REVOLUÇÃO TOTALMENTE NOVA
Em todas as páginas deste livro, o que sempre nos interessou foi a realização, em nós mesmos e, por conseguinte, em nossas vidas, de uma revolução total fora da estrutura social ora existente. A sociedade, como atualmente está constituída, é uma coisa horripilante, com suas intermináveis guerras de agressão - não importa se agressão defensiva ou ofensiva. Necessitamos de uma coisa totalmente nova, de uma revolução, uma mutação na própria psique. O velho cérebro nenhuma possibilidade tem de resolver o problema humano das relações. O velho cérebro é asiático, europeu, americano ou africano, e, assim, interrogamos a nós mesmos se é possível operar-se uma mutação nas próprias células cerebrais.
Investiguemos, também, agora que chegamos a compreender-nos melhor, se é possível a um ente humano que vive sua vida normal de cada dia, neste mundo brutal, violento, cruel - um mundo que se está tornando cada vez mais eficiente e, por conseguinte, cada vez mais cruel - se é possível a esse ente humano promover uma revolução não só em suas relações externas, mas também em toda a esfera do seu pensar, sentir, agir e reagir.
Todos os dias vemos ou lemos coisas aterradoras que estão acontecendo no mundo, como resultado da violência no homem existente. Podeis dizer: "Eu nada posso fazer a esse respeito", ou "Como posso influir no mundo?". Eu acho que podeis influir no mundo de uma maneira admirável se em vós mesmos não sois violento, se viveis realmente, em cada dia, uma vida pacífica, uma vida sem competição, sem ambição, sem inveja, uma vida não causadora de inimizade. Pequenas chamas podem tornar-se em incêndio. Reduzimos o mundo ao seu a©tual estado de caos com nossa atividade egocêntrica, nossos preconceitos, nosso nacionalismo, e quando dizemos que nada podemos fazer a tal respeito, estamos aceitando como inevitável a desordem em nós mesmos existente. Partimos o mundo em fragmentos e, se nós mesmos estamos partidos, fragmentados, nossa relação com o mundo será também fragmentária. Mas se, quando agimos, agimos totalmente, então a nossa relação com o mundo passa por uma enorme revolução.
Afinal de contas, todo movimento que vale o esforço, toda ação de profunda significação, tem de começar em cada um de nós. Eu tenho de mudar primeiro; tenho de ver qual é a natureza e a estrutura de minha relação com o mundo - e no próprio ato de ver está o fazer - por conseguinte, como ente humano que vive neste mundo, devo criar uma coisa diferente, e essa coisa, a meu ver, é a mente religiosa.
A mente religiosa difere quase totalmente da mente que crê na religião. Não podeis ser religioso e ao mesmo tempo hinduísta, muçulmano, cristão, budista. A mente religiosa nada busca, não pode fazer experiências com a verdade. A verdade não é uma certa coisa ditada por vosso prazer ou vossa dor, ou por vosso condicionamento cristão, muçulmano, judaico ou hinduísta - ou qualquer que seja a religião a que pertenceis. A mente religiosa é um estado de espírito em que não há medo e, por conseguinte, não há crença de espécie alguma, porém, tão-só o que é, o que realmente é.
Na mente religiosa há aquele estado de silêncio que não é produzido pelo pensamento, mas é oriundo da percepção, do percebimento, ou seja da meditação com completa ausência do meditador. Nesse silêncio há um estado de energia isento de conflito. Energia é ação e movimento. Toda ação é movimento e toda ação é energia. Todo desejo é energia. Todo sentimento é energia, todo pensamento é energia. Todo viver é energia. Toda vida é energia. Se se deixa essa energia fluir sem nenhuma contradição, nenhum atrito, nenhum conflito, ela é então ilimitada, infinita. Quando não há atrito, não há limites à energia. O atrito é que dá limites à energia. Assim, percebido isso, por que é que o ente humano, animal sempre introduz o atrito na energia? Por que cria atrito, nesse movimento a que chamamos vida? A energia pura, a energia ilimitada é para ele apenas uma idéia? Não tem realidade?
Necessitamos de energia, não só para promovermos a revolução total em nós mesmos, mas também para podermos investigar, olhar, atuar. E, enquanto houver atrito, de qualquer natureza, em qualquer de nossas relações, seja entre marido e mulher, seja entre um homem e outro, entre uma e outra comunidade, ou uma e outra nação, ou uma ideologia e outra - se há qualquer atrito, interior ou exterior, em qualquer forma, por mais subtil que seja - há desperdício de energia.
Enquanto houver um intervalo de tempo/espaço entre o observador e a coisa observada, sentida, vivida esse intervalo criará atrito e, por conseguinte, desperdício de energia. Essa energia se acumula até o mais alto grau quando o observador é a coisa observada, e nisso não há nenhum intervalo de tempo. Haverá então energia sem motivo, a qual encontrará seu próprio canal de ação, porque, então, o EU(ego) não existe.
