Sem doenças, sem sofrimento
de nenhum ser: este caminho
sublime, mais o do gozo do ninho
e do voar eterno, intento.
Pai, rogo-te pelo Elias
e por todos os que sofrem.
Os que morreram estão no que fizeram e são espíritos ou outros seres.
Eu sou o que sou agora
Cada um temos/somos parte de Deus que é todos nós
Se deixarmos de matar deixa de haver morte: tão simples como isto.
Se deixarmos de desejar o sofrimento e a morte seja de quem quer que for, seja de que ser for, também ajuda muito à cessação da dor e da morte; se desejarmos e fizermos tudo ao nosso alcance para que todos os seres e pessoas sejam deveras felizes, então haverá muito gozo e felicidade.
Nós não tomamos partido, clube, associação, igreja, família, país, ou qualquer outro grupo: somos mesmo de todos os seres, mesmo que possa não o parecer.
Os que estão por nascer estão nas sementes de mães e pais por nascer (espíritos) e nos nascidos.
Deus é espírito e matéria.
Monday, December 29, 2008
Sunday, December 28, 2008
GRANDE E BELA
.
Da chuva as gotas ouvir,
fazendo musicais notas...
No aconchego não das botas,
mas do prazer do sentir.
.
Activar corpo de prazer,
lembrando os bons momentos,
mantendo os bons intentos,
cumprindo o bom dever.
.
Não no futuro, amiga,
mas Agora, vamos embora,
construir, grande, sem demora,
e divino, sem barriga.
.
Nascemos do mui vulgar,
ascendemos ao erudito;
e, como já temos dito,
voltemos mui ao Lugar.
.
Da chuva as gotas ouvir,
fazendo musicais notas...
No aconchego não das botas,
mas do prazer do sentir.
.
Activar corpo de prazer,
lembrando os bons momentos,
mantendo os bons intentos,
cumprindo o bom dever.
.
Não no futuro, amiga,
mas Agora, vamos embora,
construir, grande, sem demora,
e divino, sem barriga.
.
Nascemos do mui vulgar,
ascendemos ao erudito;
e, como já temos dito,
voltemos mui ao Lugar.
COMPROMISSO
.
Não é o bem vencer
o mal... Que sol brilhante
sobre o grande mar, Cantante:
viva corpo de prazer!
.
Passar pelas brasas,
paz que excede entendimento,
pouca reacção, conhecimento...
Vê se não te atrasas.
.
Prazer da beira-mar,
do calor, do frio, do verdadeiro
amigo, da Luz, do palheiro
com o burro, do amar...
.
Que silêncio tão bom,
com dois pares de meias
quentes: el rei dom
Sebastião, filho, a-mei-as!
.
Tiro camisola e ponho
roupão: todo quente...
Lembro o que disseste, não sonho
nem penso até que rebente.
.
Que gozo ajudar uma
árvore, uma pessoa a nascer...
Até uma pessoa que fuma.
Compromisso entre bom e mau ver.
.
Foi prova gastronómica,
foi dar e receber:
é força económica,
é canto a valer.
.
Não me sais do pensamento,
amiga, amigo: tua alma
gémea em cada momento
busca e rcorda, Calma!
.
Há mais do que uma gémea
alma: para isto, além,
aqui, para aquilo: teme-a
sem medo e ela vem.
.
Aquele dinheiro
daquela cortiça
foi santo: sobreiros
semeio sem preguiça.
.
Deixa, Monteargil amado,
florestar-te com montado,
com souto até: acrescentado
está teu nome de louvado.
.
Extraordinário,
Terra Preta, vinho,
António, dinário,
glorioso, Minho...
.
LIVE LIFE
.
Don't criticize,
don't react too much,
say yes to big size,
live life with touch.
.
VIVE A VIDA
.
Não critiques,
não reajas demasiado,
diz sim ao tamanho grande,
vive a vida com toque.
.
Não é o bem vencer
o mal... Que sol brilhante
sobre o grande mar, Cantante:
viva corpo de prazer!
.
Passar pelas brasas,
paz que excede entendimento,
pouca reacção, conhecimento...
Vê se não te atrasas.
.
Prazer da beira-mar,
do calor, do frio, do verdadeiro
amigo, da Luz, do palheiro
com o burro, do amar...
.
Que silêncio tão bom,
com dois pares de meias
quentes: el rei dom
Sebastião, filho, a-mei-as!
.
Tiro camisola e ponho
roupão: todo quente...
Lembro o que disseste, não sonho
nem penso até que rebente.
.
Que gozo ajudar uma
árvore, uma pessoa a nascer...
Até uma pessoa que fuma.
Compromisso entre bom e mau ver.
.
Foi prova gastronómica,
foi dar e receber:
é força económica,
é canto a valer.
.
Não me sais do pensamento,
amiga, amigo: tua alma
gémea em cada momento
busca e rcorda, Calma!
.
Há mais do que uma gémea
alma: para isto, além,
aqui, para aquilo: teme-a
sem medo e ela vem.
.
Aquele dinheiro
daquela cortiça
foi santo: sobreiros
semeio sem preguiça.
.
Deixa, Monteargil amado,
florestar-te com montado,
com souto até: acrescentado
está teu nome de louvado.
.
Extraordinário,
Terra Preta, vinho,
António, dinário,
glorioso, Minho...
.
LIVE LIFE
.
Don't criticize,
don't react too much,
say yes to big size,
live life with touch.
.
VIVE A VIDA
.
Não critiques,
não reajas demasiado,
diz sim ao tamanho grande,
vive a vida com toque.
ACONCHEGADOR
- Calor aconchegador,entendedor, presenciador...
- Pouco agitador,tranquilidade interiore exterior...
- Cuidado enternecedor...- Pouco matador,parador.
- Muito duradouro, muito feliz, com a Vida,
com as melhores formas,com o Ser que assume formasimortais...
- Pouco preso,pouco teso,leve, sem muito peso,com poucas cargas,
des- pre- ocupado,não imolado,não violado.
SENTIDOS TODOS
Exercita, concentrado,
os sentidos todos:
ouvido e som mostrado,
nariz e cheirado
cheiro, sexto sentido...
Lembranças de alma:
suor, tabaco, pão com queijo,
pinhões com mel... Não exagerado...
Lareira, calor recuperado,espaço quadrado.
Henrique, bem temperado, montado...
Código genético,ressuscitar não frenético,não patético.
Clonagem, vida eterna,Gedeão, comida materna...
Nicolau Granado,tudo muito bem arrumado,cavado...
Campo contemplado,não abandonado,não explorado.
Com boné ao sol sentado.Com respeito.
- Calor aconchegador,entendedor, presenciador...
- Pouco agitador,tranquilidade interiore exterior...
- Cuidado enternecedor...- Pouco matador,parador.
- Muito duradouro, muito feliz, com a Vida,
com as melhores formas,com o Ser que assume formasimortais...
- Pouco preso,pouco teso,leve, sem muito peso,com poucas cargas,
des- pre- ocupado,não imolado,não violado.
SENTIDOS TODOS
Exercita, concentrado,
os sentidos todos:
ouvido e som mostrado,
nariz e cheirado
cheiro, sexto sentido...
Lembranças de alma:
suor, tabaco, pão com queijo,
pinhões com mel... Não exagerado...
Lareira, calor recuperado,espaço quadrado.
Henrique, bem temperado, montado...
Código genético,ressuscitar não frenético,não patético.
Clonagem, vida eterna,Gedeão, comida materna...
Nicolau Granado,tudo muito bem arrumado,cavado...
Campo contemplado,não abandonado,não explorado.
Com boné ao sol sentado.Com respeito.
Tuesday, December 23, 2008
Monday, December 22, 2008
"Democracia Ateniense
No conjunto das cidades-Estado gregas, Atenas ocupava um lugar destacado. Para além do seu poderio económico e militar, a polis ateniense tornou-se num brilhante centro cultural e político. Um dos aspectos que mais contribuíram para o prestígio da cidade foi a sua original forma de governo. Os Atenienses chamaram-lhe democracia. Este sistema democrático não se implantou facilmente. Os direitos dos cidadãos: insomomia, isocracia e isegoria Fundamento dos regimes democráticos, a igualdade entre todos os cidadãos. Em 1º lugar, a igualdade perante a lei ou insonomia. A nenhum cidadão são concebidos privilégios baseados na riqueza ou no prestígio da sua família Em 2º lugar, a igualdade de acesso aos casos políticos ou isocracia. Todo o cidadão ateniense tinha o direito e o dever de participar no governo da polis. Todos tinham igual direito de voto. Em 3º e ultimo lugar, o igual direito de todos ao uso da palavra ou isegoria. Nas assembleias, nos tribunais ou no exército das magistraturas, todos podiam defender livremente as suas opiniões. Uma democracia directa Na Grécia não havia partidos políticos nem havia um corpo Professional de juízes ou de altos funcionários do Estado. Cada cidadão actuava por si próprio, desempenhando à vez, os cargos necessários ao bom andamento dos assuntos da cidade. A democracia grega era, por isso, uma democracia directa e todo aquele que se desinteressava dos assuntos públicos era malvisto pela polis. O exercito dos poderes A eclésia ou assembleia Popular - assembleia de todos os cidadãos. Competia à eclésia discutir e votar as leis, decidir da paz da guerra, apreciar a actuação dos magistrados ou deliberar sobre outro qualquer assunto que respeitasse ao governo da cidade UMA ASSEMBLEIA A bulé ou conselho dos 500 - poder legislativo (fazer as leis), uma vez que elaborava as propostas do rei e toma decisões correntes. Formavam este concelho 500 membros, sorteados anualmente, à razão de 50 por tribo. Ninguém podia ser membro da bulé mais de duas vezes na vida DOIS MAGISTRADOS Os estrategos - 10 magistrados eleito anualmente. Os únicos magistrados eleitos com base na sua competência. Funções militares. Comandavam a marinha e o exército Os arcontes - 10 magistrados, sorteados anualmente. Presidiam aos tribunais. Competia-lhes as funções religiosas e judiciais. Verificam as leis DOIS TRIBUNAIS O areópago - 6000 juízes, sorteados anualmente. Tribunal formado por antigos arcontes, normalmente pessoas de idade que exerciam o cargo vitaliciamente. Julga crimes de homicídio, incêndios e envenenamentos. Questões religiosas O helieu ou tribunal popular - 6000 juízes com mais de 30 anos, sorteados anualmente. Tribunal que julga a maior parte dos processos A importância da oratória A oratória era o dom da palavra que permitia convencer e brilhar em politica. Todo o cidadão devia estar preparado para apresentar propostas e discuti-las na eclésia. Os oradores brilhantes desfrutavam de um elevado prestigio A protecção à democracia Muitos políticos, mais interessados nos benificios que podiam conseguir para si próprios do que no bem comum, aliciavam os atenienses com propostas pouco sensatas e irrealizáveis para conseguirem o apoio popular. Então, o grande perigo que a democracia receava era a tomada do poder por um só homem. Para o impedir e para evitar excessivos confrontos pessoais entre os cidadãos, os legisladores atenienses estabeleceram o ostracismo. O ostracismo era quando os membros da eclésia escreviam, numa pequena placa de barro, o nome de um cidadão que perturbasse o bom funcionamento democrático. Caso se reunissem 6000 votos com o mesmo nome, o ostracizado deixava a cidade por 10 anos...
"Fonte:http://forumpatria.com/index.php?topic=1133.0
Nota:
"Com efeito, Atenas foi nos primeiros tempos governada por reis, mas o poder passou rapidamente para os chefes dos guéné, os eupátridas (quer dizer, os nobres), proprietários das melhores terras da planície. Entre eles se recrutavam os magistrados anuais, os arcontes (o rei não era senão um deles) e os membros do Aerópago, conselho político e tribunal que se reunia na colina do Ares. Apenas eles conheciam as leis, cujo texto não era escrito. "
http://www.coladaweb.com/geografia/cidadesgregas.htm
No conjunto das cidades-Estado gregas, Atenas ocupava um lugar destacado. Para além do seu poderio económico e militar, a polis ateniense tornou-se num brilhante centro cultural e político. Um dos aspectos que mais contribuíram para o prestígio da cidade foi a sua original forma de governo. Os Atenienses chamaram-lhe democracia. Este sistema democrático não se implantou facilmente. Os direitos dos cidadãos: insomomia, isocracia e isegoria Fundamento dos regimes democráticos, a igualdade entre todos os cidadãos. Em 1º lugar, a igualdade perante a lei ou insonomia. A nenhum cidadão são concebidos privilégios baseados na riqueza ou no prestígio da sua família Em 2º lugar, a igualdade de acesso aos casos políticos ou isocracia. Todo o cidadão ateniense tinha o direito e o dever de participar no governo da polis. Todos tinham igual direito de voto. Em 3º e ultimo lugar, o igual direito de todos ao uso da palavra ou isegoria. Nas assembleias, nos tribunais ou no exército das magistraturas, todos podiam defender livremente as suas opiniões. Uma democracia directa Na Grécia não havia partidos políticos nem havia um corpo Professional de juízes ou de altos funcionários do Estado. Cada cidadão actuava por si próprio, desempenhando à vez, os cargos necessários ao bom andamento dos assuntos da cidade. A democracia grega era, por isso, uma democracia directa e todo aquele que se desinteressava dos assuntos públicos era malvisto pela polis. O exercito dos poderes A eclésia ou assembleia Popular - assembleia de todos os cidadãos. Competia à eclésia discutir e votar as leis, decidir da paz da guerra, apreciar a actuação dos magistrados ou deliberar sobre outro qualquer assunto que respeitasse ao governo da cidade UMA ASSEMBLEIA A bulé ou conselho dos 500 - poder legislativo (fazer as leis), uma vez que elaborava as propostas do rei e toma decisões correntes. Formavam este concelho 500 membros, sorteados anualmente, à razão de 50 por tribo. Ninguém podia ser membro da bulé mais de duas vezes na vida DOIS MAGISTRADOS Os estrategos - 10 magistrados eleito anualmente. Os únicos magistrados eleitos com base na sua competência. Funções militares. Comandavam a marinha e o exército Os arcontes - 10 magistrados, sorteados anualmente. Presidiam aos tribunais. Competia-lhes as funções religiosas e judiciais. Verificam as leis DOIS TRIBUNAIS O areópago - 6000 juízes, sorteados anualmente. Tribunal formado por antigos arcontes, normalmente pessoas de idade que exerciam o cargo vitaliciamente. Julga crimes de homicídio, incêndios e envenenamentos. Questões religiosas O helieu ou tribunal popular - 6000 juízes com mais de 30 anos, sorteados anualmente. Tribunal que julga a maior parte dos processos A importância da oratória A oratória era o dom da palavra que permitia convencer e brilhar em politica. Todo o cidadão devia estar preparado para apresentar propostas e discuti-las na eclésia. Os oradores brilhantes desfrutavam de um elevado prestigio A protecção à democracia Muitos políticos, mais interessados nos benificios que podiam conseguir para si próprios do que no bem comum, aliciavam os atenienses com propostas pouco sensatas e irrealizáveis para conseguirem o apoio popular. Então, o grande perigo que a democracia receava era a tomada do poder por um só homem. Para o impedir e para evitar excessivos confrontos pessoais entre os cidadãos, os legisladores atenienses estabeleceram o ostracismo. O ostracismo era quando os membros da eclésia escreviam, numa pequena placa de barro, o nome de um cidadão que perturbasse o bom funcionamento democrático. Caso se reunissem 6000 votos com o mesmo nome, o ostracizado deixava a cidade por 10 anos...
"Fonte:http://forumpatria.com/index.php?topic=1133.0
Nota:
"Com efeito, Atenas foi nos primeiros tempos governada por reis, mas o poder passou rapidamente para os chefes dos guéné, os eupátridas (quer dizer, os nobres), proprietários das melhores terras da planície. Entre eles se recrutavam os magistrados anuais, os arcontes (o rei não era senão um deles) e os membros do Aerópago, conselho político e tribunal que se reunia na colina do Ares. Apenas eles conheciam as leis, cujo texto não era escrito. "
http://www.coladaweb.com/geografia/cidadesgregas.htm
Tuesday, December 16, 2008
DECLARO
Sentidos mais desenvolvidospara nós;
mais inteligênciapara os animais, e, ciência.
Mais alma e mais espíritopara nós; uma só coluna:
justiça/compaixão; uma surpresa:muito pouco corpo Agora.
Estamos sempre a mudar de forma;charlatão é um espertalhão
que se arma em superior,que tenta ser opressor,tanto calado como falador.
Eu e ego, ela e eu,Deus e diabo, santo e bruxa,carnal e espiritual...
Declaro para sempre unidos,indivisos, mais mortal e imortal.
Saúde e doença,prazer e dor,preto e branco,trabalho e não trabalho,
sábio e ignorante,honesto e desonesto,ladrão e polícia, frio e quente,
atrasado e adiantado, bom e mau,duro e mole,severidade e misericórdia,adulto e criança...Todos os opostos uno,se for preciso por decreto,e feio e bonito,e útil e inútil,e campo e cidade e mar,e, todo o espaço sideral,tudo e todos concentradosnum só ser...
E pequeno e grande,e passado e futuro,e macho e fêmea, outra vez,e de cima e de baixo,e dos lados...
Desejo e satisfação do desejo,pai, filho, mãe, irmão, vizinha,tio, prima...
Recordar quem morreu é dar-lhes forma.Todos os seres, somos familiaresuns dos outros: não façamos sofrer, nem nenhum ser nemnenhuma parte nossa!Se já está morto, podemos comer?Mas, jamais matemos!Se está quase morto...
Mas, qualquer ser pode ter sidoa nossa avó, filho, pai, neta, mãe, avô, irmão...Deiamos prazer, todo o prazer possível a todos e a ...
Sentidos mais desenvolvidospara nós;
mais inteligênciapara os animais, e, ciência.
Mais alma e mais espíritopara nós; uma só coluna:
justiça/compaixão; uma surpresa:muito pouco corpo Agora.
Estamos sempre a mudar de forma;charlatão é um espertalhão
que se arma em superior,que tenta ser opressor,tanto calado como falador.
Eu e ego, ela e eu,Deus e diabo, santo e bruxa,carnal e espiritual...
Declaro para sempre unidos,indivisos, mais mortal e imortal.
Saúde e doença,prazer e dor,preto e branco,trabalho e não trabalho,
sábio e ignorante,honesto e desonesto,ladrão e polícia, frio e quente,
atrasado e adiantado, bom e mau,duro e mole,severidade e misericórdia,adulto e criança...Todos os opostos uno,se for preciso por decreto,e feio e bonito,e útil e inútil,e campo e cidade e mar,e, todo o espaço sideral,tudo e todos concentradosnum só ser...
E pequeno e grande,e passado e futuro,e macho e fêmea, outra vez,e de cima e de baixo,e dos lados...
Desejo e satisfação do desejo,pai, filho, mãe, irmão, vizinha,tio, prima...
Recordar quem morreu é dar-lhes forma.Todos os seres, somos familiaresuns dos outros: não façamos sofrer, nem nenhum ser nemnenhuma parte nossa!Se já está morto, podemos comer?Mas, jamais matemos!Se está quase morto...
Mas, qualquer ser pode ter sidoa nossa avó, filho, pai, neta, mãe, avô, irmão...Deiamos prazer, todo o prazer possível a todos e a ...
Monday, December 15, 2008
O problema de ver certas coisas é o mesmo de comer outras: ambas causam mais dor do que prazer, tanto a quem as pratica/mata, como a quem as vê\come.
O estado de presença, concentração faz também aumentar a "frequência vibratória do campo de energia que dá vida (saúde) ao corpo físico".Fonte: "A Prática do Poder do Agora".
O estado de presença, concentração faz também aumentar a "frequência vibratória do campo de energia que dá vida (saúde) ao corpo físico".Fonte: "A Prática do Poder do Agora".
Sunday, December 14, 2008
.
KABALA
.
Não explosões,
mas uniões;
não gozões,
nem aldrabões.
.
Não aos extremismos,
nem aos exageros
nem nos temperos:
fim aos traumatismos!
.
Do um para os muitos vamos
e dos muitos para o um,
com comunhão, prazer: amamos
todos, não matamos vivo nenhum.
.
Deus tudo faz perfeito,
não dá pão de vergonha;
e recebe nosso feito
e feito da cegonha.
.
José da Cunha Rodrigues,
kabalista Português:
onde estás? Mas tu vês
Z'ev Halevi? Já não emigres.
KABALA
.
Não explosões,
mas uniões;
não gozões,
nem aldrabões.
.
Não aos extremismos,
nem aos exageros
nem nos temperos:
fim aos traumatismos!
.
Do um para os muitos vamos
e dos muitos para o um,
com comunhão, prazer: amamos
todos, não matamos vivo nenhum.
.
Deus tudo faz perfeito,
não dá pão de vergonha;
e recebe nosso feito
e feito da cegonha.
.
José da Cunha Rodrigues,
kabalista Português:
onde estás? Mas tu vês
Z'ev Halevi? Já não emigres.
Saturday, December 13, 2008
.
DÚVIDAS?
.
Ainda há pessoas
a duvidar de Deus:
será que de pais seus
duvidam também, Boas?
.
Não esperes p'la crise
dolorosa, mortífera
até: não és mamífera
somente, oh Marise!
.
'spírito também és:
louva a Deus, exp'rimenta
Deus, foge do(a) que tenta
eganar-te, Moisés!
.
Teu pai morreu, foi,
e de todo acabou?
Se calhar te castigou
ele e tua mãe, que não foi!
.
Animal do sentido
é; anjo da memória;
homem, diz a história,
é filho(a) de Deus, Guido.
.
E, Deus tem tudo, todos;
é tudo, todos: Deus
é amor, justiça: seus
somos mesmo nós todos!
DÚVIDAS?
.
Ainda há pessoas
a duvidar de Deus:
será que de pais seus
duvidam também, Boas?
.
Não esperes p'la crise
dolorosa, mortífera
até: não és mamífera
somente, oh Marise!
.
'spírito também és:
louva a Deus, exp'rimenta
Deus, foge do(a) que tenta
eganar-te, Moisés!
.
Teu pai morreu, foi,
e de todo acabou?
Se calhar te castigou
ele e tua mãe, que não foi!
.
Animal do sentido
é; anjo da memória;
homem, diz a história,
é filho(a) de Deus, Guido.
.
E, Deus tem tudo, todos;
é tudo, todos: Deus
é amor, justiça: seus
somos mesmo nós todos!
Thursday, December 11, 2008
" Compreender as possibilidades de cada momento é um dos grandes segredos da vida, e quando começamos a fluir com a maré da criação descendente e da evolução ascendente, muito sofrimento desnecessário desaparece…"Fonte: O Caminho do Cabalista, de Z’ EV BEN SHIMON HALEVI, das Publicações Europa-AméricaCRIAÇÃO DESCENDENTEKETÉR - 10%É a dimensão do mundo infinito. Tudo que existe no nosso universo deriva da luz emanada pelo mundo infinito. A palavra chave associada a Ketér é a CERTEZA. Início da(s) criação(ões), do(s) milagre(s); puro espírito; origem primordial. Você consegue injectar CERTEZA, mesmo diante dos maiores obstáculos?RORREMÁ - 20%A palavra chave aqui é a AUTO-ANULAÇÃO. Quando atingimos esta virtude, não existe mais aquele conceito tal como: "Ah, como estou feliz que as coisas estão tão bem para mim!", ou "Ah, como estou triste porque as coisas não acontecem como eu gostaria!". Ao se atingir Rorremá o ego é totalmente anulado e a sensação de liberdade é total. Você se percebe como parte de um todo muito maior? BINÁ - 30%A partir da dimensão de Biná encontramos a porta de entrada para o mundo finito. A palavra chave aqui é o ENTUSIASMO. Você pode ter atingido todas as virtudes anteriores. Terá conquistado uma vida maravilhosa no plano da ação e também em todo seu aspecto emocional. Será com certeza uma pessoa espiritualizada. Mas para atingir a dimensão do mundo finito é necessário algo a mais. É necessário entusiasmo e principalmente ALEGRIA.Você demonstra alegria e entusiasmo com a vida? RÉSSÉD - 40% Chessed é a dimensão da misericórdia, associada ao DESEJO DE PARTILHAR. Quando atingimos esta dimensão nos aproximamos da natureza do criador e, portanto, de nossa própria natureza divina. O equilíbrio entre estas duas dimensões, Guevurá (desejo de receber) e Résséd (desejo de compartilhar) é a chave para uma vida plena.O quanto você compartilha tudo aquilo que recebe? GUEVURÁ - 50% Nesta dimensão a palavra chave é a DISCIPLINA. Guevurá também é associada ao DESEJO DE RECEBER. Somente pela virtude da disciplina é que é possível afastar nossos aspectos destrutivos e abrir espaço para fazer/receber o que realmente desejamos nesta vida.Conforme vimos anteriormente, existe uma contra-inteligência que nos acompanha da primeira inspiração ao último suspiro de nossa vida. Precisamos dizer não a estes nossos aspectos destrutivos para seguir em direção a uma existência plena.Estou disposto a abrir mão do difícil e do fácil para atingir meu propósito? TIFÉRET - 60% Nesta dimensão residem os aspectos relacionados ao equilíbrio, à beleza e à harmonia. A palavra chave desta dimensão é a CONTEMPLAÇÃO. A principal ferramenta para se adquirir uma consciência contemplativa é a meditação, parte essencial do caminho do cabalista. Por mais que se estude não se chega à lugar algum sem praticar a meditação.A meditação só terá o efeito desejado se realizada com permanência , com refinamento , estando atrelada a um propósito , e realizada por uma escolha consciente. São estes exatamente os atributos das dimensões vistas até o momento.A MEDITAÇÃO – não pensar - faz parte da rotina de sua vida, como comer e dormir? NETSÁ - 70% Esta é uma dimensão relacionada com a imortalidade. A palavra chave aqui é a PERMANÊNCIA. Esta é uma das grandes chaves do caminho material. É necessário permanecer. É comum assistirmos pessoas buscando um caminho por um ano, depois vão para outro caminho, aí param de buscar, para então trocar de caminho (GRUPO) novamente. Na verdade, muito mais importante do que a escolha do caminho A ou B, é permanecer e aprofundar em um caminho escolhido.Normalmente, quando achamos que estamos em um caminho coerente surgem desafios, obstáculos aparentemente intransponíveis, que colocam todas as nossas convicções em cheque. Por isto existe uma outra palavra chave nesta dimensão: A CONFIANÇA.Você permanece em seus objetivos? HOD - 80% Hod é uma dimensão relacionada ao auto-aperfeiçoamento. Uma das razões para se estar vivo é fazer as coisas cada vez melhor. Mesmo que façamos uma mesma coisa por dezenas de anos, precisamos sempre estar nos aprimorando, re-inventando, sentindo diferente.A palavra chave nesta dimensão é o REFINAMENTO. Para refinar a si mesmo você precisará se lapidar e neste processo terá que se livrar de excessos. Possivelmente pensará por algum momento estar perdendo alguma coisa. Em que área de sua vida você necessita um maior refinamento? YESSOD - 90% Ao enxergar esta penúltima dimensão, denominada Yessod, saímos de uma percepção demasiado espiritual do universo e ingressamos no caminho para enxergar o mundo dos 10%. Muitos seres humanos não atingem este nível de percepção e passam a vida apenas no mundo aparente. A palavra chave aqui é o PROPÓSITO. Somente tendo-se propósitos conscientes é que podemos realizar escolhas fundamentadas. Existem pessoas que são bonitas, ricas, inteligentes, saudáveis, sensíveis, e mesmo assim estão sempre insatisfeitas porque não possuem um propósito para suas existências. Para estas os cabalistas tem uma dica: A base de qualquer propósito é o desejo de compartilhar. Você tem um propósito em sua vida? Se tem, ele inclui o desejo de compartilhar? MALKUT - 100% A última dimensão é conhecida como Malchut, o reino do mundo físico, da matéria, e do mundo percebido pelos cinco sentidos. Uma grande parte das pessoas passa a vida percebendo apenas o mundo espiritual e acreditando que apenas o que é aparente representa a totalidade da existência. É o que se chama viver no mundo dos 10%. A palavra chave nesta dimensão é a ESCOLHA. Tudo que nos acontece nesta vida tem relação com uma escolha feita por nós mesmos previamente. A libertação do mundo ilusório significa compreender isto plenamente e parar de atribuir os fatos de nossa vida à fatalidade. Quais são as escolhas que você tem feito para sua vida?Fonte: http://www.portaldacabala.com.br/guia_arvore_da_vida.htm#
Wednesday, December 10, 2008
.
“ Compreender as possibilidades de cada momento é um dos grandes segredos da vida, e quando começamos a fluir com a maré da criação descendete e da evolução ascendente, muito sofrimento desnecessário desaparece…”
Fote: O Caminho do Cabalista, de Z’ EV En SHIMO HALEVI, das Pulicações Europa América
MALKUT - 10%
A primeira dimensão é conhecida como Malchut, o reino do mundo físico, da matéria, e do mundo percebido pelos cinco sentidos. Uma grande parte das pessoas passa a vida percebendo apenas este mundo e acreditando que apenas o que é aparente representa a totalidade da existência. É o que se chama viver no mundo dos 10%. A palavra chave nesta dimensão é a ESCOLHA. Tudo que nos acontece nesta vida tem relação com uma escolha feita por nós mesmos previamente. A libertação do mundo ilusório significa compreender isto plenamente e parar de atribuir os fatos de nossa vida à fatalidade.
Quais são as escolhas que você tem feito para sua vida?
YESSOD - 20%
Ao enxergar esta segunda dimensão, denominada Yessod, saímos de uma percepção puramente física do universo e ingressamos no caminho para enxergar o mundo dos 100%. Muitos seres humanos não atingem este nível de percepção e passam a vida apenas no mundo aparente. Nesta dimensão reside a base e o fundamento de nossas atitudes.A palavra chave aqui é o PROPÓSITO. Somente tendo-se propósitos conscientes é que podemos realizar escolhas fundamentadas. Existem pessoas que são bonitas, ricas, inteligentes, saudáveis, sensíveis, e mesmo assim estão sempre insatisfeitas porque não possuem um propósito para suas existências. Para estas os cabalistas tem uma dica: A base de qualquer propósito é o desejo de compartilhar. Você tem um propósito em sua vida? Se tem, ele inclui o desejo de compartilhar?
