Monday, November 17, 2008

" O momento presente contém a chave da libertação. Porém, o leitor não pode encontrar o momento presente enquanto estiver dentro da sua mente.
A iluminação significa erguer-se além do pensamento..."
E. Toole
"O patrão de um grande amigo, homem muito rico, com hotéis e casas... suicidou-se há cerca de dois anos. A sua infelicidade terá começado com o desinteresse dos filhos pelos seus negócios? Não se sabe bem.
O que não há dúvida é que não podemos viver só de "pão" e muito menos só para o material ou dinheiro, pois, coisas graves, gravíssimas ocorrem então.
Mas, coisas igualmente más acontecem se desprezarmos os corpos. De qualquer modo, a haver desequilíbrio, que seja para o lado da alma, que é antes do corpo!"
"Dormir profundamente é fundamental, na medida certa, para o bem estar e saúde. Nos não importemos de "já" não sonhar. Dormir da forma referida é estar em contacto com Deus, que também é dormir e descansar!!"
J. Machoqueira
"... 17. A mente, quando está estabilizada, é conhecida como Samadi. No Samprajnata-Samadi, o estado estabilizado é ainda acompanhado de actividade mental, primeiro ao nível grosseiro, depois ao nível subtil, ou de um sentimento de felicidade e, finalmente, no sentido de puro Ser, de "seidade", "Eu sou".
Samprajnata-Samadi é a absorção, com plena consciência, da dualidade daquele que percebe e da coisa percebida, o sujeito e o objecto, o sentido interno que comtempla e o Eu contemplado. Só depois vem a absorção não-dual, absolutamente vazia de qualquer consciência de distinção entre o perceber e a coisa percebida. Naquele samadi (Samprajnata-Samadi), há realização do Um-Sem-Segundo, porém, continua a consciência de si mesmo, bem como o da beatífica união.
Naturalmente, isto acontece de forma gradual, até a mente transfigurada obter por fim uma Consciência plena. No princípio, ela é ainda superficial e defeituosa. A profundidade da compreensão vai-se realizando pouco a pouco, até a mente ganhar nova configuração, abrangendo, depois, uma visão global das coisas e dos acontecimentos, de forma intuitiva e não dialética, na qual brota espontaneamente a felicidade ou alegria pura e, em consequ~encia, momentos de beatitude. A complexidade da existência de um objecto ou de um aconteceimento torna-se compreendida quando se aprofundam as várias razões da sua exist~encia. Quando esta complexidade é realizada (compreendida), produz-se na mente automaticamente um saber total e, nessa profundidade de compreensão, a mente que compreendeu fica serena, satisfeita.
O nível grosseiro da vida dá uma visão superficial da existência dos objectos ou acontecimentos por razões ou causalidades. Ao nível subtil, passa pela compreensão e discriminação de mais algumas razões distintas. Finalmente, na pura "seidae", compreende todas as distinções e razões para tal aconteceimento ou objecto e encontra a paz, saciando, assim, a curiosidade ou ânsia de saber. Esta prática ou estado leva o yogi ao conhecimento ou à obtenção da clarividência, na qual, ao olhar o objecto e o acontecimento (ser, pessoa) ambos, (todos) surgem, de imediato, compreendidos na sua totalidade.
Contudo, a clarividência é apenas um estado ou grau de inteligência obtido pela pureza da mente; é ver as coisas para além da visão comum ou até da lógica. Ela é desenvolvida pela realização e compreensão dessa pureza, que permite à mente absorver maior inteligência. E os recursos da inteligência são infiniutos"
Pgs. 55 – 57 de: "Tratado de Meditação", de maria, das Publicações Matreya

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