VOCEMECÊ
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Dois fazem um deus,
E, três, um milagre:
Juntos nossos eus,
São doce vinagre.
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Todo é doutor
Para o mendigo
Do Chiado: dor
Da rigidez, digo!
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Por voltas que dê,
Sempre vou parar
A “vocemecê”;
Para a amar.
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Só, estou contigo.
Que mais desejar ?
Fuga ao castigo
De mui te amar ?
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E, na multidão
Convosco estou.
Só há bem na paixão:
P’ rá compaixão vou.
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Sem união não
Há vida, amor.
Jamais matarão
Gozo do fervor!
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“...
...
Mas aqueles que buscam a felicidade e bem-estar,
Mediante disputas ou fruições,
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estão profundamente perturbados
ou então vibrantes de alegria.
Sofrem, esforçam-se, contendem entre si mesmos,
Acutilando, apunhalando, injuriando-se uns aos outros.
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de vez em quando vêm à tona nos estados de beatitude,
abandonam-se si próprios a muitos prazeres.
Mas, morrendo, caem para sofrer tormento,
Longo, insuportável, nos reinos da aflição.”
Autor: Shantideva
Comentário: o tormento é só um: o resultante do abuso e do erro, dentro do contexto, e, tem pouco a ver com a morte – acontece tanto em vida como em morte! E, não me digam que não é a felicidade e a alegria que devemos buscar!
O PASSARINHO
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Um passarinho só,
Que mal voar sabia...
Um país que dá dó,
Que vai ‘inda sem guia ?...
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Uma cega sem olhos
Que mete aflição...
Sal, gordura nos molhos,
Que lembram maldição...
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Não vou desanimar:
Tu queres melhorar,
Tu queres triunfar,
Nós queremos amar.
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Que ternura, carinho,
Que brisa, que beleza...
Lembra o passarinho,
Lembra a natureza!
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Era lindo e forte
O jeep de Lisboa:
Antigo e sem morte,
De conservação boa!
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