Monday, November 28, 2005




1. Acção e resultados - Temos de nos submergir e emergir, tanto total como parcialmente, quer na acção como na inacção, e, nos seus
resultados ou não.

2. Como fazer – O “como fazer” é a técnica e é muito importante. Mas, se é mesmo preciso fazermos, temos de querer mesmo fazer, temos de fazer, ignorando, pelo menos ao nível do consciente, certas coisas do que nos dizem ou escrevem como fazer


3. Desespero – Nada de coração, sem cabeça; de esforço, intelectual ou físico, desmedido, tipo messianismo redentor pobre, mas honrado. Esse não é o caminho para acabar com o sofrimento. Não deveriam já todos ter visto isto?

4. Funcionários camarários no Antigo Regime (caso de Montemor-o-Novo) – “De entre o funcionalismo menor e remunerado... temos que destacar... o escrivão, não só por ser o que maior ordenado auferia – 60 mil réis anuais mais propinas – mas também por ser o responsável pelo registo escrito de todas as decisões e demais actos tomados pela câmara. Importância acrescida pelo facto de participar nas reuniões do senado ao lado do Juiz de fora, vereadores e procurador, embora se limitasse à trsncrição do ocorrido, e ainda por o cargo, em Montemor, ser vitalício... Em alguns casos chegaram a ter um papel activo na vida política local, o que sucedeu com António M. de M. Fragoso que se destacou pelo fervor com que apoiou as forças Muiguelistas, facto que lhe custou a suspensão do cargo em Junho de 1834 na sequência da vitória dos liberais.
O carcereiro auferia igualmente um ordenado elevado – 60 mil réis – era responsável pela guarda e manutenção da cadeia. Em Montemor este cargo era também vitalício e hereditário...
O contínuo... de nomeação concelhia, tinha como funções convocar as reuniões do senado, divulgar por pregão público as deliberações de interesse para a população e todo um conjunto de atribuições...
Funções semelhantes tinha o porteiro do geral, cabendo-lhe especialmente «lançar os pregões costumados» nos lugares públicos, convocando a nobreza e o povo para se «proceder a elleição das pessoas da governança».
O relojoeiro era o responsável pela manutenção e acerto do relógio, auferindo por isso um ordenado anual de 14 mil réis, que não englobava determinados consertos que fizesse no relógio.
Da manutenção da ordem pública estava encarregado o alcaide da vara coadjuvado pelo escrivão de armas, recebendo cada um 30 mil réis anuais, fora gratificações pela condução de presos que variavam conforme a distância percorrida e o tempo gasto.
Cargo de maior relevo era o de médico do partido. Competia-lhe assistir gratuitamente os mais carenciados, sendo pago para isso através das sobras do cabeção das sisas. Era de provimento local, mas sujeito a confirmação superior pela Mesa do desembargo do Paço...
... O juiz de fora propôs, em 1824, que se nomeasse um síndico (antigo procurador de comunidades, cortes, etc; o que faz uma sindicância...) a quem a câmara «podesse recorrer tanto para as causas, como para todo, e qualquer causa que precisa decidido por qualquer jurista».
Este conjunto de funcionários... era ... insuficiente... tendo por isso a edilidade que recorrer ao sistema de arrematações, como sucedeu com a renda das coimas que estavam distribuídas por quatro rendeiros, cada um com uma área de jurisdição específica: o dos matos, o da vila, o das vinhas e o do curral.
... Destacavam-se o escrivão e os médicos: o primeiro, por ter domínio da escrita, privilégio raro numa época em que a taxa de analfabetismo se aproximaria dos 90%, resultando deste facto a devida compensação económica; os segundos, pela importância social das suas funções... Com o avento do Liberalismo... em que uma franja mais alargada da população adquire o direito de participar na vida política, leva a que o reconhecimento social da prática da medicina seja objecto de estima e consequentemente se materialize em votos nos actos eleitorais. Daí que alguns tenham exercido cargos políticos de relevo...” [In: pgs. 58, 59 e 60 de: Elites e Finanças Locais Municipais em Montemor-o-Novo, do Antigo Regime à Regeneração (1816-1851), de P.J. da S. Eernandes]

5. Futebol Montargilense – Ao fazer-se a Escola Secundária de Montargil no campo do futebol e da feira, vingou o polo sério. Mas, o aspecto lúdico é tão importante como o sério, e, logo se arranjou uma solução para a bola: Farinha Branca. Por outro lado, se é justo esperarmos e exigirmos um tratamento justo por parte de Ponte de Sôr (T. Pinto prometeu um melhor Campo perto do antigo – Laranjal), se nós não tratarmos dos nossos negócios e assuntos, quem é que os tratará? Apesar dos maus resultados de ultimamente, tudo indica estar o Grupo Desportivo Montargilense, nomeadamente a nível do futebol, no bom caminho, nomeadamente dando ênfase à organização e aos sócios. Se nos falta capacidade financeira e de treino (parece-me que comércio e indústria só têm a ganhar se apoiarem mais...) para continuarmos na primeira divisão distrital, paciência, continuaremos na segunda. Mas, não podemos mesmo é desistir. Podemos cansar, não desistir.

6. Inspiração – “O insight, a inspiração, geralmente ocorre durante períodos de pausa ou descanso depois de um árduo trabalho (também não é preciso ser tão árduo, digo eu...)... Mais cedo ou mais tarde, chegamos inevitavelmente a um impasse... Sentimo-nos irremediavelmente perdidos (tem mesmo de ser?). Da mesma forma, o alcoólatra ou o viciado geralmente tem que “chegar ao fundo do poço” (o melhor é chegar lá sem ácool e sem medo...) antes de ter o insight(inspiração) que o conduzirá [não só, mas ainda com o amigo(a)] à recuperação... Walt Whitman fala da importância de vagabundear. Mas aqui relaxamento não significa indolência ou letargia... ” In: Ser Criativo.