Necessitamos de uma enorme abundância de energia para compreender a confusão em que estamos vivendo, e o sentimento "tenho de compreender" produz a vitalidade necessária para a compreensão. Mas, o descobrir, o investigar, implica o tempo, e, como já vimos, o gradual descondicionamento da mente não é a maneira certa de proceder.
O tempo também não é o caminho certo. Quer sejamos velhos, quer jovens, é agora que o integral processo da vida pode ser levado a uma dimensão diferente. A busca do oposto do que somos não é, tampouco, o caminho certo e também não o é a disciplina artificial imposta por um sistema, por um instrutor, um político, um filósofo, um guru ou sacerdote; tudo isso é muito infantil. Ao percebermos isso, perguntamos a nós mesmos: "Será possível libertarmo-nos imediatamente desta secular e pesada carga de condicionamento, sem cairmos noutro condicionamento - sermos livres, com a mente completamente nova, sensível, viva, alertada, intensa, capaz?". Eis o nosso problema. Não há outro problema, porque, quando a mente se renova é capaz de enfrentar e resolver qualquer problema. É essa a única pergunta que temos de fazer a nós mesmos,
sem preferirmos ser ensinados. Um dos aspectos mais curiosos da estrutura de nossa psique é o querermos, todos nós, ser ensinados, porquanto somos o resultado de uma propaganda de dez mil anos. Queremos ver o nosso modo de pensar confirmado e corroborado por outrem, ao passo que fazer uma pergunta é fazê-la a nós mesmos. O que eu digo tem muito pouco valor. Vós o esquecereis no mesmo instante em que fechardes este livro, ou vos lembrareis de algumas frases, as quais ficareis repetindo, ou comparareis o que aqui lestes com o que lestes noutro livro; não quereis olhar de frente a vossa própria vida. E só ela é que importa: a vossa vida, vós mesmos, vossa mediocridade, vossa superficialidade, vossa brutalidade, vossa violência, vossa avidez, vossa ambição, vossa diária agonia e infinito sofrer; é isso que tendes de compreender, e ninguém, nem na terra, nem no céu, pode salvar-vos, senão vós mesmo.
Vendo tudo o que se passa em vossa vida diária, em vossas atividades cotidianas, quando escreveis, quando falais, quando saís de carro ou passeais a sós numa floresta, podeis, num só alento, num só olhar, conhecer a vós mesmos, muito simplesmente, tal como sois? Quando vos conhecerdes como sois, compreendereis então toda a estrutura da luta do homem - seus embustes, suas hipocrisias, sua busca. Para tanto, tendes de ser sumamente honesto perante vós mesmos, em todo o vosso ser. Quando agis de acordo com vossos princípios, estais sendo desonesto, porque, quando agis conforme o que julgais ser correcto, não sois o que sois. É uma coisa brutal - ter ideais. Se tendes ideais, crenças ou princípios de qualquer espécie, não podeis de modo nenhum olhar-vos diretamente. Portanto… podeis manter-vos inteiramente tranquilos, sem pensar, sem temer, e ao mesmo tempo estar extraordinariamente, apaixonadamente, vivos?
Aquele estado em que a mente já não é capaz de lutar constitui a verdadeira mente r-l-g-o.a, e, nesse estado mental, podeis encontrar-vos com essa coisa denominada verdade ou realidade ou bem-aventurança ou Deus ou beleza ou amor. Essa coisa não pode ser chamada. Por favor, compreendei esse simples fato. Ela não pode ser chamada, não pode ser buscada, porque vossa mente é tão estúpida e limitada, vossas emoções tão vulgares, vossa maneira de vida tão confusa, que aquela imensidade, aquela coisa ilimitada não pode ser chamada a vossa pequena casa, ao insignificante canto em que viveis, tão pisado e cuspido. Não podeis chamá-la. Para a chamardes, deveis conhecê-la, e vós não podeis conhecê-la. No momento em que alguém, não importa quem, diz: "Sei" - não sabe. No momento em que dizeis que achastes, não achastes. Se dizeis que a experimentastes, nunca a experimentastes. Tudo isso são maneiras de explorar um homem - vosso amigo ou inimigo.
Perguntamos então, a nós mesmos, se é possível encontrar-nos com essa coisa sem a chamarmos, sem a esperarmos, sem a buscarmos ou explorarmos - se é possível ela "acontecer", tal como a brisa fresca que entra na sala quando deixamos a janela aberta. Não podeis convidar o vento a entrar, mas tendes de deixar aberta a janela - o que não significa ficar num estado de espera; essa é uma outra maneira de nos enganarmos. Não significa que devais "abrir-vos" para receber; essa é uma outra forma de pensamento.
