Monday, October 31, 2011

Servi-Lo(a) implica a completa violação
de nós mesmos e da nossa relação,
mas, sem a constância do desejo, da nostalgia
até das grandes pessoas, sem a pressão
contínua que nos mantém a andar, a andar...
Implica também verdadeiro sacrifício, subjugação
em tudo mas sem o ego, a personalidade ter de ficar
sempre por cima, a ganhar...
O que significa deixar
de distorcer a coisa para se encaixar
nos nossos preconceitos,
compreender tudo de modo total
por tudo se tornar
realmente simples!

Sunday, October 30, 2011

Uns aos outros nos ajudando
a ver com toda a clareza, tudo clareando,
e, bem vivendo, morrendo e ressuscitando,
sempre verdadeiramente nos amando.

Sim, revolução
na política, na economia,
na burocracia e na mordomia,
mas, acima de tudo, na fusão,
na justiça e na compaixão,

hábitos perturbadores quebrando,
abandonando ou não abandonando:
tudo bom e novo (re)criando
e amando, não condenando!

Na fusão, digo,
entre todos os opostos
que são justapostos
fantásticos se não persigo!

Ser eterno
é sem eu,
é ser terno...
Já não queres ser eterno?

E, temos de ir para além
de todas as palavras, para além
de todos os símbolos e suas sensações,
super atentos ao aqui, ao momento e ao além,
quebrando ou não quebrando habituações!
Tantos problemas semelhantes,
tantos problemas diferentes,
e, tantas soluções inteligentes:
não formar coágulos dos eus paralizantes!

Eu é prisão
no tempo no qual
não há amor
nem compaixão.
E, solução,
que é dissolução
dos eus, é não
separação
do pensador
e do pensamento,
é fusão
do pensamento
e do pensador,
de ti e de mim!

Só nesta fusão
existe silêncio
no qual há cessação
das imagens
e nem se espera por mais experimentação.
Neste silêncio
não há sujeito que experimenta:
há uma tremenda revolução
psicológica criativa,
solucionante!!

Saturday, October 29, 2011

Para lá ou para cá, conforme esteja pessoa posicionada,
da mente consciente e inconsciente,
é onde está a mudança urgentemente
necessária, pois, consciência está mui condicionada,

mui oprimida pelo modo como foi educada,
aculturada, normalizada, padronizada:
só mente completamente libertada
pode ser totalmente ilimitada.

E, liberdade fundamental
é sem qualquer motivo,
sem qualquer incentivo.
Sem qualquer razão para tal
mudança ou para não mudar.

Pois, motivo é reação
cultural que é conflito
e não paz, que, esta sim,
é libertação,
descondicionamento
e ilimitação!
Não uma mera repetição
ou uma continuidade modificada,
mas, uma radical revolução,
uma mente para mui melhor alterada.

É urgente profunda mudança
para sairmos da depressão,
da austeridade, da degradação,
apesar talvez da atual pequena segurança.

Não podemos continuar
infelizes, deprimidos, a explorar
e a ser explorados, feios, a violentar
e a ser violentados... Somente a gozar
de um instante ocasional que não é do desejar!...

Thursday, October 27, 2011

Mudança de pensamento
não é mudança nenhuma:
mudança a sério
só sem pensamento.
Doeu, esquecemos...
Esquecemos, doeu...
Não esquecemos,
de modo algum,
e, não sofremos:
todos vivemos.

Wednesday, October 26, 2011

Enquanto existir
um centro egoísta
a procurar satisfação,
recompensa ou segurança
não haverá nenhuma mudança
para melhor.

Tuesday, October 25, 2011

Sem buscar, sem analisar,
sem qualquer influência que seja,
VENDO O QUE É FALSO, mas, sem bem-fazeja,
verdadeiro imaginar, antecipar.

Abandonando conhecido sem saber
o que vai acontecer
é verdadeiro, nova conhecer:
conhecido só interessa à mecânica do ser.

Urgentíssimo
é mutação,
revolução
nas consciências,
VENDO o GRAVÍSSIMO
DO FALSO
pelo VAZIO,
pelo não pensar
não forçado,
não procurado!

Monday, October 24, 2011

Não existe uma coisa suficientemente
imutável a que possamos chamar
segurança: nada é permanente
a não ser, talvez, o amar.

Sunday, October 23, 2011

Tudo baseado no centro do castigar,
da recompensa, da tristeza, do prazer,
do prejuízo, do sucesso, do doer,
da alegria... Mudar que não é mudar!

Verdadeiro mudar
só com percepção
profunda e imediata
sem preocupação
com aquilo em que nos
estamos a transformar.

