Monday, December 08, 2008

Ptirra 25
Comentários de Rav Laitman:
Cada nova luz é bilhões de vezes mais intensa que a precedente. Por isso, cada nível subseqüente é percebido como um mundo totalmente diferente. Em nosso mundo, nós não temos tela alguma, nós não podemos ver a luz que está diante de nós. A pessoa somente pode vê-la com a ajuda da Luz Refletida (a Or Chozer), e somente na medida em que Malchut a reflete.Porém, estudando Kabbalah, nós estimulamos a Or Makif até que ela crie em nós o Kli primário, Keter, em que nós receberemos instantaneamente a Or Nefesh. Esse estado significa o nosso nascimento espiritual, cruzando a barreira (o Machsom) entre nosso mundo e o mundo espiritual. Isso significa que nós estamos no nível mais baixo do mundo de Assiyah.Continuando o trabalho em nossa correção, nós adquirimos a próxima tela da Aviut Alef e recebemos a luz Ruach. A seguir, adquirimos as telas para os Kelim Bet, Guimel e Dalet e correspondentemente, recebemos as luzes Neshamah, Chayah e Yechidah. Agora, todas as luzes estão em seus lugares corretos.Como podemos instalar uma tela? Se eu pudesse conhecer e sentir minhas propriedades egoístas hoje, eu correria para longe das correções! Não há nada que meu egoísmo odeie mais do que a tela. Porém, eu não posso escapar do espiritual, pela simples razão de que meu próprio egoísmo não compreende minhas propriedades. Tal estado inicial, ‘inconsciente’, é criado deliberadamente de modo que nós não possamos sentir a espiritualidade, mas possamos aspirar por ela, em razão da curiosidade e do desejo de melhorar nosso futuro.Assim, o principal consiste em cruzar a barreira apesar de nossa própria natureza. Isso acontece inconscientemente; o homem não sabe ao que está se dirigindo, ou quando isso poderá acontecer. Após cruzar o Machsom, o homem começa a ver que, até aquele momento, ele estava em um estado semelhante ao sonho.Dois processos precedem a travessia do Machsom, o primeiro sendo a compreensão do próprio mal. O homem começa a entender o quanto o seu egoísmo é nocivo para ele. O segundo processo consiste na compreensão de que a espiritualidade é muito atraente, e que não há nada mais valioso, magnífico ou eterno do que isso.Esses dois pontos opostos (a compreensão do mal e a atração pelo espiritual) se unem na pessoa comum para criar o nível zero. Na medida em que ela avança espiritualmente, esses pontos começam a se mover para longe um do outro. Ao mesmo tempo, a espiritualidade se eleva aos olhos do homem, enquanto seu egoísmo é percebido como o mal.Essa diferença entre a própria apreciação pela espiritualidade e a crítica ao próprio egoísmo torna-se tão tremenda que provoca um grito interior, uma exigência de solução para o problema. Se esse grito interior alcança a intensidade necessária, a tela é dada à pessoa pelo alto.O estudo do egoísmo, sua correção e seu uso apropriado, constituem toda a jornada do homem desde o estado inicial até o fim (o Gmar Tikkun). Nos mundos espirituais, o homem continua a estudar seu egoísmo em cada nível. Quanto mais alto nós ascendamos, mais egoísmo é adicionado a nós, de modo que trabalhando com ele, nós sejamos capazes de transformá-lo em altruísmo.Tudo o que dizemos é visto sob a perspectiva da criação. Nós não podemos dizer nada sobre o Criador, pois nós não sabemos realmente quem Ele é. Em um nível pessoal, eu somente sei que Ele é percebido em minhas sensações. Somente filósofos têm tempo para especular sobre algo que nunca será atingido. Por isso, essa ciência degenerou-se completamente.A Kabbalah opera somente com aquilo que os Kabbalistas sentiram, atraíram muito precisamente para si mesmos, e relataram para nós em uma linguagem especial, a linguagem Kabbalista. Qualquer um pode reproduzir esse processo internamente como se fosse um experimento estritamente científico.O instrumento de tal experimento é a tela que o homem precisa criar no ponto central de seu próprio egoísmo; esse ‘Eu’ se desenvolve com a ajuda do método chamado Kabbalah.Há duas espécies de tela. A primeira se posiciona na frente do Kli, no Peh do Partzuf, isto é, em Malchut de Rosh. Ela reflete toda a luz, como se estivesse de guarda quanto à implementação do TA. A segunda tela recebe a luz; ela trabalha com a Aviut que está posicionada em Malchut de Guf. Ela absorve todo o egoísmo que possa ser transformado em recepção em prol do Criador.Geralmente, a tela está sempre em Malchut, o ponto mais baixo do Partzuf. Reflexão e recepção são duas das suas ações. A primeira forma o Rosh, enquanto a segunda forma o Guf do Partzuf. Para mais detalhes, vejam a parte 3 (‘Histaklut Pnimit’), capítulo 14, página 5 do ‘Estudo das Dez Sefirot’.

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