Sem saber a resposta,
e com toda a atenção,
sem opressão,
é ter a resposta,
que, está no problema.
.
Sem opressão
e sem interpretação,
com nosso conhecimento,
nossa música, nossa vivência,
não os de outros,
por mais rica que essa experiência
seja/tivesse sido.
.
Só a mente fresca, nova
diz: «não sei», mas, não
por hábito: dúvida não
nos pode também levar à cova!
.
E, jamais só verbalmente,
por entretenimento,
mas, sempre com profundidade,
com sentido, com seriedade!
.
Sempre sem ancoragens,
sem acumulação de opiniões,
de conclusões,
criando separações.
.
Percebendo a verdade
em cada momento, nomeadamente
de que o conteúdo da consciência
é a consciência:
não saber sendo o estado da consciência
em que não há conhecido.
.
Extraordinariamente
simples, sendo por isso que é
extraordinariamente
belo, não é?
.
Vermos a nossa própria limitação
que é estarmos sujeitos
ao tempo e ao espaço limitados,
é sermos libertados
do sofrimento, do desespero
alternando com esperança,
e, da ansiedade.
.
Pensar é medir
e tempo;
quando pensamento
compreende que não pode ir
para além de si mesmo,
na procura do eterno/terno,
o não mensurável então,
o eterno Imensurável,
vai ter com ele!