O que é portanto da eternidade
é o amor:
quanto mais amor,
mais eternidade.
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E, amar,
também é nos habituarmos
ao outro escutar,
surdez abandonarmos.
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E,para lá do pensamento,
da experiência, da memória...
Sem pensamento,
é que é para lá da História.
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E com que instrumentação,
então,
pensamento não
existindo? Pela pura Observação.
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Observando sempre com primeiro ver,
sem qualquer interferência do pensar,
do passado, da palavra, do lembrar,
como se tivéssemos sempre acabado de nascer!
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É que coisa, pessoa, ser
estão mesmo sempre a mudar,
meu Deus! Há um mudar
constante a acompanhar,
senão não é Viver!
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Observando/vivendo, portanto, sem pré-disposição:
disposições estão sempre a mudar;
sem conclusão: tudo é eterno, não 
há finalização; sem pré-conceituar:
também ideias estão sempre a mudar!
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CÉREBROS não contaminados 
pelo pensamento, eis pois a coisa mais inteligente,
mais bela e mais útil que a gente
pode OBSERVAR, nestes tempos tão conturbados!