PRIMEIRO
A intenção do Criador era dar prazer às criaturas. Para isso, Ele preparou um enorme desejo nas almas para receber esse prazer contido na Shefa (a abundância que o Criador deseja nos doar). O ‘desejo de receber’ é um vaso para a recepção do prazer contido na Shefa.
Quanto maior o ‘desejo de receber’, mais prazer entra no vaso. Essas duas noções se interconectam de um tal modo que é impossível separá-las.
Isto somente é possível para apontar que o prazer se refere á Shefa (isto é, ao Criador), enquanto o ‘desejo de receber’ refere-se à Criação.
Ambas essas noções vêm diretamente do Criador e estão incluídas no Pensamento da Criação. Enquanto a abundância descende diretamente do Criador, o ‘desejo de recebê-la’, também incluído na Shefa, é a raiz, a fonte das criaturas.
O ‘desejo de receber’ é algo essencialmente novo, algo que nunca existiu antes, porque não há o menor traço de ‘desejo de receber’ no Criador. Resulta que o ‘desejo de receber’ é a essência da criação, do começo ao fim, o único ‘material’ de que a criação é feita. Todas as criaturas são apenas porções diferentes do ‘desejo de receber’. Além disso, todos os eventos que acontecem a elas são mudanças que acontecem nesse ‘desejo de receber’.
Tudo o que preenche as criaturas e satisfaz seu ‘desejo de receber’ vem diretamente do Criador. Assim, tudo o que existe á nossa volta, de fato, vem do Criador, seja diretamente como abundância, seja indiretamente, como por exemplo, o ‘desejo de receber’, que não existe no Próprio Criador, mas foi criado por Ele para dar prazer às Suas criaturas.
Comentário de Rav Laitman:
Como o desejo do Criador é doar às criaturas, Ele teve que criar alguém capaz de receber Sua abundância. Conseqüentemente, Ele integrou na Criação o desejo de receber prazer. Por que? Há uma regra: o Criador criou tudo o que existe em nossa natureza. A questão ‘por quê eu recebi uma tal natureza’? refere-se ao estado do ser, anterior ao começo da Criação, e está além de nossa capacidade de apreensão. Nós só somos capazes de atingir aquilo que se refere à Criação, mas não antes, ou depois disso. Assim, nossa natureza nos permite receber apenas o prazer que está em equilíbrio com nosso desejo por isto.
Por exemplo, se um homem estiver com fome, ele tem prazer na refeição, enquanto se lhe for oferecida comida, e ele não estiver com fome, ele não terá nenhum prazer. Tudo é uma combinação da ausência e de seu preenchimento. Quanto mais forte o desejo, maior será o prazer de satisfazê-lo.
Origem:http://www.kabbalah.info/brazilkab/Pticha/pticha_01.htm
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