HOD - 30%
Hod é uma dimensão relacionada ao auto-aperfeiçoamento. Uma das razões para se estar vivo é fazer as coisas cada vez melhor. Mesmo que façamos uma mesma coisa por dezenas de anos, precisamos sempre estar nos aprimorando, re-inventando, sentindo diferente.A palavra chave nesta dimensão é o REFINAMENTO. Para refinar a si mesmo você precisará se lapidar e neste processo terá que se livrar de excessos. Possivelmente pensará por algum momento estar perdendo alguma coisa. Em que área de sua vida você necessita um maior refinamento?
NETSACH - 40%
Esta é uma dimensão relacionada à imortalidade. A palavra chave aqui é a PERMANÊNCIA. Esta é uma das grandes chaves do caminho espiritual. É necessário permanecer. É comum assistirmos pessoas buscando um caminho por um ano, depois vão para outro caminho, aí param de buscar, para então trocar de caminho novamente. Na verdade, muito mais importante do que a escolha do caminho A ou B, é permanecer e aprofundar em um caminho escolhido.Normalmente, quando achamos que estamos em um caminho coerente surgem desafios, obstáculos aparentemente intransponíveis, que colocam todas as nossas convicções em cheque. Por isto existe uma outra palavra chave nesta dimensão: A CONFIANÇA.Você permanece em seus objetivos?
TIFERET - 50%
Nesta dimensão residem os aspectos relacionados ao equilíbrio, a beleza e a harmonia. A palavra chave desta dimensão é a CONTEMPLAÇÃO. A principal ferramenta para se adquirir uma consciência contemplativa é a meditação, parte essencial do caminho do cabalista. Por mais que se estude não se chega à lugar algum sem praticar a meditação.A meditação só terá o efeito desejado se realizada com permanência , com refinamento , estando atrelada à um propósito , e realizada por uma escolha consciente. São estes exatamente os atributos das dimensões vistas até o momento.A MEDITAÇÃO faz parte da rotina de sua vida, como comer e dormir?
GUEVURÁ - 60%
Nesta dimensão a palavra chave é a DISCIPLINA. Guevurá também é associada ao DESEJO DE RECEBER. Somente pela virtude da disciplina é que é possível afastar nossos aspectos destrutivos e abrir espaço para receber o que realmente desejamos desta vida.Conforme vimos anteriormente, existe uma contra-inteligência que nos acompanha da primeira inspiração ao último suspiro de nossa vida. Precisamos dizer não a estes nossos aspectos destrutivos para seguir em direção à uma existência plena.Estou disposto a abrir mão do fácil para atingir meu propósito?
CHESSED - 70%
Chessed é a dimensão da misericórdia, associada ao DESEJO DE COMPARTILHAR. Quando atingimos esta dimensão nos aproximamos da natureza do criador e, portanto, de nossa própria natureza divina. O equilíbrio entre estas duas dimensões, Guevurá (desejo de receber) e Chessed (desejo de compartilhar) é a chave para uma vida plena.O quanto você compartilha tudo aquilo que recebe?
BINÁ - 80%A partir da dimensão de Biná encontramos a porta de entrada para o mundo infinito. A palavra chave aqui é o ENTUSIASMO. Você pode ter atingido todas as virtudes anteriores. Terá conquistado uma vida maravilhosa no plano da ação e também em todo seu aspecto emocional. Será com certeza uma pessoa espiritualizada. Mas para atingir a dimensão do mundo infinito é necessário algo a mais. É necessário entusiasmo e principalmente ALEGRIA.Você demonstra alegria e entusiasmo com a vida?
CHOCHMÁ - 90%A dimensão relacionada a Chochmá é atingida por pouquíssimas pessoas. A palavra chave aqui é a AUTO-ANULAÇÃO. Quando atingimos esta virtude, e isto só é possível em flashes, percebemos a nós mesmos como se fossemos uma pessoa externa. Não existe mais aquele conceito tal como: “Ah, como estou feliz que as coisas estão tão bem para mim!”, ou “Ah, como estou triste porque as coisas não acontecem como eu gostaria!”. Ao se atingir Chochmá o ego é totalmente anulado e a sensação de liberdade é total. Só é possível atingir esta dimensão por curtos momentos. Você se percebe como parte de um todo muito maior?
KETER - 100% É a dimensão do mundo infinito. Tudo que existe em nosso universo deriva da luz emanada pelo mundo infinito. A palavra chave associada à Keter é a CERTEZA. Quando se atinge a dimensão de Keter, o milagre torna-se possível, pois as limitações da matéria aqui não existem mais.
É necessário ter atingido todas as outras dimensões e ainda injetar uma absoluta CERTEZA para que se possa atingir esta dimensão e ao menos por um breve momento entender a nossa origem primordial.
Você consegue injetar CERTEZA, mesmo diante dos maiores obstáculos?
Fonte: http://www.portaldacabala.com.br/guia_arvore_da_vida.htm#
“ Compreender as possibilidades de cada momento é um dos grandes segredos da vida, e quando começamos a fluir com a maré da criação descendete e da evolução ascendente, muito sofrimento desnecessário desaparece…”
Fote: O Caminho do Cabalista, de Z’ EV En SHIMO HALEVI, das Pulicações Europa América
MALKUT - 10%
A primeira dimensão é conhecida como Malchut, o reino do mundo físico, da matéria, e do mundo percebido pelos cinco sentidos. Uma grande parte das pessoas passa a vida percebendo apenas este mundo e acreditando que apenas o que é aparente representa a totalidade da existência. É o que se chama viver no mundo dos 10%. A palavra chave nesta dimensão é a ESCOLHA. Tudo que nos acontece nesta vida tem relação com uma escolha feita por nós mesmos previamente. A libertação do mundo ilusório significa compreender isto plenamente e parar de atribuir os fatos de nossa vida à fatalidade.
Quais são as escolhas que você tem feito para sua vida?
YESSOD - 20%
Ao enxergar esta segunda dimensão, denominada Yessod, saímos de uma percepção puramente física do universo e ingressamos no caminho para enxergar o mundo dos 100%. Muitos seres humanos não atingem este nível de percepção e passam a vida apenas no mundo aparente. Nesta dimensão reside a base e o fundamento de nossas atitudes.A palavra chave aqui é o PROPÓSITO. Somente tendo-se propósitos conscientes é que podemos realizar escolhas fundamentadas. Existem pessoas que são bonitas, ricas, inteligentes, saudáveis, sensíveis, e mesmo assim estão sempre insatisfeitas porque não possuem um propósito para suas existências. Para estas os cabalistas tem uma dica: A base de qualquer propósito é o desejo de compartilhar. Você tem um propósito em sua vida? Se tem, ele inclui o desejo de compartilhar?
HOD - 30%
Hod é uma dimensão relacionada ao auto-aperfeiçoamento. Uma das razões para se estar vivo é fazer as coisas cada vez melhor. Mesmo que façamos uma mesma coisa por dezenas de anos, precisamos sempre estar nos aprimorando, re-inventando, sentindo diferente.A palavra chave nesta dimensão é o REFINAMENTO. Para refinar a si mesmo você precisará se lapidar e neste processo terá que se livrar de excessos. Possivelmente pensará por algum momento estar perdendo alguma coisa. Em que área de sua vida você necessita um maior refinamento?
NETSACH - 40%
Esta é uma dimensão relacionada à imortalidade. A palavra chave aqui é a PERMANÊNCIA. Esta é uma das grandes chaves do caminho espiritual. É necessário permanecer. É comum assistirmos pessoas buscando um caminho por um ano, depois vão para outro caminho, aí param de buscar, para então trocar de caminho novamente. Na verdade, muito mais importante do que a escolha do caminho A ou B, é permanecer e aprofundar em um caminho escolhido.Normalmente, quando achamos que estamos em um caminho coerente surgem desafios, obstáculos aparentemente intransponíveis, que colocam todas as nossas convicções em cheque. Por isto existe uma outra palavra chave nesta dimensão: A CONFIANÇA.Você permanece em seus objetivos?
TIFERET - 50%
Nesta dimensão residem os aspectos relacionados ao equilíbrio, a beleza e a harmonia. A palavra chave desta dimensão é a CONTEMPLAÇÃO. A principal ferramenta para se adquirir uma consciência contemplativa é a meditação, parte essencial do caminho do cabalista. Por mais que se estude não se chega à lugar algum sem praticar a meditação.A meditação só terá o efeito desejado se realizada com permanência , com refinamento , estando atrelada à um propósito , e realizada por uma escolha consciente. São estes exatamente os atributos das dimensões vistas até o momento.A MEDITAÇÃO faz parte da rotina de sua vida, como comer e dormir?
GUEVURÁ - 60%
Nesta dimensão a palavra chave é a DISCIPLINA. Guevurá também é associada ao DESEJO DE RECEBER. Somente pela virtude da disciplina é que é possível afastar nossos aspectos destrutivos e abrir espaço para receber o que realmente desejamos desta vida.Conforme vimos anteriormente, existe uma contra-inteligência que nos acompanha da primeira inspiração ao último suspiro de nossa vida. Precisamos dizer não a estes nossos aspectos destrutivos para seguir em direção à uma existência plena.Estou disposto a abrir mão do fácil para atingir meu propósito?
CHESSED - 70%
Chessed é a dimensão da misericórdia, associada ao DESEJO DE COMPARTILHAR. Quando atingimos esta dimensão nos aproximamos da natureza do criador e, portanto, de nossa própria natureza divina. O equilíbrio entre estas duas dimensões, Guevurá (desejo de receber) e Chessed (desejo de compartilhar) é a chave para uma vida plena.O quanto você compartilha tudo aquilo que recebe?
BINÁ - 80%A partir da dimensão de Biná encontramos a porta de entrada para o mundo infinito. A palavra chave aqui é o ENTUSIASMO. Você pode ter atingido todas as virtudes anteriores. Terá conquistado uma vida maravilhosa no plano da ação e também em todo seu aspecto emocional. Será com certeza uma pessoa espiritualizada. Mas para atingir a dimensão do mundo infinito é necessário algo a mais. É necessário entusiasmo e principalmente ALEGRIA.Você demonstra alegria e entusiasmo com a vida?
CHOCHMÁ - 90%A dimensão relacionada a Chochmá é atingida por pouquíssimas pessoas. A palavra chave aqui é a AUTO-ANULAÇÃO. Quando atingimos esta virtude, e isto só é possível em flashes, percebemos a nós mesmos como se fossemos uma pessoa externa. Não existe mais aquele conceito tal como: “Ah, como estou feliz que as coisas estão tão bem para mim!”, ou “Ah, como estou triste porque as coisas não acontecem como eu gostaria!”. Ao se atingir Chochmá o ego é totalmente anulado e a sensação de liberdade é total. Só é possível atingir esta dimensão por curtos momentos. Você se percebe como parte de um todo muito maior?
KETER - 100% É a dimensão do mundo infinito. Tudo que existe em nosso universo deriva da luz emanada pelo mundo infinito. A palavra chave associada à Keter é a CERTEZA. Quando se atinge a dimensão de Keter, o milagre torna-se possível, pois as limitações da matéria aqui não existem mais.
É necessário ter atingido todas as outras dimensões e ainda injetar uma absoluta CERTEZA para que se possa atingir esta dimensão e ao menos por um breve momento entender a nossa origem primordial.
Você consegue injetar CERTEZA, mesmo diante dos maiores obstáculos?
Fonte: http://www.portaldacabala.com.br/guia_arvore_da_vida.htm#
Tuesday, December 09, 2008
DINHEIRO
.
Prazer de receber
dinheiro para o dar
a Deus: não o recusar
é mui sábio ser.
.
PTIRRA 26
Comentários de Rav Laitman:
Em cada Partzuf, duas espécies das 10 Sefirot podem ser determinadas: o Rosh e o Guf. Aqueles que não sabem hebraico têm muito mais facilidade para estudar Kabbalah, porque eles não tomam literalmente termos cabalísticos tais como Peh – boca, Rosh – cabeça, Guf – corpo, Tabur – umbigo etc. Eles podem entendê-los em abstrato, e não farão uma imagem materialista desses termos.
Esses estudantes facilmente percebem todas as noções acima mencionadas como forças, desejos, intenções, e não como partes do corpo. Não há corpos no mundo espiritual, somente o desejo de receber prazer, a intenção em prol do que ou de quem alguém pode receber esse prazer, e o próprio prazer.
O local em que reside o Masach refletor é chamado Peh. Primeiro, o Masach empurra toda a Or Yashar que está diante dele, como se dissesse que não quer receber nada em prol de si mesmo. Então é feito um cálculo no Rosh para determinar quanto pode ser recebido ainda assim, não em prol de si mesmo, mas em prol do Criador. Então, a Or Chozer reveste as 10 Sefirot da Luz Superior (da Or Elion), de baixo para cima.
Isso é suficiente apenas para tomar uma clara decisão; as raízes dos vasos (Shorshey Kelim). As 10 Sefirot da Luz Refletida que revestem as 10 Sefirot da Luz Direta, juntas, formam as 10 Sefirot do Rosh do Partzuf.
Para completar a formação dos Kelim e realmente receber a luz, as 10 Sefirot de Or Yashar revestem-se nas 10 Sefirot de Or Chozer. Elas ‘passam’ através do Masach, expandem-se de cima para baixo, ampliando assim a décima Sefirah do Rosh – Malchut de Rosh, por suas próprias 10 Sefirot – de Keter até Chochmah, formando então os Kelim de Guf.
Antes que Malchut pudesse receber em prol do Criador, ela foi comprimida, restringida ao tamanho de um ponto. Todavia, recebendo a tela, ela adquiriu uma nova intenção de receber em prol do Criador, e então ‘expandiu-se’ desde um ponto até as 10 Sefirot, recebendo a luz dentro do Guf.
Ptirra 27
Comentários de Rav Laitman:
Após o TA, quando Malchut fez uma restrição sobre a recepção da luz, ela decidiu receber uma porção da luz com a ajuda da tela, em prol do Criador. A primeira recepção formou o primeiro Partzuf do mundo de Adam Kadmon (Keter, ou Galgalta). No total, há cinco Partzufim no mundo de Adam Kadmon.
O Masach no Kli Malchut rejeitou toda a Luz Superior. Com a ajuda do contato (Haka’a) no Masach, cuja força era igual a cinco Bechinot, a Luz Refletida (Or Chozer) ascendeu ao nível de Keter da Luz Direta (a Or Yashar), e revestiu as 10 Sefirot de Rosh do primeiro Partzuf de AK. Então Malchut expandiu-se, e a luz disseminou-se dentro dela, formando as 10 Sefirot de Guf.
A parte do Kli (Guf) que foi preenchida com a luz, é chamada de Toch (a parte interior), e a luz dentro dela é chamada de ‘Or Pnimi’ – a Luz Interior. A parte do Guf que permaneceu vazia é chamada o Sof (fim), e a luz nela é chamada de Or Chassadim.
Esta parte recusa-se a receber qualquer prazer, porque ela não tem uma tela apropriada; assim, se ela recebesse a luz, isso levaria à recepção de prazer em prol de si mesma. O limite separando o Toch e o Sof é chamado Tabur (umbigo). A luz que não entrou no Kli é chamada Or Makif (Luz Circundante).
Cada Partzuf vê qual luz está diante de si somente com a ajuda da Luz Refletida. Se o poder da Luz Refletida equivale ao poder da tela em todas as cinco Bechinot, o Partzuf pode ver a luz de Keter. Ele divide essa luz em cinco partes, preenche o Toch com elas, deixando o Sof vazio. Luz de qualquer intensidade pode brilhar no Rosh do Partzuf, mas Malchut de Peh de Rosh verá somente o quanto a Or Chozer lhe permita.
Nossos sentidos estão baseados no mesmo princípio. Façamo-los mais sensíveis e eles verão objetos microscópicos, sentirão micróbios etc. Em outras palavras, tudo depende não realmente daquilo que nos cerca, mas daquilo que nós sejamos capazes de detectar, da perceptibilidade de nossos sensores.
Cada Partzuf subseqüente tem uma tela com uma menor quantidade e qualidade de desejos (Bechinot) que o precedente; assim, sua Or Chozer é menor e ele vê a luz a partir de um nível mais baixo. É semelhante a uma pessoa cuja visão tenha se deteriorado e que possa ver objetos somente a uma curta distância.
Se a tela tiver a força da Bechinah Guimel, ela poderá ver a luz do nível de Chochmah, no que se refere ao Partzuf precedente. Quanto a si mesma, ela recebe as mesmas cinco partes da luz de NaRaNChaY, mas do nível geral de Chochmah, não Keter. Vamos tomar um exemplo deste mundo: uma pessoa alta e uma pessoa baixa naturalmente consistem das mesmas ‘partes’. Porém, dizemos que uma delas é uma cabeça mais alta que a outra, isto é, que a última é, por assim dizer, uma cabeça mais curta.
Estudamos os mundos descendentes. Quando o Universo veio a ser, o Partzuf Adam HaRishon (o Primeiro Homem) foi criado. Então esse Partzuf dividiu-se em 600.000 fragmentos chamados almas. Cada um desses fragmentos precisa receber sua parte da Luz Superior.
Quando a alma, isto é, um fragmento do Partzuf Adam HaRishon, atinge um certo nível no mundo espiritual, ela recebe um pouco da sua parte da luz. Embora ela ainda não tenha recebido toda a luz que lhe está destinada a ela, percebe seu estado como absolutamente perfeito. Então um pouco mais de egoísmo lhe é acrescentado (à alma), e novamente ela começa a desejar por mais. Corrigindo sua porção de egoísmo, ela recebe uma nova porção da luz nos vasos recém-corrigidos, e somente então compreende que existe uma perfeição muito maior para ser atingida.
Se faltar ao homem esse desejo interior, a necessidade ou o ponto em seu coração, ele será incapaz de compreender como é que alguém pode se interessar por espiritualidade. A propósito, leituras da sorte, amuletos, medicina alternativa e bênçãos não têm nada a ver com espiritualidade. A Kabbalah interpreta o espiritual como a aspiração pelo Criador, Suas propriedades. De fato, nós sempre descobrimos que seja o que for que nos parecesse sobrenatural, revela-se mais tarde como sendo o resultado de fraudes, algumas mais, outras menos talentosas, que usam forças de nosso mundo, desconhecidas da maior parte das pessoas, assim como a psicologia e os poderes internos do corpo humano.
.
Prazer de receber
dinheiro para o dar
a Deus: não o recusar
é mui sábio ser.
.
PTIRRA 26
Comentários de Rav Laitman:
Em cada Partzuf, duas espécies das 10 Sefirot podem ser determinadas: o Rosh e o Guf. Aqueles que não sabem hebraico têm muito mais facilidade para estudar Kabbalah, porque eles não tomam literalmente termos cabalísticos tais como Peh – boca, Rosh – cabeça, Guf – corpo, Tabur – umbigo etc. Eles podem entendê-los em abstrato, e não farão uma imagem materialista desses termos.
Esses estudantes facilmente percebem todas as noções acima mencionadas como forças, desejos, intenções, e não como partes do corpo. Não há corpos no mundo espiritual, somente o desejo de receber prazer, a intenção em prol do que ou de quem alguém pode receber esse prazer, e o próprio prazer.
O local em que reside o Masach refletor é chamado Peh. Primeiro, o Masach empurra toda a Or Yashar que está diante dele, como se dissesse que não quer receber nada em prol de si mesmo. Então é feito um cálculo no Rosh para determinar quanto pode ser recebido ainda assim, não em prol de si mesmo, mas em prol do Criador. Então, a Or Chozer reveste as 10 Sefirot da Luz Superior (da Or Elion), de baixo para cima.
Isso é suficiente apenas para tomar uma clara decisão; as raízes dos vasos (Shorshey Kelim). As 10 Sefirot da Luz Refletida que revestem as 10 Sefirot da Luz Direta, juntas, formam as 10 Sefirot do Rosh do Partzuf.
Para completar a formação dos Kelim e realmente receber a luz, as 10 Sefirot de Or Yashar revestem-se nas 10 Sefirot de Or Chozer. Elas ‘passam’ através do Masach, expandem-se de cima para baixo, ampliando assim a décima Sefirah do Rosh – Malchut de Rosh, por suas próprias 10 Sefirot – de Keter até Chochmah, formando então os Kelim de Guf.
Antes que Malchut pudesse receber em prol do Criador, ela foi comprimida, restringida ao tamanho de um ponto. Todavia, recebendo a tela, ela adquiriu uma nova intenção de receber em prol do Criador, e então ‘expandiu-se’ desde um ponto até as 10 Sefirot, recebendo a luz dentro do Guf.
Ptirra 27
Comentários de Rav Laitman:
Após o TA, quando Malchut fez uma restrição sobre a recepção da luz, ela decidiu receber uma porção da luz com a ajuda da tela, em prol do Criador. A primeira recepção formou o primeiro Partzuf do mundo de Adam Kadmon (Keter, ou Galgalta). No total, há cinco Partzufim no mundo de Adam Kadmon.
O Masach no Kli Malchut rejeitou toda a Luz Superior. Com a ajuda do contato (Haka’a) no Masach, cuja força era igual a cinco Bechinot, a Luz Refletida (Or Chozer) ascendeu ao nível de Keter da Luz Direta (a Or Yashar), e revestiu as 10 Sefirot de Rosh do primeiro Partzuf de AK. Então Malchut expandiu-se, e a luz disseminou-se dentro dela, formando as 10 Sefirot de Guf.
A parte do Kli (Guf) que foi preenchida com a luz, é chamada de Toch (a parte interior), e a luz dentro dela é chamada de ‘Or Pnimi’ – a Luz Interior. A parte do Guf que permaneceu vazia é chamada o Sof (fim), e a luz nela é chamada de Or Chassadim.
Esta parte recusa-se a receber qualquer prazer, porque ela não tem uma tela apropriada; assim, se ela recebesse a luz, isso levaria à recepção de prazer em prol de si mesma. O limite separando o Toch e o Sof é chamado Tabur (umbigo). A luz que não entrou no Kli é chamada Or Makif (Luz Circundante).
Cada Partzuf vê qual luz está diante de si somente com a ajuda da Luz Refletida. Se o poder da Luz Refletida equivale ao poder da tela em todas as cinco Bechinot, o Partzuf pode ver a luz de Keter. Ele divide essa luz em cinco partes, preenche o Toch com elas, deixando o Sof vazio. Luz de qualquer intensidade pode brilhar no Rosh do Partzuf, mas Malchut de Peh de Rosh verá somente o quanto a Or Chozer lhe permita.
Nossos sentidos estão baseados no mesmo princípio. Façamo-los mais sensíveis e eles verão objetos microscópicos, sentirão micróbios etc. Em outras palavras, tudo depende não realmente daquilo que nos cerca, mas daquilo que nós sejamos capazes de detectar, da perceptibilidade de nossos sensores.
Cada Partzuf subseqüente tem uma tela com uma menor quantidade e qualidade de desejos (Bechinot) que o precedente; assim, sua Or Chozer é menor e ele vê a luz a partir de um nível mais baixo. É semelhante a uma pessoa cuja visão tenha se deteriorado e que possa ver objetos somente a uma curta distância.
Se a tela tiver a força da Bechinah Guimel, ela poderá ver a luz do nível de Chochmah, no que se refere ao Partzuf precedente. Quanto a si mesma, ela recebe as mesmas cinco partes da luz de NaRaNChaY, mas do nível geral de Chochmah, não Keter. Vamos tomar um exemplo deste mundo: uma pessoa alta e uma pessoa baixa naturalmente consistem das mesmas ‘partes’. Porém, dizemos que uma delas é uma cabeça mais alta que a outra, isto é, que a última é, por assim dizer, uma cabeça mais curta.
Estudamos os mundos descendentes. Quando o Universo veio a ser, o Partzuf Adam HaRishon (o Primeiro Homem) foi criado. Então esse Partzuf dividiu-se em 600.000 fragmentos chamados almas. Cada um desses fragmentos precisa receber sua parte da Luz Superior.
Quando a alma, isto é, um fragmento do Partzuf Adam HaRishon, atinge um certo nível no mundo espiritual, ela recebe um pouco da sua parte da luz. Embora ela ainda não tenha recebido toda a luz que lhe está destinada a ela, percebe seu estado como absolutamente perfeito. Então um pouco mais de egoísmo lhe é acrescentado (à alma), e novamente ela começa a desejar por mais. Corrigindo sua porção de egoísmo, ela recebe uma nova porção da luz nos vasos recém-corrigidos, e somente então compreende que existe uma perfeição muito maior para ser atingida.
Se faltar ao homem esse desejo interior, a necessidade ou o ponto em seu coração, ele será incapaz de compreender como é que alguém pode se interessar por espiritualidade. A propósito, leituras da sorte, amuletos, medicina alternativa e bênçãos não têm nada a ver com espiritualidade. A Kabbalah interpreta o espiritual como a aspiração pelo Criador, Suas propriedades. De fato, nós sempre descobrimos que seja o que for que nos parecesse sobrenatural, revela-se mais tarde como sendo o resultado de fraudes, algumas mais, outras menos talentosas, que usam forças de nosso mundo, desconhecidas da maior parte das pessoas, assim como a psicologia e os poderes internos do corpo humano.
Monday, December 08, 2008
.
PESSOAL
.
Pessoal, extra fino,
nada podre, e nada
mal cheiroso, albino,
completo, boa fada.
.
O, quem não precisa de morrer
não necessita de renascer,
e, não há causa primeira, Ser
é eterno, é-o p'ró prazer.
.
O prazer de sexo, o prazer
de vencer, o prazer do descanso,
o prazer de povoar, comer,
o prazer da música, do manso.
.
O prazer da multiplicação,
o prazer de eliminar dor,
prazer de beber, do destemor,
o grande prazer da perfeição.
.
O prazer de dar, de receber...
Tanta cortiça hoje vi
a estragar-se no Couço: prazer
de corrigir: de mim para ti,
.
de ti para mim. O que oculto
fazemos só problemas nos dá
e dor, não prazer, e, o inculto
é p'ró prazer de semear, "pá"!
.
O prazer de equilíbrio, nem
poupar nem estragar: perfeição!
Prazer de ver animal que vem
feliz, de não haver podridão.
.
Prazer da limpeza, higiene
e da temperatura ideal,
prazer de divulgar magistral
conhecimento sempre perene.
.
Mineral, vegetal, animal,
humano, mental, 'spiritual,
divino... Tudo mui bem fundido,
tudo feliz, muito bem unido!
.
Prazer da presença de Deus, causa
sem causa de quem somos efeito
e causa: indescritível jeito
e feito, na cabeça, no peito!
PESSOAL
.
Pessoal, extra fino,
nada podre, e nada
mal cheiroso, albino,
completo, boa fada.
.
O, quem não precisa de morrer
não necessita de renascer,
e, não há causa primeira, Ser
é eterno, é-o p'ró prazer.
.
O prazer de sexo, o prazer
de vencer, o prazer do descanso,
o prazer de povoar, comer,
o prazer da música, do manso.
.
O prazer da multiplicação,
o prazer de eliminar dor,
prazer de beber, do destemor,
o grande prazer da perfeição.
.
O prazer de dar, de receber...
Tanta cortiça hoje vi
a estragar-se no Couço: prazer
de corrigir: de mim para ti,
.
de ti para mim. O que oculto
fazemos só problemas nos dá
e dor, não prazer, e, o inculto
é p'ró prazer de semear, "pá"!
.
O prazer de equilíbrio, nem
poupar nem estragar: perfeição!
Prazer de ver animal que vem
feliz, de não haver podridão.
.
Prazer da limpeza, higiene
e da temperatura ideal,
prazer de divulgar magistral
conhecimento sempre perene.
.
Mineral, vegetal, animal,
humano, mental, 'spiritual,
divino... Tudo mui bem fundido,
tudo feliz, muito bem unido!
.
Prazer da presença de Deus, causa
sem causa de quem somos efeito
e causa: indescritível jeito
e feito, na cabeça, no peito!
