Wednesday, November 19, 2008

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POR FIM

Avidyã kietram uttaresãm prasupta-
-tanu- vicchinnodãrãnãm.

4. A ignorância da nossa natureza real é a fonte dos
obstáculos, quer eles estejam dormentes, fracos, suspendidos ou completamente activos.

Se a ignorância é o oposto da sabedoria, ela deve ser destruída pela tomada de consciência dessa auto-ignorância. A tomada de consciência já é uma forma de expandir a Consciência e representa um acréscimo de Inteligência, onde, gradualmente, a sabedoria vai ocupar o lugar da ignorância. Porém, a ignorância maior é não se conhecer Deus e ter como um bem a Criação. A Manifestação é a que oferece maior estado de ignorância e de ilusão. Aquele que ultrapassa até o próprio lsvara como Senhor da Criação, obtém a libertação e destrói a ignorância.
Se nos primeiros passos deve haver uma entrega devocional a Deus, lsvara, pela via do coração em que deve livrar-se do sentido do eu individual, na fase final, há a superação do dualismo e o iluminado ultrapassa o próprio lsvara, ou Saguna-Brahma, que representa a forma manifestada de Deus.

Anityasuci duhkhanatmasu nitya
sucisukhatmakhyatir avidya

5. Assim, conceber o não-eterno como eterno, o impuro como puro, o doloroso como agradável e o Ãtman como não Ãtman, é ignorância.


A ignorância cria a condição em que se confundem os pensamentos, tomando-se o certo pelo errado. Só aquele que ultrapassa as relações mundanas é sábio, porque matou a fonte da ignorância. Deus, Inteligência Suprema, Não-Manifestado(Nirguna-Brahma), deve ser o único objectivo de cada ser
humano. Enquanto não houver esta convicção,vive-se imerso na ignorância. A verdadeira ignorância é o
falso conhecimento de Deus, que é confundido
com Deus "Criador". A identificação com a Manifestação reside no apego à vida e à matéria. A acção incontrolada faz parte desta Ilusão; correr como um louco para "segurar" o mundo, cria uma
falsa realidade do caminho espiritual. O verdadeiro caminho espiritual é o conhecimento de Deus e, através deste, o conhecimento da verdadeira natureza do Ser.

Fonte: “Tratado de Meditação”, de Maria, da Maitreya
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