Nunca perguntastes a vós mesmo por que aos entes humanos falta essa coisa? Eles geram filhos, satisfazem o sexo, têm ternuras, a capacidade de compartilhar as coisas num estado de companheirismo, de amizade, de camaradagem, mas essa coisa - por que razão não a tem? Nunca vos ocorreu, num momento de folga - ao andardes sozinho por uma rua imunda, ao viajardes num ó(Ô)nibus, ao passardes umas férias à beira-mar, ao passeardes numa floresta, entre os pássaros, as árvores, os regatos, os animais selvagens - nunca vos ocorreu perguntar por que razão o homem, que vive há milhões e milhões de anos, ainda não possui essa coisa, essa flor maravilhosa e imarcescível; por que razão vós, um ente humano, dotado de tanta capacidade, tanta inteligência, tanta sutileza; vós, que tanto competis, que possuis uma tão maravilhosa tecnologia, que sois capaz de elevar-vos aos espaços e de descer ao fundo do mar, de inventar fantásticos cérebros eletrónicos - por que razão não possuis essa única coisa verdadeiramente importante? Não sei se alguma vez já considerastes seriamente esta questão: Por que está vazio o vosso coração?
Que responderíeis se fizésseis a vós mesmos essa pergunta; qual seria vossa resposta imediata, inequívoca, sem sutilezas? Vossa resposta deveria corresponder à intensidade com que fizésseis a pergunta, e ao vosso sentimento de urgência; mas vós não sois intensos, nem sentis aquela urgência, e isso porque não tendes energia, a energia que é paixão - pois nenhuma verdade se pode descobrir sem paixão - paixão impelida por intenso fervor, paixão sem nenhum desejo secreto. A paixão é uma coisa um tanto assustadora, porque, se tendes paixão, não sabeis aonde ela vos levará.
Assim, será o medo a razão por que não possuis a energia daquela paixão, para descobrirdes por vós mesmo por que vos falta aquela essência do amor, por que não arde em vosso coração essa chama? Se examinastes com muita atenção vossa mente e vosso coração, sabereis por que não a tendes. Se sois apaixonados, no descobrir por que não a possuis, ela se vos mostrará. Só pela negação completa, a mais alta forma da paixão, se torna existente aquela coisa que é o amor. Como a humildade, não podeis cultivar o amor. A humildade vem à existência com a total cessação da presunção - e, então, jamais sabereis o que é ser humilde. O homem que sabe o que significa ter humildade é um homem vaidoso. Do mesmo modo, quando aplicais vossa mente e vosso coração, vossos nervos, vossos olhos, todo o vosso ser, a descobrir o caminho da vida, a ver o que realmente é, e a ultrapassá-lo, a rejeitar total e completamente a vida que hoje vivemos - nessa negação do maléfico, do brutal, torna-se existente a outra coisa. E nunca o sabereis. O homem que sabe que está em silêncio, o homem que sabe que ama, não sabe o que é o amor ou o que é o silêncio.
Jesus
Verdadeira MEDITAÇÃO e sensibilidade
Todos nós desejamos experiências de alguma natureza: a experiência mística, a religiosa, a sexual, a experiência de possuir muito dinheiro, poder, posição, domínio. Tornando-nos mais velhos, podemos ter acabado com as exigências de nossos apetites físicos, porém exigimos experiências mais amplas, profundas, significativas e tentamos, por vários meios, obtê-las: expandindo a nossa consciência, por exemplo, o que com efeito é uma arte, ou tomando drogas de toda espécie. Este é um velho expediente, existente desde tempos imemoriais - mastigar um pedaço de folha ou experimentar o mais novo produto químico, a fim de provocar uma alteração temporária na estrutura das células cerebrais, (mesmo que não se diga tal abertamente, ou se sugira que velhinhos estão passados e já não têm autonomia…)uma sensibilidade maior e uma percepção mais intensa que proporcione um simulacro da realidade. Essa exigência de sucessivas experiências denota a pobreza interior do homem. Pensamos que por meio delas podemos fugir de nós mesmos, mas essas experiências são condicionadas pelo que somos. Se a mente é mesquinha, ciumenta, ansiosa, a pessoa poderá tomar a mais moderna droga, porém só verá sua própria e insignificante criação, as projeções sem importância de seu próprio fundo condicionado.
A maioria exige experiências completamente satisfatórias e duradouras, que não possam ser destruídas pelo pensamento. Assim, atrás dessa exigência, está o desejo de satisfação, e esse desejo de satisfação dita a experiência; por conseguinte, temos de compreender não só essa matéria de satisfação, mas também a coisa que se experimenta. Ter uma grande satisfação é experimentar um grande prazer; quanto mais duradoura, profunda e ampla a experiência, tanto mais agradável e, portanto, o prazer dita a forma de experiência que queremos; o prazer é justamente a medida com a qual avaliamos a experiência. Tudo o que é mensurável encontra-se nos limites do pensamento e tem a propriedade de criar a ilusão. Podeis ter experiências maravilhosas e vos sentirdes completamente frustrados. Tereis inevitavelmente visões em conformidade com vosso condicionamento; vereis o Cristo ou o Buda ou outro qualquer em quem credes, e quanto mais crente fordes, tanto mais intensas serão as vossas visões, as projeções de vossas exigências e ânsias.
Assim, se na busca de uma coisa fundamental, tal como a verdade, o prazer é a vossa medida, já projetastes o que a experiência será e, por conseguinte, ela já não é válida.