Mente que só pensa
em procurar
satisfação, recompensa
ou segurança nunca vai mudar!
Nada imposto, nem mudança
boa, nem supressão de pança:
sem observação de toda a implicação,
sem grande compreensão de toda a situação
nem sequer é boa e bela a própria boa mudança.

Ah, e o cheiro que cura,
nas ruas, nos campos...Dado
após meses de secura,
no primeiro minuto mui apreciado
de chuva,de dança!...

Mudança boa, nova, verdadeira
só com frescura, só com inocência,
sem a sobrecarga dos mil ontens do sobreiro da assomadeira:
e, mente livre, solucionante, desocupada,
só a que vê mesmo que está ocupada,
que não está sempre a traduzir tudo o que ouve/lê, sua auto-experiência,
para algo que lhe seja conveniente, para os seus próprios termos!

Saturday, October 22, 2011

INTEGRALISMO MUNDIAL


Forçada à concentração
em campos de grande delimitação,
fica a mente condiconada
para a execução
ou para ser executada.

Conhecimento só da concentração
termina em holocausto:
é urgente o bem da atenção
ilimitada; da apreensão
sem centro, sem contradição.

Da compreensão social,
da atenção integral
de todo o sensorial
e extra-sensorial!

Paz e guerra

Paz e guerra;
bondade e justiça;
amor, ambição,
competição
e eficiência;
criativo
e mecânico;
inclusivo e exclusivo;
prazer e dor;
êxtase;
trabalhador,
tranquilizador
e amigo(a) da sesta.

Friday, October 21, 2011

Muita gente nem sabe o que é o novo:
há certas necessidades que satisfazemos,
mas, necessidade de construir e fortalecer o eu
é desgraça e impossiblidade de conhecer o novo,
que não pode, como tal, ser (re)conhecido.Ser novo
é ser criativo sem memória.

Thursday, October 20, 2011

Compreendermo-nos todos pela reflexão,
eis o mais importante e urgente, mas, se condenarmos,
não pode haver de todos a compreensão:
só há compreensão se estivermos atentos, se amarmos!
Quando facciosismo
sem substituto desaparece,
inteligência floresce:
dependência do "maior" é raquitismo.

Wednesday, October 19, 2011

Esvaziamento para semear,
para encher, para produzir...
Esvaziamento do pensar
para o silêncio do ouvir,
para a atenção sem resistência
donde vem todo o sentir...
Mente desocupada ouve o som
da porta do vizinho que se abre
e o regato que corre na mata;
cheira a relva cortada
e o perfume que não mata;
saboreia a água fresca da coutada...
E,está ainda totalmente
atenta ao que lê...
Esvaziamento para à vida!

Monday, October 17, 2011

Experiência não é para acumular,
não é para nos fortalecer:
é para viver plenamente, sem "intervalar"
esforçadamente, sem especular.

É impressionante
como a mente está sempre
a separar-se da experiência,
nunca querendo levar a experiência
até ao fim, sempre
a querer impor-se, sempre
à procura de novas experiências, sempre
à procura de poder...
E, nunca o encontrando,
pois, tal é conflito, divisão,
fraqueza, o contrário de poder, limitação.

Compreendendo
isto, ficando vigilante
e atenta, apercebendo
-se a cada instante
como está sempre
correndo
para fora da experiência,
impondo-se e querendo
poder... Nesta perceção,
cada vez mais fundo e vastamente
penetrando,
fim, objetivo não procurando,
surge um estado de fusão
em que pensador e pensamento são
um só, não havendo
esforço, não havendo
vir a ser, não havendo
desejo de melhorar, não havendo
eu... Mas, havendo
um grande bem estar,
um grande vazio criador
não gerados pela mente.

Jamais somos suficientemente
sérios, a grande maioria é demasiado
superficial, o que se mostra no desejo
de distração, pelos livros, pelos filmes,
por conferências, por autoridades...

O vazio criador é impedido
enquanto houver o pensador
que está à espera, a vigiar,
a observar para acumular
experiência, para ser fortalecido.

A mente tem de se esvaziar
de todos os símbolos,
de todo o palavrear
com suas sensações de modo a cessar
todo o experienciador a acumular.
Tem de pôr completamente
de lado todos os raciocínios,
todo o experimentar,
toda a imposição,
toda a autoridade.
Deixai, por favor, semear
esta semente...
E, que fruto ela não vai dar!
Eu e tempo são o mesmo:
eu é fui, serei, sou...
Egocentrismo, eu e tempo são o mesmo:
eu, eu, eu... Vir a ser,
evitar, escolher...
E, os processos do eu não são revolucionários,
mas, quando cessa a atividade do eu,
que é tempo,uma tremenda revolução
acontece:
nada envelhece,
tudo se faz novo:
uma incrível revolução
que não pode acontecer pela evolução!
Pensador separado do pensamento
é do mal estar o agravamento;
já unidade de pensamento e pensador,
que é fundamental melhoramento,
é pensador não ser do pensamento dominador.

