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6. Vida=Diva=Davi - “O Rei se encontrava na sala dos holocaustos. Os Brâmanes, com trajes brancos, a seu lado, recitavam seus mantras, avivando o fogo que crepitava no altar, colocado no meio da sala. As línguas claras das chamas saltavam das madeiras perfumadas, sibilando e torcendo-se ao lamber as oferendas de manteiga, de aromas e de suco de soma, alegria de Indra. Ao redor da pira, um arroio espesso e lento, de cor escarlate, fumegava e corria, absorvido pela areia, porém renovado sem cessar; era o sangue das vítimas que ainda há pouco balavam nos campos. Uma delas, uma cabra com grandes chifres, estava estendida com a cabeça atada para traz, com erva munja; um sacerdote apoiou a faca no seu pescoço esticado, murmurando: "Eis aqui, ó deuses terríveis, o princípio dos numerosos Yajnas, oferecidos por Bimbisara; regozijai-vos vendo correr o sangue e gozai com a fumaça da carne tostada nas chamas ardentes; fazei com que os pecados do Rei sejam transferidos a esta cabra e que o fogo os consuma ao queimá-la; vou dar o golpe fatal!"
Porém, Buda disse docemente: "Não o deixeis ferir, grande Rei!" E, ao mesmo tempo, desatou os laços da vítima, sem que ninguém o detivesse, tão imponente era seu aspecto.
Então, depois de haver pedido permissão, falou da vida que todos podem tirar, mas ninguém pode dar; da vida que todas as criaturas amam e pela qual lutam; a vida, esse dom maravilhoso, caro e agradável a todos, mesmo para os mais humildes; sim, um dom precioso para todas as criaturas que sentem piedade, porque a piedade faz o homem doce para com os débeis e nobre para com os fortes. Emprestou às mudas bocas do seu rebanho palavras enternecedoras para defender sua causa; demonstrou que o homem que implora a clemência dos deuses não tem misericórdia, ele que é como um deus para os animais; fez ver que tudo o que tem vida está unido por um laço de parentesco, e que os animais que matamos nos deram o doce tributo do seu leite e de sua lã, e depositaram confiança nas mãos dos que os degolam. Falou também do que os livros sagrados ensinam, de uma maneira certa, isto é: depois da morte, alguns de nós se tornam pássaros e animais e estes se tornam homens, transformando-se a chispa viajante em fogo purificado. Por esse motivo, o sacrifício seria um novo pecado, se fosse detida a transmigração, à qual está destinada a alma.
Ninguém - ajuntou - pode purificar com sangue seu espírito; se os deuses são bons, não podem comprazer-se com o sangue derramado; e se são maus, não podem lançar sobre a cabeça de um animal amarrado o peso de um cabelo, dos pecados e erros, pelos quais se deve responder pessoalmente. Cada um deve dar conta de si próprio, segundo esta aritmética invariável do universo, que distribui o bem ao bom e o mal ao mau, dando a cada um sua medida segundo seus atos, suas palavras e seus pensamentos; esta lei exata, implacável e imutável vigia eternamente e faz com que todos os futuros sejam frutos dos passados. Falou assim com palavras tão misericordiosas e com tal dignidade, inspirado pela compaixão e a justiça, - que os sacerdotes se despojaram dos seus ornamentos e lavaram suas mãos vermelhas de sangue, e o Rei, aproximando-se, o saudou com as mãos juntas.
Entretanto, Nosso Senhor continuou ensinando quão feliz seria a terra se todos os seres estivessem unidos pelos laços da benevolência e não se alimentassem senão de coisas puras, sem derramamento de sangue; os grãos dourados, os frutos brilhantes, as ervas saborosas que brotam para todos, as pacificas águas, bastariam para alimentar e saciar todo o mundo. Tanto convenceu aos sacerdotes o poder das suas nobres palavras que eles próprios derribaram seus altares inflamados e lançaram longe a faca do sacrifício.
No dia seguinte, foi proclamado um decreto pelos arautos, em todo o reino, que foi gravado sobre as rochas e colunas, nos seguintes termos: "Eis aqui a vontade do Rei: Até agora se tem dado a morte a animais para oferecê-los em sacrifício e para a alimentação; porém, a partir de hoje, ninguém derramará o sangue de um ser vivo, nem comerá sua carne, porque já sabemos que a vida é única e que a misericórdia está reservada para Os misericordiosos”.
Tal foi o edito Promulgado, e desde aquela época uma doce paz reinou sobre todas as criaturas: o homem, os animais e os pássaros, sobre aquelas praias do Ganges, onde nosso Senhor pregou a paz com doce linguagem e santa piedade.”
