Não somos (ou somos) indivíduos física e biologicamente separados, centros decisórios fixos, definidos, permanentes: somos funções das nossas relações, sendo, basicamente, todos iguais.
Há um Todo, toda a vida da humanidade, constituído por desejo, ansiedade, solidão, felicidade, realidade, dor, ilusão, companhia…
Deuses, Rituais, Alma, Salvadores, Virgens Marias, Krishnas… Mais não são do que invenções, ilusões criadas pelo homem.
Como sairmos da dor, do sofrimento? Como entrarmos no bem estar, na felicidade? Olhando, compreendendo, percepcionando diretamente a dor, sem dela fugirmos; vendo(-nos) de fato, para além das palavras, aprofundadamente, no imenso silêncio, ela cessa; investigando-a, explorando-a, lógica e sensatamente, sem qualquer motivo, ela se vai, saímos para fora dela, tornamo-nos límpidos, anónimos, únicos, sem ego, serenos, não mais fracionados, realmente indivíduos (indivisos).
Olhar o interior do sofrimento não faz parte do sofrimento, não é sofrimento, sendo por isso erro grave fugir do feio e da dor, só nos centrando no belo e no prazer.
Olhar o interior da dor é ficarmos pré-existentes, primevos (primitivos, na primeira idade), inatos (nós próprios, sem influências adquiridas), imanentes (não desaparecendo, detendo-nos), a contente (conforme as mais altas expectativas), felizes, afortunados, eternos, transcendentes, excedendo todos os limites.
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