Que entendemos por experiência? Há nela alguma coisa nova ou original? A experiência é um feixe de memórias reagindo a um desafio, e só pode reagir de acordo com o passado, e quanto mais hábil fordes no interpretar a experiência, tanto mais reage esse passado. Assim, deveis questionar não só a experiência de outrem, mas também a vossa própria. Se não reconheceis uma experiência, não há experiência nenhuma. Toda experiência já foi experimentada, senão não a reconheceríeis. Reconheceis que uma experiência é boa, má, bela, sagrada etc., conforme o vosso condicionamento e, por conseguinte, o reconhecimento de uma experiência tem de ser inevitavelmente velho.
Quando exigimos uma experiência da realidade - como todos nós a exigimos, não é? - para experimentá-la, devemos conhecê-la e, tão logo a reconhecemos, já a projetamos e, portanto, ela não é real, porquanto está ainda no âmbito do pensamento e do tempo. Se o pensamento pode pensar sobre a realidade, isso não pode ser a realidade. Só com o pensamento não se pode reconhecer uma experiência nova. É impossível. Só reconhecemos aquilo que já conhecemos e, por conseguinte, quando dizemos que tivemos uma nova experiência, ela não é absolutamente nova. A busca de mais experiência pela expansão da consciência, como se tem feito por meio de várias drogas psicodélicas, está ainda no campo da consciência e, por conseguinte, é muito limitada.
Descobrimos, pois, uma verdade fundamental, ou seja que a mente que está a buscar e a ansiar por experiências mais amplas e profundas é uma mente muito superficial e embotada, porquanto está sempre vivendo com suas memórias.
Agora, se não tivéssemos experiência alguma, que nos aconteceria? Dependemos de experiências, de desafios, para nos mantermos despertos. Se não houvesse conflito em nosso interior, se não houvesse mudanças, perturbações, estaríamos todos dormindo a sono solto. Assim, os desafios são necessários à maioria das pessoas; pensamos que, sem eles, a mente se tornará estúpida e pesada e, por conseguinte, dependemos de um desafio, de uma experiência, para termos mais animação, mais intensidade, para termos uma mente mais penetrante. Mas, com efeito, essa dependência dos desafios e das experiências, para nos conservarmos despertos, só torna a nossa mente mais embotada ainda; não nos mantém realmente despertos. Assim, pergunto a mim mesmo: "É possível nos mantermos totalmente despertos - não superficialmente, em alguns pontos de meu ser, porém totalmente despertos, sem nenhum desafio ou experiência?" Isso exige uma grande sensibilidade, tanto física como psicológica; significa que devo estar livre de todas as exigências, porque, no momento em que exijo uma experiência, não a terei. E, para ficar livre da exigência de satisfação, torna-se necessária uma investigação de mim mesmo e uma compreensão total da natureza da exigência.
Toda exigência nasce da dualidade: "Sou infeliz, e tenho de ser feliz". Nessa própria exigência - tenho de ser feliz - está a infelicidade. Quando uma pessoa se esforça para ser boa, nesse próprio ser bom está o seu oposto - ser mau. Tudo o que se afirma contém o seu próprio oposto; e o esforço que se faz para dominá-lo torna mais forte aquilo contra que se luta. Quando exigis uma experiência da verdade, da justiça ou da realidade, essa própria exigência nasceu de vosso descontentamento com o que é; por conseguinte, a exigência cria o oposto. No oposto está o que foi. Temos, pois, de ficar livres dessa incessante exigência, porquanto, de contrário, nunca se acabará a galeria da dualidade. Isso significa conhecer a si próprio de maneira tão completa que nem mente nem corpo jamais se ponha(m) a buscar.
A mente, então, não exige experiência; não pode pedir ou conhecer um desafio; não diz "Estou dormindo", "Estou acordada". Ela é, toda ela, o que é. Só a mente frustrada, limitada, superficial, condicionada, está sempre a buscar mais. Será possível, então, viver neste mundo sem o mais - sem essa perene comparação? É, decerto, mas temos de descobri-lo por nós mesmos.
A investigação completa dessa questão é meditação. Esta palavra tem sido empregada, tanto no Oriente como no Ocidente, de uma maneira muito lamentável. Há diferentes escolas de meditação, diferentes métodos e sistemas. Certos sistemas ensinam: "Observa os movimentos do dedo grande de teu pé, observa-o, observa-o, observa-o"; outros advogam o ficar sentado numa certa postura, respirando regularmente ou praticando o percebimento. Tudo isso é completamente mecânico. Outro método dá-vos uma certa palavra, e vos diz que, se ficardes repetindo essa palavra, ela vos proporcionará uma certa experiência fundamental, extraordinária. Isso é puro absurdo. É uma forma de auto-hipnose. Se ficardes repetindo indefinidamente Amém ou Hun ou Coca-Cola, é óbvio que tereis uma certa experiência, porque, pela repetição, a mente se aquieta. Esse é um fenómeno bem conhecido, praticado há milhares de anos na índia; chama-se Mantra Ioga. Pela repetição pode-se induzir a mente a tornar-se branda e macia, entretanto ela continua pequenina, vulgar, mesquinha. O mesmo efeito se obteria com apanhar no jardim um pedaço de pau, colocá-lo sobre a lareira, e oferecer-lhe todos os dias uma flor. Daí a um mês o estaríeis adorando, e se deixásseis de depositar uma flor diante dele, isso seria um pecado.