7. Luz – O novo presidente da Junta de Freguesia de Montargil, A. Correia, mandou afixar no passado dia 14/Nov, nos locais do costume, um Edital onde pede desculpa pelos incómodos que possam resultar da remodelação da iluminação pública. Mas, até ontem, dia 27, ainda não se via nada...

8. Giroscópio – “Aparelho no qual um corpo se move em torno do eixo, que por sua vez, pertence a um segundo sistema também em rotação, e que é empregado na estabilização dos aviões e dos navios. ( do gr. Gýros. «volta»+skopéo. «observar» +io ). Como é óbvio, a complexidade destes sistemas, como tudo o resto, vai sempre aumentando.

9. Mal, pessoas e sistemas. Há pessoas, como por exemplo S. Nachmanovitch, autor do SER CRIATIVO, que continuam a dizer que processos, dos Midia ou outros, que intentam “nivelar nosso trabalho (nomeadamente artístico, mas não só) por baixo e a ajustá-lo a um denominador comum...”, intrometendo-se na “comunicação natural entre o artista e o público”, com coisas como as “banalidades da pesquisa de mercado e da publicidade”, “não são provocados pelas más intenções de ninguém, mas pela natureza dos grandes sistemas e instituições.” Ora, até me provarem o contrário, sistemas, instituições, organizações e comunidades não existem por si próprias, não têm entidade própria, advindo-lhes não só a sua existência das pessoas que as formam, como sendo elas o claro espelho destas. Logo, lógica pura, se há instituições más ou incompetentes, sendo a incompetência quase maldade (só uma pessoa inconsciente faz uma coisa para que não está preparada e que pode prejudicar outros...) é por culpa de alguém. E, quanto mais acima se está mais culpa se tem! É ao que leva a teoria do amor incondicional. Primeiro deixa de ver mal onde ele existe e tem de ser castigado, e, depois rende-se. O que não pode de modo algum ser!!


10. Medo – Atendendo ao medo da dor, até mesmo após corrigirmos o erro podemos ter receio dela voltar. Mas, se corrigimos mesmo não há que temer... O Medo se for moderado é bom, por ser igual a prudência, cuidado.

11.Não faz Sentido – Não faz qualquer sentido acabar nem com o sexo, nem com o trabalho/acção, nem com o dinheiro, nem com o lucro sequer. Mas, faz todo o sentido acabar com as injustiças, as explorações e as opressões.

12.Risada – Lila. Línguas. Comunicação gestual. À vontade. Sorriso com som. Estar em casa. Abuso? Voz... Medo ou falta dele. O som mais importante é zá, que tem a ver com zás «pancada, queda ou procedimento rápido» (o Z é a letra do movimento por excelência). A pessoa que não deve nem teme e é inteiramente livre, pode rir, de si própria e dos demais, até no meio do perigo, pois, só é “escrava” da sua alma gémea! Ah, ah!

13.Paciência – “ O Espírito(a) espera calmamente pelo (e durante o) tempo que for necessário” In: S. C. Som determinante: ciência = conhecimento rigoroso da essência dos seres e das coisas, e, das suas causas e efeitos. Efectivamente, sem ciência é difícil ser paciente ou impaciente, conforme for melhor...

14.Palavras – As palavras faladas são os sons; os escritos as pautas. Som principal = lavras = terras lavradas, de lavrar ou remexer a terra, para produzir tudo o que é bom para os vários sentidos, que são lavrados ou não com as palavras... E, palavras que gostamos de ouvir são como música para os nossos ouvidos.


15.Paradoxo – Ser e não ser, sendo; saber e não saber, sabendo; ir e não ir, indo; amar e não amar, amando; ter e não ter, tendo; fazer e não fazer, fazendo; ser feliz e não ser, sendo; querer e não querer, querendo... Isto é paradoxo, duas ou infinitas opiniões, seres e coisas que se completam par o bem, não contradição, que é egoísmo, injustiça e espírito negativo. O paradoxo faz andar o mundo. Oh, como eu amo e não amo o paradoxo e o mundo! Som principal – dóxo = opinião, neste caso duas opiniões complementares, uma ao lado da outra.

16. Prazer infinito (cont.) - O prazer dos sons, dos gestos doces ou bruscos, q. b., da língua, da imitação, dos gestos originais e únicos, espontâneos, ou novos, nunca vistos, do sorriso, da risada pura, de ver seres, coisas e pessoas felizes, de contemplar e exercer a força, a beleza, a elegância, a inteligência, a coragem prudente, a cor, o movimento, da contenção, de imaginar, e, de fazer, em beleza e confiança.
O prazer de sugerir o prazer, da liberdade, de seduzir e ser seduzido, da desinibição e da inibição… O prazer continuamente adiado até ao limite…

17.Revolver – Remexer, agitar, voltar de novo. O som e a vista mais significativos são os de revólver, cujo tiro é não só estridente como pode agitar grandemente.

18.Semovente - Que se move por si: gado, escravos! O som principal é o de vento, que, obviamente, faz mover.

19.Trabalho – Normalmente, acções remuneradas, em dinheiro, géneros ou serviços. O som principal é o de baile... bailar, que também significa oscilar, e, que, como a nudez (estar de implica), se pode associar a conflito.


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