Friday, April 17, 2009

O Espaço - tempo

Nós somos o senhor,
O eu superior, eternos,
Presentes, sem dor,
Sem fugas.


Não gradual, mas continuadamente
É que é: imediata e totalmente.
Não logo, mas agora, Mente!
Não dormente!


Acção imediata:
Dor, prazer não cessam!
Mexe-te Agora,
Que não te impeçam!


O tempo é o Ente
contínuo: esquece isso
de passado, futuro
e, Presente!


O mesmo com espaço,
um com tempo,
e com vida e morte,
Sorte!

Mas, não te atires,
não, de cabeça;
nem te retires,
Eça.


Inocentemente, paremos,
Ouçamos, cheiremos,
Fechemos, olhemos...
P’ra dentro!


Problemas e prazer
com dor só no tempo,
de encontro exagerado,
incompleto ou ignorado.


Não um destes dias,
Mas sem intervalo
Entre ideias e acções.
Não é "chavalo"?

Tempo dividir
E espaço, oh porvir,
É dor! Qual dividir,
Qual carapuça!


Tens medo do incerto?
Compra o cão, João!
Ou tem-no por perto,
DiZ o e(x)perto!


Ideia – Intervalo-
-Acção...Cavalo
Pensa e age, alado!
Não "chalado"!


Amanhã serei feliz !!!
Mas o tempo não pára!!
Tem de ser agora, Moniz!!
Agora, Mara!


Deter o tempo? Viver
Ou de viver parar
tão completamente
que para pensar
amanhã ausente?


Sempre pensando naquele prazer
ou naquela dor, sempre
a olhar para trás e a desejar,
a esperar, a lamentar...
E, assim, o pensamento,
ruminando continuamente,
gera o tempo, e...
o sofrimento!


Cessem logo as ideias,
Até a ideia de pensar!
Mas... E a morte?
Não é cessar,
Só mudar!
Sorte!


Impermanência, mudança...
Tudo está mesmo sempre a mudar...
Esquece esse arraigado desejo de não mudança!!
Só então há infinito lugar
Para a liberdade,
Para a felicidade,
Para o maior dos prazeres, ó Mocidade!


Medo do desconhecido?
Não faz sentido!
Medo de um fantasma
Como a asma?

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