Monday, August 08, 2011

Nada está separado de nós,
somos a sombra e o sol,
o chilrear alegre dos pássaros
e a vizinha que ronca,
o homem de sucesso e a mulher decadente,
o forte que goza e a criança que chora,
o homem e o animal, o que morre e o que vive...
Nenhum problema é só dos outros, nenhuma alegria
é só nossa, nenhum problema é só nosso, nenhuma
alegria é só dos outros...
Não há só alegria, há também tristeza,
não há só prazer, há também dor,
e,há um modo de existir só prazer e alegria, que é
o modo da compreensão, da atenção, do amor e da beleza.
Se olharmos, observarmos, pensarmos o sofrimento, doutros
ou nosso, a partir de um centro, como quando dizemos:
"não devo ter nenhuma dor,não devia existir dor,deve-se
venerar a dor, devo fugir da dor...", seja esse centro
uma conclusão, uma ideia, uma esperança ou um desespero ou
qualquer outra coisa, esse é um pensar muito limitado,
muito estreito,não cessando o sofrimento.
E, sim, fazer bem a todos, sem esperar recompensa, mas, não
rejeitando recompensa.
E, outrossim, não ter medo do prazer, de ser feliz, olhando
para o prazer/alegria/bem-estar/felicidade como o bem por excelência,
supremo, ilimitado, Deus(a) que não está fora de nós mas em nós e em todo o lugar, em todos os demais seres e coisas, ocupando todo o vazio deixado pela dor\tristeza.

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