A liberdade não
está na escolha, escolher
é prisão:
liberdade
é não escolher.

Tão habilidoso no escolher,
e, sem ver
que escolher
é só outro senhor ter!

Não nos falta
nada: a carência,a sensação
de falta é não só inútil
como causadora de muita dor,
pois, por causa da falsa sensação
de falta se aceita sem lucidez,
sem discernimento.
Compreensão disto é cessação
da carência.

Não há segurança:
PLENITUDE é compreender
isto e deixar
de procurar
segurança!

Prazer na carência
não pode acabar
com dor da carência
por ser falsear.

Prazer é da plenitude
por compreendermos que somos
plenos, que sempre fomos
totalmente da plenitude,
de mais nada!

E, escolha, instantânea decisão
decorre da global situação,
não é só da inteleção,
é também do coração.

E, harmonização
entre consciência e fuga,
possível não
é: o criador da exploração
é o desejo de fuga.

De outro depender
para o conforto
resulta em desconforto
e solidão a perder de ver.

O novo não tem nascimento,
nem pela reforma nem pela rejeição
do velho: mas,compreensão
do velho é necessária
ao seu surgimento.