Medo, prazer, dor,
coragem... Tanto vário,
quando só amor
é necessário!
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Completamente
sós, não influenciados
nem pela morte, totalmente
libertados!
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Sós, mas não isolados
(Vida é relação),
não influenciados,
mas, não alienados, afastados.
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Negando profundamente,
não só superficialmente,
tudo o inventado
pelo medo, pelo prazer...
Tudo o procurado.
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Além
e aquém
da rotina,
da batina!
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Sem ilusões,
sem sombra de seguidismo,
sem nenhum autoritarismo
avançamos pois até aos portões,
ou, os portões do eterno, intemporal
tempo, não do cronológico tempo,
bem superficial, vêm até nós!
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Há progresso
tecnológico
mas não progresso
psicológico.
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Carroça
da Roça
vai a avião
no Japão...
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Mas, "eu" nem num milhar
de anos melhora,
por não ser para melhorar,
mas, para acabar
sem lamento.
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Ego é o mal,
é o pecado original,
é a ignorância
(vida é relação
e observador é observado),
e, é para morrer
sem prazer nem dor,
por ser aberração
a cessar de (re)nascer!
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De modo que negação
do ego pela compreensão
é paz total, definitiva e eterna, não
paz entre dois conflitos.
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E, a passagem dos portões,
a entrada no paraíso
imenso, sem limites, sem ilusões!
O espanto,
a observação,
a atenção,
o Amor,
o esperanto!
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sem práticas
ao silenciamento,
mas, pelo percebimento
sem intrometimento.
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Inseguro
buscando segurança
noutro é como cego
dizendo a cego:
eu sei, te faço mudança!
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Iluminação interior
e exterior
não está aqui ou ali:
está no descobridor
do caos em si próprio.
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E, os portões da luz se abrem!
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A imagem que temos dos outros
somos nós próprios. Na compreensão
da nossa desordem,
a segurança/inteligência, não
a da invenção
do pensamento,
e, a ordem
e a clareza naturais,
a porta aberta,
o indizível,
o indescritível:
quem o descreve não
o viu!
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E, na cessação
da imagem,
de nós,
o grande relacionamento,
o percebimento de que amor não
é medo nem prazer.
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Temos de descobrir por nós mesmos.