In: A Luz da Ásia – Vida e doutrina de Gautama, fundador do Budismo, de Edwin Arnold, p. 116-119.
5. Masochismo(masoquismo)- perversão sexual na qual o prazer só pode ser obtido mediante sofrimentos físicos ou morais (flagelações, humilhação, insultos, etc.); por extensão, anomalia que consiste em tirar prazer do sofrimento. (de: Masoch). In: Dicionário da Língua Portuguesa – 6ª Edição – Dicionário Editora
Bottom of Form 1
Sacher - Masoch (1836 - 1895)
Leopold Franz Johann Ferdinand Maria Sacher - Masoch teve seu nome associado a um tipo especial de perversão sexual, fato que o imortalizou e banalizou em todos os idiomas do mundo. Masoquismo tornou-se sinônimo de prazer obtido pela dor e sofrimento. (isto parece poder aplicar-se, não só a todo o prazer, como a toda a dor e a todo o sofrimento, não só aos tidos/infligidos com/por parceiro sexual. É, no mínimo, um pouco paradoxal, para não dizer contraditório, porque de paradoxos é a vida feita, que se possa tirar prazer da dor. Mas, que Leopold o tirava, no caso do sexo, parece não haver dúvidas. Agora, se o objectivo é, como é, acabar com a dor, atingir cada vez mais prazer, sem dor, então atitudes como as de Leopold Masoch, só podem ser entendidas se forem para acabar com a dor até dos maus, sem sofrerem. Isto é: como uma excepção, e, passageira, pois, nos paraísos não há dor de qualquer espécie ). Mas Leopold merece mais do que isso. Foi um dos maiores escritores do seu e de todos os tempos. Poucos sabem.
Um aristocrata sui generis
Masoch era de ascendência nobre. A cidade em que nasceu levava o nome de seu bisavô e o seu próprio: Léopold. Seu pai era a maior autoridade da região. Um Conselheiro com o título de cavalheiro. Algo como um prefeito e um delegado reunidos num único poder. Masoch herdou do pai a inclinação pelos prazeres do sexo? Bem, o certo é que ele foi uma figura poderosa para Masoch. Homem que amava o luxo, a caça, e não tinha pruridos em exaltar o próprio sucesso. No século 19 a Áustria pertencia ao Império Austro-Húngaro, e os nobres falavam francês, que era considerada a língua culta. Masoch alfabetizou-se em francês e alemão. Estudou filosofia e ciências naturais. Aspirava e conseguiu tornar-se um romancista de primeira linha. Tinha um projeto literário extremamente ambicioso. Pretendia, num conjunto de 20 volumes intitulados O Legado de Caim, fazer uma síntese da condição humana em seus aspectos literários, naturais e filosóficos. Mas os homens têm a memória curta para a arte e aguçada para as perversões (Por perversão entendo um erro grave, que pode prejudicar não só o próprio, como outros). Masoch retratou em seus romances suas próprias inclinações, e isso o condenou.(a velha história de falar demais!?)
Um criado para seu prazer
Em 1869, Masoch, então com 33 anos, conheceu Fanny de Pistor Bogdanoff, bela mulher, nobre como ele, e que acima de tudo o amava (É suposto que ele também a amva!). Leopold lhe propõe um pacto redigido como contrato: durante seis meses ele será seu criado. Ela poderá fazer com ele o que bem entender. A única ressalva é que permita que ele continue a escrever seus romances durante três horas por dia.
O contrato era para Masoch uma forma de reinventar as relações entre homem e mulher. Havia algo de Fausto também na idéia. Um pacto onde o prazer é obtido à custa do sofrimento (já comentei isto acima). Fanny estranha a proposta, mas por amor aceita. O casal empreende uma viagem pela Itália. Passeiam extasiados pelos belos e antigos cenários de Nápoles. Masoch vestido e comportando-se como um criado polonês, que acompanhasse a princesa.
Ele tinha uma fantasia. Deveriam encontrar um amante para ela, jovem e belo (o complemento de Leopold? Claro que isto é acelerar e concretizar demais, derivando quase de certeza de uma concepção errada não só do tempo, como de Deus, do homem e da vida...), que a possuísse (Possuir? Mas que coisa mais estúpida!). Eles o chamariam o Grego. Finalmente, ela pediria ao amante que chicoteasse seu criado, que se comportara mal. A primeira parte do plano deu certo. Fanny realmente conseguiu uma amante. Era uma ator chamado Salvini. Mas o rapaz se recusou a surrar Masoch. Este suplicou, beijando-lhe os pés, que o castigasse. Sem sucesso. Em seu livro A Vênus de Peles, a cena aparece inteira, e na literatura o amante não hesita em malhar o criado. O gozo é atingido.
