Tiveste um centelha de luz, vislumbraste o abismo para onde caminhas e agora isso não te sai da cabeça e passas a vida a falar na crise.
E, quanto mais pensas e falas na crise e fazes planos para a debelar, mais ela se agrava.Já devias ter visto a esta altura que o que precisas é de mais luz.
A essência das crises é o conflito psicológico e físico, tão presente na democracia como na ditadura. Obviamente, enquanto não houver compreensão disto, nada feito. E, políticos e religiosos são dos mais conflituosos. Se a sua conflitualidade não findar as coisas vão de mal a pior, em particular para os que não entendem isto.
A chamada alternância mais não é do que a culminância do conflito que começa dentro da pessoa, com os ideais, as ideias, as suposições, as esperanças, as promessas, as ilusões. Ir atrás de ideias, de sugestões... de outros ou nossas é a base da dualidade, do conflito, e, da limitação e do sofrimento.
Para comprendermos isto necessitamos de quietude, e, só compreendendo isto muito bem pensador e pensamento, experienciador e experienciado, observador e observado, governo e oposição, governo e governado podem ser unos. E, sem esta unidade não há solução. Esta unidade que é sinónimo de um só eu e de um poder não egoísta, justo, inteligente e bondoso.
Toda a verbalização, todo o pensamento que apenas dá mais força ao egoísmo, individual ou de grupos ou grupinhos tem de cessar. Separação do momento, do pensamento, da experiência é o conflito destruidor da dualidade.Mas, compreender isto segundo a segundo percepcionando a incrível tendência para a separação da experiência, do parceiro(a), para a imposição, para a procura de poder, percecionando cada vez mais fundo e mais vastamente sem procurar resultado, fim, objectivo, alvo surge um estado em que pensador e pensamento, mulher e homem, azul, verde,vermelho, rosa, preto, branco..., rico e pobre, sábio e ignorante... são um só.
Neste estado não há esforço, não há vir a ser, não há desejo de mudar, não há eus individuais. Há, sim, uma perfeição, um bem estar, uma felicidade não criados pela mente, por nós.
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