Monday, January 02, 2012

Observador é o observado,
e, este lado é o outro lado;
e, muito desejar
é deixar-se enganar.

Ser pois não querermos
mais do que somos, mas, sermos
plenamente, profundamente
o que somos: parte gloriosa da Mente.

Palavra veio do real,
mais importante não deve
ser pois do que real
que (d)escreve.

Não conseguiram na religião
o que tentam agora
na política, a opressão
geral, a morte do agora...

como se centro
não se extinguisse
quando periferia diminuisse,
como se felicidade sem o todo existisse.

Crise atual não são os banqueiros,
não são as dívidas, os probemas financeiros,
nem sequer são os governos interesseiros:
causa é o medo de perder os dinheiros.

Deseja-se segurança
financeira: dá-se pujança
a um governo o qual, espoliando,
destrói a segurança!

Deus, a Verdade
é a unidade
do analisador
e do analisado,
do experienciador
e do experienciado.

A maior parte das atividades são
fuga, fuga da dor, do medo,
do aborrecimento,dos estúpidos, da solidão...
Pelo que, só podem fazer mais dor,mais medo.

Claro que estes divertimentos,
aquelas fugas vêm causar
muito cansaço e depressão: como movimentos
cessam no Inverno, assim temos de sossegar.

E, só existe um modo de sossegar:
é o que somos aceitar:
mesmo que nos cause mal estar,
não desejar transformar!

E ainda, isto não é estarmos
a nos conformar, a nos enganar,
é a boa, grande transformação
testemunharmos.

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