Ptirra 25
Comentários de Rav Laitman:
Cada nova luz é bilhões de vezes mais intensa que a precedente. Por isso, cada nível subseqüente é percebido como um mundo totalmente diferente. Em nosso mundo, nós não temos tela alguma, nós não podemos ver a luz que está diante de nós. A pessoa somente pode vê-la com a ajuda da Luz Refletida (a Or Chozer), e somente na medida em que Malchut a reflete.Porém, estudando Kabbalah, nós estimulamos a Or Makif até que ela crie em nós o Kli primário, Keter, em que nós receberemos instantaneamente a Or Nefesh. Esse estado significa o nosso nascimento espiritual, cruzando a barreira (o Machsom) entre nosso mundo e o mundo espiritual. Isso significa que nós estamos no nível mais baixo do mundo de Assiyah.Continuando o trabalho em nossa correção, nós adquirimos a próxima tela da Aviut Alef e recebemos a luz Ruach. A seguir, adquirimos as telas para os Kelim Bet, Guimel e Dalet e correspondentemente, recebemos as luzes Neshamah, Chayah e Yechidah. Agora, todas as luzes estão em seus lugares corretos.Como podemos instalar uma tela? Se eu pudesse conhecer e sentir minhas propriedades egoístas hoje, eu correria para longe das correções! Não há nada que meu egoísmo odeie mais do que a tela. Porém, eu não posso escapar do espiritual, pela simples razão de que meu próprio egoísmo não compreende minhas propriedades. Tal estado inicial, ‘inconsciente’, é criado deliberadamente de modo que nós não possamos sentir a espiritualidade, mas possamos aspirar por ela, em razão da curiosidade e do desejo de melhorar nosso futuro.Assim, o principal consiste em cruzar a barreira apesar de nossa própria natureza. Isso acontece inconscientemente; o homem não sabe ao que está se dirigindo, ou quando isso poderá acontecer. Após cruzar o Machsom, o homem começa a ver que, até aquele momento, ele estava em um estado semelhante ao sonho.Dois processos precedem a travessia do Machsom, o primeiro sendo a compreensão do próprio mal. O homem começa a entender o quanto o seu egoísmo é nocivo para ele. O segundo processo consiste na compreensão de que a espiritualidade é muito atraente, e que não há nada mais valioso, magnífico ou eterno do que isso.Esses dois pontos opostos (a compreensão do mal e a atração pelo espiritual) se unem na pessoa comum para criar o nível zero. Na medida em que ela avança espiritualmente, esses pontos começam a se mover para longe um do outro. Ao mesmo tempo, a espiritualidade se eleva aos olhos do homem, enquanto seu egoísmo é percebido como o mal.Essa diferença entre a própria apreciação pela espiritualidade e a crítica ao próprio egoísmo torna-se tão tremenda que provoca um grito interior, uma exigência de solução para o problema. Se esse grito interior alcança a intensidade necessária, a tela é dada à pessoa pelo alto.O estudo do egoísmo, sua correção e seu uso apropriado, constituem toda a jornada do homem desde o estado inicial até o fim (o Gmar Tikkun). Nos mundos espirituais, o homem continua a estudar seu egoísmo em cada nível. Quanto mais alto nós ascendamos, mais egoísmo é adicionado a nós, de modo que trabalhando com ele, nós sejamos capazes de transformá-lo em altruísmo.Tudo o que dizemos é visto sob a perspectiva da criação. Nós não podemos dizer nada sobre o Criador, pois nós não sabemos realmente quem Ele é. Em um nível pessoal, eu somente sei que Ele é percebido em minhas sensações. Somente filósofos têm tempo para especular sobre algo que nunca será atingido. Por isso, essa ciência degenerou-se completamente.A Kabbalah opera somente com aquilo que os Kabbalistas sentiram, atraíram muito precisamente para si mesmos, e relataram para nós em uma linguagem especial, a linguagem Kabbalista. Qualquer um pode reproduzir esse processo internamente como se fosse um experimento estritamente científico.O instrumento de tal experimento é a tela que o homem precisa criar no ponto central de seu próprio egoísmo; esse ‘Eu’ se desenvolve com a ajuda do método chamado Kabbalah.Há duas espécies de tela. A primeira se posiciona na frente do Kli, no Peh do Partzuf, isto é, em Malchut de Rosh. Ela reflete toda a luz, como se estivesse de guarda quanto à implementação do TA. A segunda tela recebe a luz; ela trabalha com a Aviut que está posicionada em Malchut de Guf. Ela absorve todo o egoísmo que possa ser transformado em recepção em prol do Criador.Geralmente, a tela está sempre em Malchut, o ponto mais baixo do Partzuf. Reflexão e recepção são duas das suas ações. A primeira forma o Rosh, enquanto a segunda forma o Guf do Partzuf. Para mais detalhes, vejam a parte 3 (‘Histaklut Pnimit’), capítulo 14, página 5 do ‘Estudo das Dez Sefirot’.
Comentários de Rav Laitman:
Cada nova luz é bilhões de vezes mais intensa que a precedente. Por isso, cada nível subseqüente é percebido como um mundo totalmente diferente. Em nosso mundo, nós não temos tela alguma, nós não podemos ver a luz que está diante de nós. A pessoa somente pode vê-la com a ajuda da Luz Refletida (a Or Chozer), e somente na medida em que Malchut a reflete.Porém, estudando Kabbalah, nós estimulamos a Or Makif até que ela crie em nós o Kli primário, Keter, em que nós receberemos instantaneamente a Or Nefesh. Esse estado significa o nosso nascimento espiritual, cruzando a barreira (o Machsom) entre nosso mundo e o mundo espiritual. Isso significa que nós estamos no nível mais baixo do mundo de Assiyah.Continuando o trabalho em nossa correção, nós adquirimos a próxima tela da Aviut Alef e recebemos a luz Ruach. A seguir, adquirimos as telas para os Kelim Bet, Guimel e Dalet e correspondentemente, recebemos as luzes Neshamah, Chayah e Yechidah. Agora, todas as luzes estão em seus lugares corretos.Como podemos instalar uma tela? Se eu pudesse conhecer e sentir minhas propriedades egoístas hoje, eu correria para longe das correções! Não há nada que meu egoísmo odeie mais do que a tela. Porém, eu não posso escapar do espiritual, pela simples razão de que meu próprio egoísmo não compreende minhas propriedades. Tal estado inicial, ‘inconsciente’, é criado deliberadamente de modo que nós não possamos sentir a espiritualidade, mas possamos aspirar por ela, em razão da curiosidade e do desejo de melhorar nosso futuro.Assim, o principal consiste em cruzar a barreira apesar de nossa própria natureza. Isso acontece inconscientemente; o homem não sabe ao que está se dirigindo, ou quando isso poderá acontecer. Após cruzar o Machsom, o homem começa a ver que, até aquele momento, ele estava em um estado semelhante ao sonho.Dois processos precedem a travessia do Machsom, o primeiro sendo a compreensão do próprio mal. O homem começa a entender o quanto o seu egoísmo é nocivo para ele. O segundo processo consiste na compreensão de que a espiritualidade é muito atraente, e que não há nada mais valioso, magnífico ou eterno do que isso.Esses dois pontos opostos (a compreensão do mal e a atração pelo espiritual) se unem na pessoa comum para criar o nível zero. Na medida em que ela avança espiritualmente, esses pontos começam a se mover para longe um do outro. Ao mesmo tempo, a espiritualidade se eleva aos olhos do homem, enquanto seu egoísmo é percebido como o mal.Essa diferença entre a própria apreciação pela espiritualidade e a crítica ao próprio egoísmo torna-se tão tremenda que provoca um grito interior, uma exigência de solução para o problema. Se esse grito interior alcança a intensidade necessária, a tela é dada à pessoa pelo alto.O estudo do egoísmo, sua correção e seu uso apropriado, constituem toda a jornada do homem desde o estado inicial até o fim (o Gmar Tikkun). Nos mundos espirituais, o homem continua a estudar seu egoísmo em cada nível. Quanto mais alto nós ascendamos, mais egoísmo é adicionado a nós, de modo que trabalhando com ele, nós sejamos capazes de transformá-lo em altruísmo.Tudo o que dizemos é visto sob a perspectiva da criação. Nós não podemos dizer nada sobre o Criador, pois nós não sabemos realmente quem Ele é. Em um nível pessoal, eu somente sei que Ele é percebido em minhas sensações. Somente filósofos têm tempo para especular sobre algo que nunca será atingido. Por isso, essa ciência degenerou-se completamente.A Kabbalah opera somente com aquilo que os Kabbalistas sentiram, atraíram muito precisamente para si mesmos, e relataram para nós em uma linguagem especial, a linguagem Kabbalista. Qualquer um pode reproduzir esse processo internamente como se fosse um experimento estritamente científico.O instrumento de tal experimento é a tela que o homem precisa criar no ponto central de seu próprio egoísmo; esse ‘Eu’ se desenvolve com a ajuda do método chamado Kabbalah.Há duas espécies de tela. A primeira se posiciona na frente do Kli, no Peh do Partzuf, isto é, em Malchut de Rosh. Ela reflete toda a luz, como se estivesse de guarda quanto à implementação do TA. A segunda tela recebe a luz; ela trabalha com a Aviut que está posicionada em Malchut de Guf. Ela absorve todo o egoísmo que possa ser transformado em recepção em prol do Criador.Geralmente, a tela está sempre em Malchut, o ponto mais baixo do Partzuf. Reflexão e recepção são duas das suas ações. A primeira forma o Rosh, enquanto a segunda forma o Guf do Partzuf. Para mais detalhes, vejam a parte 3 (‘Histaklut Pnimit’), capítulo 14, página 5 do ‘Estudo das Dez Sefirot’.
O MERCADO
.
Muito movimentado,
mercado de Natal;
dinheiro é capital,
fui dar um bom olhado.
.
Vejo e não sou visto:
chuva fundamental,
com sol primordial.
Fernando é mui nisto.
.
Lareira é bom lume,
segredo, trocadilho:
tal pai, tal mãe, tal filho...
Joaquim está no cume.
.
Grande Misericórdia,
justiça equlibrada,
realeza restaurada?
Exemplo de concórdia.
.
.
Muito movimentado,
mercado de Natal;
dinheiro é capital,
fui dar um bom olhado.
.
Vejo e não sou visto:
chuva fundamental,
com sol primordial.
Fernando é mui nisto.
.
Lareira é bom lume,
segredo, trocadilho:
tal pai, tal mãe, tal filho...
Joaquim está no cume.
.
Grande Misericórdia,
justiça equlibrada,
realeza restaurada?
Exemplo de concórdia.
.
Pedro Lopes
Este natal...
Este natal trouxe-me
A melhor prenda do mundo.
Uma palavra tua...
Que injustiça!
Não poder retribuir
De igual forma.
Nada que te possa dar
Terá igual valor para ti...
Escrevo em lágrimas!
Que em boa hora
Dos meus olhos voam.
São tuas, não minhas!!!
São tuas...
Como tudo o que é meu!
Mas para ti não chega...
Nunca nada chega...
34
Passione
Nem mesmo o brilhante mais precioso,
Ou o diamante mais valioso,
Chegariam para me devolveres o sorriso!
Preferes passar a consoada sozinha,
A me teres a teu lado...
É esta a minha triste sinal!!!
Sofrer por alguém que não me quer...
Que escreve apenas um postal de conveniência!
Como se isso apagasse a mágoa da sua ausência!
De um ano que passou, dos beijos que me levou!
Que faço?
Choro? Rio? Ou faço versos para a posterioridade?
Melhor os versos que me trazem a imortalidade...
Sou pobre nos vinténs,
Mas rico o suficiente
Para te oferecer meu coração...
Este natal..
Ofereci-te meu coração...
Que tu gentilmente devolveste,
Com a singela desculpa que por ti batia!!!
Este natal...
Ofereci-te meu coração...
Que tu gentilmente devolveste...
Invocando que sofria do mal da paixão!
35
Fonte: Passione, das Edições Ecopy, Porto, 2008
Este natal...
Este natal trouxe-me
A melhor prenda do mundo.
Uma palavra tua...
Que injustiça!
Não poder retribuir
De igual forma.
Nada que te possa dar
Terá igual valor para ti...
Escrevo em lágrimas!
Que em boa hora
Dos meus olhos voam.
São tuas, não minhas!!!
São tuas...
Como tudo o que é meu!
Mas para ti não chega...
Nunca nada chega...
34
Passione
Nem mesmo o brilhante mais precioso,
Ou o diamante mais valioso,
Chegariam para me devolveres o sorriso!
Preferes passar a consoada sozinha,
A me teres a teu lado...
É esta a minha triste sinal!!!
Sofrer por alguém que não me quer...
Que escreve apenas um postal de conveniência!
Como se isso apagasse a mágoa da sua ausência!
De um ano que passou, dos beijos que me levou!
Que faço?
Choro? Rio? Ou faço versos para a posterioridade?
Melhor os versos que me trazem a imortalidade...
Sou pobre nos vinténs,
Mas rico o suficiente
Para te oferecer meu coração...
Este natal..
Ofereci-te meu coração...
Que tu gentilmente devolveste,
Com a singela desculpa que por ti batia!!!
Este natal...
Ofereci-te meu coração...
Que tu gentilmente devolveste...
Invocando que sofria do mal da paixão!
35
Fonte: Passione, das Edições Ecopy, Porto, 2008
Thursday, December 04, 2008
EDITORIAL
Amizade
Às seis e trinta da tarde do passado dia 3 de Outubro entrei no velho e querido edifício da Universidade de Évora,sobretudo, para dar um abraço ao meu grande amigo e ex-reitor da mesma, Manuel Patrício.Estava agendado para essa tarde o lançamento do livro, composto por cerca de 50 comunicações que ao longo do dia 23 de Julho de 2006 foram produzidas pelos muitosamigos que assim quiseram prestar a justa homenagem a este Alentejano de Montargil.Eu e um grupo de amigos dos velhos tempos de liceu estivemos presentes nessa homenagem e agradecemos ao professor Patrício tê-lo encontrado nessa época. Eu fi-loda forma como, aqui, em parte, me atrevo a transcrever:.. “Bem-haja Prof. Patrício por tê-lo encontrado nessa época, por ter partilhado comigo uma época em que me começavaa encontrar como ser vivente e pensante. Foi também graças a si que ajustei o meu molde pessoal". Num dos pensamentos que transcreveu para um dos seus livrospublicados, escreve o seguinte: “ A vida do homem é um processo, ou seja, história. Se retirarmos a história à vida da homem este fica incompreensível”.,É sobre esta história de vida que me convidaram a tecer umas palavras. E tem esta sua história de vida uma envolvência em que o factor humano todos os anos tinha umacréscimo derivado à profissão que escolheu. Neste contexto, e para dar mais vida a este testemunho/convite, vou compartilhar esta minha intervenção com alguns amigosque o são desde essa já distante década de 60, É uma amizade que os anos não têm conseguido "beliscar". Bem pelo contrário, parece que à medida que o tempo passa, elase tem reforçado e fortalecido. Na base dela está a vivência desse liceu, dessas "cumplicidades", daquilo que nos custava a entender, como as duas filas, uma para rapazes,outra para raparigas, simplesmente para comprar os bolos ou "folhas de exercícios"; ou o recreio dos rapazes e das raparigas, o delas lá para dentro, mais recatado naturalmente- Gineceu. Se eram tempos difíceis para os alunos, mais o seriam certamente para os professores. Pelo menos para aqueles que sempre pautaram a sua vida pela sua verticalidade, pelo respeito por princípios de Humanismo, de Liberdade, de Democracia. Mas como o poeta diz: "há sempre alguém que resiste, há sempre alguém que diz não”Também nesse liceu havia quem transformasse as suas aulas em momentos de magia. E era sempre, sempre, Manuel Ferreira Patrício, apostado em que a escola fosse mais do que uma simples transmissão de conhecimentos, que, naturalmente, também o era. A visão da escola, como o espaço priveligiado para o desenvolvimento da Cidadania,Da Tolerância,da Cultura,da Amizade. Meu caro professor Manuel Patrício, a família Nabeiro quer, mais uma vez, agradecer a sua douta orientação, quando decidiu que os filhos dos nossos colaboradores poderiam ser também “levados” pela sua mão de Mestre, no nosso CentroEducativo Alice Nabeiro, e o meu caro amigo aceitou sem hesitar ser o seu Director Pedagógico. Um abraço desta sua família que também quer crescer no conhecimento.”
Fonte: nº 32, da Revista "Delta magazie"
Amizade
Às seis e trinta da tarde do passado dia 3 de Outubro entrei no velho e querido edifício da Universidade de Évora,sobretudo, para dar um abraço ao meu grande amigo e ex-reitor da mesma, Manuel Patrício.Estava agendado para essa tarde o lançamento do livro, composto por cerca de 50 comunicações que ao longo do dia 23 de Julho de 2006 foram produzidas pelos muitosamigos que assim quiseram prestar a justa homenagem a este Alentejano de Montargil.Eu e um grupo de amigos dos velhos tempos de liceu estivemos presentes nessa homenagem e agradecemos ao professor Patrício tê-lo encontrado nessa época. Eu fi-loda forma como, aqui, em parte, me atrevo a transcrever:.. “Bem-haja Prof. Patrício por tê-lo encontrado nessa época, por ter partilhado comigo uma época em que me começavaa encontrar como ser vivente e pensante. Foi também graças a si que ajustei o meu molde pessoal". Num dos pensamentos que transcreveu para um dos seus livrospublicados, escreve o seguinte: “ A vida do homem é um processo, ou seja, história. Se retirarmos a história à vida da homem este fica incompreensível”.,É sobre esta história de vida que me convidaram a tecer umas palavras. E tem esta sua história de vida uma envolvência em que o factor humano todos os anos tinha umacréscimo derivado à profissão que escolheu. Neste contexto, e para dar mais vida a este testemunho/convite, vou compartilhar esta minha intervenção com alguns amigosque o são desde essa já distante década de 60, É uma amizade que os anos não têm conseguido "beliscar". Bem pelo contrário, parece que à medida que o tempo passa, elase tem reforçado e fortalecido. Na base dela está a vivência desse liceu, dessas "cumplicidades", daquilo que nos custava a entender, como as duas filas, uma para rapazes,outra para raparigas, simplesmente para comprar os bolos ou "folhas de exercícios"; ou o recreio dos rapazes e das raparigas, o delas lá para dentro, mais recatado naturalmente- Gineceu. Se eram tempos difíceis para os alunos, mais o seriam certamente para os professores. Pelo menos para aqueles que sempre pautaram a sua vida pela sua verticalidade, pelo respeito por princípios de Humanismo, de Liberdade, de Democracia. Mas como o poeta diz: "há sempre alguém que resiste, há sempre alguém que diz não”Também nesse liceu havia quem transformasse as suas aulas em momentos de magia. E era sempre, sempre, Manuel Ferreira Patrício, apostado em que a escola fosse mais do que uma simples transmissão de conhecimentos, que, naturalmente, também o era. A visão da escola, como o espaço priveligiado para o desenvolvimento da Cidadania,Da Tolerância,da Cultura,da Amizade. Meu caro professor Manuel Patrício, a família Nabeiro quer, mais uma vez, agradecer a sua douta orientação, quando decidiu que os filhos dos nossos colaboradores poderiam ser também “levados” pela sua mão de Mestre, no nosso CentroEducativo Alice Nabeiro, e o meu caro amigo aceitou sem hesitar ser o seu Director Pedagógico. Um abraço desta sua família que também quer crescer no conhecimento.”
Fonte: nº 32, da Revista "Delta magazie"
Pticha 22
Comentários de Rav Laitman:
Há cinco níveis do desejo de receber prazer na tela, isto é, cinco níveis de força anti-egoísta de resistência ao prazer. Duas dessas forças, a espessura (Aviut) e a força (Kashiut), precisam ser balanceadas. Então Malchut tem a liberdade de escolha e pode tomar suas próprias decisões, pois ela é independente de todos os seus próprios desejos e prazeres.
A Or Yashar é igual à Or Chozer, o que significa que a criação deseja doar ao Criador o mesmo prazer que Ele preparou para ela. A Or Chozer (intenção) reveste, por assim dizer, o prazer do Criador; isso demonstra que o Kli não quer esse prazer para si mesmo, mas devolve o prazer ao Criador.
Na ausência de mais um desejo (significa a ausência do ‘desejo de doar’, e não um ‘desejo de receber’ egoísta, pois este nunca desaparece), Guimel, a tela pode envolver apenas três luzes em sua Luz Refletida. Assim, ela não será capaz de ‘ver’ as luzes de Yechidah e Chayah. É por isso que nós não podemos sentir a luz do Criador em nosso mundo. Inicialmente, nós não possuímos a tela e a luz refletida por ela, sem a qual é impossível ver ou sentir a luz do Criador.
A quantidade da Luz Refletida depende da força da tela: quanto mais forte for a tela, mais alto será o nível da Luz Refletida, mais longe o Kli verá, e mais ele poderá receber em prol do Criador. Quando a tela torna-se mais fraca, o Kli vê menos e assim, pode receber menos em prol do Criador.
Não há mudanças na tela. Todas as mudanças são somente na Aviut. A tela é a força de resistência ao egoísmo; ela está presente em cada propriedade. A diferença está na Aviut, no número de desejos egoístas providos com a tela. Nós estudamos somente quatro níveis de Aviut, pois Keter não tem Aviut (o ‘desejo de receber’); ela somente quer doar.
O desejo de dar prazer às criaturas – Keter – evocou o ‘desejo de receber’ nas Sefirot interiores; assim, Keter é a raiz da Aviut. Quando o objeto espiritual inferior é incapaz de receber com a intenção em prol do Criador , ele usa a Aviut shoresh, isto é, ele somente pode praticar atos de doação com a intenção em prol do Criador.
Há a luz – prazer, o Kli – o ‘desejo de receber’, e a tela – a força de resistir ao prazer. O Kli cria a tela para tornar-se semelhante ao Criador. Não há nada além disso em todo o universo!
Lembrem-se disso constantemente e tentem interpretar a Kabbalah com a ajuda desses três componentes.
Nós não podemos sentir nenhum prazer espiritual porque nos falta até mesmo uma tela mínima. O poder da vontade da tela determina com qual prazer o Kabbalista trabalha. Após o TA, o Kli inclui não somente o ‘desejo de receber’, mas também o ‘desejo de receber’ com a tela, isto é, não para auto-satisfação, mas para o Criador.
Quando não há tela para um certo desejo, isso significa que o Kabbalista não pode trabalhar com ele, isto é, ele é inapto a ser preenchido com a luz; por isso dizemos que ele está ausente. Ele não desaparece: somente não é usado. O nível espiritual (Koma) de um Partzuf depende da intensidade do desejo ajustado à tela.
A oposição ao desejo mais intenso – Dalet, dá nascimento ao Partzuf do nível mais alto – Keter. A oposição ao desejo do nível Guimel dá nascimento ao Partzuf de Chochmah, que é um grau abaixo de Keter. A força de oposição ao desejo Bet cria o Partzuf do nível de Binah, um grau mais baixo que o precedente, isto é, ele pode se assemelhar ao Criador ainda menos do que com a tela Guimel.
Se a tela pode resistir ao desejo Alef, isso significa que o nível espiritual do Kabbalista é Tifferet. Se ela pode resistir ao menor desejo – Shoresh, então isso dá nascimento ao Partzuf mais tênue, Malchut.
Os desejos egoístas devem ser usados apenas na extensão do poder da vontade para resistir a eles. Não se pode trabalhar com desejos incorrigidos sem a tela; eles precisam ser neutralizados e restritos. Os desejos nem aparecem nem desaparecem; eles são criados pelo Criador. Somente seu uso depende do homem.
Tudo depende da força de resistência da tela, a intenção, que torna o receptor em doador. É isso que significa o ‘jogo’ entre o Criador e a criação: transformar um desejo egoísta em um desejo altruísta, isto é, dirigi-lo ao Criador.
Todos os desejos estão em Malchut do mundo da Infinidade; ela os usa de acordo com a tela, que emerge nela em cada caso. Há as telas com a ajuda das quais Malchut constrói mundos, e aquelas que formam vários Partzufim. Certos tipos de tela promovem o aparecimento das almas. Todas essas são partes do Malchut do mundo da Infinidade.
Desistir de um certo prazer é mais fácil do que recebê-lo de alguém, que o dá a você. (Vamos lá, não desistamos, de modo algum!! Não tenhamos medo nem complexos por termos dito não ao prazer e logo a seguir dizermos sim !!)A pessoa pode sempre receber menos luz em prol do Criador, do que aquela de que consegue desistir. Ou pode-se escolher não ‘trabalhar’ com a luz de modo algum.
Se um Kli decide receber egoisticamente, isto é, se ele tem um desejo sem uma tela, a luz primeiro se aproxima do Kli (o Kli atrai a luz), mas assim que a luz tenta entrar, a lei do TA entra em ação e a luz se retrai.
Quando Malchut do mundo da Infinidade fez o TA, o Criador aceitou essa lei. Por isso, nós não podemos usar abertamente o nosso egoísmo. Estamos sob a influência dessa lei; assim, não podemos sentir nenhum prazer espiritual até que tenhamos conseguido criar uma tela para ele.
Adicionalmente, o que são os prazeres deste mundo? Eles constituem a micro-dose da luz (a Ner Dakik) de toda a Malchut do mundo da Infinidade, que teve permissão para ser sentida por nós e pode existir fora do TA. Transcender este mundo somente é possível adquirindo-se uma tela.
Se houver uma tela para um prazer maior, então ela também estará disponível para um prazer menor. Para parar de receber prazer para si mesmo, é preciso adicionar uma intenção a esse prazer (a Or Chozer), e recebê-lo em prol do Doador.
Movimento, no mundo espiritual, ocorre somente por causa do fortalecimento ou do enfraquecimento da tela. Toda a criação, Malchut do mundo da Infinidade, gradualmente adquire a tela para todos os seus desejos. Quando todos os desejos de Malchut estiverem ajustados à tela, Malchut atingirá o estado da ‘Correção Final’ (Gmar Tikkun). Esse é o significado de todas as ações da criação.
A criação da tela, sua interação com a luz, a Or Chozer envolvendo a luz, é chamada ‘mandamento’, Mitzvah. A luz recebida é chamada ‘Torah’. Em resumo há 620 níveis, degraus, medidas da interação da tela com a luz, de modo a receber todas as partículas da luz em todos os desejos de Malchut. Quando Malchut estiver completamente preenchida com a luz do Criador, isso significará que ela recebeu a Torah inteira e alcançou a perfeição.
.
Euromilhões
.
Dança da chuva
que veio, sol,
alma não mole,
pessoa, luva...
.
Puro desejo,
mui grande ensejo,
divinal bocejo:
beijo é "bejo"!
.
É desta vez
se Deus tu vês
p'ra lho dar, Inês,
Pedro, "Marquês"...
.
Cinco milhões
p'ra Deus, Simões,
mais os tosões
d' ouro; fusões.
.
Comentários de Rav Laitman:
Há cinco níveis do desejo de receber prazer na tela, isto é, cinco níveis de força anti-egoísta de resistência ao prazer. Duas dessas forças, a espessura (Aviut) e a força (Kashiut), precisam ser balanceadas. Então Malchut tem a liberdade de escolha e pode tomar suas próprias decisões, pois ela é independente de todos os seus próprios desejos e prazeres.
A Or Yashar é igual à Or Chozer, o que significa que a criação deseja doar ao Criador o mesmo prazer que Ele preparou para ela. A Or Chozer (intenção) reveste, por assim dizer, o prazer do Criador; isso demonstra que o Kli não quer esse prazer para si mesmo, mas devolve o prazer ao Criador.
Na ausência de mais um desejo (significa a ausência do ‘desejo de doar’, e não um ‘desejo de receber’ egoísta, pois este nunca desaparece), Guimel, a tela pode envolver apenas três luzes em sua Luz Refletida. Assim, ela não será capaz de ‘ver’ as luzes de Yechidah e Chayah. É por isso que nós não podemos sentir a luz do Criador em nosso mundo. Inicialmente, nós não possuímos a tela e a luz refletida por ela, sem a qual é impossível ver ou sentir a luz do Criador.
A quantidade da Luz Refletida depende da força da tela: quanto mais forte for a tela, mais alto será o nível da Luz Refletida, mais longe o Kli verá, e mais ele poderá receber em prol do Criador. Quando a tela torna-se mais fraca, o Kli vê menos e assim, pode receber menos em prol do Criador.
Não há mudanças na tela. Todas as mudanças são somente na Aviut. A tela é a força de resistência ao egoísmo; ela está presente em cada propriedade. A diferença está na Aviut, no número de desejos egoístas providos com a tela. Nós estudamos somente quatro níveis de Aviut, pois Keter não tem Aviut (o ‘desejo de receber’); ela somente quer doar.
O desejo de dar prazer às criaturas – Keter – evocou o ‘desejo de receber’ nas Sefirot interiores; assim, Keter é a raiz da Aviut. Quando o objeto espiritual inferior é incapaz de receber com a intenção em prol do Criador , ele usa a Aviut shoresh, isto é, ele somente pode praticar atos de doação com a intenção em prol do Criador.
Há a luz – prazer, o Kli – o ‘desejo de receber’, e a tela – a força de resistir ao prazer. O Kli cria a tela para tornar-se semelhante ao Criador. Não há nada além disso em todo o universo!
Lembrem-se disso constantemente e tentem interpretar a Kabbalah com a ajuda desses três componentes.
Nós não podemos sentir nenhum prazer espiritual porque nos falta até mesmo uma tela mínima. O poder da vontade da tela determina com qual prazer o Kabbalista trabalha. Após o TA, o Kli inclui não somente o ‘desejo de receber’, mas também o ‘desejo de receber’ com a tela, isto é, não para auto-satisfação, mas para o Criador.
Quando não há tela para um certo desejo, isso significa que o Kabbalista não pode trabalhar com ele, isto é, ele é inapto a ser preenchido com a luz; por isso dizemos que ele está ausente. Ele não desaparece: somente não é usado. O nível espiritual (Koma) de um Partzuf depende da intensidade do desejo ajustado à tela.
A oposição ao desejo mais intenso – Dalet, dá nascimento ao Partzuf do nível mais alto – Keter. A oposição ao desejo do nível Guimel dá nascimento ao Partzuf de Chochmah, que é um grau abaixo de Keter. A força de oposição ao desejo Bet cria o Partzuf do nível de Binah, um grau mais baixo que o precedente, isto é, ele pode se assemelhar ao Criador ainda menos do que com a tela Guimel.
Se a tela pode resistir ao desejo Alef, isso significa que o nível espiritual do Kabbalista é Tifferet. Se ela pode resistir ao menor desejo – Shoresh, então isso dá nascimento ao Partzuf mais tênue, Malchut.
Os desejos egoístas devem ser usados apenas na extensão do poder da vontade para resistir a eles. Não se pode trabalhar com desejos incorrigidos sem a tela; eles precisam ser neutralizados e restritos. Os desejos nem aparecem nem desaparecem; eles são criados pelo Criador. Somente seu uso depende do homem.
Tudo depende da força de resistência da tela, a intenção, que torna o receptor em doador. É isso que significa o ‘jogo’ entre o Criador e a criação: transformar um desejo egoísta em um desejo altruísta, isto é, dirigi-lo ao Criador.
Todos os desejos estão em Malchut do mundo da Infinidade; ela os usa de acordo com a tela, que emerge nela em cada caso. Há as telas com a ajuda das quais Malchut constrói mundos, e aquelas que formam vários Partzufim. Certos tipos de tela promovem o aparecimento das almas. Todas essas são partes do Malchut do mundo da Infinidade.
Desistir de um certo prazer é mais fácil do que recebê-lo de alguém, que o dá a você. (Vamos lá, não desistamos, de modo algum!! Não tenhamos medo nem complexos por termos dito não ao prazer e logo a seguir dizermos sim !!)A pessoa pode sempre receber menos luz em prol do Criador, do que aquela de que consegue desistir. Ou pode-se escolher não ‘trabalhar’ com a luz de modo algum.
Se um Kli decide receber egoisticamente, isto é, se ele tem um desejo sem uma tela, a luz primeiro se aproxima do Kli (o Kli atrai a luz), mas assim que a luz tenta entrar, a lei do TA entra em ação e a luz se retrai.