Em seu livro, Présentation de Sacher - Masoch, o filósofo Gilles Deleuze faz o seguinte comentário: "O contrato masoquista não expressa somente a necessidade do consentimento da vítima, mas também o dom de persuasão, o esforço pedagógico e jurídico pelo qual a vítima educa seu carrasco."(A questão é que quem ama, e muito bem, não castiga: só dá alegria, prazer e felicidade a todos e a tudo, bons e maus. E, o paradoxo é que não podemos amar somente!!!!!)
De encontro ao seu desejo
Com A Vênus de Peles, Masoch tornou-se um escritor conhecido. A fama trouxe uma enxurrada de assédios, alguns sinceros, outros oportunistas. Um desses viria a marcar a vida do escritor. Trata-se do encontro com Wanda.
Abandonada pelo pai e vivendo em péssimas condições com a mãe, que lavava roupa para o exército, Wanda conheceu Madame Frischauer, que julgava ter razões para se vingar de Masoch. Seu filho, um jornalista corrupto, (Aqui está a prova de que não podemos ser bons em demasia !...)fora denunciado por Leopold. Madame Frischauer leu o livro de Masoch e percebeu sua fraqueza por mulheres dominadoras.(Também há o contrário)
Obrigou Wanda, que era sua empregada, a ler o livro também. Convenceu a jovem de que Masoch a adotaria se ela encarnasse os desejos perversos (maus, injustos, corruptos!!...)dele. Fez mais. Escreveu uma carta a Masoch oferecendo seus préstimos e seu amor. Wanda assinou a missiva. Masoch engoliu a isca e respondeu assim: "Se eu tivesse a sorte de encontrar uma mulher que pudesse encarnar essa Vênus das peles, essa mulher eu amaria, eu a adoraria até a loucura, eu poderia me tornar seu escravo, mesmo que ela fosse apenas uma arrumadeira, porque só espero da mulher beleza e amor"
Wanda, a Dominadora
Quando Wanda, que em verdade chamava-se Aurora Rümelin, e foi rebatizada como Alice por Masoch percebe que ele estava fisgado, passa a sonhar com o casamento. A segurança de estar ao lado de um nobre era por demais tentadora. Havia um impedimento. Wanda usava em seus encontros uma máscara, e se dizia casada para mais inflamar o desejo de Masoch.
Ela aprendera em seus livros que o ciúme é afrodisíaco. Os encontros com uma dama comprometida tinham sabor especial para Leopold. Wanda dispõe-se a abandonar o suposto marido. Masoch era ainda noivo de Jenny. Decide-se por abandoná-la em favor de Alice/Wanda. Esse é apenas o início de seu aviltamento. Quando Wanda percebe que ele está plenamente dominado retoma a idéia do contrato.Envia para Masoch uma carta com o seguinte trecho: "Se me ama como diz, deve assinar o texto anexo, acrescentado-lhe algumas palavras para confirmar que aceita todas as minhas condições e que dá sua palavra de honra de ser meu escravo até o último suspiro. Prove que tem coragem de se tornar meu marido, meu amante, e... meu cão." Leopold aceita, com a condição de que ela tire a máscara. Ele descreve assim o primeiro encontro amoroso dos dois: "Wanda: dispa-se.Eu: tiro o casaco, quer me amarrar os pés, quer fazê-lo ela própria, amarra-me os pés e as mãos, me chicoteia; inclina-se para mim, pergunta se gosto daquilo. Volúpia. Depois aproxima seus lábios dos meus. Como quero beijá-la, ela se afasta, quer que eu lhe suplique, depois chicoteia com tanta força que mal posso suportar."(o que parece aqui claro é que nem Leopold tinha prazer na dor!! Mas, se ele ou alguém pensa que da dor pode vir mesmo prazer, então ou está mesmo muito enganado ou isso de pervertido, pois, como pode do mal vir bem, a não ser para nos enganar, para maior dor ainda. Entretanto, do Bem e do bom só bem e verdadeiros prazeres vêm!!!:::)
Caso limite entre um romancista e seus personagens. Ele criou Wanda e aceita agora se tornar o escravo de sua própria criatura.O apaziguamento.
