Tuesday, April 24, 2012

Sem medir,
sem comparar,
sem mais,
sem melhor.
.
Para além do pensamento,
da matéria. Pensamento
é ainda matéria: nada do pensamento
é completo, é a totalidade.
.
E, para lá do pensamento
só pode ser com pensamento
parado, completamente parado.
E, sem como, sem método
o que é tão ameninado.
.
A própria necessidade de ir mais além
criando a energia que suspende o pensar:
a intenção de navegar 
é mais forte do que medo do ar.
.
Interiormente
totalmente
livres de toda a autoridade,
a autoridade
da nossa própria experiência,
tipo: "eu entendo assim, portanto tenho razão",
incluída.
.
E, sermos uma luz
para nós próprios
é sermos uma luz
para o mundo.
Porque o mundo
somos nós e nós
somos o mundo.
.
E ser uma luz é estar-se mui atento a si mesmo, ciente
do que se é, estando mui consciente de toda a sua natureza,
todo o seu pensar e sentir. Mas, de tudo o que realmente
se é e de facto se passa em si, não da beleza


que pensamos que deveríamos
ser, do que pensamos ser
ou do descrever
dado por outro.
.
Consciência não através do conhecer 
do passado,quer recebido de outras pessoas 
quer de experiências que tivemos. Mas,  observação 
sem interesse próprio, sem querer formar grupo,organização.
.
Observação do agora,
no agora.
Sem condicionamentos passados.
.
O agora é a vida extraordinária.
Porque vivem milhões vida ordinária,
tão oprimidos não 
só pelo mal como até pelo bem do passadão?
.
Mas, o movimento do passado
a encontrar-se e a destruir constantemente
o glorioso presente
acaba quando bem vemos a insanidade disso.
.
Não podemos também estar
sempre a julgar, a condenar
mesmo o mal: deixemo-lo florescer
que, de seguida vai murchar e desaparecer.
A própria observação sem base no passado
produzindo o seu desaparecimento.

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