Quando Malchut do mundo da Infinidade fez o TA, o Criador aceitou essa lei. Por isso, nós não podemos usar abertamente o nosso egoísmo. Estamos sob a influência dessa lei; assim, não podemos sentir nenhum prazer espiritual até que tenhamos conseguido criar uma tela para ele.
Adicionalmente, o que são os prazeres deste mundo? Eles constituem a micro-dose da luz (a Ner Dakik) de toda a Malchut do mundo da Infinidade, que teve permissão para ser sentida por nós e pode existir fora do TA. Transcender este mundo somente é possível adquirindo-se uma tela.
Se houver uma tela para um prazer maior, então ela também estará disponível para um prazer menor. Para parar de receber prazer para si mesmo, é preciso adicionar uma intenção a esse prazer (a Or Chozer), e recebê-lo em prol do Doador.
Movimento, no mundo espiritual, ocorre somente por causa do fortalecimento ou do enfraquecimento da tela. Toda a criação, Malchut do mundo da Infinidade, gradualmente adquire a tela para todos os seus desejos. Quando todos os desejos de Malchut estiverem ajustados à tela, Malchut atingirá o estado da ‘Correção Final’ (Gmar Tikkun). Esse é o significado de todas as ações da criação.
A criação da tela, sua interação com a luz, a Or Chozer envolvendo a luz, é chamada ‘mandamento’, Mitzvah. A luz recebida é chamada ‘Torah’. Em resumo há 620 níveis, degraus, medidas da interação da tela com a luz, de modo a receber todas as partículas da luz em todos os desejos de Malchut. Quando Malchut estiver completamente preenchida com a luz do Criador, isso significará que ela recebeu a Torah inteira e alcançou a perfeição.
.
Euromilhões
.
Dança da chuva
que veio, sol,
alma não mole,
pessoa, luva...
.
Puro desejo,
mui grande ensejo,
divinal bocejo:
beijo é "bejo"!
.
É desta vez
se Deus tu vês
p'ra lho dar, Inês,
Pedro, "Marquês"...
.
Cinco milhões
p'ra Deus, Simões,
mais os tosões
d' ouro; fusões.
.
Wednesday, December 03, 2008
INTRODUÇÃO
O método cabalístico é a arte prática de entrar em mundos mais elevados e de participar neles. Quer seja através da acção, da devoção ou da contemplação, o seu objectivo é sempre servir Deus e colaborar no grande Trabalho de Unificação.
Este Trabalho é a perfeição da humanidade de modo a que Adão, a imagem do Divino, possa compreender que o universo exterior e interior é o reflexo de Deus a olhar para Deus.
Antes deste estado penúltimo de ser, antes da união total com o Absoluto, o universo e a humanidade têm que passar por muitas fases. De acordo com um ponto de vista, a raça humana como um todo está a menos de meio caminho do seu desenvolvimento. Na verdade, a história e os acontecimentos do nosso século indicam que a grande maioria dos seres humanos na Terra se situam algures entre a infância e a juventude. Depois de duas guerras globais, a possibilidade da
ocorrência de uma terceira continua a ser bastante real, na medida em que as chamadas nações avançadas ainda reagem, em relação a questões territoriais, como gangs de adolescentes, enquanto as restantes discutem entre si por causa dos feijões do poder e da riqueza. Felizmente, ainda que em todas as sociedades haja uma minoria de seres infantis com uma visão primitiva das coisas, sempre existiu uma fracção da humanidade com mais maturidade. Esta ponta de lança
evoluída da humanidade ocorre em todo o mundo e em todos os períodos da História. Pode ser vista corporizada em figuras messiânicas, grandes profetas e professores, ou nas tradições de um elevado desenvolvimento espiritual. A sua influência indirecta pode ser testemunhada nas religiões vivas da humanidade
e nos períodos de cultura avançada em que o impulso criativo do influxo cósmico se conjugou com um momento de florescimento numa sociedade, produzindo civilizações como os primeiros tempos do Islão ou a China antiga. Essas grandes
épocas, tal como o período dos construtores de catedrais da Idade Média, não podiam ter emergido sem a presença de pessoas que não só tinham conhecimento dos mundos superiores, como possuíam a capacidade de atrair a sua substância
e poder, concentrando-os nas actividades da Terra. Tal como outras tradições espirituais, este é o Trabalho da Cabala. No entanto, antes de esta tarefa poder ser levada a cabo por um indivíduo, grupo ou escola, existe todo um processo de
formação e compreensão o que está envolvido. E necessário que assim seja, caso contrário a operação de unificação não passará de um exercício de magia preocupado com a inflação pessoal e interesses privados que são exactamente o oposto do objectivo do Trabalho de Unificação, como a Cabala é por vezes chamada.
A Cabala é uma das muitas tradições envolvidas em actividades deste tipo. Se olharmos para a sua linha antiga, veremos que a Cabala, embora nem sempre fosse conhecida por este nome, foi praticada em muitos dos grandes centros
culturais da Médio Oriente e do Ocidente. Encontramo-la em Israel antes do exílio, em Babilónia, no Egipto Helénico e na Judeia ocupada pelos romanos. Existia na Mesopotâmia islâmica antes de ser transferida para a Provença e para
Espanha na Idade Média, e foi praticada na Flandres e na Boémia, bem como na Polónia, na Itália e na Inglaterra isabelina, onde Shakespeare conhecia indubitavelmente judeus secretos que viviam nessa altura em Londres. A Cabala foi estudada na Holanda do século XVII e na Alemanha do século XVIII, bem como na Inglaterra vitoriana, embora o sistema então praticado se tivesse distanciado da linha judaica que continuou a ser seguida na Europa Oriental e na Ásia Ocidental.
Conforme se poderá observar, o mero contacto com a teoria de uma tradição espiritual não é suficiente para transformar um indivíduo, quanto mais uma sociedade. A acção deve ser tomada de acordo com a sequência dos quatro níveis de existência. Para desejar, conceber, formar e levar a cabo um projecto espiritual, ou transmitir uma influência cósmica, é necessário não apenas compreender princípios esotéricos, mas também possuir a capacidade de os implementar. Este livro tenta estabelecer um processo de aquisição desse conhe-
cimento e das técnicas de como este poderá ser utilizado para diferentes objectivos e a vários níveis. Ele utilizará material tradicional que vai de encontro a situações actuais, porque a Cabala sempre se adaptou ao presente. Se isso não tivesse acontecido, a linha teria morrido no Israel da antiguidade, em vez de ainda estar viva e de ser praticada em todo o mundo sob formas apropriadas a cada período e local. E, assim, começamos com o Eterno e traduzimo-lo para o nosso tempo.
Nota: qual o maior prazer? Não é o do amor, o da união física e espiritual com a alma gémea? Ou será o da riqueza e do poder? Ou da liberdade? Ou do conhecimeto, ou da paz?
Fonte: “O Caminho do Cabalista” , de Z’ EV BEN SHIMON HALEVI, das Pulicações Europa América
O método cabalístico é a arte prática de entrar em mundos mais elevados e de participar neles. Quer seja através da acção, da devoção ou da contemplação, o seu objectivo é sempre servir Deus e colaborar no grande Trabalho de Unificação.
Este Trabalho é a perfeição da humanidade de modo a que Adão, a imagem do Divino, possa compreender que o universo exterior e interior é o reflexo de Deus a olhar para Deus.
Antes deste estado penúltimo de ser, antes da união total com o Absoluto, o universo e a humanidade têm que passar por muitas fases. De acordo com um ponto de vista, a raça humana como um todo está a menos de meio caminho do seu desenvolvimento. Na verdade, a história e os acontecimentos do nosso século indicam que a grande maioria dos seres humanos na Terra se situam algures entre a infância e a juventude. Depois de duas guerras globais, a possibilidade da
ocorrência de uma terceira continua a ser bastante real, na medida em que as chamadas nações avançadas ainda reagem, em relação a questões territoriais, como gangs de adolescentes, enquanto as restantes discutem entre si por causa dos feijões do poder e da riqueza. Felizmente, ainda que em todas as sociedades haja uma minoria de seres infantis com uma visão primitiva das coisas, sempre existiu uma fracção da humanidade com mais maturidade. Esta ponta de lança
evoluída da humanidade ocorre em todo o mundo e em todos os períodos da História. Pode ser vista corporizada em figuras messiânicas, grandes profetas e professores, ou nas tradições de um elevado desenvolvimento espiritual. A sua influência indirecta pode ser testemunhada nas religiões vivas da humanidade
e nos períodos de cultura avançada em que o impulso criativo do influxo cósmico se conjugou com um momento de florescimento numa sociedade, produzindo civilizações como os primeiros tempos do Islão ou a China antiga. Essas grandes
épocas, tal como o período dos construtores de catedrais da Idade Média, não podiam ter emergido sem a presença de pessoas que não só tinham conhecimento dos mundos superiores, como possuíam a capacidade de atrair a sua substância
e poder, concentrando-os nas actividades da Terra. Tal como outras tradições espirituais, este é o Trabalho da Cabala. No entanto, antes de esta tarefa poder ser levada a cabo por um indivíduo, grupo ou escola, existe todo um processo de
formação e compreensão o que está envolvido. E necessário que assim seja, caso contrário a operação de unificação não passará de um exercício de magia preocupado com a inflação pessoal e interesses privados que são exactamente o oposto do objectivo do Trabalho de Unificação, como a Cabala é por vezes chamada.
A Cabala é uma das muitas tradições envolvidas em actividades deste tipo. Se olharmos para a sua linha antiga, veremos que a Cabala, embora nem sempre fosse conhecida por este nome, foi praticada em muitos dos grandes centros
culturais da Médio Oriente e do Ocidente. Encontramo-la em Israel antes do exílio, em Babilónia, no Egipto Helénico e na Judeia ocupada pelos romanos. Existia na Mesopotâmia islâmica antes de ser transferida para a Provença e para
Espanha na Idade Média, e foi praticada na Flandres e na Boémia, bem como na Polónia, na Itália e na Inglaterra isabelina, onde Shakespeare conhecia indubitavelmente judeus secretos que viviam nessa altura em Londres. A Cabala foi estudada na Holanda do século XVII e na Alemanha do século XVIII, bem como na Inglaterra vitoriana, embora o sistema então praticado se tivesse distanciado da linha judaica que continuou a ser seguida na Europa Oriental e na Ásia Ocidental.
Conforme se poderá observar, o mero contacto com a teoria de uma tradição espiritual não é suficiente para transformar um indivíduo, quanto mais uma sociedade. A acção deve ser tomada de acordo com a sequência dos quatro níveis de existência. Para desejar, conceber, formar e levar a cabo um projecto espiritual, ou transmitir uma influência cósmica, é necessário não apenas compreender princípios esotéricos, mas também possuir a capacidade de os implementar. Este livro tenta estabelecer um processo de aquisição desse conhe-
cimento e das técnicas de como este poderá ser utilizado para diferentes objectivos e a vários níveis. Ele utilizará material tradicional que vai de encontro a situações actuais, porque a Cabala sempre se adaptou ao presente. Se isso não tivesse acontecido, a linha teria morrido no Israel da antiguidade, em vez de ainda estar viva e de ser praticada em todo o mundo sob formas apropriadas a cada período e local. E, assim, começamos com o Eterno e traduzimo-lo para o nosso tempo.
Nota: qual o maior prazer? Não é o do amor, o da união física e espiritual com a alma gémea? Ou será o da riqueza e do poder? Ou da liberdade? Ou do conhecimeto, ou da paz?
Fonte: “O Caminho do Cabalista” , de Z’ EV BEN SHIMON HALEVI, das Pulicações Europa América
O mágico omnipotente
Que Năo Podia Estar Sozinho (Uma história para Adultos)
.
Você sabe porque somente os idosos contam histórias e lendas? Porquę as lendas săo a coisa mais astuta do mundo! Tudo no mundo muda, somente as lendas verdadeiras ficam. Lendas săo sabedoria, e para contá-las, a pessoa deve possuir muito conhecimento, e ver coisas que os outros năo vêem. Para isso, a pessoa deve ter vivido muito. É por isso que somente as pessoas idosas sabem como contar lendas. Como está escrito no maior e mais antigo livro de magias, "Uma pessoa idosa é alguém que adquiriu sabedoria"!
As crianças adoram ouvir lendas porque elas tęm imaginaçăo e cérebro para ver tudo, e năo somente o que os outros vêem. Se uma criança cresce e ainda vê o que os outros năo vêem, ela se torna sábia e astuta, ela "adquire sabedoria". E porque ela vê o que os outros não vêem, ela sabe que a imaginaçăo é real. Ela permance entăo uma criança, uma "sábia criança", como está escrito no maior e mais antigo livro de magia, "O Zohar".
Era uma vez um mágico, grande, nobre e bondoso ... com todos os atributos normalmente existentes nos livros infantís ... mas apesar de ele ser tão bondoso, não tinha ninguém com quem dividir isso ... ele não possuía ninguém a quem pudesse dedicar sua afeiçăo, brincar, passar o tempo juntos, ou pensar nele ... ele também precisava se sentir querido, pois é muito triste estar sozinho.
O que ele deveria fazer? Ele pensou que talvez pudesse fazer uma pedra, uma bem pequenina, mas bela, e talvez fosse esta a resposta. "Eu vou acariciar a pedra e sentir que existe alguma coisa constantemente ao meu lado, e nós dois iremos nos sentir bem, pois é muito triste estar sozinho".
Ele agitou a sua varinha mágica, e em um instante havia lá uma pedra, exactamente como ele queria. Ele começou a acariciá-la e a abraçá-la, mas a pedra năo respondeu. Ela permaneceu fria, sem reagir. A pedra permanecia sempre aquele objecto sem sentimentos, nãoo importando o que ele lhe fizesse. Isto năo agradou ao mágico de maneira alguma. Como pode a pedra năo responder? Ele tentou criar mais algumas pedras, e entăo rochas, colinas, montanhas, solo, a Terra, a Lua e a Galáxia. Mas eram todos iguais ... nada. Ele então se sentiu triste e completamente sozinho.
Na sua tristeza, pensou que ao invés de pedras, ele poderia criar uma planta que iria florescer belamente. Ele iria regá-la, dar-lhe algum ar, e algum sol, tocar para ela alguma música ... e a planta iria ser feliz. E ambos então estariam contentes, pois é muito triste estar sozinho.
Ele agitou a sua varinha mágica, e em um instante havia lá uma planta, exatamente como ele queria. Ele ficou tão feliz, que começou a dançar ao redor dela, mas a planta năo se movia; ela năo dançava com ele ou seguia seus movimentos. Ela só respondia ao que o mágico lhe dava nos mais simples termos. Se regava, ela crescia, e se o năo o fazia, ela morria. Isso năo era suficiente para um mágico tão bondoso, que queria dar todo o seu coraçăo. Ele tinha que fazer algo mais, pois é muito triste estar sozinho. Ele entăo criou todos os tipos de plantas, de todos os tamanhos possíveis, campos, florestas, pomares, plantaçőes e bosques. Mas todos se comportavam da mesma forma que a primeira planta .. e novamente ele ficou sozinho na sua tristeza.
O mágico pensou e pensou. O que ele deveria fazer? Criar um animal! Que tipo de animal? Um căo? Sim, um belo e pequeno cão que estaria constantemente ao seu lado. Ele o levaria para passear, e o cão iria pular e saltar e correr junto dele. Quando ele voltasse ao seu palácio (ou melhor, sendo um mágico, ao seu castelo), o cão iria estar tăo agradecido em vê-lo, que iria correr para saudá-lo. E ambos entăo seriam felizes, pois é muito triste estar sozinho.
Agitou a sua varinha mágica, e em um instante havia lá um căo, exactamente como que ele queria. Ele começou a cuidar do căo, alimentou-o, deu-lhe de beber, e acariciou-o. Mas o amor de um căo se resume em estar perto do seu dono, onde quer que ele esteja. O mágico ficou triste em ver que o căo năo podia retribuir completamente seus sentimentos, mesmo que ele jogasse com ele tăo agradavelmente, ou que o levasse a todos os lugares. O căo năo podia ser seu verdadeiro amigo, năo podia apreciar aquilo que ele fazia por ele, năo compreendia seus pensamentos, desejos e quanto trabalho isso tudo lhe deu. Mas era isso o que o mágico queria. Ele fez outras criaturas: peixes, aves, mamíferos, porém tudo em văo: nenhum deles o entendia. Era muito triste estar sozinho.
O mágico sentou-se e pensou. Ele entăo compreendeu que, para que ele tivesse um verdadeiro amigo, que este deveria ser alguém que iria procurar pelo mágico, que iria querê-lo muito, que seria como o mágico, capaz de amar como ele, entender como ele ... parecer-se com ele ... ser seu companheiro. Companheiro? Verdadeiro amigo? Ele teria que ser alguém que estivesse próximo de si, que entendesse o que ele lhe dava, e que pudesse retribuir todas as suas dádivas. Os mágicos também querem amar e ser amados. E ambos entăo estariam contentes, pois é muito triste estar sozinho.
O mágico entăo pensou em criar o homem. Ele poderia ser seu verdadeiro amigo! Ele poderia ser como ele ... ele necessitaria meramente de alguma ajuda para ser como ele. Aí, os dois iriam se sentir bem, pois é muito triste estar sozinho ... Mas para que eles se sentissem bem, ele primeiramente teria que se sentir só, teria que estar triste sem o mágico ...
O mágico agitou a sua varinha mágica novamente, e fez um homem, distantemente. Mas o homem năo sentiu que havia um mágico, o qual tinha feito todas as pedras, plantas, colinas, campos, a Lua, chuva, ventos, etc. um mundo inteiramente repleto de coisas belas, até com computadores e bolas de futebol, e que fazia com que ele se sentisse bem e que nada o faltasse. O mágico, por outro lado, continuou a se sentir triste por estar sozinho. O homem năo sabia que o mágico existia, e que ele o havia feito, amado, e que o estava esperando, para que juntos pudessem se sentir bem, pois é muito triste estar sozinho.
Mas como iria o homem, que estava contente, que tinha tudo, até um computador e uma bola de futebol, e que năo conhecia o mágico, querer achá-lo, conhecę-lo, se aproximar dele, amá-lo, ser seu amigo, e dizer-lhe: "Venha, nós dois nos sentiremos bem, pois é muito triste estar sozinho, sem você"? Uma pessoa conhece somente o que está à sua volta, e faz somente o que as pessoas ao seu redor fazem, fala somente o que os outros ao seu redor falam, quer somente o que eles querem, năo se acanha em pedir graciosamente presentes, um computador, uma bola de futebol. Como pode ele saber que existe um mágico que está triste por estar sozinho?
Mas o mágico é bondoso, e constantemente olha pelo homem, e quando chega a hora certa ... ele agita a sua varinha mágica e chama ao coraçăo do homem muito baixinho. O homem pensa que está procurando algo, e não percebe que é o mágico quem o está chamando, "Venha, nós dois nos sentiremos bem, pois é muito triste estar sozinho, sem você"?
Entăo o mágico agita a sua varinha mágica mais uma vez, e o homem o sente. Ele começa a pensar nele, a pensar que seria bom se estivessem juntos, pois é muito triste estar sozinho, sem o mágico. Mais uma agitação da varinha mágica, e o homem sente que existe uma torre mágica cheia de bondade e imponência, na qual o mágico espera por ele, para que ambos possam se sentir bem, já que é muito triste estar sozinho ...
Mas onde está a torre? Como ele pode alcançá-la? Qual é o caminho? Ele pergunta a si mesmo, contrariado e confuso, como pode ele encontrar o mágico? Ele continua sentindo o toque da varinha no seu coraçăo, e năo pode dormir. Ele vê constantemente mágicos e imponentes torres, e năo consegue sequer comer. Isso é o que acontece quando uma pessoa quer algo muito intensamente, e năo consegue encontrá-lo; é triste estar sozinho. Mas para ser como o mágico, sábio, grande, nobre, bondoso, amoroso e um amigo, um agitar de varinha năo é suficiente; o homem precisa aprender a fazer milagres por si só.
Entăo, o mágico, secreta e subtilmente, gentil e inocentemente, leva o homem até o maior e mais antigo de todos os livros, o Livro do Zohar ... e mostra-lhe o caminho até a torre imponente. O homem o estuda para que possa rapidamente encontrar o mágico, encontrar o amigo, e lhe dizer: "Venha, nós dois nos sentiremos bem, pois é muito triste estar sozinho".
No entanto, existe um alto muro ao redor da torre, e muitos guardas o repelem, que impedem que eles estejam juntos e fiquem bem. O homem se desespera, e o mágico se esconde na torre, atrás de portőes fechados, o muro é alto, os guardas o repelem vigilantemente, e nada pode passar. O que vai acontecer ...? Como poderiam eles estar juntos, sentir-se bem juntos, pois é muito triste estar sozinho?
Cada vez que o homem se enfraquece e se desespera ao máximo, ele sente repentinamente o toque da varinha mágica, e se arremete contra o muro mais uma vez, e tenta passar pelos guardas, sem importar como! Ele quer irromper através dos portőes, alcançar a torre, subir os degraus da escada, e alcançar o mágico.
E cada vez que ele se move adiante, e se aproxima da torre e do mágico, os guardas se tornam mais vigilantes, fortes e ardilosos, e o repelem sem misericórdia alguma.
Mas a cada "round", o homem se torna mais corajoso, forte e sábio. Aprende a fazer alguns truques, e a inventar algumas coisas, que só um mágico sabe fazer. A cada vez que ele é empurrado para trás, ele deseja mais o mágico (a esta altura já não há diferença entre um mágico e outro, claro!), sente mais amor por ele, e deseja mais que tudo no mundo estar com o mágico, ver sua face, pois será bom estarem juntos, e mesmo que ele tudo no mundo tenha, sente-se sozinho sem o mágico.
E entăo, quando não pode mais suportar estar sem ele, os portőes da torre se abrem, e o mágico, seu mágico, corre em sua direçăo, e diz: "Venha, juntos nós estaremos bem, pois é muito triste estar sozinho".
E eles se tornam amigos de fé, muito próximos um do outro, e não há prazer maior que aquele entre amigos, para sempre no infinito. Juntos, eles se sentem tão bem, que jamais se lembram, nem ocasionalmente, o quão triste foi estar sozinho ...
Aqueles de vocês que sentem que conhecer o mágico é o mais importante, porque este é o único meio de se sentir realmente bem, e sem ele, se sentir muito triste, devem contactar:
O Assistente do Mago
Rabbi Laitman
Tel: 972-3-6191301
133a Akiva Str. Bnei Brak 51540 Israel
E-mail : magician@kabbalah.info
Internet site : http://www.kabbalah.info
Que Năo Podia Estar Sozinho (Uma história para Adultos)
.
Você sabe porque somente os idosos contam histórias e lendas? Porquę as lendas săo a coisa mais astuta do mundo! Tudo no mundo muda, somente as lendas verdadeiras ficam. Lendas săo sabedoria, e para contá-las, a pessoa deve possuir muito conhecimento, e ver coisas que os outros năo vêem. Para isso, a pessoa deve ter vivido muito. É por isso que somente as pessoas idosas sabem como contar lendas. Como está escrito no maior e mais antigo livro de magias, "Uma pessoa idosa é alguém que adquiriu sabedoria"!
As crianças adoram ouvir lendas porque elas tęm imaginaçăo e cérebro para ver tudo, e năo somente o que os outros vêem. Se uma criança cresce e ainda vê o que os outros năo vêem, ela se torna sábia e astuta, ela "adquire sabedoria". E porque ela vê o que os outros não vêem, ela sabe que a imaginaçăo é real. Ela permance entăo uma criança, uma "sábia criança", como está escrito no maior e mais antigo livro de magia, "O Zohar".
Era uma vez um mágico, grande, nobre e bondoso ... com todos os atributos normalmente existentes nos livros infantís ... mas apesar de ele ser tão bondoso, não tinha ninguém com quem dividir isso ... ele não possuía ninguém a quem pudesse dedicar sua afeiçăo, brincar, passar o tempo juntos, ou pensar nele ... ele também precisava se sentir querido, pois é muito triste estar sozinho.
O que ele deveria fazer? Ele pensou que talvez pudesse fazer uma pedra, uma bem pequenina, mas bela, e talvez fosse esta a resposta. "Eu vou acariciar a pedra e sentir que existe alguma coisa constantemente ao meu lado, e nós dois iremos nos sentir bem, pois é muito triste estar sozinho".
Ele agitou a sua varinha mágica, e em um instante havia lá uma pedra, exactamente como ele queria. Ele começou a acariciá-la e a abraçá-la, mas a pedra năo respondeu. Ela permaneceu fria, sem reagir. A pedra permanecia sempre aquele objecto sem sentimentos, nãoo importando o que ele lhe fizesse. Isto năo agradou ao mágico de maneira alguma. Como pode a pedra năo responder? Ele tentou criar mais algumas pedras, e entăo rochas, colinas, montanhas, solo, a Terra, a Lua e a Galáxia. Mas eram todos iguais ... nada. Ele então se sentiu triste e completamente sozinho.
Na sua tristeza, pensou que ao invés de pedras, ele poderia criar uma planta que iria florescer belamente. Ele iria regá-la, dar-lhe algum ar, e algum sol, tocar para ela alguma música ... e a planta iria ser feliz. E ambos então estariam contentes, pois é muito triste estar sozinho.
Ele agitou a sua varinha mágica, e em um instante havia lá uma planta, exatamente como ele queria. Ele ficou tão feliz, que começou a dançar ao redor dela, mas a planta năo se movia; ela năo dançava com ele ou seguia seus movimentos. Ela só respondia ao que o mágico lhe dava nos mais simples termos. Se regava, ela crescia, e se o năo o fazia, ela morria. Isso năo era suficiente para um mágico tão bondoso, que queria dar todo o seu coraçăo. Ele tinha que fazer algo mais, pois é muito triste estar sozinho. Ele entăo criou todos os tipos de plantas, de todos os tamanhos possíveis, campos, florestas, pomares, plantaçőes e bosques. Mas todos se comportavam da mesma forma que a primeira planta .. e novamente ele ficou sozinho na sua tristeza.
O mágico pensou e pensou. O que ele deveria fazer? Criar um animal! Que tipo de animal? Um căo? Sim, um belo e pequeno cão que estaria constantemente ao seu lado. Ele o levaria para passear, e o cão iria pular e saltar e correr junto dele. Quando ele voltasse ao seu palácio (ou melhor, sendo um mágico, ao seu castelo), o cão iria estar tăo agradecido em vê-lo, que iria correr para saudá-lo. E ambos entăo seriam felizes, pois é muito triste estar sozinho.
Agitou a sua varinha mágica, e em um instante havia lá um căo, exactamente como que ele queria. Ele começou a cuidar do căo, alimentou-o, deu-lhe de beber, e acariciou-o. Mas o amor de um căo se resume em estar perto do seu dono, onde quer que ele esteja. O mágico ficou triste em ver que o căo năo podia retribuir completamente seus sentimentos, mesmo que ele jogasse com ele tăo agradavelmente, ou que o levasse a todos os lugares. O căo năo podia ser seu verdadeiro amigo, năo podia apreciar aquilo que ele fazia por ele, năo compreendia seus pensamentos, desejos e quanto trabalho isso tudo lhe deu. Mas era isso o que o mágico queria. Ele fez outras criaturas: peixes, aves, mamíferos, porém tudo em văo: nenhum deles o entendia. Era muito triste estar sozinho.
O mágico sentou-se e pensou. Ele entăo compreendeu que, para que ele tivesse um verdadeiro amigo, que este deveria ser alguém que iria procurar pelo mágico, que iria querê-lo muito, que seria como o mágico, capaz de amar como ele, entender como ele ... parecer-se com ele ... ser seu companheiro. Companheiro? Verdadeiro amigo? Ele teria que ser alguém que estivesse próximo de si, que entendesse o que ele lhe dava, e que pudesse retribuir todas as suas dádivas. Os mágicos também querem amar e ser amados. E ambos entăo estariam contentes, pois é muito triste estar sozinho.
O mágico entăo pensou em criar o homem. Ele poderia ser seu verdadeiro amigo! Ele poderia ser como ele ... ele necessitaria meramente de alguma ajuda para ser como ele. Aí, os dois iriam se sentir bem, pois é muito triste estar sozinho ... Mas para que eles se sentissem bem, ele primeiramente teria que se sentir só, teria que estar triste sem o mágico ...
O mágico agitou a sua varinha mágica novamente, e fez um homem, distantemente. Mas o homem năo sentiu que havia um mágico, o qual tinha feito todas as pedras, plantas, colinas, campos, a Lua, chuva, ventos, etc. um mundo inteiramente repleto de coisas belas, até com computadores e bolas de futebol, e que fazia com que ele se sentisse bem e que nada o faltasse. O mágico, por outro lado, continuou a se sentir triste por estar sozinho. O homem năo sabia que o mágico existia, e que ele o havia feito, amado, e que o estava esperando, para que juntos pudessem se sentir bem, pois é muito triste estar sozinho.
Mas como iria o homem, que estava contente, que tinha tudo, até um computador e uma bola de futebol, e que năo conhecia o mágico, querer achá-lo, conhecę-lo, se aproximar dele, amá-lo, ser seu amigo, e dizer-lhe: "Venha, nós dois nos sentiremos bem, pois é muito triste estar sozinho, sem você"? Uma pessoa conhece somente o que está à sua volta, e faz somente o que as pessoas ao seu redor fazem, fala somente o que os outros ao seu redor falam, quer somente o que eles querem, năo se acanha em pedir graciosamente presentes, um computador, uma bola de futebol. Como pode ele saber que existe um mágico que está triste por estar sozinho?
Mas o mágico é bondoso, e constantemente olha pelo homem, e quando chega a hora certa ... ele agita a sua varinha mágica e chama ao coraçăo do homem muito baixinho. O homem pensa que está procurando algo, e não percebe que é o mágico quem o está chamando, "Venha, nós dois nos sentiremos bem, pois é muito triste estar sozinho, sem você"?
