Tuesday, May 11, 2010

“… Quando a mente está realmente tranquila, então é possível que aquilo que é imensurável se manifeste. Qualquer outro processo, qualquer outra busca da Realidade é mera autoprojeção, é ineficaz e portanto falsa. Mas este processo é árduo e significa que a mente tem de estar constantemente atenta a tudo o que interiormente está a acontecer. Para chegar a esse ponto, não pode haver julgamento ou justificação desde o princípio até ao fim – não que esse ponto seja um fim. Não há fim, porque há algo que extraordinariamente está em movimento. Isto não é nenhuma promessa. Cada um que experiencie, que vá bem ao fundo dentro de si, até que todos os níveis do centro estejam dissolvidos, e nós podemos fazer isso rapidamente ou, pelo contrário, indolentemente. É extremamente interessante reparar no processo da mente, em como ela depende de palavras, em como as palavras estimulam a memória ou ressuscitam experiências mortas e lhes dão vida. Nesse processo a mente vive, ou no futuro ou no passado. Portanto, as palavras têm um enorme significado, tanto neurologicamente como psicologicamente. E, por favor, não aprendam isto a partir de mim ou de um livro. Não podemos aprender estas coisas a partir de alguém ou descobri-las em algum livro. O que aprendemos ou encontramos num livro não e verdadeiro. Mas nós podemos experienciar, podemos observar-nos em ação e, no ato de pensar, como pensamos, podemos ver como rapidamente damos um nome a um sentimento assim que este surge – e se olharmos todo o processo, a mente libertar-se-á do seu centro. Então, a mente, estando quieta, pode receber aquilo que é eterno.” K

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