Monday, October 17, 2011

Experiência não é para acumular,
não é para nos fortalecer:
é para viver plenamente, sem "intervalar"
esforçadamente, sem especular.

É impressionante
como a mente está sempre
a separar-se da experiência,
nunca querendo levar a experiência
até ao fim, sempre
a querer impor-se, sempre
à procura de novas experiências, sempre
à procura de poder...
E, nunca o encontrando,
pois, tal é conflito, divisão,
fraqueza, o contrário de poder, limitação.

Compreendendo
isto, ficando vigilante
e atenta, apercebendo
-se a cada instante
como está sempre
correndo
para fora da experiência,
impondo-se e querendo
poder... Nesta perceção,
cada vez mais fundo e vastamente
penetrando,
fim, objetivo não procurando,
surge um estado de fusão
em que pensador e pensamento são
um só, não havendo
esforço, não havendo
vir a ser, não havendo
desejo de melhorar, não havendo
eu... Mas, havendo
um grande bem estar,
um grande vazio criador
não gerados pela mente.

Jamais somos suficientemente
sérios, a grande maioria é demasiado
superficial, o que se mostra no desejo
de distração, pelos livros, pelos filmes,
por conferências, por autoridades...

O vazio criador é impedido
enquanto houver o pensador
que está à espera, a vigiar,
a observar para acumular
experiência, para ser fortalecido.

A mente tem de se esvaziar
de todos os símbolos,
de todo o palavrear
com suas sensações de modo a cessar
todo o experienciador a acumular.
Tem de pôr completamente
de lado todos os raciocínios,
todo o experimentar,
toda a imposição,
toda a autoridade.
Deixai, por favor, semear
esta semente...
E, que fruto ela não vai dar!

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