Entăo o mágico agita a sua varinha mágica mais uma vez, e o homem o sente. Ele começa a pensar nele, a pensar que seria bom se estivessem juntos, pois é muito triste estar sozinho, sem o mágico. Mais uma agitação da varinha mágica, e o homem sente que existe uma torre mágica cheia de bondade e imponência, na qual o mágico espera por ele, para que ambos possam se sentir bem, já que é muito triste estar sozinho ...
Mas onde está a torre? Como ele pode alcançá-la? Qual é o caminho? Ele pergunta a si mesmo, contrariado e confuso, como pode ele encontrar o mágico? Ele continua sentindo o toque da varinha no seu coraçăo, e năo pode dormir. Ele vê constantemente mágicos e imponentes torres, e năo consegue sequer comer. Isso é o que acontece quando uma pessoa quer algo muito intensamente, e năo consegue encontrá-lo; é triste estar sozinho. Mas para ser como o mágico, sábio, grande, nobre, bondoso, amoroso e um amigo, um agitar de varinha năo é suficiente; o homem precisa aprender a fazer milagres por si só.
Entăo, o mágico, secreta e subtilmente, gentil e inocentemente, leva o homem até o maior e mais antigo de todos os livros, o Livro do Zohar ... e mostra-lhe o caminho até a torre imponente. O homem o estuda para que possa rapidamente encontrar o mágico, encontrar o amigo, e lhe dizer: "Venha, nós dois nos sentiremos bem, pois é muito triste estar sozinho".
No entanto, existe um alto muro ao redor da torre, e muitos guardas o repelem, que impedem que eles estejam juntos e fiquem bem. O homem se desespera, e o mágico se esconde na torre, atrás de portőes fechados, o muro é alto, os guardas o repelem vigilantemente, e nada pode passar. O que vai acontecer ...? Como poderiam eles estar juntos, sentir-se bem juntos, pois é muito triste estar sozinho?
Cada vez que o homem se enfraquece e se desespera ao máximo, ele sente repentinamente o toque da varinha mágica, e se arremete contra o muro mais uma vez, e tenta passar pelos guardas, sem importar como! Ele quer irromper através dos portőes, alcançar a torre, subir os degraus da escada, e alcançar o mágico.
E cada vez que ele se move adiante, e se aproxima da torre e do mágico, os guardas se tornam mais vigilantes, fortes e ardilosos, e o repelem sem misericórdia alguma.
Mas a cada "round", o homem se torna mais corajoso, forte e sábio. Aprende a fazer alguns truques, e a inventar algumas coisas, que só um mágico sabe fazer. A cada vez que ele é empurrado para trás, ele deseja mais o mágico (a esta altura já não há diferença entre um mágico e outro, claro!), sente mais amor por ele, e deseja mais que tudo no mundo estar com o mágico, ver sua face, pois será bom estarem juntos, e mesmo que ele tudo no mundo tenha, sente-se sozinho sem o mágico.
E entăo, quando não pode mais suportar estar sem ele, os portőes da torre se abrem, e o mágico, seu mágico, corre em sua direçăo, e diz: "Venha, juntos nós estaremos bem, pois é muito triste estar sozinho".
E eles se tornam amigos de fé, muito próximos um do outro, e não há prazer maior que aquele entre amigos, para sempre no infinito. Juntos, eles se sentem tão bem, que jamais se lembram, nem ocasionalmente, o quão triste foi estar sozinho ...
Aqueles de vocês que sentem que conhecer o mágico é o mais importante, porque este é o único meio de se sentir realmente bem, e sem ele, se sentir muito triste, devem contactar:
O Assistente do Mago
Rabbi Laitman
Tel: 972-3-6191301
133a Akiva Str. Bnei Brak 51540 Israel
E-mail : magician@kabbalah.info
Internet site : http://www.kabbalah.info
Tuesday, December 02, 2008
"Egoísta, não deixes
de querer muito, bom;
tão só ouve o som
gritante: dá, ‘té aos peixes!"
"Homem, mulher, vá lá,
deixa de adorar
ídolos, de lhes dobrar
teus joelhos: há Deus, há!"
“Dá–nos, Senhor(a) o teu
prazer maior, mui são,
de dar! E Deus o deu:
pai e filho(a) um são!”
“Receber, receber, receber…
Para dar, para dar, para dar…
Mais nada há para se fazer,
Eis todo o divinal gozar!”
Pticha 19 e 20
Do Baal haSulam:
19) Como dissemos, as três primeiras Bechinot (Berriot) ainda não são consideradas vasos. Somente a Bechinah Dalet é um vaso verdadeiro, Como essas três primeiras Bechinot são as razões, as fases que precedem a criação da Bechinah Dalet, esta adotou as propriedades (das 3 precedentes), no seu processo de desenvolvimento. As 3 ficaram, de alguma forma, impressas na Bechinah Dalet, criando, dentro dela, seus próprios quatro níveis do ‘desejo de receber’. Tudo começa com a Bechinah Alef, o ‘mais puro’, o ‘mais fraco’ desejo de receber (isto coincide com um dos princípios yogues e Budistas: quanto menos se deseja mais perto estamos de Deus; entretanto, sem desejo não há criação nem a sua conservação. Mesmo Deus teve/tem de desejar criar…) . Então, segue-se a Bechinah Bet, que é um pouco mais ‘grosseira’ e tem uma Aviut ( força do ‘desejo de receber’) maior que a Bechinah Alef, isto é, é um nível mais alto de ‘desejo de receber’.
A Bechinah Guimel tem uma Aviut ainda maior que aquela da Bechinah Bet. Finalmente vem a vez da Bechinah Dalet, que tem a maior Aviut, isto é, o maior ‘desejo de receber’. Seu desejo alcança o nível mais alto, mais perfeito e pleno. É preciso salientar que a raiz (Shoresh) dessas quatro Bechinot é Keter (conhecida como a mais alta de todas e a mais próxima do Criador), que também deixou sua impressão na Bechinah Dalet. Então, mencionamos todos os cinco níveis do ‘desejo de receber’, incluídos na Bechinah Dalet, que também podem ser chamados de Keter, Chochmah, Binah, Tifferet e Malchut.
Comentários de Rav Laitman:
As três Bechinot que precedem Malchut são chamadas ‘a luz’; somente Malchut é o Kli, pois ela quer receber em prol de si mesma. Como resultado, ela se torna uma parte separada e independente. As Bechinot prévias não estão separadas do Criador; por isso, elas são definidas como a luz.
Quando a última fase de Malchut é completamente preenchida com a luz, ela começa a sentir as propriedades de todas as Bechinot precedentes: primeiro, a adjacente Tifferet, então Chochmah, que criou Binah, então a fonte (Shoresh) e finalmente o supremo Pensamento – Keter. e finalmente o supremo Pensamento – Keter.
Isso significa que todas as propriedades prévias de todas as Bechinot estão incluídas em Malchut, e a influenciam. Então, ela é Dalet de Dalet (isto é, a última parte, Dalet, da Dalet inteira), e todas as propriedades prévias ela adquiriu da luz. Apreendendo a luz que a preenche, a Bechinah Dalet atinge a grandeza do Criador. (mais propriamete retorna à grandeza do Criador, se é que alguma vez a perdeu, pois, que diferença pode existir entre Deus e a sua criação, os seus amados filhos(as)?). Ela descobre em si mesma o esforço para tornar-se similar ao ‘desejo de doar’; ao modo como o Criador faz isto.
O que é ‘doar’? O Criador é a fonte da luz. O Kli não pode doar nada; ele somente pode ter a intenção de fazer assim. O Criador criou o ‘desejo de receber’, e o resto são apenas graus diferentes desse desejo. Somente a intenção pode mudar de ‘em prol de si mesma’, para ‘em prol do Criador’.
Qual é a diferença entre Aviut Keter e Aviut Binah? Elas não são, ambas, chamadas de ‘desejo de doar’? Keter é o ‘desejo de doar’; Chochmah recebe e Binah, tendo recebido a luz, devolve-a para o Criador. Isso pode ser compreendido por um exemplo tomado da Mishnah. ‘O homem estuda a Tora em prol do Criador’ – isso significa que ele se recusa a receber seja o que for que corresponda à Aviut Keter. ‘Os segredos da Torah são revelados a ele’ significa que ele não pediu por isso, mas os recebeu do alto – da Bechinat Chochmah.
Tendo recebido, o homem precisa superar a si mesmo e dizer, ‘eu recuso isto, porque tudo o que eu quero é doar’. Agora, vejam que diferença isto faz: o homem pode querer doar após receber a luz, ou antes de recebê-la!
Do Baal haSulam:
20) Os cinco níveis do ‘desejo de receber’ incluídos na Bechinah Dalet são chamados pelos nomes das 10 Sefirot da Luz Superior, porque a Bechinah Dalet era um vaso receptor dessa luz antes do TA (‘Ele e Seu Nome são Um’). Todos os mundos, o Universo inteiro, foram incluídos da Bechinah Dalet da Luz Direta (Malchut do mundo da Infinidade).
Cada Bechinah contida em Malchut adotou as propriedades da Bechinah correspondente nas 10 Sefirot da Luz Superior. A Bechinah Shoresh da Bechinah Dalet adotou as propriedades de Keter, ‘revestida dela’, uma das 10 Sefirot da Luz Superior. A Bechinah Alef da Bechinah Dalet ‘revestiu-se’ da luz de Chochmah das 10 Sefirot, e assim por diante. Mesmo após o TA, quando a Bechinah Dalet deixou de ser um vaso de recepção, seus cinco níveis do ‘desejo de receber’ ainda trazem os nomes das cinco Sefirot: Keter, Chochmah, Binah, Tifferet e Malchut.
Comentários de Rav Laitman:
Nós somos a Bechinah Dalet de Dalet, enquanto todas as quatro Sefirot precedentes são os mundos. Interagindo com os mundos, nós podemos receber suas propriedades, de modo a corrigir a Bechinah Dalet. Todos os mundos estão dentro de nós (e de Deus), assim como todo o trabalho espiritual. Nossa tarefa é sentir a luz do Criador como Malchut fez no mundo da Infinidade e assim, nos corrigirmos (com a ajuda amorosa e sempre pronta de Deus).
O que significa que a Bechinah Dalet atinge as propriedades das Bechinot precedentes? Isso quer dizer que ela começa a sentir que, além do ‘desejo de receber’, também há o ‘desejo de doar’, que estava ausente nela. Malchut ainda quer receber prazer; porém, ela agora está imbuída do ‘desejo de doar’, isto é, ela agora se esforça para receber prazer de doar.
.
“Dá–nos, Senhor(a) o teu
prazer maior, mui são,
de dar! E Deus o deu:
pai e filho(a) um são!”
.
As propriedades e desejos dentro do Kli gradualmente mudam, de um anseio pela simples recepção da luz, para um ‘desejo de doar’ tudo. Essas mudanças são causadas pela luz; o comportamento do Kli depende somente dessa influência.
Nós estudamos as 10 Sefirot, os 10 aspectos do relacionamento entre o Criador e a criação. Primeiro, Malchut reflete a luz completamente, e então ela calcula o quanto ela pode receber no interior. Se isso funcionar com todos os seus cinco desejos, ela poderá receber a luz em todas as suas cinco partes. Se Malchut não tem força anti-egoísta suficiente para receber toda a luz em prol do Criador, ela recebe somente aquela porção das cinco partes da luz para a qual ela tenha uma tela.
A capacidade de conter os desejos de receber prazer é denominada o poder da vontade. A força da resistência (ao egoísmo, claro) na tela é chamada rigidez (Kashiut). A intensidade do desejo de receber prazer, a paixão pela satisfação, é chamada ‘grossura’ (Aviut). Dentro da tela, duas das propriedades de Malchut colidem: são a ‘recepção’ e a força anti-egoísta da tela, a força de ‘doação’. Se meu desejo egoísta de receber tem uma Aviut igual a 100%, e uma força de resistência, ou rigidez, que equivale somente a 20%, então eu só posso receber em prol do Criador, não mais que 20%. Somente a Kashiut determina qual a quantidade de egoísmo que eu posso usar.
“Receber, receber, receber…
Para dar, para dar, para dar…
Mais nada há para se fazer,
Eis todo o divinal gozar!”
Após o TA, Malchut quer mudar somente o método de aplicação de seu desejo. Malchut entende seu ‘egoísmo’, compreende que o ‘desejo de receber’ é a sua natureza. Porém, essa propriedade não é negativa; tudo depende somente do método de sua utilização. A sensação das propriedades do Criador, o ‘desejo de doar’, e todas as Bechinot prévias, emergem dentro do desejo egoísta (Bechinah Dalet). Agora Malchut tem somente que tornar-se como elas, isto é, ela precisa fazer seu desejo de receber prazer similar aos delas.
Com esse propósito, ela empurra toda a luz para longe de seu egoísmo, fazendo o Tzimtzum (Restrição) sobre si mesma. Então ela calcula em qual extensão ela pode assimilar as propriedades do Criador – Bechinot 0, 1, 2 e 3.
Com esse propósito, ela empurra toda a luz para longe de seu egoísmo, fazendo o Tzimtzum (Restrição) sobre si mesma. Então ela calcula em qual extensão ela pode assimilar as propriedades do Criador – Bechinot 0, 1, 2 e 3.
A tela sabe exatamente quanta luz ela pode deixar entrar, de acordo com seu egoísmo. A Kashiut da tela, seu poder de vontade, a força de resistir à tentação de receber prazer, precisa se ajustar precisamente à Aviut, o ‘desejo de receber’.
As memórias deixadas pelo estado anterior, de ser preenchida pela luz, que ajudam Malchut a calcular suas futuras ações, são chamadas de ‘registro’, ou ‘memória’ (as Reshimot). A realização espiritual é chamada investimento.
de querer muito, bom;
tão só ouve o som
gritante: dá, ‘té aos peixes!"
"Homem, mulher, vá lá,
deixa de adorar
ídolos, de lhes dobrar
teus joelhos: há Deus, há!"
“Dá–nos, Senhor(a) o teu
prazer maior, mui são,
de dar! E Deus o deu:
pai e filho(a) um são!”
“Receber, receber, receber…
Para dar, para dar, para dar…
Mais nada há para se fazer,
Eis todo o divinal gozar!”
Pticha 19 e 20
Do Baal haSulam:
19) Como dissemos, as três primeiras Bechinot (Berriot) ainda não são consideradas vasos. Somente a Bechinah Dalet é um vaso verdadeiro, Como essas três primeiras Bechinot são as razões, as fases que precedem a criação da Bechinah Dalet, esta adotou as propriedades (das 3 precedentes), no seu processo de desenvolvimento. As 3 ficaram, de alguma forma, impressas na Bechinah Dalet, criando, dentro dela, seus próprios quatro níveis do ‘desejo de receber’. Tudo começa com a Bechinah Alef, o ‘mais puro’, o ‘mais fraco’ desejo de receber (isto coincide com um dos princípios yogues e Budistas: quanto menos se deseja mais perto estamos de Deus; entretanto, sem desejo não há criação nem a sua conservação. Mesmo Deus teve/tem de desejar criar…) . Então, segue-se a Bechinah Bet, que é um pouco mais ‘grosseira’ e tem uma Aviut ( força do ‘desejo de receber’) maior que a Bechinah Alef, isto é, é um nível mais alto de ‘desejo de receber’.
A Bechinah Guimel tem uma Aviut ainda maior que aquela da Bechinah Bet. Finalmente vem a vez da Bechinah Dalet, que tem a maior Aviut, isto é, o maior ‘desejo de receber’. Seu desejo alcança o nível mais alto, mais perfeito e pleno. É preciso salientar que a raiz (Shoresh) dessas quatro Bechinot é Keter (conhecida como a mais alta de todas e a mais próxima do Criador), que também deixou sua impressão na Bechinah Dalet. Então, mencionamos todos os cinco níveis do ‘desejo de receber’, incluídos na Bechinah Dalet, que também podem ser chamados de Keter, Chochmah, Binah, Tifferet e Malchut.
Comentários de Rav Laitman:
As três Bechinot que precedem Malchut são chamadas ‘a luz’; somente Malchut é o Kli, pois ela quer receber em prol de si mesma. Como resultado, ela se torna uma parte separada e independente. As Bechinot prévias não estão separadas do Criador; por isso, elas são definidas como a luz.
Quando a última fase de Malchut é completamente preenchida com a luz, ela começa a sentir as propriedades de todas as Bechinot precedentes: primeiro, a adjacente Tifferet, então Chochmah, que criou Binah, então a fonte (Shoresh) e finalmente o supremo Pensamento – Keter. e finalmente o supremo Pensamento – Keter.
Isso significa que todas as propriedades prévias de todas as Bechinot estão incluídas em Malchut, e a influenciam. Então, ela é Dalet de Dalet (isto é, a última parte, Dalet, da Dalet inteira), e todas as propriedades prévias ela adquiriu da luz. Apreendendo a luz que a preenche, a Bechinah Dalet atinge a grandeza do Criador. (mais propriamete retorna à grandeza do Criador, se é que alguma vez a perdeu, pois, que diferença pode existir entre Deus e a sua criação, os seus amados filhos(as)?). Ela descobre em si mesma o esforço para tornar-se similar ao ‘desejo de doar’; ao modo como o Criador faz isto.
O que é ‘doar’? O Criador é a fonte da luz. O Kli não pode doar nada; ele somente pode ter a intenção de fazer assim. O Criador criou o ‘desejo de receber’, e o resto são apenas graus diferentes desse desejo. Somente a intenção pode mudar de ‘em prol de si mesma’, para ‘em prol do Criador’.
Qual é a diferença entre Aviut Keter e Aviut Binah? Elas não são, ambas, chamadas de ‘desejo de doar’? Keter é o ‘desejo de doar’; Chochmah recebe e Binah, tendo recebido a luz, devolve-a para o Criador. Isso pode ser compreendido por um exemplo tomado da Mishnah. ‘O homem estuda a Tora em prol do Criador’ – isso significa que ele se recusa a receber seja o que for que corresponda à Aviut Keter. ‘Os segredos da Torah são revelados a ele’ significa que ele não pediu por isso, mas os recebeu do alto – da Bechinat Chochmah.
Tendo recebido, o homem precisa superar a si mesmo e dizer, ‘eu recuso isto, porque tudo o que eu quero é doar’. Agora, vejam que diferença isto faz: o homem pode querer doar após receber a luz, ou antes de recebê-la!
Do Baal haSulam:
20) Os cinco níveis do ‘desejo de receber’ incluídos na Bechinah Dalet são chamados pelos nomes das 10 Sefirot da Luz Superior, porque a Bechinah Dalet era um vaso receptor dessa luz antes do TA (‘Ele e Seu Nome são Um’). Todos os mundos, o Universo inteiro, foram incluídos da Bechinah Dalet da Luz Direta (Malchut do mundo da Infinidade).
Cada Bechinah contida em Malchut adotou as propriedades da Bechinah correspondente nas 10 Sefirot da Luz Superior. A Bechinah Shoresh da Bechinah Dalet adotou as propriedades de Keter, ‘revestida dela’, uma das 10 Sefirot da Luz Superior. A Bechinah Alef da Bechinah Dalet ‘revestiu-se’ da luz de Chochmah das 10 Sefirot, e assim por diante. Mesmo após o TA, quando a Bechinah Dalet deixou de ser um vaso de recepção, seus cinco níveis do ‘desejo de receber’ ainda trazem os nomes das cinco Sefirot: Keter, Chochmah, Binah, Tifferet e Malchut.
Comentários de Rav Laitman:
Nós somos a Bechinah Dalet de Dalet, enquanto todas as quatro Sefirot precedentes são os mundos. Interagindo com os mundos, nós podemos receber suas propriedades, de modo a corrigir a Bechinah Dalet. Todos os mundos estão dentro de nós (e de Deus), assim como todo o trabalho espiritual. Nossa tarefa é sentir a luz do Criador como Malchut fez no mundo da Infinidade e assim, nos corrigirmos (com a ajuda amorosa e sempre pronta de Deus).
O que significa que a Bechinah Dalet atinge as propriedades das Bechinot precedentes? Isso quer dizer que ela começa a sentir que, além do ‘desejo de receber’, também há o ‘desejo de doar’, que estava ausente nela. Malchut ainda quer receber prazer; porém, ela agora está imbuída do ‘desejo de doar’, isto é, ela agora se esforça para receber prazer de doar.
.
“Dá–nos, Senhor(a) o teu
prazer maior, mui são,
de dar! E Deus o deu:
pai e filho(a) um são!”
.
As propriedades e desejos dentro do Kli gradualmente mudam, de um anseio pela simples recepção da luz, para um ‘desejo de doar’ tudo. Essas mudanças são causadas pela luz; o comportamento do Kli depende somente dessa influência.
Nós estudamos as 10 Sefirot, os 10 aspectos do relacionamento entre o Criador e a criação. Primeiro, Malchut reflete a luz completamente, e então ela calcula o quanto ela pode receber no interior. Se isso funcionar com todos os seus cinco desejos, ela poderá receber a luz em todas as suas cinco partes. Se Malchut não tem força anti-egoísta suficiente para receber toda a luz em prol do Criador, ela recebe somente aquela porção das cinco partes da luz para a qual ela tenha uma tela.
A capacidade de conter os desejos de receber prazer é denominada o poder da vontade. A força da resistência (ao egoísmo, claro) na tela é chamada rigidez (Kashiut). A intensidade do desejo de receber prazer, a paixão pela satisfação, é chamada ‘grossura’ (Aviut). Dentro da tela, duas das propriedades de Malchut colidem: são a ‘recepção’ e a força anti-egoísta da tela, a força de ‘doação’. Se meu desejo egoísta de receber tem uma Aviut igual a 100%, e uma força de resistência, ou rigidez, que equivale somente a 20%, então eu só posso receber em prol do Criador, não mais que 20%. Somente a Kashiut determina qual a quantidade de egoísmo que eu posso usar.
“Receber, receber, receber…
Para dar, para dar, para dar…
Mais nada há para se fazer,
Eis todo o divinal gozar!”
Após o TA, Malchut quer mudar somente o método de aplicação de seu desejo. Malchut entende seu ‘egoísmo’, compreende que o ‘desejo de receber’ é a sua natureza. Porém, essa propriedade não é negativa; tudo depende somente do método de sua utilização. A sensação das propriedades do Criador, o ‘desejo de doar’, e todas as Bechinot prévias, emergem dentro do desejo egoísta (Bechinah Dalet). Agora Malchut tem somente que tornar-se como elas, isto é, ela precisa fazer seu desejo de receber prazer similar aos delas.
Com esse propósito, ela empurra toda a luz para longe de seu egoísmo, fazendo o Tzimtzum (Restrição) sobre si mesma. Então ela calcula em qual extensão ela pode assimilar as propriedades do Criador – Bechinot 0, 1, 2 e 3.
Com esse propósito, ela empurra toda a luz para longe de seu egoísmo, fazendo o Tzimtzum (Restrição) sobre si mesma. Então ela calcula em qual extensão ela pode assimilar as propriedades do Criador – Bechinot 0, 1, 2 e 3.
A tela sabe exatamente quanta luz ela pode deixar entrar, de acordo com seu egoísmo. A Kashiut da tela, seu poder de vontade, a força de resistir à tentação de receber prazer, precisa se ajustar precisamente à Aviut, o ‘desejo de receber’.
As memórias deixadas pelo estado anterior, de ser preenchida pela luz, que ajudam Malchut a calcular suas futuras ações, são chamadas de ‘registro’, ou ‘memória’ (as Reshimot). A realização espiritual é chamada investimento.
Pticha(ptirra) 17 e 18
Do Baal haSulam:
17) Há 3 definições básicas que agora estão claras para nós:
1) A Or é uma emanação direta da luz do Criador, enquanto o Kli é um ‘desejo por receber’ criado pela luz. A luz inicialmente contém um ‘desejo de receber’ não expresso, mas à medida em que esse desejo se desenvolve, o vaso (Malchut) separa-se dela. Malchut é chamada ‘Seu Nome’ (Shemo – ‘Ele e Seu Nome são um’). O valor numérico da palavra ‘Shemo’ é idêntico ao da palavra ‘Ratzon’ (desejo).
2) As 10 Sefirot ou os 4 mundos de ABYA correspondem às 4 Bechinot(Berrinot) (fases) Elas precisam estar presentes em qualquer criatura. O ‘desejo por receber’, ou o Kli, ‘desce’ do nível do Criador através desses 4 mundos e atinge seu completo desenvolvimento em nosso mundo.
3) A Primeira Restrição e o Masach(massár) da Bechinah Dalet produzem um novo vaso, no lugar da Bechinah Dalet. O vaso é uma intenção de doar ao Criador, que é chamada ‘Or Chozer (rózer)’. A quantidade de luz recebida depende da intensidade do desejo.
(Rav não fez comentários a este item).
Do Baal haSulam:
18) Agora esclareceremos as cinco Bechinot da tela, de acordo com as quais a medida do Kli é modificada durante o Contato de Choque com a Luz Superior.
Após a Primeira Restrição, a Bechinah Dalet deixa de ser um vaso de recepção. A Luz Refletida (Or Chozer), que ascende acima da tela por causa do Contato de Choque, agora desempenha esse papel, no seu lugar. Porém, a Bechinah Dalet, com seu poderoso ‘desejo de receber’, precisa acompanhar a Or Chozer. Sem isto, a Or Chozer é absolutamente incapaz de ser um vaso de recepção (quem só quer receber, ou, recebe 90% e só dá 10%, deixa de receber – quanto mais damos, mais recebemos: "dai e ser-vos-á dado, boa medida, recalcada...." - Evangelhos).
Lembrem-se da situação entre o anfitrião e o seu convidado. A força do convidado para recusar-se a comer tornou-se um vaso de recepção, que tomou o papel da fome, que perdeu sua função por causa da vergonha. Durante essa recusa, a recepção de fato transformou-se em um ato de doação. Porém, não podemos dizer que o convidado não tenha necessidade dos vasos habituais de recepção. Sem eles, ele não seria capaz de agradar ao anfitrião, comendo suas iguarias.
Através da recusa, a fome (o ‘desejo de receber’) adquiriu uma nova forma – o ‘desejo de receber’ para doar ao anfitrião, o Criador. A vergonha agora se tornou um mérito. Resulta que os vasos habituais de recepção mantêm-se funcionando como antes, mas adquirem uma nova intenção, isto é, receber em prol do Criador. A brutalidade da Bechinah Dalet, o estado de ser oposta ao Criador, proibe agora que ela seja um vaso de recepção.
Porém, graças à tela disposta na Bechinah Dalet, que se choca com a Luz e a reflete, a luz toma uma nova forma chamada Or Chozer – a Luz Refletida – enquanto a recepção se transforma em doação, como no exemplo entre o anfitrião e o convidado. Todavia, a essência da forma permanece a mesma, porque o convidado não comeria se não tivesse apetite. Porém todo o poder do desejo da Bechinah Dalet, de receber prazer, é incluído na Or Chozer, fazendo com que ela seja um vaso apropriado.
Há duas forças sempre presentes na tela. A primeira é a Kashiut, a força de resistência à recepção da luz; a segunda é a Aviut, a força do ‘desejo de receber’ da Bechinah Dalet. Por causa do Contato de Choque da Kashiut com a luz, a Aviut muda completamente suas propriedades, transformando recepção em doação. As duas forças funcionam em todas as cinco partes da tela: Keter, Chochmah, Binah, Tifferet e Malchut.
Comentários de Rav Laitman:
Cinco partes estão na tela, através das quais, ela recebe a luz (cinco Zivugey de Haka’a). A Or Chozer não é um vaso genuíno; ela somente pode ajudar na recepção da luz. O desejo de receber prazer, Bechinah Dalet, que era um vaso antes da Primeira Restrição, ainda retém esse papel; somente, a sua intenção muda.
Quanto maior for o egoísmo do homem, mais luz ele é capaz de receber, desde que haja uma tela correspondendo ao seu egoísmo. Em vez de lamentar seus desejos sem valor, o homem deve apenas pedir ao Criador por uma tela que corrigirá esses desejos, fazendo-os altruístas.
.
"Egoísta, não deixes
de querer muito, bom;
tão só ouve o som
gritante: dá, ‘té aos peixes!"
.
Frequentemente nós não sabemos nem o que motiva nossas ações, nem quais são nossos reais desejos. Às vezes nós sentimos a necessidade de algo, mas não temos ideia do que seja. O homem está constantemente em um estado semelhante ao sonho, até que a Kabbalah (ou outro semelhante) o desperte e abra seus olhos. Inicialmente, nós nem mesmo possuímos um genuíno desejo de receber prazer. A Kabbalah trabalha com os desejos espirituais (eternidade, poder, saber, vitória, justiça, amor, paz, harmonia, perfeição, beleza...) e, materiais também, digo eu, que são muito mais poderosos do que aqueles do nosso mundo.
Graças à nova intenção do Kli, o ‘desejo de receber’ obtém uma nova forma: um ‘desejo de doar’, ou mais precisamente, um ‘desejo de receber’ em prol do Criador. O homem agora começa a receber para agradar ao Criador. Descobrindo a diferença entre suas próprias propriedades, e aquelas do Criador, a Bechinah Dalet sente vergonha. A tela instalada por Malchut reflete a luz e então, muda a intenção. A essência do ‘desejo de receber’ permanece, mas agora, isto significa receber em prol do Criador.
A Kabbalah é uma ciência lógica. Todo fenômeno leva a uma certa consequência, que por si, torna-se uma razão para a próxima, formando então uma cadeia de conexões de causa e efeito. Nosso problema, porém, consiste em que nós ainda não estamos realmente conectados àquilo que estudamos. Enquanto lemos sobre os mundos espirituais, os Partzufim e as Sefirot, nós ainda não podemos senti-los.
Há dois níveis nos estudos de Kabbalah. O primeiro é para os principiantes, em que não há sensação alguma do material que está sendo estudado. Após estudos mais adiantados, porém, o Kabbalista recebe o sentimento dos fenómenos e termos descritos no livro.