Sunday, October 16, 2011

Sermos livres é compreendermos o hábito
em toda a sua natureza, inconsciente e consciente:
negarmos ou resistirmos a um hábito
é outro hábito criarmos na mente.

Mas, completamente
conscientes do hábito
é presenciarmos
o desaparecimento do hábito,
é libertação da mente.

Contra o mau hábito lutar
é dar-lhe vida, é mais um hábito criar,
mas, mui consciente da estrutura do hábito estar,
mui atentos estarmos, momento a momento
ao que estamos a fazer, a dizer, ao movimento
das nossas mãos, pensamentos e sentimentos
é livres ficarmos.
E, mente livre percebe
para além do seu pequeno mundo...


Quem se controla a si mesmo não
precisa ser controlado;
nós somos energia e verdade, que é não
contradição, não conflito, coisa harmonizada.

Energia sem justiça, sem verdade,
seja de quem governa ou de quem é governado(a),
é destruição e tem de ser controlada.
Já buscar espontaneamente a realidade
é ser o tipo correto de cidadão
sem precisar de nenhum padrão.

Toda a luta é destruidora:
não perguntemos pois como poupar,
não criemos ideias padroeiras,
não conduzamos nossas vidas
segundo ideias padroeiras,
o que é contradição, dor e morte destruidora.
O que não quer dizer que sejamos preguiçosas cantadeiras.
E, conflito termina e vida gloriosa e eterna
começa quando ideia e facto conhecem fusão terna.
Espaço e tempo, na anulação
um do outro, são a união,
o agora; e, atenção
não é concentração, é total inclusão.

Prazer espiritual,
prazer mental,
prazer corporal,
prazer vegetal,
prazer animal,
prazer total.

Não interessa o amanhã
nem interessam os do amanhã;
não interessa o ontem
nem interessam os do ontem:
só interessa o agora,
o glorioso, o(a) que não devora!

Atenção que é sem distração,
até a de obter atenção,
até de nome dar,
e, de classificar.
Atenção total,
de todos os sentidos,
que é o BEM!

Saturday, October 15, 2011

" Só quando a mente está completamente em silêncio, não apenas a um nível superficial mas a um nível profundo da consciência - só então o desconhecido pode manifestar-se. O desconhecido não é algo para ser experienciado. Se a mente experimenta o que quer que seja que não é o silêncio, é porque está simplesmente a projetar os seus próprios desejos, e uma tal mente não está em silêncio; enquanto a mente não estiver em silêncio, enquanto o pensamento sob qualquer forma, consciente ou inconsciente, estiver em movimento, não poderá haver silêncio. Silêncio é libertação do passado, dos conhecimentos, de memórias conscientes e inconscientes; quando a mente está em completo silêncio, não em funcionamento, quando há silêncio que não é produto do esforço, então o Intemporal, o Eterno dá-se a mostrar. Esse estado não é um estado para lembrar - não há qualquer entidade a recordá-lo, a experimentá-lo.

Portanto,Deus, a Verdade, chamemos-lhe o que quisermos,é algo que se manifesta a todo o momento, e isto só acontece num estado de liberdade e de espontaneidade, não quando a mente é disicplinada de acordo com um padrão. Deus não é uma coisa da mente, não vem através da autoprojecção; só acontece quando há virtude, que é liberdade. Virtude é enfrentar o facto de O QUE É, e enfrentar o facto gera um estado de bênção. Quando a mente está nesse estado de profunda alegria,em paz, sem qualquer movimento, sem projecção consciente ou inconsciente do pensamento - só então o Eterno se manifesta." - J. Krishnamurti
Qual a essência da contradição,
da mentira? É a imitação,
certo? O homem tem um ídolo, talvez salazar,
um padrão, e, um objetivo de conformação
com esse padrão: não conseguindo atinar
com esse ídolo\padrão, entra na mentira, na contradição.

Mas, outro homem/mulher outro ídolo, talvez
marx, outro padrão, tem, e um objectivo de conformação
com esse padrão também: não conseguindo atinar
com esse ídolo\padrão, entra na mentira, na contradição.

Por que tem o homem ídolos? Obviamente,
por não se sentir bem consigo próprio, por duvidar
de si próprio, por pensar
que precisa de outra(o) para se completar,
para ser feliz, para seguro estar.

Ora, esta contradição é terrivelmente
destruidora. Ela pode ser deliberada, consciente
ou inconsciente; muito óbvia ou subtil.
E, quando a contradição é muito grande, ou se fica mentalmente
desequilibrado, o que pode ser muito trágico,
ou se dá por essa contradição e se tenta corrigi-la, o que é muito bom.

