“ Nenhuma pílula dourada chegará alguma vez a resolver os problemas humanos; estes só podem ser resolvidos produzindo uma revolução radical na mente e no coração do homem. Isso exige um trabalho árduo e constante, muita observação e atenção; exige que sejamos diligentes nesse sentido, e imensamente sensíveis. A mais elevada forma de sensibilidade é também a suprema inteligência; jamais droga alguma inventada pelo homem – em tempo algum – pode conferir essa inteligência. Sem esta inteligência não pode haver amor, pois o amor é relação. Sem essa capacidade de amar, o homem jamais pode obter um equilíbrio dinâmico. Tal amor não pode ser dado – seja pelo sacerdote, seja pelos deuses, filósofos ou qualquer droga dourada.
Existir (com E muito grande), significa ser um estranho, não pertencer a nenhuma crença, nem dogma, religião ou nação. É essa solitude (estado de privacidade) que vai ao encontro de uma inocência que jamais foi tocada pela malícia do homem. Tal é a inocência com que se pode viver no mundo, por entre todos os seus tumultos, sem no entanto lhe pertencermos. Não se reveste ela de nenhuma forma particular. O florescimento da bondade não está em nenhum caminho, porque não há caminho para a verdade.
Meditação é o descobrimento do novo; o novo está acima e além do passado repetitivo e a meditação constitui o término dessa repetição. A morte que essa meditação ocasiona é a imortalidade do novo. O novo não se encontra na área do pensamento, e a meditação é o silêncio do pensamento. A meditação não é uma aquisição, como não o é a captura de uma visão, nem a excitação da sensação. É como um rio, indomado, transbordante e ligeiro na sua corrente. É a música sem som; não pode ser domesticada nem utilizada. É o silêncio em que o observador tem fim no próprio começo.
Meditação é o estado mental que encara tudo com completa atenção, de modo total e não só em partes. “ – K.
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