É preciso salientar que a luz, de fato, não tem movimento; ela nem entra em coisa alguma, nem sai de lugar algum. Porém, dependendo de suas propriedades interiores, o vaso sente a luz diferentemente, distinguindo nela diferentes ‘sabores’, ou prazeres. Se o vaso goza da recepção direta da luz, então um tal prazer é chamado Or Chochmah. Se a criação recebe prazer da semelhança entre suas propriedades e aquelas do Criador, então essa espécie de delícia é chamada Or Chassadim. A recepção alternada de Or Chochmah e Or Chassadim cria ‘movimento’.
Quando o homem inicia seu caminho espiritual, ele de início compreende o quanto a sua natureza é má. Esse pensamento o leva ao início da correção. Como resultado, ele ascende, e começa a sentir influências das forças superiores, cada vez mas sutis.
A luz que desce do Criador após a Primeira Restrição representa um ténue raio de luz vindo da Infinidade até o ponto central do universo. Todos os mundos espirituais (AK e ABYA) são revestidos por esse raio. Desde o ponto da influência do Criador, nós somos o centro de todos os mundos.
A providência pessoal do Criador é implementada com a ajuda do raio de luz. Esse raio desce para uma certa alma, revestindo, nela, todos os mundos, começando por Adam Kadmon (AK) e então, continuando até Atzilut, Beriah, Yetzirah e no final, Assiyah.
Uma pessoa comum é diferente de um Kabbalista porque não tem tela, e por isso não pode sentir, nem refletir a luz, nem criar seu próprio vaso espiritual. Esse vaso é o Toch (tor), a parte interna do Partzuf, em que a criação recebe a luz do Criador. Falando estritamente, aquilo a que nós chamamos o Criador é a Sua luz, pois nós somos incapazes de atingir a Essência do Criador.
O Criador influencia todas as pessoas como se elas nunca tivessem saído do mundo da Infinidade (Ein Sof), isto é, elas estão em um estado inconsciente. Tal influência é chamada ‘Derech Igulim’, com a ajuda de círculos e esferas, isto é, através da luz geral que circunda a criação inteira. A disseminação da luz em forma de círculo significa a falta da força delimitadora, a tela.
A tarefa do homem é tomar em suas próprias mãos um controle parcial sobre seu destino, tornando-se assim um sócio do Criador.
.
"Homem, mulher, vá lá,
deixa de adorar
ídolos, de lhes dobrar
teus joelhos: há Deus, há!"
.
Então o Criador não mais o tratará como trata todas as outras criaturas, mas individualmente, com a ajuda do raio de luz (Derech Kav). Nesse caso, o próprio homem toma controle, no lugar do Criador.
Do Baal haSulam:
17) Há 3 definições básicas que agora estão claras para nós:
1) A Or é uma emanação direta da luz do Criador, enquanto o Kli é um ‘desejo por receber’ criado pela luz. A luz inicialmente contém um ‘desejo de receber’ não expresso, mas à medida em que esse desejo se desenvolve, o vaso (Malchut) separa-se dela. Malchut é chamada ‘Seu Nome’ (Shemo – ‘Ele e Seu Nome são um’). O valor numérico da palavra ‘Shemo’ é idêntico ao da palavra ‘Ratzon’ (desejo).
2) As 10 Sefirot ou os 4 mundos de ABYA correspondem às 4 Bechinot(Berrinot) (fases) Elas precisam estar presentes em qualquer criatura. O ‘desejo por receber’, ou o Kli, ‘desce’ do nível do Criador através desses 4 mundos e atinge seu completo desenvolvimento em nosso mundo.
3) A Primeira Restrição e o Masach(massár) da Bechinah Dalet produzem um novo vaso, no lugar da Bechinah Dalet. O vaso é uma intenção de doar ao Criador, que é chamada ‘Or Chozer (rózer)’. A quantidade de luz recebida depende da intensidade do desejo.
(Rav não fez comentários a este item).
Do Baal haSulam:
18) Agora esclareceremos as cinco Bechinot da tela, de acordo com as quais a medida do Kli é modificada durante o Contato de Choque com a Luz Superior.
Após a Primeira Restrição, a Bechinah Dalet deixa de ser um vaso de recepção. A Luz Refletida (Or Chozer), que ascende acima da tela por causa do Contato de Choque, agora desempenha esse papel, no seu lugar. Porém, a Bechinah Dalet, com seu poderoso ‘desejo de receber’, precisa acompanhar a Or Chozer. Sem isto, a Or Chozer é absolutamente incapaz de ser um vaso de recepção (quem só quer receber, ou, recebe 90% e só dá 10%, deixa de receber – quanto mais damos, mais recebemos: "dai e ser-vos-á dado, boa medida, recalcada...." - Evangelhos).
Lembrem-se da situação entre o anfitrião e o seu convidado. A força do convidado para recusar-se a comer tornou-se um vaso de recepção, que tomou o papel da fome, que perdeu sua função por causa da vergonha. Durante essa recusa, a recepção de fato transformou-se em um ato de doação. Porém, não podemos dizer que o convidado não tenha necessidade dos vasos habituais de recepção. Sem eles, ele não seria capaz de agradar ao anfitrião, comendo suas iguarias.
Através da recusa, a fome (o ‘desejo de receber’) adquiriu uma nova forma – o ‘desejo de receber’ para doar ao anfitrião, o Criador. A vergonha agora se tornou um mérito. Resulta que os vasos habituais de recepção mantêm-se funcionando como antes, mas adquirem uma nova intenção, isto é, receber em prol do Criador. A brutalidade da Bechinah Dalet, o estado de ser oposta ao Criador, proibe agora que ela seja um vaso de recepção.
Porém, graças à tela disposta na Bechinah Dalet, que se choca com a Luz e a reflete, a luz toma uma nova forma chamada Or Chozer – a Luz Refletida – enquanto a recepção se transforma em doação, como no exemplo entre o anfitrião e o convidado. Todavia, a essência da forma permanece a mesma, porque o convidado não comeria se não tivesse apetite. Porém todo o poder do desejo da Bechinah Dalet, de receber prazer, é incluído na Or Chozer, fazendo com que ela seja um vaso apropriado.
Há duas forças sempre presentes na tela. A primeira é a Kashiut, a força de resistência à recepção da luz; a segunda é a Aviut, a força do ‘desejo de receber’ da Bechinah Dalet. Por causa do Contato de Choque da Kashiut com a luz, a Aviut muda completamente suas propriedades, transformando recepção em doação. As duas forças funcionam em todas as cinco partes da tela: Keter, Chochmah, Binah, Tifferet e Malchut.
Comentários de Rav Laitman:
Cinco partes estão na tela, através das quais, ela recebe a luz (cinco Zivugey de Haka’a). A Or Chozer não é um vaso genuíno; ela somente pode ajudar na recepção da luz. O desejo de receber prazer, Bechinah Dalet, que era um vaso antes da Primeira Restrição, ainda retém esse papel; somente, a sua intenção muda.
Quanto maior for o egoísmo do homem, mais luz ele é capaz de receber, desde que haja uma tela correspondendo ao seu egoísmo. Em vez de lamentar seus desejos sem valor, o homem deve apenas pedir ao Criador por uma tela que corrigirá esses desejos, fazendo-os altruístas.
.
"Egoísta, não deixes
de querer muito, bom;
tão só ouve o som
gritante: dá, ‘té aos peixes!"
.
Frequentemente nós não sabemos nem o que motiva nossas ações, nem quais são nossos reais desejos. Às vezes nós sentimos a necessidade de algo, mas não temos ideia do que seja. O homem está constantemente em um estado semelhante ao sonho, até que a Kabbalah (ou outro semelhante) o desperte e abra seus olhos. Inicialmente, nós nem mesmo possuímos um genuíno desejo de receber prazer. A Kabbalah trabalha com os desejos espirituais (eternidade, poder, saber, vitória, justiça, amor, paz, harmonia, perfeição, beleza...) e, materiais também, digo eu, que são muito mais poderosos do que aqueles do nosso mundo.
Graças à nova intenção do Kli, o ‘desejo de receber’ obtém uma nova forma: um ‘desejo de doar’, ou mais precisamente, um ‘desejo de receber’ em prol do Criador. O homem agora começa a receber para agradar ao Criador. Descobrindo a diferença entre suas próprias propriedades, e aquelas do Criador, a Bechinah Dalet sente vergonha. A tela instalada por Malchut reflete a luz e então, muda a intenção. A essência do ‘desejo de receber’ permanece, mas agora, isto significa receber em prol do Criador.
A Kabbalah é uma ciência lógica. Todo fenômeno leva a uma certa consequência, que por si, torna-se uma razão para a próxima, formando então uma cadeia de conexões de causa e efeito. Nosso problema, porém, consiste em que nós ainda não estamos realmente conectados àquilo que estudamos. Enquanto lemos sobre os mundos espirituais, os Partzufim e as Sefirot, nós ainda não podemos senti-los.
Há dois níveis nos estudos de Kabbalah. O primeiro é para os principiantes, em que não há sensação alguma do material que está sendo estudado. Após estudos mais adiantados, porém, o Kabbalista recebe o sentimento dos fenómenos e termos descritos no livro.
É preciso salientar que a luz, de fato, não tem movimento; ela nem entra em coisa alguma, nem sai de lugar algum. Porém, dependendo de suas propriedades interiores, o vaso sente a luz diferentemente, distinguindo nela diferentes ‘sabores’, ou prazeres. Se o vaso goza da recepção direta da luz, então um tal prazer é chamado Or Chochmah. Se a criação recebe prazer da semelhança entre suas propriedades e aquelas do Criador, então essa espécie de delícia é chamada Or Chassadim. A recepção alternada de Or Chochmah e Or Chassadim cria ‘movimento’.
Quando o homem inicia seu caminho espiritual, ele de início compreende o quanto a sua natureza é má. Esse pensamento o leva ao início da correção. Como resultado, ele ascende, e começa a sentir influências das forças superiores, cada vez mas sutis.
A luz que desce do Criador após a Primeira Restrição representa um ténue raio de luz vindo da Infinidade até o ponto central do universo. Todos os mundos espirituais (AK e ABYA) são revestidos por esse raio. Desde o ponto da influência do Criador, nós somos o centro de todos os mundos.
A providência pessoal do Criador é implementada com a ajuda do raio de luz. Esse raio desce para uma certa alma, revestindo, nela, todos os mundos, começando por Adam Kadmon (AK) e então, continuando até Atzilut, Beriah, Yetzirah e no final, Assiyah.
Uma pessoa comum é diferente de um Kabbalista porque não tem tela, e por isso não pode sentir, nem refletir a luz, nem criar seu próprio vaso espiritual. Esse vaso é o Toch (tor), a parte interna do Partzuf, em que a criação recebe a luz do Criador. Falando estritamente, aquilo a que nós chamamos o Criador é a Sua luz, pois nós somos incapazes de atingir a Essência do Criador.
O Criador influencia todas as pessoas como se elas nunca tivessem saído do mundo da Infinidade (Ein Sof), isto é, elas estão em um estado inconsciente. Tal influência é chamada ‘Derech Igulim’, com a ajuda de círculos e esferas, isto é, através da luz geral que circunda a criação inteira. A disseminação da luz em forma de círculo significa a falta da força delimitadora, a tela.
A tarefa do homem é tomar em suas próprias mãos um controle parcial sobre seu destino, tornando-se assim um sócio do Criador.
.
"Homem, mulher, vá lá,
deixa de adorar
ídolos, de lhes dobrar
teus joelhos: há Deus, há!"
.
Então o Criador não mais o tratará como trata todas as outras criaturas, mas individualmente, com a ajuda do raio de luz (Derech Kav). Nesse caso, o próprio homem toma controle, no lugar do Criador.
.
DEUS
.
Deus está em todo o lado,
mas, muito mais num que noutros;
quem não crê, mui mau bocado
passa, não por causa doutros.
.
Senhor(a) que és
tudo e tudo Tu tens:
queres Tu estas marés?
Será que a elas vens?
.
Dou-te todas(os) Prazeres,
todos os celestiais
e mesmo mundanos seres,
todos prazeres divinais!
.
Cessai guerras e horrores,
imposições, egoísmos,
opressões, e clamores,
e vãos nacionalismos...
.
Ofereçamo-nos só
a Pai/Mãe, filho, filha
com alma\corpo, avó
não esquecendo, nem ilha!
DEUS
.
Deus está em todo o lado,
mas, muito mais num que noutros;
quem não crê, mui mau bocado
passa, não por causa doutros.
.
Senhor(a) que és
tudo e tudo Tu tens:
queres Tu estas marés?
Será que a elas vens?
.
Dou-te todas(os) Prazeres,
todos os celestiais
e mesmo mundanos seres,
todos prazeres divinais!
.
Cessai guerras e horrores,
imposições, egoísmos,
opressões, e clamores,
e vãos nacionalismos...
.
Ofereçamo-nos só
a Pai/Mãe, filho, filha
com alma\corpo, avó
não esquecendo, nem ilha!
.
Pticha 11 a 16
Do Baal haSulam:
11) Agora podemos entender a diferença entre o espiritual e o material. Se o ‘desejo de receber’ tiver alcançado seu desenvolvimento final, isto é, o estágio de Bechinah(berriná) Dalet, isto é chamado ‘material’ e pertence ao nosso mundo (Olam Hazeh). Se o ‘desejo de receber’ ainda não tiver alcançado seu desenvolvimento final, então tal desejo é considerado espiritual e corresponde aos quatro mundos de ABYA, que estão acima do nível deste mundo.
Vocês devem compreender que todas as ascensões e declínios nos mundos Superiores não são, de modo algum, movimentos em algum espaço imaginário, mas meras mudanças na magnitude do ‘desejo de receber’. O objeto mais distante da Bechinah Dalet está no ponto mais alto. Quanto mais próximo um objeto esteja da Bechinah Dalet, mais baixo é o seu nível.
Comentários do Rav Laitman:
Aqui o nome ‘Olam Hazeh’ significa o mundo de Assiyah.
O ‘desejo de receber’ na Bechinah Dalet é absolutamente completo; este é o desejo de apenas receber, sem dar nada em troca. Todas as ascensões e declínios no mundo espiritual de modo algum se referem à noção de lugar; falam somente do aumento ou diminuição da similaridade das propriedades internas do homem com as do Criador.
Se alguém comparar isto com o nosso mundo, então a ascensão pode ser imaginada como uma explosão de alegria e de vivacidade, enquanto o declínio pode ser um desânimo. No entanto, falamos da similaridade de propriedades, enquanto o estado de ânimo apenas acompanha a realização da ascensão espiritual. Na Kabbalah, todas as ações se referem aos sentimentos interiores do homem.
Depende do próprio homem qual propriedade ele deve utilizar. O que realmente importa é a medida do egoísmo com que o homem consegue trabalhar agora, e ‘em prol de quem’, isto é, em prol do Criador, o que será uma ascensão, ou em prol de si mesmo, o que corresponde a uma queda. É importante como ele usa o seu egoísmo e em qual direção.
Do Baal haSulam:
12) A pessoa deve entender que a essência de cada vaso e toda a Criação é somente o ‘desejo de receber’. Além da estrutura desse desejo, nada tem coisa alguma a ver com a criação, mas refere-se ao Criador. Então por que nós consideramos o ‘desejo de receber’ como algo grosseiro, repugnante, que requer correção? Nós somos instruídos a ‘purificar’ o desejo de receber com a ajuda da Torah e dos Mandamentos; de outro modo, nós não seríamos capazes de alcançar o máximo propósito da Criação.
Comentários do Rav Laitman:
O desejo de receber prazer foi formado pelo Criador e assim, não está sujeito a mudança. O homem somente pode escolher a medida do desejo que ele pode usar agora, e ‘em prol de quem’. Se ele usar cada um de seus desejos somente em seu próprio benefício, então isso é egoísmo, ou ‘impureza espiritual’. Se ele quer usar seus desejos de receber prazer, deliciando o Criador ao mesmo tempo, então ele precisa escolher somente aqueles desejos com os quais ele realmente pode fazer isto.
Assim, desejando agir altruisticamente, o homem deve primeiro verificar que espécie de desejos ele pode usar para receber prazer, de modo que esse prazer retorne ao Criador. Somente então ele poderá começar a preenchê-los com prazer. Todos os desejos do homem são desejos de Malchut. Eles se dividem em 125 partes chamadas níveis. Gradualmente, usando desejos egoístas cada vez maiores, em prol do Criador, o homem ascende espiritualmente. O uso dos 125 desejos privativos de malchut é chamado ‘a completa correção do egoísmo’.
Às vezes é mais conveniente dividir os desejos de Malchut em 620, em vez de 125 partes. Tais partes do desejo, ou melhor, seu uso em prol do Criador, são chamadas ‘mandamentos’, ações em prol dEle. Praticando essas 620 ações, mandamentos, o homem ascende ao mesmo 125º nível.
Do Baal haSulam:
13) Assim como todos os objetos materiais são separados uns dos outros pela distância no espaço, os objetos espirituais também se separam uns dos outros devido à diferença em suas propriedades interiores. Algo assim pode ser observado em nosso mundo. Por exemplo, dois homens têm pontos de vista semelhantes, simpatizam um com o outro, e nenhuma distância pode influenciar a empatia entre eles. Ao contrário, quando seus pontos de vista são muito diferentes, eles se odeiam um ao outro, e nenhuma proximidade pode uni-los.
Assim, a similaridade de pontos de vista atrai e une as pessoas, enquanto as diferenças as separam. Se a natureza de uma pessoa é absolutamente oposta à natureza da outra, essas pessoas estão tão distantes uma da outra como o Leste está do Oeste. O mesmo ocorre nos mundos espirituais: distanciar-se, aproximar-se, fundir-se – todos esses processos acontecem somente de acordo com a diferença ou semelhança entre as propriedades interiores dos objetos espirituais. A diferença de propriedades os separa, enquanto sua similaridade os aproxima.
O ‘desejo de receber’ é o principal elemento da criação; esse é o vaso necessário para a realização do Propósito incluído no Pensamento da Criação. Esse é o desejo que separa a criação do Criador. O Criador é o absoluto ‘desejo de doar’; Ele não tem nem um traço do ‘desejo de receber’. É impossível imaginar um contraste maior do que este: entre o Criador e a criação, entre o ‘desejo de doar’ e o ‘desejo de receber’.
Comentários do Rav Laitman:
O lugar espiritual significa estar, com as suas propriedades, em um dos 125 níveis da escada espiritual. Disto, segue-se que a noção de ‘lugar’ significa qualidade, propriedade, medida da correção. Mesmo em nosso mundo, proximidade no espaço físico não faz com que dois caracteres diferentes se aproximem um do outro; é somente a similaridade em suas propriedades, pensamentos e desejos que pode criar uma ponte sobre a separação entre eles. Ao contrário, a diferença em propriedades, pensamentos e desejos, move os objetos para longe um do outro.
14) De modo a salvar a criação de uma tal distância do Criador, o Tzimtzum Alef (TA, a Primeira Restrição) aconteceu e separou a Bechinah Dalet dos objetos espirituais. Isso aconteceu de tal modo que o ‘desejo de receber’ transformou-se em um espaço vazio de luz. Após o Tzimtzum Alef, todos os objetos espirituais têm uma tela sobre seus vasos-Malchut, de modo a evitar receber a luz dentro da Bechinah Dalet.
No momento em que a Luz Superior tenta entrar na criação, a tela a expulsa. Esse processo é chamado o Colisão (Haka’a) entre a Luz Superior e a tela. Por causa desse impacto, a Luz Refletida sobe e reveste as 10 Sefirot da Luz Superior. A Luz Refletida, revestida na Luz Superior, torna-se um vaso, em vez da Bechinah Dalet.
Após, Malchut expande-se de acordo com a altura da Luz Refletida, e então se dissemina abaixo, deixando a luz entrar. Diz-se que a Luz Superior se reveste na Luz Refletida. Isso é chamado o ‘Rosh’ (cabeça) e o ‘Guf’ (corpo) de cada nível. O Contato de Colisão entre a Luz Superior e a tela causa a elevação da Luz Refletida. A Luz Refletida reveste-se nas 10 Sefirot da Luz Superior, formando assim as 10 Sefirot de Rosh.
As 10 Sefirot de Rosh não são ainda os vasos reais; elas apenas passam por suas raízes. É somente depois que Malchut, com a Luz Refletida, dissemina-se abaixo, que a Luz Refletida se transforma nos vasos para a recepção da Luz Superior. Então as luzes se revestem nos vasos, chamados ‘o corpo’ desse nível particular. Os vasos reais, completos, são chamados ‘o corpo’.
Comentários do Rav Laitman:
A criação foi formada como absolutamente egoísta. Além disso, de acordo com sua propriedade, ela está o mais distante que é possível estar do Criador. Para ajudar a criação a sair desse estado, o Criador pôs em Malchut um desejo de fazer o TA, isto é, de separar a Bechinah Dalet de todas as Bechinot puras, deixando-a absolutamente vazia no espaço preenchido com nada.
Em seu caminho rumo à criação, a Luz Superior (Or Elion) colide com a tela, que está diante do desejo da Bechinah Dalet de receber prazer, e que empurra a Luz Superior de volta, completamente. Esse fenômeno é definido como uma interação através da colisão entre a Luz Superior e a tela, e é chamado Haka’a (colisão). Dividida pela tela em 10 partes, Sefirot, a Luz Refletida reveste-se na Luz Superior, então dividindo-a em 10 Sefirot. A combinação das 10 Sefirot da Luz Refletida com as 10 Sefirot da Luz Superior forma o Rosh (cabeça) do Partzuf (objeto espiritual).
"Deus está em todo o lado,
mas, muito mais num que noutros;
quem não crê, mui mau bocado
passa, não por causa doutros."
Então a Luz Refletida, isto é, o desejo de devolver ao Criador o prazer que se receba dEle, torna-se a condição para receber esse prazer, isto é, o vaso de recepção (Kli Kabbalah), em vez da Bechinah Dalet. A Bechinah Dalet é incapaz de receber prazer sem a tela, por causa dos seus desejos egoístas. Vemos que a tela pode mudar sua intenção, de egoísta para altruísta, transformando-a no ‘desejo de receber’ em prol do Criador. Somente depois que a criação construa tal intenção, a luz mais alta poderá disseminar-se dentro do vaso e revesti-lo nos desejos- Kelim, formados pela Luz Refletida.
Do Baal hasulam:
15) Após a Primeira Restrição, aparecem novos vasos de recepção no lugar da Bechinah Dalet. Eles são formados por causa do Contato de Colisão entre a luz e a tela. Porém, nós ainda precisamos entender como é que essa luz se transformou em um vaso de recepção, após ter sido refletida de um tal vaso. Resulta que a luz torna-se um vaso, isto é, começa a desempenhar o papel oposto.
Para explicar isto, vamos tomar um exemplo deste mundo. O homem naturalmente respeita um ‘desejo de doar’, e ao mesmo tempo, ressente-se quando está recebendo sem dar algo em troca. Vamos supor que uma pessoa vá à casa do seu amigo, onde lhe oferecem uma refeição. Naturalmente, ela recusar-se-á a comer, não importa quanta fome ela esteja sentindo, porque ela detesta ser um receptor que não dá nada em troca.
Seu anfitrião, porém, começa a persuadi-la, deixando claro que comendo a sua comida, essa pessoa o agradará imensamente. Quando o convidado sente que aquilo que o anfitrião está dizendo é verdade, consente em aceitar a refeição, pois assim, não se sentirá mais como um receptor. Além disso, agora o convidado sente que está doando ao anfitrião, deliciando-o com sua prontidão para comer. Resulta que apesar de sua fome – um vaso genuíno para receber comida – o convidado não poderia sequer tocar as iguarias, até que sua vergonha fosse aplacada pelas persuasões do anfitrião.
Agora podemos ver como é que vem à vida um novo vaso para receber alimento. O poder gradualmente crescente da persuasão do anfitrião e a resistência do convidado finalmente transformam recepção em doação. O ato de receber permanece intocado; somente a intenção se transformou. Apenas a força da resistência e não a fome (o verdadeiro vaso de recepção) transformou-se na razão para aceitar o banquete.
Comentários do Rav Laitman:
Onde quer que a Bechinah Dalet seja mencionada, isso significa Malchut, isto é, recepção em prol de receber. Existe a ação, e a razão para essa ação. Qual é a razão para receber, após a Restrição? É o desejo de receber prazer. Isso significa que receber é uma ação em prol de receber. Após a Restrição, os Partzufim não usam da Bechinah Dalet; a única luz que eles recebem é aquela que vem da tela e a Luz Refletida.
A razão para receber, que existia antes da Restrição, permanece após também, porque sem um desejo e um esforço por algo, é impossível receber. Todavia, essa razão não é suficiente para a recepção; ela deve ser acompanhada por uma razão adicional, isto é, a intenção em prol de doar.
Malchut está pronta para renunciar aos seus prazeres animais; ela faz a Restrição sobre eles. Ela recebe somente porque este é o desejo do Criador. Assim, a recepção em prol de receber parece diferente. O ato de receber não resulta da primeira razão, mas da segunda – receber em prol de doar; porém, a primeira razão precisa acompanhar a segunda, pois se não houver desejo para receber prazer, como ela será capaz de sentir prazer?
Por exemplo, há um mandamento para ter prazer na refeição do Shabbat; mas se não houver fome, como se pode receber prazer do ato de comer? Por isso a primeira razão – o ‘desejo de receber’ – deve permanecer (mesmo que por causa da vergonha, seja incapaz de receber), mas deve permanecer somente, na presença da razão adicional – o ‘desejo de doar’.
Do Baal haSulam:
16) Com a ajuda do exemplo do anfitrião e do convidado, podemos agora entender o que é um Zivug de Haka’a (Contato pela Colisão), que resulta no nascimento de novos vasos de recepção da Luz Superior, em vez da Bechinah (Berriná) Dalet (Dálet). A interacção acontece porque a luz bate na tela, querendo entrar na Bechinah Dalet. Isso se parece com o anfitrião que tenta convencer seu convidado a comer. A força da resistência do convidado corresponde à tela. Assim como a recusa a comer transforma-se em um novo vaso, assim a Luz Refletida torna-se um vaso de recepção em vez da Bechinah Dalet, que desempenhou esse papel antes da Primeira Restrição.
Porém, precisamos ter em mente que isso aconteceu somente nos objetos espirituais dos mundos de ABYA (Ábiá), enquanto nos objetos relacionados com as forças impuras e com o nosso mundo, a Bechinah Dalet continua a ser um vaso de recepção. Por isso, nem nas forças impuras (egoistas), nem no nosso mundo, há luz alguma: por causa da diferença entre as propriedades da Bechinah Dalet e aquelas do Criador. Assim, as Klipot (forças impuras, o ‘desejo de receber’ a luz sem a tela e sem dar) e os pecadores são considerados mortos, pois o desejo de receber a luz (prazer e vida) sem a tela os separa da Vida das Vidas, a luz do Criador.
(Rav Laitman não acrescentou comentários a este item).
Pticha 11 a 16
Do Baal haSulam:
11) Agora podemos entender a diferença entre o espiritual e o material. Se o ‘desejo de receber’ tiver alcançado seu desenvolvimento final, isto é, o estágio de Bechinah(berriná) Dalet, isto é chamado ‘material’ e pertence ao nosso mundo (Olam Hazeh). Se o ‘desejo de receber’ ainda não tiver alcançado seu desenvolvimento final, então tal desejo é considerado espiritual e corresponde aos quatro mundos de ABYA, que estão acima do nível deste mundo.
Vocês devem compreender que todas as ascensões e declínios nos mundos Superiores não são, de modo algum, movimentos em algum espaço imaginário, mas meras mudanças na magnitude do ‘desejo de receber’. O objeto mais distante da Bechinah Dalet está no ponto mais alto. Quanto mais próximo um objeto esteja da Bechinah Dalet, mais baixo é o seu nível.
Comentários do Rav Laitman:
Aqui o nome ‘Olam Hazeh’ significa o mundo de Assiyah.
O ‘desejo de receber’ na Bechinah Dalet é absolutamente completo; este é o desejo de apenas receber, sem dar nada em troca. Todas as ascensões e declínios no mundo espiritual de modo algum se referem à noção de lugar; falam somente do aumento ou diminuição da similaridade das propriedades internas do homem com as do Criador.
Se alguém comparar isto com o nosso mundo, então a ascensão pode ser imaginada como uma explosão de alegria e de vivacidade, enquanto o declínio pode ser um desânimo. No entanto, falamos da similaridade de propriedades, enquanto o estado de ânimo apenas acompanha a realização da ascensão espiritual. Na Kabbalah, todas as ações se referem aos sentimentos interiores do homem.
Depende do próprio homem qual propriedade ele deve utilizar. O que realmente importa é a medida do egoísmo com que o homem consegue trabalhar agora, e ‘em prol de quem’, isto é, em prol do Criador, o que será uma ascensão, ou em prol de si mesmo, o que corresponde a uma queda. É importante como ele usa o seu egoísmo e em qual direção.
Do Baal haSulam:
12) A pessoa deve entender que a essência de cada vaso e toda a Criação é somente o ‘desejo de receber’. Além da estrutura desse desejo, nada tem coisa alguma a ver com a criação, mas refere-se ao Criador. Então por que nós consideramos o ‘desejo de receber’ como algo grosseiro, repugnante, que requer correção? Nós somos instruídos a ‘purificar’ o desejo de receber com a ajuda da Torah e dos Mandamentos; de outro modo, nós não seríamos capazes de alcançar o máximo propósito da Criação.
Comentários do Rav Laitman:
O desejo de receber prazer foi formado pelo Criador e assim, não está sujeito a mudança. O homem somente pode escolher a medida do desejo que ele pode usar agora, e ‘em prol de quem’. Se ele usar cada um de seus desejos somente em seu próprio benefício, então isso é egoísmo, ou ‘impureza espiritual’. Se ele quer usar seus desejos de receber prazer, deliciando o Criador ao mesmo tempo, então ele precisa escolher somente aqueles desejos com os quais ele realmente pode fazer isto.
Assim, desejando agir altruisticamente, o homem deve primeiro verificar que espécie de desejos ele pode usar para receber prazer, de modo que esse prazer retorne ao Criador. Somente então ele poderá começar a preenchê-los com prazer. Todos os desejos do homem são desejos de Malchut. Eles se dividem em 125 partes chamadas níveis. Gradualmente, usando desejos egoístas cada vez maiores, em prol do Criador, o homem ascende espiritualmente. O uso dos 125 desejos privativos de malchut é chamado ‘a completa correção do egoísmo’.
