O não ilusório, o real é intemporal, não pode ser compreendido por mente temporal, resultado do passado que se projeta no futuro. Só libertos do passado, mesmo do de ontem, só libertos do tempo dividido entre passado, presente e futuro podemos olhar e viver a realidade, a vida diretamente. Libertos do tempo e de todo o processo temporal, de todos os processos que impliquem tempo, como exames de respostas, de complexos, de dificuldades, de bloqueiros... Que implicam que se houver erros se terá de começar tudo de novo, ao longo de outra linha, de outro fundo, de outro bacground.
O estudante a a coisa estudada, em nós ou fora de nós, é a mesma coisa, o mesmo fenómeno indivisível: dividir é morrer, morte é divisão, quanto mais divisão e separação mais dor e mais morte, não sendo dor nenhuma ida embora da fraqueza. E, nem o tocado é diferente do que toca, nem o que fala do que ouve, nem o que recorda do que é recordado, nem o irado do que lhe causa a ira, nem a dor ou o prazer de quem os tem.
Compreendendo de facto e realmente, não pela força, que dividirmo-nos é morrermos, e, divisão começa no estudo, na análise, paramos de analisar e de nos dividirmos e matarmos, permitimos assim a vida abundante, milagrosa, perto e longe, em nós e nos demais, até nos menos bons - somos um só com todas as coisas.
E, mente que cessa a análise, o exame, a avaliação, a dissecação, a conclusão, o falso... É mente em branco, vazia, pura, verdadeira, viva, eterna... Que vive diretamente sem passar pelo processo do tempo, com fundo eterno, infinito, perfeito, todo poderoso, não condicionado...
Isto não quer dizer desprezar passado e futuro, quer dizer que deixamos de dividir futuro, passado e presente que também já são um, agora.
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