Tuesday, August 16, 2011

Condenar o presente
sem o compreender
é piorá-lo, mas, compreendê-lo,
vivendo, sentindo
profunda e amplamente
cada experiência que vai surgindo,
boa ou má, libertos da acumulação
da memória, é tudo renovar.
O presente não
é um meio para alcançar
um fim, é a eternidade.
Mas, só a mente-sentimento
compreende isto, que está
para lá de todo o valor.
E, isto não
é presente eterno sem mudança,
é a gloriosa eternidade,
Já, do amor ao que e com o que fazemos,
seja plantar, cuidar
de uma criança,
ou de um animal,
cozinhar, falar,
compor, pintar, construir,
jogar, destruir!
Quando cessa o amor, triunfam
as regras, os deveres, os direitos.
Mas, quando amamos
o que fazemos não
nos preocupamos
em ser famosos: só
o pobre em amor deseja a riqueza
trivial e estúpida da fama!
Escondendo o brilho do talento,
sendo amáveis anónimos, amando
o que fazemos sem ostentação,
eis a verdadeira beleza,
a verdadeira riqueza.
E,primeiro a ação,
depois a ideia;
primeiro a criação,
depois a técnica;
primeiro a amor,
depois o amor: se temos
algo para comunicar,
encontraremos a técnica para o fazermos.

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