Temos de ser nós próprios, não de imitar,
de nos aproximarmos de modelos, mortos ou vivos. Tal aproximação
provoca medo, e, é o medo que causa a mentira, a contradição.
Mas, porque "carga d'água" é que havemos de continuar
a querer ser outro(a), nem que seja um(a) enormíssimo(a,o que
é impossível, até para Deus?

Mui contentes e felizes com quem somos, e, o que não somos, seguramente
muitíssimo mais do que nome, posses, relações, línguas,países!... Não
há vir a ser, nenhuma tentativa de sermos diferentes, pelo que, também não
podemos ser medrosos, consciente ou inconscientemente... Nada a ser reprimido,
nada a mostrar, nenhuma destruição, nenhum(a) morte!
O não ilusório, o real é intemporal, não pode ser compreendido por mente temporal, resultado do passado que se projeta no futuro. Só libertos do passado, mesmo do de ontem, só libertos do tempo dividido entre passado, presente e futuro podemos olhar e viver a realidade, a vida diretamente. Libertos do tempo e de todo o processo temporal, de todos os processos que impliquem tempo, como exames de respostas, de complexos, de dificuldades, de bloqueiros... Que implicam que se houver erros se terá de começar tudo de novo, ao longo de outra linha, de outro fundo, de outro bacground.


O estudante a a coisa estudada, em nós ou fora de nós, é a mesma coisa, o mesmo fenómeno indivisível: dividir é morrer, morte é divisão, quanto mais divisão e separação mais dor e mais morte, não sendo dor nenhuma ida embora da fraqueza. E, nem o tocado é diferente do que toca, nem o que fala do que ouve, nem o que recorda do que é recordado, nem o irado do que lhe causa a ira, nem a dor ou o prazer de quem os tem.


Compreendendo de facto e realmente, não pela força, que dividirmo-nos é morrermos, e, divisão começa no estudo, na análise, paramos de analisar e de nos dividirmos e matarmos, permitimos assim a vida abundante, milagrosa, perto e longe, em nós e nos demais, até nos menos bons - somos um só com todas as coisas.


E, mente que cessa a análise, o exame, a avaliação, a dissecação, a conclusão, o falso... É mente em branco, vazia, pura, verdadeira, viva, eterna... Que vive diretamente sem passar pelo processo do tempo, com fundo eterno, infinito, perfeito, todo poderoso, não condicionado...


Isto não quer dizer desprezar passado e futuro, quer dizer que deixamos de dividir futuro, passado e presente que também já são um, agora.

Friday, October 14, 2011

Não podemos estar só livres e simples exteriormente: temos de estar primeiro interiormente desapegados de pessoas, posses, ideias. A simplicidade total, sem a qual não há perceção rápida não se encontra se não estivermos interiormente livres. A simplicidade tem de começar dentro, não fora. O pior inimigo da simplicidade é a crença. Constante vigilância, libertação contínua de todas as rotinas, de todo o padrão de pensamento ou ação é fundamental para termos simplicidade. O que somos interiormente supera sempre o exterior, e, sem nos transformarmos interiormente regras e mandamentos têm muito pouco significado. Mas, tudo isto sem rejeitarmos o exterior. Não podemos portanto ser interiormente gananciosos e cheios de ambição, e, ao mesmo tempo simples e sensíveis. Mas, esta simplicidade/sensibilidade é pela compreensão de tudo isto, não pelo conformismo ou luta.
E, mente sensível, desperta, vigilante é receptividade e ação criativa.
O conformismo, como meio de nos tornarmos simples, torna a mente e o coração embotados e insensíveis. O mesmo com o autoritarismo dos governos ou de nós próprios. O caminho da simplicidade só pode ser o da compreensão do processo de sublimação, de fuga, de repressão, de conformismo, de revolta, de substituição.
Os nossos problemas são tão complexos que somente sendo simples somos capazes de os resolver, e não tornando-nos muito eruditos e intelectualmente hábeis, como se vê pelos ministros grandes académicos, que são os primeiros a abandonar os governos,que também não resolvem nada, antes só agravam tudo, por não serem simples.
Tiveste um centelha de luz, vislumbraste o abismo para onde caminhas e agora isso não te sai da cabeça e passas a vida a falar na crise.
E, quanto mais pensas e falas na crise e fazes planos para a debelar, mais ela se agrava.Já devias ter visto a esta altura que o que precisas é de mais luz.
A essência das crises é o conflito psicológico e físico, tão presente na democracia como na ditadura. Obviamente, enquanto não houver compreensão disto, nada feito. E, políticos e religiosos são dos mais conflituosos. Se a sua conflitualidade não findar as coisas vão de mal a pior, em particular para os que não entendem isto.
A chamada alternância mais não é do que a culminância do conflito que começa dentro da pessoa, com os ideais, as ideias, as suposições, as esperanças, as promessas, as ilusões. Ir atrás de ideias, de sugestões... de outros ou nossas é a base da dualidade, do conflito, e, da limitação e do sofrimento.
Para comprendermos isto necessitamos de quietude, e, só compreendendo isto muito bem pensador e pensamento, experienciador e experienciado, observador e observado, governo e oposição, governo e governado podem ser unos. E, sem esta unidade não há solução. Esta unidade que é sinónimo de um só eu e de um poder não egoísta, justo, inteligente e bondoso.
Toda a verbalização, todo o pensamento que apenas dá mais força ao egoísmo, individual ou de grupos ou grupinhos tem de cessar. Separação do momento, do pensamento, da experiência é o conflito destruidor da dualidade.Mas, compreender isto segundo a segundo percepcionando a incrível tendência para a separação da experiência, do parceiro(a), para a imposição, para a procura de poder, percecionando cada vez mais fundo e mais vastamente sem procurar resultado, fim, objectivo, alvo surge um estado em que pensador e pensamento, mulher e homem, azul, verde,vermelho, rosa, preto, branco..., rico e pobre, sábio e ignorante... são um só.
Neste estado não há esforço, não há vir a ser, não há desejo de mudar, não há eus individuais. Há, sim, uma perfeição, um bem estar, uma felicidade não criados pela mente, por nós.