Wanda, moça pobre que ascendeu à burguesia com o casamento, logo se tornou uma enfadonha dona-de-casa. Tiveram três filhos, sendo que o primeiro foi vítima do surto de cólera que se abateu sobre a Europa em 1873. Viveram juntos ainda durante 13 anos, quando tiveram o segundo e o terceiro filho, Alexandre e Demétrius. A separação de Wanda só veio em 1883 com a morte do filho Demetrius e o encontro com Hulda Meister, que seria sua segunda esposa. Hulda era uma burguesa tradicional, mas amava Leopold. Deu segurança emocional a ele. Foi o apaziguamento. Masoch teve várias outras amantes, nas quais perseguiu seu ideal feminino, ou seja, mulheres fortes, autoritárias, que lhe infligiam os castigos esperados. Com Hulda teve mais 3 filhos.
Sacher - Masoch morreu em 5 de março de 1895, aos 59 anos. Seu corpo foi levado para Heildelberg e cremado, conforme sua vontade. Deixou mais de 30 romances, ensaios e contos publicados. Sua fama como amante singular ultrapassou seu gênio como escritor.”
4. Soma=maso=amos- [1]s.m.Bebida sagrada que, na crença dos Árias, dava ao justo o privilégio de conservar a imortalidade do corpo. (Do sânscr. Soma. «id») [2] s.m. parte do organismo que é perecível (o corpo propriamente dito) e que é independente (será?) da outra parte (germe) constituída por células germinais virtualmente eternas. (Do gr. Sôma. –atos. «corpo») [3] s.m. o . q. soba. (Do quimb. Soma. «id.») In: Dicionário da Língua Portuguesa – 6ª Edição – Dicionário Editora
3.Qualidade- “ A qualidade fica comprometida quando o giroscópio de nosso conhecimento interior que integra tantos atos de equilíbrio dinâmico está fora do centro. Podemos ser arrastados para longe de nós, por uma ideia limitada do que os outros desejam ou do que nós mesmos desejamos. No primeiro caso, tentamos ser acessíveis; no segundo tentamos ser originais"”(pg 161 de S. C.)
2.Campo e cidade- A este propósito já vi\vivi pessoas que: 1) amam o campo/água e ignoram/detestam a cidade\vila, e, vice-versa; 2) matam “tudo” ou quase tudo o que mexe; 3) da cidade e do campo\água, que fogem de tudo o que é bicho, que não matam ou pouco matam bichos...
Ora, matar, seja o que quer e quem quer que for é muito mau. Mesmo o que matasse tudo o que mexe acabaria sempre por encontrar quem o matasse, mais que não fosse matar-se-ía ele(a) próprio(a), quando já não houvesse mais nenhum ser para matar, ou não se matando, ficaria pior do que morto, isto é, vivo mas totalmente só!!
Também não é nada bom o homem da cidade e vice-versa ignorar o campo/mar, as bibliotecas, os estádios de futebol, as universidades, as estátuas, os cinemas, os jardins, os rios, os aviões, as casas da cultura... não só por causa do ar, da cultura, da comida, da água... Mas por criarem tarefas lúdicas ou de trabalho (não deviam ser distintas) excessivamente sedentárias, rígidas, fixas, paradas ou quase num só local que pouco realizam, pouco prazer dão...
E, também não é igualmente bom ter medo de pessoas, bichos, coisa, sistemas, situações, instituições... apesar de se exigir bastante prudência diante de algumas/alguns, já que o\quem que está/aparece diante de nós é o nosso próprio reflexo, é quase nós próprios!!!
1.Prazer=Prezar infinitos (cont.)- Cristo disse: “Bem aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus”. E, sem paz não pode haver prazer infinito, que será ainda melhor do que felicidade. Mas, Buda foi mais longe nos alicerces da paz que estabeleceu para a felicidade, digo, para o prazer. Como podemos ver no texto acima em 2., Buda, que foi casado e teve filho, demonstra claro como a água límpida que temos, de uma vez por todas, que fazer a paz não só com todos os homens como com todos os seres sensitivos, condição sem a qual não experimentaremos o prazer e a felicidade infinitos. Isto é, temos de prezar (não é por acaso que prazer=prezar), preservar e estimar toda a vida (também não é por acaso que vida=diva), não só dita animada como a inanimada, claro, se queremos ter o oposto da dor=rod=ord, que é o prazer...