Às vezes é mais conveniente dividir os desejos de Malchut em 620, em vez de 125 partes. Tais partes do desejo, ou melhor, seu uso em prol do Criador, são chamadas ‘mandamentos’, ações em prol dEle. Praticando essas 620 ações, mandamentos, o homem ascende ao mesmo 125º nível.
Do Baal haSulam:
13) Assim como todos os objetos materiais são separados uns dos outros pela distância no espaço, os objetos espirituais também se separam uns dos outros devido à diferença em suas propriedades interiores. Algo assim pode ser observado em nosso mundo. Por exemplo, dois homens têm pontos de vista semelhantes, simpatizam um com o outro, e nenhuma distância pode influenciar a empatia entre eles. Ao contrário, quando seus pontos de vista são muito diferentes, eles se odeiam um ao outro, e nenhuma proximidade pode uni-los.
Assim, a similaridade de pontos de vista atrai e une as pessoas, enquanto as diferenças as separam. Se a natureza de uma pessoa é absolutamente oposta à natureza da outra, essas pessoas estão tão distantes uma da outra como o Leste está do Oeste. O mesmo ocorre nos mundos espirituais: distanciar-se, aproximar-se, fundir-se – todos esses processos acontecem somente de acordo com a diferença ou semelhança entre as propriedades interiores dos objetos espirituais. A diferença de propriedades os separa, enquanto sua similaridade os aproxima.
O ‘desejo de receber’ é o principal elemento da criação; esse é o vaso necessário para a realização do Propósito incluído no Pensamento da Criação. Esse é o desejo que separa a criação do Criador. O Criador é o absoluto ‘desejo de doar’; Ele não tem nem um traço do ‘desejo de receber’. É impossível imaginar um contraste maior do que este: entre o Criador e a criação, entre o ‘desejo de doar’ e o ‘desejo de receber’.
Comentários do Rav Laitman:
O lugar espiritual significa estar, com as suas propriedades, em um dos 125 níveis da escada espiritual. Disto, segue-se que a noção de ‘lugar’ significa qualidade, propriedade, medida da correção. Mesmo em nosso mundo, proximidade no espaço físico não faz com que dois caracteres diferentes se aproximem um do outro; é somente a similaridade em suas propriedades, pensamentos e desejos que pode criar uma ponte sobre a separação entre eles. Ao contrário, a diferença em propriedades, pensamentos e desejos, move os objetos para longe um do outro.
14) De modo a salvar a criação de uma tal distância do Criador, o Tzimtzum Alef (TA, a Primeira Restrição) aconteceu e separou a Bechinah Dalet dos objetos espirituais. Isso aconteceu de tal modo que o ‘desejo de receber’ transformou-se em um espaço vazio de luz. Após o Tzimtzum Alef, todos os objetos espirituais têm uma tela sobre seus vasos-Malchut, de modo a evitar receber a luz dentro da Bechinah Dalet.
No momento em que a Luz Superior tenta entrar na criação, a tela a expulsa. Esse processo é chamado o Colisão (Haka’a) entre a Luz Superior e a tela. Por causa desse impacto, a Luz Refletida sobe e reveste as 10 Sefirot da Luz Superior. A Luz Refletida, revestida na Luz Superior, torna-se um vaso, em vez da Bechinah Dalet.
Após, Malchut expande-se de acordo com a altura da Luz Refletida, e então se dissemina abaixo, deixando a luz entrar. Diz-se que a Luz Superior se reveste na Luz Refletida. Isso é chamado o ‘Rosh’ (cabeça) e o ‘Guf’ (corpo) de cada nível. O Contato de Colisão entre a Luz Superior e a tela causa a elevação da Luz Refletida. A Luz Refletida reveste-se nas 10 Sefirot da Luz Superior, formando assim as 10 Sefirot de Rosh.
As 10 Sefirot de Rosh não são ainda os vasos reais; elas apenas passam por suas raízes. É somente depois que Malchut, com a Luz Refletida, dissemina-se abaixo, que a Luz Refletida se transforma nos vasos para a recepção da Luz Superior. Então as luzes se revestem nos vasos, chamados ‘o corpo’ desse nível particular. Os vasos reais, completos, são chamados ‘o corpo’.
Comentários do Rav Laitman:
A criação foi formada como absolutamente egoísta. Além disso, de acordo com sua propriedade, ela está o mais distante que é possível estar do Criador. Para ajudar a criação a sair desse estado, o Criador pôs em Malchut um desejo de fazer o TA, isto é, de separar a Bechinah Dalet de todas as Bechinot puras, deixando-a absolutamente vazia no espaço preenchido com nada.
Em seu caminho rumo à criação, a Luz Superior (Or Elion) colide com a tela, que está diante do desejo da Bechinah Dalet de receber prazer, e que empurra a Luz Superior de volta, completamente. Esse fenômeno é definido como uma interação através da colisão entre a Luz Superior e a tela, e é chamado Haka’a (colisão). Dividida pela tela em 10 partes, Sefirot, a Luz Refletida reveste-se na Luz Superior, então dividindo-a em 10 Sefirot. A combinação das 10 Sefirot da Luz Refletida com as 10 Sefirot da Luz Superior forma o Rosh (cabeça) do Partzuf (objeto espiritual).
"Deus está em todo o lado,
mas, muito mais num que noutros;
quem não crê, mui mau bocado
passa, não por causa doutros."
Então a Luz Refletida, isto é, o desejo de devolver ao Criador o prazer que se receba dEle, torna-se a condição para receber esse prazer, isto é, o vaso de recepção (Kli Kabbalah), em vez da Bechinah Dalet. A Bechinah Dalet é incapaz de receber prazer sem a tela, por causa dos seus desejos egoístas. Vemos que a tela pode mudar sua intenção, de egoísta para altruísta, transformando-a no ‘desejo de receber’ em prol do Criador. Somente depois que a criação construa tal intenção, a luz mais alta poderá disseminar-se dentro do vaso e revesti-lo nos desejos- Kelim, formados pela Luz Refletida.
Do Baal hasulam:
15) Após a Primeira Restrição, aparecem novos vasos de recepção no lugar da Bechinah Dalet. Eles são formados por causa do Contato de Colisão entre a luz e a tela. Porém, nós ainda precisamos entender como é que essa luz se transformou em um vaso de recepção, após ter sido refletida de um tal vaso. Resulta que a luz torna-se um vaso, isto é, começa a desempenhar o papel oposto.
Para explicar isto, vamos tomar um exemplo deste mundo. O homem naturalmente respeita um ‘desejo de doar’, e ao mesmo tempo, ressente-se quando está recebendo sem dar algo em troca. Vamos supor que uma pessoa vá à casa do seu amigo, onde lhe oferecem uma refeição. Naturalmente, ela recusar-se-á a comer, não importa quanta fome ela esteja sentindo, porque ela detesta ser um receptor que não dá nada em troca.
Seu anfitrião, porém, começa a persuadi-la, deixando claro que comendo a sua comida, essa pessoa o agradará imensamente. Quando o convidado sente que aquilo que o anfitrião está dizendo é verdade, consente em aceitar a refeição, pois assim, não se sentirá mais como um receptor. Além disso, agora o convidado sente que está doando ao anfitrião, deliciando-o com sua prontidão para comer. Resulta que apesar de sua fome – um vaso genuíno para receber comida – o convidado não poderia sequer tocar as iguarias, até que sua vergonha fosse aplacada pelas persuasões do anfitrião.
Agora podemos ver como é que vem à vida um novo vaso para receber alimento. O poder gradualmente crescente da persuasão do anfitrião e a resistência do convidado finalmente transformam recepção em doação. O ato de receber permanece intocado; somente a intenção se transformou. Apenas a força da resistência e não a fome (o verdadeiro vaso de recepção) transformou-se na razão para aceitar o banquete.
Comentários do Rav Laitman:
Onde quer que a Bechinah Dalet seja mencionada, isso significa Malchut, isto é, recepção em prol de receber. Existe a ação, e a razão para essa ação. Qual é a razão para receber, após a Restrição? É o desejo de receber prazer. Isso significa que receber é uma ação em prol de receber. Após a Restrição, os Partzufim não usam da Bechinah Dalet; a única luz que eles recebem é aquela que vem da tela e a Luz Refletida.
A razão para receber, que existia antes da Restrição, permanece após também, porque sem um desejo e um esforço por algo, é impossível receber. Todavia, essa razão não é suficiente para a recepção; ela deve ser acompanhada por uma razão adicional, isto é, a intenção em prol de doar.
Malchut está pronta para renunciar aos seus prazeres animais; ela faz a Restrição sobre eles. Ela recebe somente porque este é o desejo do Criador. Assim, a recepção em prol de receber parece diferente. O ato de receber não resulta da primeira razão, mas da segunda – receber em prol de doar; porém, a primeira razão precisa acompanhar a segunda, pois se não houver desejo para receber prazer, como ela será capaz de sentir prazer?
Por exemplo, há um mandamento para ter prazer na refeição do Shabbat; mas se não houver fome, como se pode receber prazer do ato de comer? Por isso a primeira razão – o ‘desejo de receber’ – deve permanecer (mesmo que por causa da vergonha, seja incapaz de receber), mas deve permanecer somente, na presença da razão adicional – o ‘desejo de doar’.
Do Baal haSulam:
16) Com a ajuda do exemplo do anfitrião e do convidado, podemos agora entender o que é um Zivug de Haka’a (Contato pela Colisão), que resulta no nascimento de novos vasos de recepção da Luz Superior, em vez da Bechinah (Berriná) Dalet (Dálet). A interacção acontece porque a luz bate na tela, querendo entrar na Bechinah Dalet. Isso se parece com o anfitrião que tenta convencer seu convidado a comer. A força da resistência do convidado corresponde à tela. Assim como a recusa a comer transforma-se em um novo vaso, assim a Luz Refletida torna-se um vaso de recepção em vez da Bechinah Dalet, que desempenhou esse papel antes da Primeira Restrição.
Porém, precisamos ter em mente que isso aconteceu somente nos objetos espirituais dos mundos de ABYA (Ábiá), enquanto nos objetos relacionados com as forças impuras e com o nosso mundo, a Bechinah Dalet continua a ser um vaso de recepção. Por isso, nem nas forças impuras (egoistas), nem no nosso mundo, há luz alguma: por causa da diferença entre as propriedades da Bechinah Dalet e aquelas do Criador. Assim, as Klipot (forças impuras, o ‘desejo de receber’ a luz sem a tela e sem dar) e os pecadores são considerados mortos, pois o desejo de receber a luz (prazer e vida) sem a tela os separa da Vida das Vidas, a luz do Criador.
(Rav Laitman não acrescentou comentários a este item).
Monday, December 01, 2008
Somente alguém que sente o Criador pode adquirir essa propriedade. Usando a linguagem da Kabbalah, quando a luz entrar no Kli, ela passará suas propriedades altruístas para ele. O homem não pode se corrigir por si mesmo, e não se exige isso dele. Sob a direção do seu Professor, durante as lições do grupo, ele precisa despertar desejos espirituais tais, que farão com que a luz entre nele.
Para conseguir isto, a pessoa deve trabalhar duro sobre seus pensamentos e desejos, para saber exatamente o que é necessário, embora ela ainda não possa desejá-lo. Se o homem pratica uma ação em nosso mundo que parece exteriormente altruísta, isso de fato significa que ele calculou previamente sua futura recompensa.
Qualquer movimento, mesmo o menor, é feito com base em um cálculo. Como resultado, parece ao homem que ele poderia estar melhor do que está agora. Se o homem não fizesse esses cálculos, ele não seria capaz de se mover, pois é necessária uma certa porção de energia para o movimento, mesmo no nível molecular da natureza, e essa energia é o nosso egoísmo, isto é, o desejo de receber prazer. Essa lei então se ‘reveste’ nas leis gerais físicas e químicas. Em nosso mundo, o homem somente pode receber ou doar em prol de receber.
Vale anotar aqui que os desejos de fazer a humanidade inteira feliz também são egoístas, pois o homem, vendo a si mesmo como uma parte da humanidade, deseja dar prazer a essa mesma parte dele...
A Kabbalah permite a descrição tanto das ações praticadas interiormente pelo homem, quanto daquelas que o Criador pratica sobre ele, isto é, suas interações. A Kabbalah é uma descrição físico-matemática dos objetos espirituais e suas ações, expressas em fórmulas, gráficos e tabelas.
Tudo isso descreve as ações espirituais interiores do Kabbalista, e somente aquele que pode reproduzir essas ações em si mesmo, e assim entende o que essas fórmulas significam, pode entender o que está por trás delas.
Um Kabbalista pode passar essa informação para seu discípulo somente quando este alcança no mínimo o primeiro nível espiritual. Tal informação é passada ‘boca a boca’ (mi Peh le Peh), porque a tela está no nível de ‘Peh’ no Partzuf espiritual. Se o estudante ainda não adquiriu a tela, ele realmente não pode entender nada; ele não pode ainda receber nada de seu professor.
Quando um Kabbalista lê um livro de Kabbalah, ele deve sentir cada palavra, cada letra internamente, assim como pessoas cegas sentem cada letra do alfabeto usando o sistema Braile.
Nós estudamos quatro fases da formação do Kli (0 – Shoresh ou Keter; 1 – Chochmah; 2 – Binah e 3 – Tifferet). Por que são quatro, e não cinco? Porque a quinta é o próprio Kli, e não uma fase da sua formação. Começando por Malchut, não há mais fases; o Kli está completamente criado, nascido, formado em seu desejo egoísta de receber prazer da luz do Chochmah. O Kli é independente não só em seu desejo, mas na implementação desse desejo em ação.
Porém, se a luz, o prazer, preenche o Kli, ela dita ao Kli o modo como ele deve agir, porque ela o suprime, preenchendo-o com prazer. É por isso que o Kli é realmente livre em sua intenção, somente quando ele não está preenchido com a luz. E nem isso, ainda não é suficiente; a luz precisa não ser sentida nem mesmo de longe, isto é, o Criador precisa ocultar-se completamente do Kli. Somente então Malchut pode ser independente, livre em suas decisões e ações.
Quando o Kli pode compreender seus desejos independentemente, quando ele está completamente livre da influência da luz e do prazer, e a luz não pode ditar suas condições ao Kli, tal estado é chamado ‘nosso mundo’, ou ‘este mundo’. Esse estado pode ser atingido se a luz é removida não somente da parte interior do Kli, mas gradualmente se distancia do exterior do Kli, Em nosso mundo, o homem não sente o Criador, nem no interior, nem no exterior, isto é, ele não acredita na Sua existência.
A expulsão da luz do Kli é chamada a restrição do desejo de receber prazer, ou simplesmente a restrição, Tzimtzum Alef. Distanciar a luz para longe do exterior do Kli é algo que se obtém com a ajuda de um sistema de telas obscurecedoras que são chamadas mundos. Há somente cinco dessas telas, isto é, há cinco mundos. Cada um desses mundos consiste de cinco partes chamadas ‘Partzufim’ (plural de Partzuf). Cada Partzuf inclui cinco partes chamadas Sefirot (plural de Sefirah). Como resultado, Malchut está tão distanciada da luz que não a sente de modo algum. Isto é o homem em nosso mundo.
Na Kabbalah, nós estudamos as propriedades dos mundos, Partzufim e Sefirot, isto é, as propriedades das telas que ocultam o mundo espiritual, o Criador, de nós. O propósito desse estudo é conhecer quais propriedades o homem deve adquirir para neutralizar as ações ocultadoras de todos esses mundos, Partzufim e Sefirot, e ascender ao nível desse ou daquele nível espiritual de Sefirah, partzuf ou mundo.
Adquirindo as propriedades de um certo Partzuf em um certo mundo, o homem imediatamente neutraliza a ação ocultadora desse nível, e o atinge.
Agora, somente os níveis mais altos ocultam do homem o Criador, a luz. Gradualmente ele deve atingir todas as propriedades de todos os níveis, começando pelo mais baixo imediatamente acima de nosso mundo, e acima até o nível mais alto, sua correção final.
Vamos retornar para Malchut, a 5ª fase do desenvolvimento do Kli. Quando Malchut sente que recebe, enquanto o Criador doa, ela percebe esse contraste entre seu estado e o estado do Criador como algo tão revoltante que ela decide parar de receber prazer. Como não há compulsão no mundo espiritual, e o prazer não pode ser sentido se não houver um desejo por ele, a luz desaparece, e pára de ser sentida no Kli.
Malchut faz o Tzimtzum Alef (TA). Nas fases anteriores, o Kli não se sentia, a si mesmo, como receptor; somente na 5ª fase, quando ele decide independentemente receber, o Kli sente sua oposição ao Criador. Somente Malchut pode fazer TA, pois para fazer o Tzimtzum, é preciso primeiro sentir sua oposição ao Criador.
Outro nome para Malchut é alma, mas o nome ‘alma’ pode se referir tanto ao Kli, quanto à luz dentro dele. Enquanto se lê um texto, é preciso sempre lembrar se ele fala da criação ou sobre o aquilo que a preenche. No primeiro caso, trata-se de uma parte da própria criação, um desejo. No segundo caso, é uma parte do Criador, a luz.
Quando uma alma desce para o mundo de Atzilut, vindo do mundo da Infinidade, ela se torna a alma da fase Alef, mas não a alma real. A distinção entre ela e o Criador ainda não é sentida. É um bebê no útero da sua mãe; ela ainda não pode ser chamada independente, embora já exista. Ela ainda está numa fase intermediária.
O mundo de Atzilut é absolutamente espiritual, porque o Kli não é sentido nele; ele é completamente suprimido pela luz e é um único total com a luz. As almas do resto das criaturas, por exemplo, animais, descendo do alto através do mundo de Atzilut, também são consideradas um com o Criador. Porém, em nosso mundo, as criaturas são completamente esvaziadas da luz, e infinitamente distantes do Criador.
Os mundos são níveis de proximidade com o Criador na ascensão do homem e as medidas de sua distância dEle na descida das almas. Não importa de que espécie de alma nós falamos. Embora toda a natureza represente um único total, algumas espécies de criaturas, que diferem no grau de sua liberdade de escolha, podem ser individualizadas como mais ou menos livres na escolha do Objetivo.
De todas as criaturas, somente o homem tem uma verdadeira liberdade de escolha; o resto da natureza ascende ou desce com ele, porque tudo em nosso Universo é relacionado com o homem. É impossível falar sobre um certo número de almas que passam por esse modo, pois é difícil estimar quantitativamente.
Partículas de outras almas mais fortes e mais altas podem aparecer em cada um de nós. Elas começam a falar dentro de nós, e a nos impulsionar adiante. De fato, a alma não é algo predeterminado, permanente, algo que acompanha nosso corpo fisiológico durante toda a sua vida corporal. Por exemplo, o Ari, em seu livro ‘Shaar haGilgulim’ (Portais das Reencarnações) descreve a espécie de almas e em que sucessão elas se enraizavam nele.
A alma não é algo indivisível. Ela se funde e se separa constantemente, cria novas partes de acordo com as exigências da correção da alma comum. Mesmo durante a vida do homem, algumas das partes da alma se enraízam nele ou o deixam; as almas ‘fluem’ constantemente umas nas outras.
O mundo de Beriah corresponde à fase Bet-Binah, o ‘desejo de doar’, de dar prazer. O Kli no mundo de Beriah é chamado ‘Neshamah’; pela primeira vez ele tem seu próprio desejo, embora seja um ‘desejo de doar’; por isso, ele é muito ‘claro’, não-egoísta em seus desejos, e é considerado absolutamente espiritual.
O mundo de Yetzirah corresponde à fase Guimel-Tifferet, ou ZA, na qual emergem tanto o ‘desejo de doar’ (aproximadamente 90%) quanto o ‘desejo de receber’ (aproximadamente 10%). Há uma pequena parte da luz de Chochmah no brilhante cenário da Or Chassadim. O Kli nessa fase passa pelo estado de Neshamah, para Ruach. Embora os desejos do Kli já sejam egoístas num certo grau, ainda assim o ‘desejo de doar’ prevalece; assim, o Kli no mundo de Yetzirah é ainda quase completamente espiritual.
A quarta fase, completamente egoísta, Malchut, governa no mundo de Assiyah. Aqui o ‘desejo de receber’ é o próprio Guf (corpo), que é absolutamente distante do Criador. A luz que preenche o Kli no mundo de Assiyah é chamada ‘Nefesh’; esse nome sugere que o Kli e a luz são espiritualmente sem movimento, de modo semelhante à natureza inanimada de nosso mundo.
O Kli torna-se cada vez mais bruto, na medida em que desce gradualmente através dos níveis dos mundos, e distancia-se da luz até que esteja completamente vazio, isto é, ele não sente a luz de modo algum. Assim, ele se torna completamente livre da luz e do Criador em seus pensamentos e ações.
Agora, se o Kli preferir o caminho do desenvolvimento espiritual, em vez dos mesquinhos prazeres egoístas, ele gradualmente se tornará capaz de ascender através dos níveis dos mundos de Assiyah, Yetzirah, Beriah, Atzilut, Adam Kadmon, e alcançar o mundo da Infinidade, isto é, fundir-se infinitamente com o Criador, tornando-se igual a Ele.
Cada homem tem um assim chamado ponto preto em seu coração, um embrião do futuro estado espiritual, Em pessoas diferentes, esse ponto está em estágios diferentes de prontidão para a percepção espiritual. Há pessoas que não podem captar noções espirituais de modo algum; elas não têm interesse nelas. Porém, há pessoas que acordam de repente, e ficam perplexas pelo fato de se terem interessado de repente por assuntos tão ‘abstratos’.
Assim como com outros animais, o homem vive sob a influência de seus pais, do ambiente, dos traços de caráter. Sem ter liberdade de escolha, ele somente processa a informação disponível de acordo com fatores externos e internos. Então ele pratica as ações que lhe parecem melhores.
No entanto, tudo muda quando o Criador começa a despertar o homem. No início, a pessoa caminha sob a influência de uma pequena porção da luz que o Criador lhe envia. Depois de receber essa porção, esse ponto interno começa a exigir mais preenchimento, forçando o homem a procurar por luz. Assim, ele começa a procurar em diferentes ocupações, idéias, filosofias, doutrinas, estudos de grupo, até que ele venha à Kabbalah. Cada alma na terra precisa percorrer o mesmo caminho!
Até que, com a ajuda da tela, esse ponto preto alcance o tamanho de um pequeno Partzuf, o homem é considerado como sem alma, sem Kli, e naturalmente, sem luz. A presença do menor Partzuf, tendo as luzes de Nefesh, Ruach, Neshamah, Chayah e Yechidah (NaRaNHay) indica o nascimento do homem e sua partida do estado animal (que, a propósito, nós nos acostumamos a considerar humano).
‘Humano’ significa esse estado espiritual em que a pessoa já passou a barreira espiritual (Machsom) que separa este mundo do mundo espiritual, o mundo de Assiyah; isto é, aquele que adquiriu o Kli espiritual chamado alma.
A experiência acumulada pela alma em cada uma de suas encarnações neste mundo permanece com ela, e passa de geração a geração, somente mudando seus corpos fisiológicos, assim como se troca uma camisa. Todos os sofrimentos físicos, corporais, são registrados na alma, e em um certo momento, levam o homem a desejar atingir a espiritualidade.
O revestimento de uma alma em um corpo de mulher significa que ela não tem que passar por nenhuma correção espiritual nesta encarnação. A mulher não avança espiritualmente por si mesma, a não ser ajudando a circular a sabedoria da Kabbalah e recebendo elevação espiritual através de seu marido.
A Torah diz que os corações daqueles que governam o mundo estão nas mãos do Criador. Isso se refere a todos os políticos, chefes de estado, ditadores – todos de quem a humanidade depende. Todos não são mais que marionetes nas mãos do Criador, que através deles, controla tudo.
Há somente uma lei no domínio espiritual – a lei da equivalência de propriedades espirituais. Se as propriedades de duas pessoas são iguais, similares, elas estão espiritualmente próximas. Se as pessoas diferem em seus pensamentos, pontos de vista, elas se sentem separadas, distantes uma da outra, mesmo que estejam fisicamente próximas.
Proximidade ou distância espiritual depende da similaridade das propriedades dos objetos. Se os objetos coincidem completamente em suas propriedades, desejos, eles se fundem. Se dois desejos são contrários um ao outro, diz-se que eles estão distantes um do outro. Quando mais similares sejam dois desejos, mais próximos eles estarão no mundo espiritual.
Se somente um, entre numerosos desejos dos objetos, coincide, esses dois objetos têm contato em apenas um ponto. Se não há nem mesmo um desejo em nós que seja similar ao do Criador, isso significa que nós estamos absolutamente distantes dEle, e não temos nada que possamos usar para senti-Lo. Se aparecer apenas um desejo em mim, que seja similar ao Criador, então ele será capaz de sentir o Criador.
A tarefa do homem é gradualmente fazer todos os seus desejos similares àqueles do Criador. Então o homem se fundirá completamente com Ele, em um único objeto espiritual/material, e não haverá distinção entre eles. O homem alcançará tudo o que o Criador tem: eternidade,gozo total, absoluto conhecimento, e perfeição. Esse é o extremo propósito da correção de todos os desejos do homem.
Malchut, expelindo a luz no TA, decidiu receber essa luz com a ajuda de uma tela. A Luz Direta vem a ela, pressiona a tela, querendo entrar. Malchut recusa-se a receber a luz, lembrando a ardente vergonha que sentiu quando era preenchida pela luz. Recusar-se a receber a luz significa refleti-la com a ajuda da tela. Tal luz é chamada ‘Or Chozer’ (Luz Refletida). O reflexo em si é chamado ‘Haka’a’ (batida) da luz na tela.
O reflexo do prazer (a luz) acontece dentro do homem com a ajuda da intenção de receber esse prazer apenas em prol do Criador. O homem calcula o quanto ele pode receber para dar prazer ao Criador. Então ele reveste o prazer que ele quer receber com a intenção de doar ao Criador; receber, ter prazer em prol do Criador.
O revestimento da Luz Direta na Luz Refletida permite que Malchut, após o TA, expanda-se e receba uma porção da luz. Isso significa que, nesse ponto, ela se torna similar ao Criador, fundindo-se com Ele. O Propósito da criação é preencher Malchut completamente com a luz do Criador. Então, toda a recepção da luz será igual a doação, e significará total fusão de toda a criação com o Criador.
Revestindo o prazer que chega com a sua intenção (a Luz Refletida), Malchut anuncia que quer sentir esse prazer somente porque, assim fazendo, dá prazer ao Criador. Nesse caso, a recepção é igual à doação, pois o significado de uma ação é determinado pela intenção do Kli, e não pela direção mecânica da ação, interior ou exterior. O prazer sentido nesse caso será duplo: de recebê-lo, e de doá-lo ao Criador.
O Rabbi Ashlag ilustra maravilhosamente essa situação com o exemplo da relação entre um convidado e seu anfitrião, o convidado, recebendo prazer do anfitrião, e recebendo esse prazer, transforma-o em doação. Ele faz uma visita ao anfitrião, que sabe exatamente do que ele gosta mais. O convidado senta-se em frente ao anfitrião, e o anfitrião põe na mesa diante dele seus cinco pratos favoritos, na exata quantidade para satisfazer seu apetite.
Se o convidado não visse o doador, o anfitrião, ele teria agarrado a comida sem a menor vergonha e engolido todas as delícias sem deixar nem um pouquinho no prato, pois elas são exatamente o que ele deseja. Porém, o anfitrião, sentado à sua frente, o embaraça, e por isso o convidado se recusa a comer. O anfitrião insiste, explicando o quanto ele quer agradar ao convidado, e dar-lhe prazer.
Finalmente, tentando dizer ao convidado que coma, o anfitrião diz que a recusa do convidado faz com que Ele sofra. Compreendendo que ao comer o jantar ele dará prazer ao anfitrião, tornando-se então um doador, em vez de um receptor, isto é, tornando-se igual ao anfitrião em suas intenções e propriedades, somente então, o convidado concorda em comer.
Se acontece uma situação em que o anfitrião quer agradar ao convidado colocando o banquete à sua frente, e o convidado, em troca, come com a intenção de devolver o prazer ao anfitrião, tendo prazer nisto, essa condição é chamada interação pela ‘batida’ (Zivug de Haka’a - * NT: ‘batida’ aqui significando o conflito de duas forças opostas que vêm uma na direção da outra, que se ‘pressionam’ em direções contrárias). Porém, isso só pode acontecer após o convidado ter recusado completamente a receber prazer.
O convidado somente aceita o banquete quando ele tem certeza de que ele dá prazer ao anfitrião recebendo esse banquete, como se lhe fizesse um favor. Ele recebe somente na medida de sua capacidade de pensar não sobre seu próprio prazer, mas sobre o meio de agradar ao anfitrião, em outras palavras, o Criador.
Então, para que nós precisamos de todos esses prazeres em nosso mundo, se eles estão baseados no sofrimento? Quando um desejo é satisfeito, o prazer ‘se extingue’, e desaparece.
O prazer é sentido somente quando há um ardente ‘desejo de receber’. Com a ajuda da correção de nossos desejos, juntando a eles a intenção ‘em prol do Criador’, nós podemos ter prazer infinitamente, sem sentir ‘fome’ diante da recepção do prazer. Nós podemos receber enormes delícias, dando prazer ao Criador, com a ajuda do constante aumento, em nós mesmos, do sentimento da Sua grandeza.
Como o Criador é eterno e infinito, nós, quando sentimos Sua grandeza, criamos em nós mesmos o Kli eterno e infinito – desejo (* ‘fome’) por Ele. Portanto, nós podemos ter prazer eterna e infinitamente. No mundo espiritual, cada recepção de prazer promove um ainda maior ‘desejo de receber’ esse prazer, e isso prossegue para sempre.