Thursday, October 13, 2011

Há que darmos liberdade ao desconhecido,
não adaptarmo-lo aos padrões da nossa mente.

Monday, October 10, 2011

Blogs e colunasArtigoÉ o enterro da economia da era Reagan?
Nº edição: 731 | 07.OUT.11 - 21:00

Ben Bernanke, presidente do Federal Reserve: os manifestantes em Wall Street têm alguma razão em culpar os bancos pelos problemas dos Estados Unidos.
por Tatiana Bautzer

Nada como três anos de crise econômica para rearranjar as ideias. Nos Estados Unidos, onde riqueza sempre foi símbolo de sucesso pessoal, e “socialista” é a pior das ofensas, manifestações de rua contra os bancos ganharam proporções inéditas. O movimento “Ocupem Wall Street” nasceu na meca das finanças e ganhou corpo nas últimas semanas. Apoiados por sindicatos, os protestos atingiram Boston, Chicago e Los Angeles. A crise e o crescimento da desigualdade social trouxeram a Nova York cenas de cidades como Paris ou Madri, onde manifestações contra os males do capitalismo fazem parte da paisagem. Os manifestantes se dizem inspirados nos “indignados” espanhóis e, ironia, na Primavera Árabe. Há boas razões para a rebeldia: 46 milhões de pessoas, um a cada seis americanos, é pobre. O índice de pobreza chegou a 15,1% da população, o maior dos últimos 18 anos. O apoio aos manifestantes, ainda que velado, vem das fontes mais inesperadas. É o caso, por exemplo, do sisudo presidente do Federal Reserve, o banco central americano, Ben Bernanke. “Não posso culpá-los”, disse Bernanke em um depoimento no Senado. “Desemprego de 9% e crescimento baixo não são uma boa situação.”



Ele admitiu que as pessoas têm “alguma razão” em culpar os bancos pelos problemas. Os manifestantes ganharam até a solidariedade do presidente Barack Obama, que aproveitou para alfinetar os banqueiros, dizendo que eles agiram de maneira irresponsável durante a crise, e agora buscam travar os avanços na regulamentação do setor. Três anos após a quebra do Lehman Brothers, que desencadeou a maior crise desde 1929, as mudanças o são pouco percebidas pelos americanos. É fato que, os bancos têm de ter mais capital para operar. No entanto, o lobby do setor travou as propostas mais radicais de reforma, como a de separar os bancos de investimento dos comerciais. Para os clientes, o que aparece é que as tarifas subiram e está mais difícil conseguir crédito. Para complicar, os bônus dos banqueiros voltaram à casa dos bilhões. No ano passado, eles receberam um recorde de US$ 135 bilhões em remuneração variável, segundo o The Wall Street Journal. Nada poderia ser mais impopular num país onde o desemprego não dá trégua e o crescimento previsto para este ano é de pífio 1,5%.

