Morte é a cessação de todas as coisas conhecidas.
E, viver é pôr fim à luta perene para achar no que está sempre a mudar, algo que continue a existir. Viver é conhecer o incognoscível, o estado mental de morte enquanto vivos: é pôr de lado todas as descrições lidas, ouvidas ou ditadas pelo nosso desejo inconsciente de conforto, e, provar ou experimentar agora mesmo aquele estado extraordinário. Experimentando tal estado agora, viver e morrer são a mesma coisa.
Vivendo com o "eu" sempre terminando agora, vivendo sem eu, portanto, não fazem mais sentido as perguntas sobre a morte e a continuidade. A pessoa que morre e reencarna a cada momento, que não se preocupa com a continuidade, é a que não cessa...
Há uma coisa mais urgente e mais importante do que sabermos se reencarnamos no futuro: é morrermos e reencarnarmos para o eu a cada momento. A continuidade não leva à imortalidade: só o que finda se renova, só o que nasce, morre e renasce é imortal!... Imortal é aquele(a) em que o tempo, como continuidade do eu, não existe!
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