Dito isto, continuemos: o prazer dos gestos, das caras e dos corpos únicos, doces, ou até falsamente agressivos! O prazer de brincar, de imaginar, p.e., por um breve tempo que uma mulher é um homem e um homem uma mulher.
prazer de voar, de nadar, de correr, de trabalhar, de dançar, de beber quando se tem sede, de comer quando se tem fome, de ouvir música... De estar bem, porque fizemos tudo bem...
prazer de mostrar e de nos mostrarmos, de ver e nos vermos e às nossas e de outros obras e descobertas, o prazer de descobrir, de ir mais além, em segurança ou até com alguma insegurança.
prazer de partilhar, de unir ou dividir, de dar vida, de ver, ouvir, cheirar... de perto, ou de longe.
Os maiores prazeres deverão ser: estar com Deus, estar com deuses e estar com alma gémea, se é que isto não é tudo a mesma coisa!... A loucura/prazer divinos, portanto.
Há também o prazer de escandalizar, de provocar, quanto baste (q.b.), claro...
0. Ceder-resistir – Não podemos resistir nem ceder a nada nem a ninguém nem a nenhum ser, pois, tudo e todos são uma parte de nós: se resistirmos voltarão, da mesma ou doutra forma; se cedermos, ficam.(pag 173 de SER CRIATIVO e eu)
2.Campo e cidade- A este propósito já vi\vivi pessoas que: 1) amam o campo/água e ignoram/detestam a cidade\vila, e, vice-versa; 2) matam “tudo” ou quase tudo o que mexe; 3) da cidade e do campo\água, que fogem de tudo o que é bicho, que não matam ou pouco matam bichos...
Ora, matar, seja o que quer e quem quer que for é muito mau. Mesmo o que matasse tudo o que mexe acabaria sempre por encontrar quem o matasse, mais que não fosse matar-se-ía ele(a) próprio(a), quando já não houvesse mais nenhum ser para matar, ou não se matando, ficaria pior do que morto, isto é, vivo mas totalmente só!!
Também não é nada bom o homem da cidade e vice-versa ignorar o campo/mar, as bibliotecas, os estádios de futebol, as universidades, as estátuas, os cinemas, os jardins, os rios, os aviões, as casas da cultura... não só por causa do ar, da cultura, da comida, da água... Mas por criarem tarefas lúdicas ou de trabalho (não deviam ser distintas) excessivamente sedentárias, rígidas, fixas, paradas ou quase num só local que pouco realizam, pouco prazer dão...
E, também não é igualmente bom ter medo de pessoas, bichos, coisa, sistemas, situações, instituições... apesar de se exigir bastante prudência diante de algumas/alguns, já que o\quem que está/aparece diante de nós é o nosso próprio reflexo, é quase nós próprios!!!
1.Prazer=Prezar infinitos (cont.)- Cristo disse: “Bem aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus”. E, sem paz não pode haver prazer infinito, que será ainda melhor do que felicidade. Mas, Buda foi mais longe nos alicerces da paz que estabeleceu para a felicidade, digo, para o prazer. Como podemos ver no texto acima em 2., Buda, que foi casado e teve filho, demonstra claro como a água límpida que temos, de uma vez por todas, que fazer a paz não só com todos os homens como com todos os seres sensitivos, condição sem a qual não experimentaremos o prazer e a felicidade infinitos. Isto é, temos de prezar (não é por acaso que prazer=prezar), preservar e estimar toda a vida (também não é por acaso que vida=diva), não só dita animada como a inanimada, claro, se queremos ter o oposto da dor=rod=ord, que é o prazer...
Dito isto, continuemos: o prazer dos gestos, das caras e dos corpos únicos, doces, ou até falsamente agressivos! O prazer de brincar, de imaginar, p.e., por um breve tempo que uma mulher é um homem e um homem uma mulher.
prazer de voar, de nadar, de correr, de trabalhar, de dançar, de beber quando se tem sede, de comer quando se tem fome, de ouvir música... De estar bem, porque fizemos tudo bem...
prazer de mostrar e de nos mostrarmos, de ver e nos vermos e às nossas e de outros obras e descobertas, o prazer de descobrir, de ir mais além, em segurança ou até com alguma insegurança.
prazer de partilhar, de unir ou dividir, de dar vida, de ver, ouvir, cheirar... de perto, ou de longe.
Os maiores prazeres deverão ser: estar com Deus, estar com deuses e estar com alma gémea, se é que isto não é tudo a mesma coisa!... A loucura/prazer divinos, portanto.
Há também o prazer de escandalizar, de provocar, quanto baste (q.b.), claro...
0. Ceder-resistir – Não podemos resistir nem ceder a nada nem a ninguém nem a nenhum ser, pois, tudo e todos são uma parte de nós: se resistirmos voltarão, da mesma ou doutra forma; se cedermos, ficam.(pag 173 de SER CRIATIVO e eu)
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