Nesse explosivo caldo de cultura, alguns dos princípios mais sagrados do imaginário americano – como a valorização do sucesso individual e a desconfiança quanto à atuação do Estado na economia – vêm sendo postos em xeque. Os acampados em Wall Street simbolizam a percepção crescente de que uma economia desenhada para gerar lucro e concentrar renda não é capaz de corrigir, sozinha, as crises que gera. Lentamente, o modelo que prevalece desde a presidência de Ronald Reagan, de desregulamentação da economia, corte de impostos e desidratação do Estado está perdendo apoio da sociedade. Algumas propostas enviadas por Obama ao Congresso seriam impensáveis há poucos anos, como o estímulo fiscal de US$ 477 bilhões à economia e uma alíquota adicional de imposto de renda de 5% para contribuintes que ganhem acima de US$ 1 milhão anuais. Na verdade, mais que uma reviravolta ideológica, o que está por trás dessa mudança é o bom e velho pragmatismo dos Estados Unidos. O que os americanos querem são soluções eficazes contra a estagnação econômica – e quanto antes, melhor.

http://www.istoedinheiro.com.br/artigos/68917_E+O+ENTERRO+DA+ECONOMIA+DA+ERA+REAGANFonte:

Sunday, October 09, 2011

Cérebro quer e corpo não?
Convenceram-nos que só
Cérebro pensa, dividimo-nos
Em cérebro e corpo… Enfim,
Mais uma trágica divisão,
Sendo o cérebro/alma forte
E o corpo, a carne fraca !

E, a dor nas costas desapareceu
Com a ida ao teste da competição,
Isto é, há dor que é mais psicológica
Do que fisiológica
E que sossobra perante expectativa,
Se não perante prazer ou dor maior.
Duvido sinceramente que competição
Resolva coisa alguma e admiro
Quem consegue ajudar no meio da competição.

E, o que é merecer?
Esta sociedade do castigo
E do mérito, que exclui amor,
Compaixão e criatividade:
Que castração!

Sim, sim competição
É péssima, mas, desistir, não!
Nem domínio da sensação.
E, sim, corpo não
É tudo, mas, é tanto como a alma!

E, ouvir, ver não só sem recriminar
Mas também sem aceitar.
E, mesmo quando problema, doença
É grande não podemos deixar
de pedir ajuda nem deixar de ajudar.

Medo de morrer,
Medo de perder,
Medo de viver?
É por não entender
E não aceitar vida como é.
Quem morre todos os dias para o eu
Perde o medo de morrer, comete menos erros,
Pode ter uma grande e boa longevidade.

Quando termina o amor
Triunfam as regras;
Por falta de amor
Temos de algumas rotinas manter,
Sim, mas, só amor
Resolve todos os problemas,
Mesmo todos os problemas!

E, sem abertura necessária
Não pode existir paz.
E, amor incondicional
Talvez não deva ser permanente,
Assim como divisão entre cultos
E menos cultos
É tão estúpida também!
Não sempre andando
pois a traduzir o novo, o agora
em termos do velho, do passado,
compreendendo psicológico que devora
e psicológico devorado,
vozes discordantes harmonizando.


E, se para mudarmos
o que não tem aceitação
for necessário gastarmos
alguma energia,que seja na atenção
da observação, não na distração
do esforço da obceção.


Criar com riqueza, beleza, animação
é sem esforço, não ressentidos,
em total abertura e integração,
em plena comunicação,
em todos os níveis e sentidos.


Criatividade é um auto-esquecimento,
uma atenção particular e global,
um completo auto-desaparecimento,
uma fantástica quietude,
uma extraordinária inconsciência do movimento
do pensamento,
uma essência divinal!

Thursday, October 06, 2011

Somos filhos da vida e da morte,
somos vida e somos morte:
comemos para viver,
e,o próprio ato de comer
nos desgasta, nos faz morrer.
E, todavia, não falta o desejo de viver!

Mas, vejamos bem, somos morte
precisamente por vivermos pelo desejo
mecânico da sensação, até da de Deus,
da nossa mente e da nossa memória
que são um centro morto. A mente
apega-se a palavras como "Deus",
"amor", "democracia",
"comunismo", "social-democracia"
por estas lhe darem sensações, embora moribundas (símbolos
são morte).

Ao reduzir-se toda a experiência que possa ser espontânea,
criativa, viva, eterna, poderosa, singularmente nova
à sensação, é a morte à nascença da Vida, da experiência...
É o triunfo da(do) morte.

Por vezes, no resto da vida que detém, a mente tenta ir além,
projetando a ideia de Deus e da verdade, criando
uma nova ideia que pensa ser o amor, sonhando com uma mudança vital...
Tudo cenários em que, trágica e mortiferamente, ela representa
o papel principal.

Este é pois o processo do desejo mecânico, repetitivo, morto,
sem criatividade espontânea!

Entretanto, quem o não experimentou já, nem que tenha sido na infância,
há também momentos súbitos de criação, que não pertencem à mente, que nada têm
a ver com a memória, nem com a sensação, nem com o desejo.

