para nos dizer o que fazermos.Cessa então todo o tempo (ou somos totalmente um com ele), e, o cuidado e a atenção são extremos. E, com esta atenção e cuidado totais, em que o pensamento cessa, uma percepção imediata, espontânea surge, seguida da ação perfeita e correta.Entretanto, no momento em que começamos a pensar na crise, mesmo na verdadeira, todo o erro, medo e sofrimento retornam. Compreender a completa natureza das crises, não medidas de austeridade ou outras idênticas, é a única maneira de elas acabarem.

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