Sunday, November 27, 2005


MULHERES
MONTARGILENSES


Finas e grosseiras,
Do campo e vilas,
Misses, costureiras:
Autênticas Lilas.

Mães, irmãs, amantes,
Ausentes, presentes:
São inteligentes,
Cantantes, dançantes.

Crentes e descrentes,
Viajadas ou não,
São eficientes,
Não correm em vão.


COMO OUSAS?

Como vender ousas
O que tu não compraste?
E por que exploraste
Até belas raposas?

Veda e vedação
Puseste; animais
Mataste e dar ais
Fizeste. És vilão?

Nem o manso cordeiro
Ao engano escapa:
Dás-lhe papa e papa,
Para o tiro certeiro!

Que bonitos sobreiros,
Bem tratados; alguns
Secos. Dá-me cá uns
Tostões par’ os obreiros!


Abaixo os ladrões,
Abaixo as vedações!
Vivam libertações,
Vivam boas acções!

Abaixo ambição
Capitalista: vã,
Dinheirista, não sã
É. É destruição!


PRAZER INFINITO

Os prazeres são infinitos, e, possivelmente, não é por se abusar deles que se morre, mas, pelo contrário. Veja-se o prazer de conhecer. Há tanta coisa, pessoas e seres novos e velhos para conhecer. E, acima de todos, o prazer de conhecer Deus.
Veja-se o prazer do sexo. Vivemos por causa dele, e, possivelmente, para ele. Não faz pois sentido ter medo dele, não falar dele, fugir dele.
A força do prazer parece realmente ser a maior do mundo. Ela é de tal ordem, que se poderá ter prazer na dor. Há todavia um prazer que nos está manifestamente proibido: termos gozo no sofrimento\dor indevidos, injustos, imerecidos de qualquer pessoa, animal ou ser sensitivo.
Existe também o prazer da comida, de saciar a vontade de comer e beber. Manifestamente, o que uns seios de mulher nos fazem não é só pensar em sexo, é também recordar o prazer da aleitação materna. Cada mulher é não só uma potencial amante, como potencial mãe e irmã, e, cada homem é um potencial amante, pai e irmão.
O prazer de conhecer e contactar com as raízes, todas as raízes: antepassados, mortos e vivos, e, lugares, de nascimento, de estudo, de trabalho, de passagem… é dos maiores.
Os prazeres de aliviar a bexiga e os intestinos não são dos mais pequenos. Assim como o de descansar e dormir.
Há também claro, os prazeres de ver, de ouvir, de cheirar, de acariciar, de recompensar, de castigar, de ir, de ficar, de vir… E, o prazer de criar, de cuidar, de amar, de lembrar, de pensar, de agir, de sussurar, de gritar.
E, que dizer do prazer do aconchego, da segurança, do divertimento, da certeza, e, da ausência/presença de medo, de apego, de esperança, e, de fazer bem?... (Cont.)

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