É urgente portanto compreendermos todo o processo do desejar e do não desejar,
das esperanças e das desesperanças, dos apetites e dos não apetites.

Deus não pode ser experienciado como sensação, e, vida não tem nada a ver com sensações, com desejos ou não desejos. Nossa experiência produz sensações agradáveis e queremos mais e mais fortalecendo assim o centro morto das mentes que está sempre a ansiar por novas experiências.

Por isso, a mente é incapaz de experienciar o novo: o novo, a vida , a verdade, a criação,que é algo sempre novo momento a momento, a realidade, o desconhecido, a própria morte e o que está para lá dela são muito pouco da mente, a qual normalmente se limita a re-conhecer a sensação que é sempre velha. Por isso a mente tem muito pouco a ver com o novo, que a transcende.

No entanto, cessando todo o desejo de mais, de procura de símbolos, de palavras, de imagens com suas sensações, então é possível a mente ser sempre nova e estar sempre no estado de criatividade em que o novo pode surgir momento a momento.
Se o que pedimos, mesmo a Deus,
não traz ordem nem cria clareza,
nem compreensão, nem beleza,
apenas satisfação
e gratificação,
isso é porque se recebe
o que se projeta, isto é,é
a pessoa que dá a si mesmo
o que pede, Deus
tem muito pouco a ver com isso:
ser parceiro de Deus
é algo bem maior, indescritível mesmo.
Nós não podemos chegar a Deus,
mas, tranquilos, sem petição,
sem apegos, não
desejando para nós próprios
ou para outros, a Realidade, Deus
se manifesta. Com clareza, compreensão,
ordem, beleza e bem estar.

Wednesday, October 05, 2011

Coração disciplinado
é coração suprimido,
esterilizado,
incapacitado
de amar.

Idealista é imitador
impotente para conhecer o amor,
para se entregar
completamente, sem pensar
em si mesmo.

O escravo do hábito, da sensação -
religiosa, mental, psicológica,
sensorial ou extra-sensorial
também não pode experimentar
o Amar.

Só libertos do peso do medo,
só libertos das rotinas sensoriais,
só plenos de generosidade,
só plenos de compaixão podemos
experienciar o amor. Casto.
Identificação
com algo "maior",
partidos, países, religião,
Deus até... Que é procura
de poder, é desgraça da pior.

Procura de poder,
individual ou coletivo,
é separatismo, é destruição,
é dor: uma pessoa afectuosa,
benevolente não tem ambição
de nenhuma espécie de poder,
seja ele das armas, do saber,
da beleza, do dinheiro, material,
mental ou espiritual.

Não existe isso de viver em isolamento:
mas, na ânsia de poder, as pessoas
isolam-se e isolam, contrariando,
se é que tal é possível, a Realidade,
e, assim criando
mal estar e sofrimento.
O nacionalista e o bairrista são dos piores.

Não temos nada de nos identificar
com pessoas\coisas supostamente
maiores: temos é de nos conhecer totalmente
e à Realidade, a fim de haver liberdade,
justiça, igualdade e fraternidade!
Universo, natureza, criação
é basicamente boa,coerente,
honesta, ilimitada, pura, sem aflição,
sem medo... e, nossa mente

é-o também: e, só povo
cuja mente já passou
por muitas experiências mas se libertou
do peso desse conhecimento, descobre o Novo.

Só a mente silenciosa,
sem tagarelice,
consegue ver a harmoniosa
beleza que é grande amor,Alice!

Mente observante, sem mobilidade
mas bem acordada, percepciona a totalidade
da sua extensão, da sua profundidade,
o que é também intemporalidade.

A questão é pois a atenção
sem limites, a comunicação
infinita, a perceção permanente
do limitado e do ilimitado, que é
o fim da mesquinhez, da limitação,
do sofrimento, da precipitação,
do medo, da pobreza, da ignorância...

Tuesday, October 04, 2011

Compreendendo profundamente
que a pensar não resolvemos
nenhum problema,acontece um estado
de inteligência individual e coletivo,
negativo e positivo.

É esta inteligência sem pensamento,
(pensamento, opiniões, juízos, ideias, comparação
são ainda distrações que nos afastam da pessoa,
da coisa, do ser) mas com muitíssima atenção,
com todos os sentidos, tacto, olfato, vista, toque,
gosto... que resolve.

Os problemas têm todos origem nas relações,
e, só na relação podem ser resolvidos:
daí a importância extrema da cooperação,
da entreajuda, da boa vizinhança, da ótima relação,
oferecendo ajuda, ajudando, pedindo ajuda...