Meditação não é seguir um sistema; não é repetição e imitação constantes. Meditação não é concentração. Um dos truques de certos instrutores de meditação é insistirem em que os seus discípulos aprendam a concentração, ou seja fixar a mente num pensamento e expulsar todos os outros pensamentos. Essa é uma das coisas mais estúpidas e mais maléficas, e qualquer colegial é capaz de fazê-la, se obrigado a tal. Significa que ficais empenhados, de um lado, a uma contínua batalha e obrigação de vos concentrardes, e do outro lado, a vossa mente, que se põe a fugir para outras e variadas coisas - quando, ao contrário, devemos estar atentos a cada movimento da mente, aonde quer que ela vá. Quando vossa mente foge, isso significa que estais interessados em alguma outra coisa.
A meditação exige uma mente sobremodo vigilante; a meditação é a compreensão da totalidade da vida, na qual não existe mais nenhuma espécie de fragmentação. Meditação não é controle do pensamento, porque, quando o pensamento é controlado, gera conflito na mente; mas, quando se compreende a estrutura e origem do pensamento (a memória), o pensamento então não mais interfere. Essa compreensão da estrutura do pensar é sua própria disciplina, que é meditação.
Meditação é estar cônscio de cada pensamento e de cada sentimento, nunca dizer que ele é certo ou errado, porém simplesmente observar e acompanhar seu movimento. Nessa vigilância, compreendeis o movimento total do pensamento e do sentimento. E dessa vigilância vem o silêncio. O silêncio, forçado pelo pensamento é estagnação, coisa morta, porém o silêncio que vem quando o pensamento compreendeu a sua própria origem, sua própria natureza, e compreendeu que nenhum pensamento é livre e novo, porém sempre velho - esse silêncio é meditação, na qual o meditador está de todo ausente, porque a mente se esvaziou do passado.
Se lestes este livro durante uma hora, isso é meditação. Se apenas recolhestes umas poucas palavras e juntastes algumas idéias, para sobre elas refletirdes mais tarde, isso então já não é meditação. Meditação é um estado em que a mente olha todas as coisas com toda a atenção e não apenas com algumas partes dela. Ninguém pode ensinar-vos a prestar atenção. Se algum sistema vos ensina a estar atento, estais então atento ao sistema, e isso não é atenção. A meditação é uma das maiores artes da vida - talvez a maior de todas - mas não se pode de modo nenhum aprendê-la de alguém - e essa é que é a sua beleza. Ela não tem técnica e, por conseguinte, nenhuma autoridade. Quando estais aprendendo a conhecer-vos realmente, quando vos observais, observais vossa maneira de andar, de comer, o que dizeis, vossas tagarelices, vosso ódio, vosso ciúme, se estais cônscios de tudo isso, em vós mesmos, sem nenhuma escolha, isso faz parte da meditação.
Assim, a meditação pode verificar-se quando estais sentado num ónibus(metro) ou passeando numa floresta toda de luz e de sombra, ou ouvindo o canto dos pássaros, ou olhando o rosto de vossa mulher ou de vosso filho.
Na compreensão dada pela meditação há amor, e o amor não é produto de sistemas, de hábitos, da observância de um método. O amor não pode ser cultivado pelo pensamento. O amor pode, talvez, nascer quando há silêncio completo, um silêncio no qual esteja de todo ausente o meditador; e a mente só é capaz de silêncio quando compreende seu próprio movimento como pensamento e sentimento. Para se compreender esse movimento do pensamento e de sentimento, não pode haver condenação enquanto se observa. Observar dessa maneira é disciplina, e essa qualidade de disciplina é fluida, livre, e assim não é a disciplina do ajustamento.
Jiddu Krishnamurti
Livro: http://www.jiddu-krishnamurti.net/pt/038/jiddu-krishnamurti-liberte-se-do-passado-01.php
Jesus
Aqui não há tempo,
Memória indispensável,
Separação entre pensar e fazer:
está sempre tudo a andar
Ou tudo a parar:
Tanto faz;
Nem tão pouco pensamento
Compulsivo, a todo o momento,
Fonte de todo tormento
E envelhecimento…
Poupaste-o,
Chupaste-o,e,
Mataste-o.
E, sem Tempo,
Grandes Vidas,
Não é, Cifrão?
Que é Pensar? - As Idéias e a Ação - O Desafio Matéria - O Começo do Pensamento
Bom pensamento:
cuidado, sagaz, lógico e equilibrado
Mau pensamento: inútil, doentio.
Melhor que pensamento: consciência, compreensão, visão, inspiração totais e profundas.
Pensamento que é ideias, reacção às memórias acumuladas nas células cerebrais.
