Sunday, April 12, 2009

RECANTOS DA MINHA TERRA

Montargil ó vila, flor do meu sentido...
Não negaste aos meus olhos a dignidade;
Nem eu rogo outro chão à divindade,
Mesmo em ti que me sinta empobrecido.

Entre sonhos o meu destino em ti vivido:
- Foste cença, foste berço em realidade;
Foste graça sem negar intimidade,
O amor que em menino me foi querido.

Ó terra mor de encantos enamorada!
Quantas eras tu me rezas na memória
Ruas sóbrias de pedras soltas na calçada.

Candeeiros em brasão da tua história!
Luz singela a cintilar emocionada;
Fé aos ventos realçando a tua glória.

Foutinho: 2º Livro


CONCENTRAÇÃO

Conhecer, atrair,
concentrar, fazer vir
saber e arte,
que não farte.

Eu poema,
tu Ema fonema:
Páscoa, lagartixa,
rosa, Ticha.

Faz-me rir,
aquela tristeza;
faz-me sorrir
a bela Tereza!

A obra vai
começar: memória,
mostra tua oratória:
será que vai cair?

Starbucks, jaz,
Almada, Che Guevara...
Tarte de maçã, tara,
peso bruto, tanto faz!

Nova, preto e branco,
figura, figurão;
gelado, picolé, calmeirão,
ligeiro ou manco...

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