A satisfação torna-se igual à doação: o homem doa, vê o quanto o Criador gosta disso, e adquire um ‘desejo de receber’ ainda maior. Porém, o prazer de doar também precisa ser perfeito, isto é, em prol de doar, tanto como em prol de receber prazer da doação. Porém, o prazer de doar também precisa ser perfeito, isto é, em prol de doar, tanto como de receber prazer da doação. Porém, o prazer de doar também precisa ser perfeito, isto é, em prol de doar, tanto como de receber prazer da doação.De outro modo, isso seria doar para ter prazer para si mesmo, como quando nós doamos perseguindo nossos próprios objetivos.
A Kabbalah ensina ao homem a receber prazer da luz com a intenção em prol do Criador. Se o homem puder (* to screen: filtrar, conter numa tela) todos os prazeres deste mundo, ele será capaz de sentir o mundo espiritual instantaneamente. Então o homem cai sob a influência das forças espirituais impuras. Elas gradualmente acrescentam ao homem um egoísmo espiritual. Ele constrói uma nova tela sobre esse egoísmo espiritual com a ajuda das forças puras, e então ele pode receber uma nova porção da luz, que corresponde à quantidade de egoísmo corrigida por ele. Portanto, o homem sempre tem a liberdade de escolha.
A noção de ‘tela’ contém a diferença entre o espiritual e o material. Receber prazer sem uma tela é um prazer egoísta comum do nosso mundo. O ponto é preferir prazeres espirituais aos materiais, desenvolvendo a tela, para receber o prazer eterno, que nos é oferecido de acordo com o Pensamento da Criação.
Porém, a tela somente pode aparecer sob a influência da luz do Criador, sobre o desejo egoísta do Kli. No momento em que o Criador Se revela ao homem, essa questão sobre quem precisa dos seus esforços desaparece instantaneamente. Assim todo o nosso trabalho ‘borbulha’ (*boils down) em torno de uma única coisa: sentir o Criador.
Para vencer qualquer nível de ocultamento, o homem precisa adquirir as propriedades desse nível. Fazendo isto, ele ‘neutraliza’ a restrição, toma a si a influência do nível ocultador, de modo que o ocultamento se transforme em revelação e realização.
Vejamos por exemplo uma pessoa cujas propriedades pertençam todas ao nosso mundo. Suas propriedades são tão rudimentares que essa pessoa está sob a influência de todos os cinco mundos. Se, por causa da correção, suas propriedades se tornarem similares àquelas do mundo de Assiyah, então esse mundo deixará de ocultar a luz do Criador, para essa pessoa, o que significa que o homem ascendeu espiritualmente ao nível de Assiyah.
Uma pessoa, cujas propriedades e sensações já estejam em Assiyah, sente o ocultamento do Criador no nível do mundo de Yetzirah. Corrigindo suas propriedades de acordo com aquelas de Yetzirah, ela neutraliza o ocultamento da luz do Criador nesse nível e começa a senti-Lo no nível de Yetzirah. Resulta que os mundos são as telas que ocultam o Criador de nós. Porém, quando o homem coloca a tela sobre seu egoísmo, assemelhando-se a esses níveis, por fazer isto ele revela a parte da luz do Criador que essa tela, esse mundo, estava ocultando.
Aquele que está em um certo mundo espiritual sentirá o ocultamento desse nível e do nível acima dele, mas não o ocultamento no nível abaixo. Assim, se o homem está no nível da Sefirah Chesed do Partzuf ZA do mundo de Beriah, então desse nível abaixo, todos os mundos, todos os Partzufim e todas as Sefirot já estão nele em seu estado corrigido. Esses níveis passados são os níveis da revelação para ele; ele absorveu seus egoísmos, corrigiu-os com a ajuda da tela, e então revelou o Criador neste nível.
Orem, o Criador ainda está oculto dele em todos os níveis superiores. No total, há 125 níveis desde nosso mundo até o Criador: cinco mundos, com cinco Partzufim em cada mundo, com cinco Sefirot em cada Partzuf.
O principal é dar o primeiro passo no mundo espiritual; depois, isso se torna muito mais simples. Todos os níveis são semelhantes um ao outro, e a diferença entre eles está apenas no material, não no design. O mundo de Adam Kadmon consiste de cinco Partzufim: Keter (Galgalta), Chochmah (AB), Binah (SAG) ou Abba ve Ima, ou AVI (abreviado), ZA (às vezes é chamado Kadosh Baruch Hu, Israel), Malchut (Shechinah, Leah, Rachel).
Em cada nível espiritual, o homem (*que está lá) muda seu nome, e de acordo com o local em que ele está agora, é chamado seja Faraó, Moshe (Moisés) ou Israel. Todos esses são nomes do Criador, níveis de alcance do Criador por parte do homem. Em geral, os livros de Kabbalah são escritos por Kabbalistas que passaram por todos esses níveis da correção.
Os níveis que seguem não são níveis de correção, mas sim o alcance individual e o contato pessoal com o Criador. Eles não são estudados; pertencem aos assim chamados ‘segredos da Torah’ (Sodot Torah), eu são presenteados àquele que se corrigiu completamente. Por outro lado, os níveis de correção pertencem aos sabores da Torah (Ta’amey Torah); eles precisam ser estudados para serem alcançados.
A transmissão de informação sobre a Kabbalah é a transmissão de luz. A transferência de propriedades do nível espiritual mais alto para o nível espiritual mais baixo é chamada ‘descida’, ou ‘influência’, e do nível mais baixo para o mais alto, é chamada de ‘pedido’, ou ‘prece’, MAN (* não é ‘homem’ em inglês, mas uma sigla que designa o estado de prece). A conexão existe somente entre dois Partzufim adjacentes, um acima do outro. Não é possível nenhuma comunicação entre dois níveis descontinuados. Cada nível mais alto é chamado o Criador, com relação ao mais baixo; sua relação com o nível mais baixo pode ser comparada com a razão entre o Universo e um grão de areia.
Para conseguir isto, a pessoa deve trabalhar duro sobre seus pensamentos e desejos, para saber exatamente o que é necessário, embora ela ainda não possa desejá-lo. Se o homem pratica uma ação em nosso mundo que parece exteriormente altruísta, isso de fato significa que ele calculou previamente sua futura recompensa.
Qualquer movimento, mesmo o menor, é feito com base em um cálculo. Como resultado, parece ao homem que ele poderia estar melhor do que está agora. Se o homem não fizesse esses cálculos, ele não seria capaz de se mover, pois é necessária uma certa porção de energia para o movimento, mesmo no nível molecular da natureza, e essa energia é o nosso egoísmo, isto é, o desejo de receber prazer. Essa lei então se ‘reveste’ nas leis gerais físicas e químicas. Em nosso mundo, o homem somente pode receber ou doar em prol de receber.
Vale anotar aqui que os desejos de fazer a humanidade inteira feliz também são egoístas, pois o homem, vendo a si mesmo como uma parte da humanidade, deseja dar prazer a essa mesma parte dele...
A Kabbalah permite a descrição tanto das ações praticadas interiormente pelo homem, quanto daquelas que o Criador pratica sobre ele, isto é, suas interações. A Kabbalah é uma descrição físico-matemática dos objetos espirituais e suas ações, expressas em fórmulas, gráficos e tabelas.
Tudo isso descreve as ações espirituais interiores do Kabbalista, e somente aquele que pode reproduzir essas ações em si mesmo, e assim entende o que essas fórmulas significam, pode entender o que está por trás delas.
Um Kabbalista pode passar essa informação para seu discípulo somente quando este alcança no mínimo o primeiro nível espiritual. Tal informação é passada ‘boca a boca’ (mi Peh le Peh), porque a tela está no nível de ‘Peh’ no Partzuf espiritual. Se o estudante ainda não adquiriu a tela, ele realmente não pode entender nada; ele não pode ainda receber nada de seu professor.
Quando um Kabbalista lê um livro de Kabbalah, ele deve sentir cada palavra, cada letra internamente, assim como pessoas cegas sentem cada letra do alfabeto usando o sistema Braile.
Nós estudamos quatro fases da formação do Kli (0 – Shoresh ou Keter; 1 – Chochmah; 2 – Binah e 3 – Tifferet). Por que são quatro, e não cinco? Porque a quinta é o próprio Kli, e não uma fase da sua formação. Começando por Malchut, não há mais fases; o Kli está completamente criado, nascido, formado em seu desejo egoísta de receber prazer da luz do Chochmah. O Kli é independente não só em seu desejo, mas na implementação desse desejo em ação.
Porém, se a luz, o prazer, preenche o Kli, ela dita ao Kli o modo como ele deve agir, porque ela o suprime, preenchendo-o com prazer. É por isso que o Kli é realmente livre em sua intenção, somente quando ele não está preenchido com a luz. E nem isso, ainda não é suficiente; a luz precisa não ser sentida nem mesmo de longe, isto é, o Criador precisa ocultar-se completamente do Kli. Somente então Malchut pode ser independente, livre em suas decisões e ações.
Quando o Kli pode compreender seus desejos independentemente, quando ele está completamente livre da influência da luz e do prazer, e a luz não pode ditar suas condições ao Kli, tal estado é chamado ‘nosso mundo’, ou ‘este mundo’. Esse estado pode ser atingido se a luz é removida não somente da parte interior do Kli, mas gradualmente se distancia do exterior do Kli, Em nosso mundo, o homem não sente o Criador, nem no interior, nem no exterior, isto é, ele não acredita na Sua existência.
A expulsão da luz do Kli é chamada a restrição do desejo de receber prazer, ou simplesmente a restrição, Tzimtzum Alef. Distanciar a luz para longe do exterior do Kli é algo que se obtém com a ajuda de um sistema de telas obscurecedoras que são chamadas mundos. Há somente cinco dessas telas, isto é, há cinco mundos. Cada um desses mundos consiste de cinco partes chamadas ‘Partzufim’ (plural de Partzuf). Cada Partzuf inclui cinco partes chamadas Sefirot (plural de Sefirah). Como resultado, Malchut está tão distanciada da luz que não a sente de modo algum. Isto é o homem em nosso mundo.
Na Kabbalah, nós estudamos as propriedades dos mundos, Partzufim e Sefirot, isto é, as propriedades das telas que ocultam o mundo espiritual, o Criador, de nós. O propósito desse estudo é conhecer quais propriedades o homem deve adquirir para neutralizar as ações ocultadoras de todos esses mundos, Partzufim e Sefirot, e ascender ao nível desse ou daquele nível espiritual de Sefirah, partzuf ou mundo.
Adquirindo as propriedades de um certo Partzuf em um certo mundo, o homem imediatamente neutraliza a ação ocultadora desse nível, e o atinge.
Agora, somente os níveis mais altos ocultam do homem o Criador, a luz. Gradualmente ele deve atingir todas as propriedades de todos os níveis, começando pelo mais baixo imediatamente acima de nosso mundo, e acima até o nível mais alto, sua correção final.
Vamos retornar para Malchut, a 5ª fase do desenvolvimento do Kli. Quando Malchut sente que recebe, enquanto o Criador doa, ela percebe esse contraste entre seu estado e o estado do Criador como algo tão revoltante que ela decide parar de receber prazer. Como não há compulsão no mundo espiritual, e o prazer não pode ser sentido se não houver um desejo por ele, a luz desaparece, e pára de ser sentida no Kli.
Malchut faz o Tzimtzum Alef (TA). Nas fases anteriores, o Kli não se sentia, a si mesmo, como receptor; somente na 5ª fase, quando ele decide independentemente receber, o Kli sente sua oposição ao Criador. Somente Malchut pode fazer TA, pois para fazer o Tzimtzum, é preciso primeiro sentir sua oposição ao Criador.
Outro nome para Malchut é alma, mas o nome ‘alma’ pode se referir tanto ao Kli, quanto à luz dentro dele. Enquanto se lê um texto, é preciso sempre lembrar se ele fala da criação ou sobre o aquilo que a preenche. No primeiro caso, trata-se de uma parte da própria criação, um desejo. No segundo caso, é uma parte do Criador, a luz.
Quando uma alma desce para o mundo de Atzilut, vindo do mundo da Infinidade, ela se torna a alma da fase Alef, mas não a alma real. A distinção entre ela e o Criador ainda não é sentida. É um bebê no útero da sua mãe; ela ainda não pode ser chamada independente, embora já exista. Ela ainda está numa fase intermediária.
O mundo de Atzilut é absolutamente espiritual, porque o Kli não é sentido nele; ele é completamente suprimido pela luz e é um único total com a luz. As almas do resto das criaturas, por exemplo, animais, descendo do alto através do mundo de Atzilut, também são consideradas um com o Criador. Porém, em nosso mundo, as criaturas são completamente esvaziadas da luz, e infinitamente distantes do Criador.
Os mundos são níveis de proximidade com o Criador na ascensão do homem e as medidas de sua distância dEle na descida das almas. Não importa de que espécie de alma nós falamos. Embora toda a natureza represente um único total, algumas espécies de criaturas, que diferem no grau de sua liberdade de escolha, podem ser individualizadas como mais ou menos livres na escolha do Objetivo.
De todas as criaturas, somente o homem tem uma verdadeira liberdade de escolha; o resto da natureza ascende ou desce com ele, porque tudo em nosso Universo é relacionado com o homem. É impossível falar sobre um certo número de almas que passam por esse modo, pois é difícil estimar quantitativamente.
Partículas de outras almas mais fortes e mais altas podem aparecer em cada um de nós. Elas começam a falar dentro de nós, e a nos impulsionar adiante. De fato, a alma não é algo predeterminado, permanente, algo que acompanha nosso corpo fisiológico durante toda a sua vida corporal. Por exemplo, o Ari, em seu livro ‘Shaar haGilgulim’ (Portais das Reencarnações) descreve a espécie de almas e em que sucessão elas se enraizavam nele.
A alma não é algo indivisível. Ela se funde e se separa constantemente, cria novas partes de acordo com as exigências da correção da alma comum. Mesmo durante a vida do homem, algumas das partes da alma se enraízam nele ou o deixam; as almas ‘fluem’ constantemente umas nas outras.
O mundo de Beriah corresponde à fase Bet-Binah, o ‘desejo de doar’, de dar prazer. O Kli no mundo de Beriah é chamado ‘Neshamah’; pela primeira vez ele tem seu próprio desejo, embora seja um ‘desejo de doar’; por isso, ele é muito ‘claro’, não-egoísta em seus desejos, e é considerado absolutamente espiritual.
O mundo de Yetzirah corresponde à fase Guimel-Tifferet, ou ZA, na qual emergem tanto o ‘desejo de doar’ (aproximadamente 90%) quanto o ‘desejo de receber’ (aproximadamente 10%). Há uma pequena parte da luz de Chochmah no brilhante cenário da Or Chassadim. O Kli nessa fase passa pelo estado de Neshamah, para Ruach. Embora os desejos do Kli já sejam egoístas num certo grau, ainda assim o ‘desejo de doar’ prevalece; assim, o Kli no mundo de Yetzirah é ainda quase completamente espiritual.
A quarta fase, completamente egoísta, Malchut, governa no mundo de Assiyah. Aqui o ‘desejo de receber’ é o próprio Guf (corpo), que é absolutamente distante do Criador. A luz que preenche o Kli no mundo de Assiyah é chamada ‘Nefesh’; esse nome sugere que o Kli e a luz são espiritualmente sem movimento, de modo semelhante à natureza inanimada de nosso mundo.
O Kli torna-se cada vez mais bruto, na medida em que desce gradualmente através dos níveis dos mundos, e distancia-se da luz até que esteja completamente vazio, isto é, ele não sente a luz de modo algum. Assim, ele se torna completamente livre da luz e do Criador em seus pensamentos e ações.
Agora, se o Kli preferir o caminho do desenvolvimento espiritual, em vez dos mesquinhos prazeres egoístas, ele gradualmente se tornará capaz de ascender através dos níveis dos mundos de Assiyah, Yetzirah, Beriah, Atzilut, Adam Kadmon, e alcançar o mundo da Infinidade, isto é, fundir-se infinitamente com o Criador, tornando-se igual a Ele.
Cada homem tem um assim chamado ponto preto em seu coração, um embrião do futuro estado espiritual, Em pessoas diferentes, esse ponto está em estágios diferentes de prontidão para a percepção espiritual. Há pessoas que não podem captar noções espirituais de modo algum; elas não têm interesse nelas. Porém, há pessoas que acordam de repente, e ficam perplexas pelo fato de se terem interessado de repente por assuntos tão ‘abstratos’.
Assim como com outros animais, o homem vive sob a influência de seus pais, do ambiente, dos traços de caráter. Sem ter liberdade de escolha, ele somente processa a informação disponível de acordo com fatores externos e internos. Então ele pratica as ações que lhe parecem melhores.
No entanto, tudo muda quando o Criador começa a despertar o homem. No início, a pessoa caminha sob a influência de uma pequena porção da luz que o Criador lhe envia. Depois de receber essa porção, esse ponto interno começa a exigir mais preenchimento, forçando o homem a procurar por luz. Assim, ele começa a procurar em diferentes ocupações, idéias, filosofias, doutrinas, estudos de grupo, até que ele venha à Kabbalah. Cada alma na terra precisa percorrer o mesmo caminho!
Até que, com a ajuda da tela, esse ponto preto alcance o tamanho de um pequeno Partzuf, o homem é considerado como sem alma, sem Kli, e naturalmente, sem luz. A presença do menor Partzuf, tendo as luzes de Nefesh, Ruach, Neshamah, Chayah e Yechidah (NaRaNHay) indica o nascimento do homem e sua partida do estado animal (que, a propósito, nós nos acostumamos a considerar humano).
‘Humano’ significa esse estado espiritual em que a pessoa já passou a barreira espiritual (Machsom) que separa este mundo do mundo espiritual, o mundo de Assiyah; isto é, aquele que adquiriu o Kli espiritual chamado alma.
A experiência acumulada pela alma em cada uma de suas encarnações neste mundo permanece com ela, e passa de geração a geração, somente mudando seus corpos fisiológicos, assim como se troca uma camisa. Todos os sofrimentos físicos, corporais, são registrados na alma, e em um certo momento, levam o homem a desejar atingir a espiritualidade.
O revestimento de uma alma em um corpo de mulher significa que ela não tem que passar por nenhuma correção espiritual nesta encarnação. A mulher não avança espiritualmente por si mesma, a não ser ajudando a circular a sabedoria da Kabbalah e recebendo elevação espiritual através de seu marido.
A Torah diz que os corações daqueles que governam o mundo estão nas mãos do Criador. Isso se refere a todos os políticos, chefes de estado, ditadores – todos de quem a humanidade depende. Todos não são mais que marionetes nas mãos do Criador, que através deles, controla tudo.
Há somente uma lei no domínio espiritual – a lei da equivalência de propriedades espirituais. Se as propriedades de duas pessoas são iguais, similares, elas estão espiritualmente próximas. Se as pessoas diferem em seus pensamentos, pontos de vista, elas se sentem separadas, distantes uma da outra, mesmo que estejam fisicamente próximas.
Proximidade ou distância espiritual depende da similaridade das propriedades dos objetos. Se os objetos coincidem completamente em suas propriedades, desejos, eles se fundem. Se dois desejos são contrários um ao outro, diz-se que eles estão distantes um do outro. Quando mais similares sejam dois desejos, mais próximos eles estarão no mundo espiritual.
Se somente um, entre numerosos desejos dos objetos, coincide, esses dois objetos têm contato em apenas um ponto. Se não há nem mesmo um desejo em nós que seja similar ao do Criador, isso significa que nós estamos absolutamente distantes dEle, e não temos nada que possamos usar para senti-Lo. Se aparecer apenas um desejo em mim, que seja similar ao Criador, então ele será capaz de sentir o Criador.
A tarefa do homem é gradualmente fazer todos os seus desejos similares àqueles do Criador. Então o homem se fundirá completamente com Ele, em um único objeto espiritual/material, e não haverá distinção entre eles. O homem alcançará tudo o que o Criador tem: eternidade,gozo total, absoluto conhecimento, e perfeição. Esse é o extremo propósito da correção de todos os desejos do homem.
Malchut, expelindo a luz no TA, decidiu receber essa luz com a ajuda de uma tela. A Luz Direta vem a ela, pressiona a tela, querendo entrar. Malchut recusa-se a receber a luz, lembrando a ardente vergonha que sentiu quando era preenchida pela luz. Recusar-se a receber a luz significa refleti-la com a ajuda da tela. Tal luz é chamada ‘Or Chozer’ (Luz Refletida). O reflexo em si é chamado ‘Haka’a’ (batida) da luz na tela.
O reflexo do prazer (a luz) acontece dentro do homem com a ajuda da intenção de receber esse prazer apenas em prol do Criador. O homem calcula o quanto ele pode receber para dar prazer ao Criador. Então ele reveste o prazer que ele quer receber com a intenção de doar ao Criador; receber, ter prazer em prol do Criador.
O revestimento da Luz Direta na Luz Refletida permite que Malchut, após o TA, expanda-se e receba uma porção da luz. Isso significa que, nesse ponto, ela se torna similar ao Criador, fundindo-se com Ele. O Propósito da criação é preencher Malchut completamente com a luz do Criador. Então, toda a recepção da luz será igual a doação, e significará total fusão de toda a criação com o Criador.
Revestindo o prazer que chega com a sua intenção (a Luz Refletida), Malchut anuncia que quer sentir esse prazer somente porque, assim fazendo, dá prazer ao Criador. Nesse caso, a recepção é igual à doação, pois o significado de uma ação é determinado pela intenção do Kli, e não pela direção mecânica da ação, interior ou exterior. O prazer sentido nesse caso será duplo: de recebê-lo, e de doá-lo ao Criador.
O Rabbi Ashlag ilustra maravilhosamente essa situação com o exemplo da relação entre um convidado e seu anfitrião, o convidado, recebendo prazer do anfitrião, e recebendo esse prazer, transforma-o em doação. Ele faz uma visita ao anfitrião, que sabe exatamente do que ele gosta mais. O convidado senta-se em frente ao anfitrião, e o anfitrião põe na mesa diante dele seus cinco pratos favoritos, na exata quantidade para satisfazer seu apetite.
Se o convidado não visse o doador, o anfitrião, ele teria agarrado a comida sem a menor vergonha e engolido todas as delícias sem deixar nem um pouquinho no prato, pois elas são exatamente o que ele deseja. Porém, o anfitrião, sentado à sua frente, o embaraça, e por isso o convidado se recusa a comer. O anfitrião insiste, explicando o quanto ele quer agradar ao convidado, e dar-lhe prazer.
Finalmente, tentando dizer ao convidado que coma, o anfitrião diz que a recusa do convidado faz com que Ele sofra. Compreendendo que ao comer o jantar ele dará prazer ao anfitrião, tornando-se então um doador, em vez de um receptor, isto é, tornando-se igual ao anfitrião em suas intenções e propriedades, somente então, o convidado concorda em comer.
Se acontece uma situação em que o anfitrião quer agradar ao convidado colocando o banquete à sua frente, e o convidado, em troca, come com a intenção de devolver o prazer ao anfitrião, tendo prazer nisto, essa condição é chamada interação pela ‘batida’ (Zivug de Haka’a - * NT: ‘batida’ aqui significando o conflito de duas forças opostas que vêm uma na direção da outra, que se ‘pressionam’ em direções contrárias). Porém, isso só pode acontecer após o convidado ter recusado completamente a receber prazer.
O convidado somente aceita o banquete quando ele tem certeza de que ele dá prazer ao anfitrião recebendo esse banquete, como se lhe fizesse um favor. Ele recebe somente na medida de sua capacidade de pensar não sobre seu próprio prazer, mas sobre o meio de agradar ao anfitrião, em outras palavras, o Criador.
Então, para que nós precisamos de todos esses prazeres em nosso mundo, se eles estão baseados no sofrimento? Quando um desejo é satisfeito, o prazer ‘se extingue’, e desaparece.
O prazer é sentido somente quando há um ardente ‘desejo de receber’. Com a ajuda da correção de nossos desejos, juntando a eles a intenção ‘em prol do Criador’, nós podemos ter prazer infinitamente, sem sentir ‘fome’ diante da recepção do prazer. Nós podemos receber enormes delícias, dando prazer ao Criador, com a ajuda do constante aumento, em nós mesmos, do sentimento da Sua grandeza.
Como o Criador é eterno e infinito, nós, quando sentimos Sua grandeza, criamos em nós mesmos o Kli eterno e infinito – desejo (* ‘fome’) por Ele. Portanto, nós podemos ter prazer eterna e infinitamente. No mundo espiritual, cada recepção de prazer promove um ainda maior ‘desejo de receber’ esse prazer, e isso prossegue para sempre.
A satisfação torna-se igual à doação: o homem doa, vê o quanto o Criador gosta disso, e adquire um ‘desejo de receber’ ainda maior. Porém, o prazer de doar também precisa ser perfeito, isto é, em prol de doar, tanto como em prol de receber prazer da doação. Porém, o prazer de doar também precisa ser perfeito, isto é, em prol de doar, tanto como de receber prazer da doação. Porém, o prazer de doar também precisa ser perfeito, isto é, em prol de doar, tanto como de receber prazer da doação.De outro modo, isso seria doar para ter prazer para si mesmo, como quando nós doamos perseguindo nossos próprios objetivos.
A Kabbalah ensina ao homem a receber prazer da luz com a intenção em prol do Criador. Se o homem puder (* to screen: filtrar, conter numa tela) todos os prazeres deste mundo, ele será capaz de sentir o mundo espiritual instantaneamente. Então o homem cai sob a influência das forças espirituais impuras. Elas gradualmente acrescentam ao homem um egoísmo espiritual. Ele constrói uma nova tela sobre esse egoísmo espiritual com a ajuda das forças puras, e então ele pode receber uma nova porção da luz, que corresponde à quantidade de egoísmo corrigida por ele. Portanto, o homem sempre tem a liberdade de escolha.
A noção de ‘tela’ contém a diferença entre o espiritual e o material. Receber prazer sem uma tela é um prazer egoísta comum do nosso mundo. O ponto é preferir prazeres espirituais aos materiais, desenvolvendo a tela, para receber o prazer eterno, que nos é oferecido de acordo com o Pensamento da Criação.
Porém, a tela somente pode aparecer sob a influência da luz do Criador, sobre o desejo egoísta do Kli. No momento em que o Criador Se revela ao homem, essa questão sobre quem precisa dos seus esforços desaparece instantaneamente. Assim todo o nosso trabalho ‘borbulha’ (*boils down) em torno de uma única coisa: sentir o Criador.
Para vencer qualquer nível de ocultamento, o homem precisa adquirir as propriedades desse nível. Fazendo isto, ele ‘neutraliza’ a restrição, toma a si a influência do nível ocultador, de modo que o ocultamento se transforme em revelação e realização.
Vejamos por exemplo uma pessoa cujas propriedades pertençam todas ao nosso mundo. Suas propriedades são tão rudimentares que essa pessoa está sob a influência de todos os cinco mundos. Se, por causa da correção, suas propriedades se tornarem similares àquelas do mundo de Assiyah, então esse mundo deixará de ocultar a luz do Criador, para essa pessoa, o que significa que o homem ascendeu espiritualmente ao nível de Assiyah.
Uma pessoa, cujas propriedades e sensações já estejam em Assiyah, sente o ocultamento do Criador no nível do mundo de Yetzirah. Corrigindo suas propriedades de acordo com aquelas de Yetzirah, ela neutraliza o ocultamento da luz do Criador nesse nível e começa a senti-Lo no nível de Yetzirah. Resulta que os mundos são as telas que ocultam o Criador de nós. Porém, quando o homem coloca a tela sobre seu egoísmo, assemelhando-se a esses níveis, por fazer isto ele revela a parte da luz do Criador que essa tela, esse mundo, estava ocultando.
Aquele que está em um certo mundo espiritual sentirá o ocultamento desse nível e do nível acima dele, mas não o ocultamento no nível abaixo. Assim, se o homem está no nível da Sefirah Chesed do Partzuf ZA do mundo de Beriah, então desse nível abaixo, todos os mundos, todos os Partzufim e todas as Sefirot já estão nele em seu estado corrigido. Esses níveis passados são os níveis da revelação para ele; ele absorveu seus egoísmos, corrigiu-os com a ajuda da tela, e então revelou o Criador neste nível.
Orem, o Criador ainda está oculto dele em todos os níveis superiores. No total, há 125 níveis desde nosso mundo até o Criador: cinco mundos, com cinco Partzufim em cada mundo, com cinco Sefirot em cada Partzuf.
O principal é dar o primeiro passo no mundo espiritual; depois, isso se torna muito mais simples. Todos os níveis são semelhantes um ao outro, e a diferença entre eles está apenas no material, não no design. O mundo de Adam Kadmon consiste de cinco Partzufim: Keter (Galgalta), Chochmah (AB), Binah (SAG) ou Abba ve Ima, ou AVI (abreviado), ZA (às vezes é chamado Kadosh Baruch Hu, Israel), Malchut (Shechinah, Leah, Rachel).
Em cada nível espiritual, o homem (*que está lá) muda seu nome, e de acordo com o local em que ele está agora, é chamado seja Faraó, Moshe (Moisés) ou Israel. Todos esses são nomes do Criador, níveis de alcance do Criador por parte do homem. Em geral, os livros de Kabbalah são escritos por Kabbalistas que passaram por todos esses níveis da correção.
Os níveis que seguem não são níveis de correção, mas sim o alcance individual e o contato pessoal com o Criador. Eles não são estudados; pertencem aos assim chamados ‘segredos da Torah’ (Sodot Torah), eu são presenteados àquele que se corrigiu completamente. Por outro lado, os níveis de correção pertencem aos sabores da Torah (Ta’amey Torah); eles precisam ser estudados para serem alcançados.
A transmissão de informação sobre a Kabbalah é a transmissão de luz. A transferência de propriedades do nível espiritual mais alto para o nível espiritual mais baixo é chamada ‘descida’, ou ‘influência’, e do nível mais baixo para o mais alto, é chamada de ‘pedido’, ou ‘prece’, MAN (* não é ‘homem’ em inglês, mas uma sigla que designa o estado de prece). A conexão existe somente entre dois Partzufim adjacentes, um acima do outro. Não é possível nenhuma comunicação entre dois níveis descontinuados. Cada nível mais alto é chamado o Criador, com relação ao mais baixo; sua relação com o nível mais baixo pode ser comparada com a razão entre o Universo e um grão de areia.
Subscribe to:
Posts (Atom)