Pensamento que dá continuidade à emoção, ao sentimento, que organiza mil e uma iniciativas; que tantas coisas inventa, que tantas guerras engendra e tanto medo cria, tanta ansiedade; que está perenemente a criar imagens e a "correr atrás da própria cauda"; do pensamento que frui o prazer de ontem e a esse prazer dá continuidade no presente e também no futuro; desse pensamento que está sempre activo, a tagarelar, a mover-se, a construir, a subtrair, a adicionar, a supôr.
As ideias se tornaram para nós muito mais importantes do que a acção - ideias tão habilmente expostas em livros pelos intelectuais, em todas as esferas de actividade. Quanto mais sagazes e subtis essas ideias, tanto mais as veneramos e aos livros que as contêm. Nós somos esses livros, somos essas ideias, tão fortemente condicionados estamos por elas. Estamos perpetuamente a discutir ideias e ideais e, dialecticamente, a apresentar opiniões. Toda a religião, clubite e política têm seu dogma, a sua fórmula, o seu próprio andaime para alcançar o paraíso.
Separamos as ideias da ação porque as idéias são sempre do passado, e a ação é sempre o presente - isto é, o viver é sempre o presente. Temos medo do viver e, por conseguinte, o passado, as ideias, se nos tornaram tão importantes.
E realmente muito interessante observar as operações de nosso próprio pensar, observar, simplesmente, como pensamos, a fonte de onde brota essa reacção que chamamos pensar. Essa fonte é, obviamente, a memória. Existe de fato um começo do pensamento? Se existe, podemos achá-lo? - isto é, o começo da memória, porque, se não tivéssemos memória, não teríamos pensamento.
Já vimos como o pensamento sustenta e dá continuidade a um prazer que ontem fruímos, e como o pensamento também sustenta o contrário do prazer, o medo e a dor; de modo que o experimentador, que é o pensador, é o prazer e a dor, e também a entidade que lhes dá nutrimento. O pensador separa o prazer da dor. Não percebe que na própria exigência de prazer está atraindo a dor e o medo. O pensamento, nas relações humanas, está sempre a exigir prazer, exigência que ele disfarça com palavras tais como lealdade, auxílio, dádiva, amizade, amparo, serviço. Pergunto-me: Por que queremos servir aos outros? O posto de gasolina oferece bons serviços. Que significam estas palavras: auxílio, dádiva, serviço? Que finalidade tem isso? Uma flor, cheia de beleza, de luz, de encanto, essa flor diz: "Eu estou dando, ajudando, servindo"? Ela é, e porque não está procurando fazer coisa alguma, ela abarca toda a Terra.
O pensamento é tão sutil, tão hábil, que deforma todas as coisas para sua própria conveniência. O pensamento, com sua exigência de prazer, traz sua própria servidão. O pensamento é o criador da dualidade, em todas as nossas relações: há, em nós, violência, a qual nos proporciona prazer, mas há também o desejo de paz, o desejo de ser bondoso, delicado. Isso é o que se passa a todas as horas, na nossa vida. O pensamento não só cria em nós essa dualidade, essa contradição, mas também acumula nossas inumeráveis memórias de prazer e de dor e dessas memórias renasce. Assim, o pensamento é o passado; o pensamento, como já disse, é sempre velho.
Como todo desafio é enfrentado em termos do passado - desafio que é sempre novo - nossa maneira de enfrentá-lo será sempre totalmente inadequada, e daí decorre a contradição, o conflito, a aflição e o sofrimento a que estamos sujeitos. Nosso insignificante cérebro está em conflito, não importa o que faça. Não importa se aspira, se imita, se se sujeita, se reprime, se sublima, se toma drogas para expandir-se - o que quer que faça - ele se acha num estado de conflito e produzirá sempre conflito.
Os que pensam muito são autênticos materialistas, porque o pensamento é matéria. O pensamento é matéria, tanto quanto o soalho, a parede, o telefone, são matéria. A energia que funciona num padrão se torna matéria. Há energia e há matéria. É só isso que a vida é. Podeis pensar que o pensamento não é matéria; mas é. O pensamento, como ideologia, é matéria. Onde há energia, esta se converte em matéria. Matéria e energia estão relacionadas entre si. Uma não pode existir sem a outra. E quanto mais harmonia há entre ambas, tanto mais equilíbrio existe e tanto mais ativas estão as células cerebrais. O pensamento estabeleceu o padrão de prazer, de dor, de medo e dentro dele vem funcionando há milhares de anos, e não pode quebrá-lo, porque foi ele quem o criou.
Um fato novo não pode ser percebido pelo pensamento. Posteriormente, pode ser compreendido pelo pensamento, verbalmente, porém, a compreensão de um novo fato não é uma realidade para o pensamento. O pensamento jamais resolverá um problema psicológico. Por mais engenhoso, por mais subtil e erudito que seja, e qualquer que seja a estrutura que o pensamento cria, por meio da ciência, de um cérebro electrónico, da compulsão ou da necessidade, o pensamento nunca é novo e, por conseguinte, jamais poderá resolver uma questão sumamente importante e nova (tudo está sempre a mudar e a morrer e renascer). O velho cérebro não pode resolver o enorme problema do viver.
