Experimentar sem desejo
é que é o verdadeiro experimentar,
pois, o desejo provoca a separação
entre pensador e pensamento,
o que é a causa da contradição,
do conflito, da violência interiores
exteriores.
Mas, não é só o desejo
que divide, também o pensamento
o faz: quando estamos unidos
com mulher, filhos, vizinhos, colegas,
casas, tempo, alimento, paisagem...,
e o pensamento
interfere, perde-se o contacto,
há uma desintegração,
entramos em conflito e perdemos
o bem-estar, o prazer, a criatividade.
E perdemos o contato porque pensamento
é memória e o real, o momento
não o é.
Pode soar a sacrilégio sugerir que o pensamento
não é uma coisa boa, que isto é sermos irracionais,
mas, não é o que quero dizer: o que quero dizer é que não
devemos permitir nem que desejo, de ter
experiências, de ser isto ou aquilo, de não
sermos, de não termos nem que pensamentos
e suas imagens nos separarem do momento, dos amigos...
faço-me entender?
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