E,para compreender tudo e todos profundamente,
o que é não competir e é amar, havemos de ter uma mente
sereníssima e mui aberta, não perturbada nem pelo próprio pensamento.

Uma mente assim não é o resultado final
de treinos, da meditação, do estudo, do controlo,
do esforço: ela nasce quando compreendemos
todo o processo do pensar, quando somos
capazes de ver sem distração alguma,
até a do próprio pensamento!
Milhões de pessoas com cérebros
carregados de miríades de informações,
e milhões de preocupações
não são um problema menor do que os milhões
de toneladas de obesos, os milhões
de famintos morrendo de fome, e os milhões
de analfabetos...
E, espelhos, comida, ações,
balanças,fome, fala, escrita, políticos,... existem:
não os podemos ignorar,
mas, também não nos podemos deixar
por eles escravizar.

Monday, October 03, 2011

Ter compaixão por quem não tem compaixão, eis o que é o amor incondicional.
Como podem problemas resultantes da competição, ou da fuga à realidade, como a obesidade extrema, ser resolvidos pela competição (programa "peso pesado" da Televisão)? Não podem, não é? Mesmo que ocorram alguns pequenos benefícios.

Dividirmos constantemente tempo em passado, presente e futuro, e, depois deixarmos que passado domine é uma grande contradição causadora de muita aflição. E, o passado domina por meio da conclusão, do padrão, da fórmula que se impõem no presente e se projetam no futuro, como ideiais.

Aliás, o homem tem dividido quase tudo o que era para estar unido, como a terra/território e as próprias pessoas, que foram fracionadas em muitos países, e, em centenas, miríades de grupos e propriedades. Apesar de haver muitos limites para o erro, divisão e egoísmo do homem.

Sunday, October 02, 2011

Vida é forte
mas mui delicada, morte.
E, da fada é a sorte!

Inveja é estupidez, doutora,
estupidez auto-destruidora.
E, tens de compreender agora, Ada:
vida é forte, mas mui delicada!

E, vida é mui real:
R., pede lá perdão a M.,
afinal, mataste M.,
não te acontecerá igual?
Um caipira ganhou três cachorros, conta Marizete Lourenço. Alegre, amarrou-os atrás do carro de bois, e resolveu levá-los para a fazenda onde vivia.

O primeiro cão era puxado com força; mordia a corda, caía, arrastava-se pelo chão. O segundo resignou-se, e seguiu o carro de bois. O terceiro, porém, pulou para dentro da carroça, resolveu dormir, e chegou descansado ao seu destino.

“Quando resistir é inútil, o melhor é adaptar-se”, diz Marizete. “O mais sábio é sempre aquele que consegue tirar proveito das circunstâncias inevitáveis, e fazer com que elas funcionem a seu favor”.

Fonte:http://g1.globo.com/platb/paulocoelho/2011/10/02/como-aproveitar-as-circunstancias-2/comment-page-0/#comment-99040
Rirmos, rirmos com razão
e sem razão, mas não
de quem sofre, não:
embora muito sofrer seja em vão.

Amarmos, amarmos sem nada esperarmos
em troca, sem nunca nos considerarmos
mais importantes, sem nos sobrecarregarmos
com tristeza... Com todo o nosso ser amarmos!

Sem ignorância, bem avisados,
nunca dependendo, nem dos mais bem disfarçados,
embora não vivendo isolados,
nem permitindo que fiquem em nós pendurados.

Sem crenças, pois é o único modo de não
cairmos na mentira, na ilusão, sob exploração.
Mas... E, a Verdade? Sobre a Verdade não haja preocupação:
pobre da verdade que precisa da nossa defesa, irmão!

Só o que é completo, inteiro
é bom, belo e verdadeiro.
E, também sem reencarnação, caminheiro,
porque isso também não é inteiro!

Saturday, October 01, 2011

A dor vem da falta de reflexão,
de amor, de compreensão, de compaixão...
E, da injustiça, do conflito, da mesquinhez,
do egoísmo, da estupidez...

Não é estupidez continuar
a comer e a beber
quando podemos/devemos ir andar,
ler, cantar, escrever?...

Continuar a perdoar
quando devemos questionar?
Aumentar o batucar,
quando devemos parar?

Já a inteligência tem de ser total,
também compassiva e amorosa,
não só quociente intelectual,
muito menos esperteza manhosa.

E,como pode o que está
sempre a querer
ganhar ser
compassivo, pá?

Já o prazer, o prazer não egoísta,
vem do amor refletido, altruísta,
magnânimo, livre, justo, sem atrito,
caloroso, sem conflito.

Sabe muito bem este amor
que vida é relação e que prazer sem dor
só com perfeita relação, perfeita comunhão,
sem sombra de injustiça, de possessão,
de engano, de confusão!