O pensamento é tortuoso, porque pode inventar tudo e ver coisas que não existem. É capaz dos mais extraordinários truques e, portanto, não merece confiança. Mas, se puderdes compreender toda a sua estrutura, porque pensais (pensamos por causa da memória), as palavras que empregais, o vosso comportamento na vida diária, vossa maneira de falar com as pessoas e de tratá-las, vossa maneira de andar, de comer - se perceberdes todas essas coisas, então a vossa mente não vos enganará, então não haverá nada para enganar-nos. A mente não é então uma entidade que exige, que julga; torna-se sumamente quieta, flexível, sensível, só, e nesse estado não há engano de espécie alguma.
Já notastes que, ao vos achardes num estado de completa atenção, o observador, o pensador, o centro, o "eu" deixa de existir? Nesse estado de atenção, o pensamento começa a definhar.
Se uma pessoa deseja ver uma coisa muito claramente, deve ter a sua mente muito quieta, sem seus preconceitos, suas tagarelices, seus diálogos, suas imagens, seus quadros - tudo isso tem de ser posto à margem, para olhar. É só no silêncio que se pode observar o começo do pensamento, e não quando estamos a buscar, a fazer perguntas e esperar respostas. Portanto, só quando há completa quietude em nosso ser, e fazemos a pergunta: "Qual a origem do pensamento?", começamos a ver, em virtude desse silêncio, como se forma o pensamento.
Se há o percebimento de como se inicia o pensamento, já não há necessidade de controlá-lo. Despendemos uma grande soma de tempo e desperdiçamos uma grande quantidade de energia, através de toda a vida, e não apenas na escola, controlando os nossos pensamentos - "Este é um pensamento bom, devo pensá-lo muitas vezes", "Este é um pensamento mau, devo reprimi-lo." Trava-se uma perene batalha entre um pensamento e outro, entre um desejo e outro (um prazer dominando todos os outros prazeres), mas se há o percebimento da origem do pensamento, nele já não existe nenhuma contradição.
Agora, quando ouvis uma asserção, tal como: "O pensamento é sempre velho" ou "o tempo é sofrimento", o pensamento começa a traduzi-la, a interpretá-la. Porém a tradução e a interpretação baseiam-se no conhecimento, na experiência de ontem, de modo que, invariavelmente, a traduzireis de acordo com o vosso condicionamento. Mas, se olhais essas asserções e não as interpretais de modo nenhum, dispensando-lhes, tão-só, vossa atenção completa {não concentração), descobris que não há observador nem coisa observada, que não há pensador nem pensamento. Não digais "Qual o que começou primeiro?". Essa é uma pergunta hábil, mas não conduz a parte alguma. Podeis observar em vós mesmo que, quando não há pensamento - e isso não significa um estado de amnésia, de vacuidade - quando não há pensamento derivado da memória, da experiência ou do conhecimento, pois tudo isso é do passado, não há pensador nenhum. Isto não é matéria filosófica ou mística. Estamos tratando de fatos reais e, se me acompanhastes até aqui, passareis a responder a cada desafio, não com o velho cérebro, porém de maneira totalmente nova.
Jesus
AMOR ETERNOINem pensamento,nem consciência,masamor a cada momento!IIFonte maravilhosaextasiado contemplosem tempo, nem templo,sem procurar!IIISó a escrever,sem oposto, o amor!...Só para te ver,"perdidamente"!IVNem sequero espaço enfraqueceamor pela mulher.Só o aquece!VQue sorriso, meu Deus!São todos meuse teus!VIE que livro enorme,sem fim, odo amor!Sem estupor.VIIPresentep'ra ti e logopara mim, é o amor que não podeparar, parente!VIIISem amor nada é belo...Te selocom a beleza do meu amornão jurado,mas eterno!IXSempre novo,fresco e vivoe não pensante,mas paganteé o nosso amor!XCom vero amor.total liberdade..."No problems",(sem problemas)destemor!XIO amor?:um belo nascer do sol;um poderoso meio dia;o prazer de um belo sol posto!XIIDesprendidamente,quase totalmente apaixonado,extasiado, sem nada buscar...E econtrar, mui inesperadamenteXIIIAmor com morte,e sem sexo,sem gozo,sem beleza?XIVSer amadosem amar?És algum bébé,coitado??XVA solução finalé o maor,jamais a extinção.XVIIlusão, imagem,quando da realidadepodemos des-frutar,com ramagem?XVIISantarrões,exploradores,opressores,louras,macacões!XVIIIAdorais a Deus,ou, a vós mesmos, irmãos?Paixão sem motivo é que se quer,p'ra homem e mulher!XIXBuscas a segurançae só insegurançaencontras! Mas, tudo é mudança,ó Constança!XXNão sabes o que fazer?Nada faças, ama somente!Que o teu centro sejao amor do teu silêncio.XXIO poder é agora,amor: libertaçãoda opresão geral!XXIIAmor com morte e sem sexo,nem sexo, Forte?E sem beleza, realidade, platónico, ilusório...Osório?Auto amor num mundo a dois?Pois, pois!...XXIIIAbandonadosde nós mesmos,despreocupadosdo problema do eu.Amor a esmos!XXIVQue cesse toda a perturbação, ansiedade, ciúme, invejae posse...Então talvezsaibamos o que éo divinal amor!XXVNem medo, nem dependência,nem ciúme, nem posse,nem responsabilidadenem dever são amor...Nem ódio é oposto do amor!Amor é chuva fina que rega a perfumada flore limpa todo o carroe rua!XXVIPensamento e amore acção são um, e, nãome enganas, estás mortoavarento barulhento!E, o que nascer for,se nascer... Não há-deser tão torto.XXVIIUma só porta, amor?Tirar dor com dor?Vai-te ao doutor!
