Viver em cada minuto como deve ser,
é em cada minuto para passado morrer:
só quem para passado morre, pode viver
sem medo de morrer.

Alma, essência espiritual que não vai terminar?
Porque não? Mas, pensamento sozinho não consegue
ver sua infinidade, sentir o seu poderoso pulsar:
somente uma pálida ideia imaginar consegue.

Onde só a memória pensamento,
sem paixão, sem sentimento,
domina, é o medo, o sofrimento,
o tempo e o finamento.

Não à habituação,
portanto, nem sequer ao bom,
mas, sempre despertos, sensíveis,
em movimentação.

Quem flui sem
as cargas nem
os atritos do ontem
e do amanhã, e, do vir a ser
não sabe o que é sofrer
nem morrer.

Morrer
é para quem não morrer,
a cada momento
para cada sofrimento,
para cada prazer.

Assim, e com amor, só há
amor quando não existe sofrer,
podemos descobrir o que há
para lá da morte, a saber, o viver!