última edi??o de JMM : Hoje ?s 12:05 PM.
CASAMENTO
Modéstia é virtude,
Vaidade é defeito;
E, timidez não é só jeito,
Também orgulho, Gertrudes.
Falsa modéstia, defeito
Maior é ainda; e, ridículo
É querer pôr num cubículo
Toda a terra. Estás perdido, Prefeito?
Frutos secos e doce erva,
Batalha e inteligência,
Mistério e paciência,
MonteArgil, Brasil, Leitões,
Mealhada, liberta e serva…
E, campo global,
Homem que foi animal,
Família universal,
Prazer, rir geral!
Mira d’Aire, paz, Gruta da Moeda,
Da moeda mesmo (um euro no chão),
E, ridículo também não,
Apesar da irrisão!
E não dispenso música boa,
Inspirada! Declamada poesia,
Que faz azia,
Mais Deusa boa!
Cara senhora
Maria Ferreira da Silva,
Ainda não acabei de ler o seu livro “Tratado de Meditação”, ao qual cheguei por meio de Yoganada, mas desde já lhe expresso a minha gratidão e admiração. E, também pela informação, neste “Sítio”, da canela para controlar o açúcar no sangue, que vou experimentar.
Escrevo em:
http://reidomundo.blogspot.com/
e em:
http://www.montargilforum.com/ncforum/showthread.php?p=37068#post37068 (com JMM)
As maiores bênçãos para Si,
Joaquim
ESTÁ NA HORA
.
Oh Portugal, está na hora
De fazeres um sério exame
De consciência. Vai, ora.
Há Quem te chame.
.
Se não serves a Deus e aos Seus
Mas somente pensas em ti,
Vais p'la via dos cananeus
Que destruí.
.
Acusas-te ao acusar?
Sim?! Então estás no bom caminho.
Porque só justos vão entrar
No real ninho.
.
Oh Portugal, está na hora!
Mais uma vez foste o escolhido
A fim de ires pelo mundo fora,
Não estares tolhido.
.
Só mais um pouco de justiça
E vai depressa a finalizar
A Obra de Deus; sem preguiça
E com ousar.
.
O Cristo é o Messias
E o Messias é o Cristo;
Passa p'la terra de Elias
Mas leva visto.
.
Ajuntem-se todos os justos
Em ftente da televisão
E conheçam sem grandes Sl
O que obrar vão.
.
Oh Portugal, está na hora
De fazeres o que tem de ser
Feito: justiça. S'não piora
Mais teu doer.
BRIGA
.
Publicaram o que mandei?
Fui comprar e procurar:
Não. Mas, com o que é que dei?
Co'a Ester e Nice a brigar.
.
E por que é que elas brigavam,
A Eunice e a Ester,
Se é que elas discordavam?
Para ver qual é mais mulher?!
.
O culpado é o Monteiro,
Que mais um livro foi escrever
Sem mostrar Deus inteiro.
Perdão irá receber?
.
Irá receber certamente,
Se de unir for capaz,
Quem pensa que é diferente
O que é progresso eficaz.
Uma pessoa enferma necessita de sexo, uma pessoa saudável ama, e amor é uma coisa totalmente diferente. E quando duas pessoas saudáveis se encontram, a saúde é multiplicada. Assim eles podem ser de ajuda um ao outro para o supremo. Eles podem ir juntos para o supremo, auxiliando um ao outro. Porém, a necessidade desaparece. Não é mais uma necessidade, não é mais uma dependência.No Ocidente isso está acontecendo demais porque alguma coisa muito básica está sendo mal entendida. As pessoas acham que os relacionamentos são para quando elas estão felizes, quando estão bem. Quando algo dá errado - mesmo um problema físico - então porque se incomodar? Encontre outra mulher, ou outro homem! Isso me parece muito desumano. Se essa atitude permanecer, o amor não pode crescer. Então o que quer que você chame de amor não é nada senão sexo, porque amor significa que você se importa com a pessoa na saúde, na doença. Você cuida da pessoa. Quando a pessoa está amando - e às vezes a pessoa não está amando - assim também você tem cuidado. Você cuida da pessoa e você aceita todos os verões e invernos. Você aceita tudo que está na pessoa. Ela está saudável, ela está enferma, ela está envelhecendo, ela está jovem, ela está zangada, ela está furiosa - tudo é possível.Osho; When The Shoe Fits
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
No comments:
Post a Comment