"Buda
Buda nasceu numa família real do reino do Himalaia, mais ou menos 600 anos antes de Cristo. Era ainda uma criancinha quando um velho sábio chamado Asita visitou o palácio.
Asita era um homem de Deus e trouxe as boas novas ao pai de Buda de que filho haveria de tornar-se o Salvador da Humanidade.
Buda então foi chamado de Príncipe Gautama. Seu pai deu ao Amado Filho todas as alegrias da vida. Desejava fazer dele um bom rei.
Mas Gautama achou que os prazeres do mundo não traziam a felicidade. Um dia, viu um homem velho, depois um doente e em seguida um cadáver.
Descobriu que todos os seres humanos estão sujeitos ao sofrimento e à morte.
Portanto, compreendeu que somente a felicidade espiritual podia tornar os homens realmente felizes. Deixou seu lar, a esposa e o filho para ir em busca da verdade espiritual.
No início, foi para as selvas distantes onde privou-se de alimentos e conforto.
Isto foi inútil, pois se o corpo fica enfraquecido, os poderes mentais também se debilitam. Foi sob uma árvore, Bodí, na Índia, após muita meditação, que Buda recebeu a iluminação.
Daquele dia em diante iniciou Sua grande missão de salvar a humanidade do sofrimento.
Disse aos homens para purificarem suas almas e suas mentes.
Ensinou-lhes como evitar a voracidade e a desonestidade e que compreendessem que este mundo de sofrimento era um lugar onde todos deviam se preparar para as alegrias e felicidades espirituais e eternas.
Deu-nos um exemplo com Sua própria vida abençoada. Quando estava sentado sob a árvore, em meditação, Mara, o espírito mau, tentou-o, oferecendo-Lhe as riquezas do mundo e os prazeres dos sentidos. Mas Buda, o Iluminado, sobrepujou as forças do mal.
Seu poder era o poder do espírito. Através de Seus ensinamentos maravilhosos, Buda ajudou a milhões de pessoas de várias nações a alcançarem a salvação espiritual.
Nos dias de Buda, os habitantes de Seu país estavam lutando uns contra os outros, em nome da divindade. Tinham até inúmeros deuses e deusas para adorarem. Buda sabia que o caminho para Deus era unicamente aquele indicado pelos Seus Manifestantes.
Ele, sendo um Manifestante de Deus, não queria que Seu povo lutasse contra si mesmo, em nome de um Deus que não seria conhecido senão através d’Ele próprio, Buda.
Como um sábio instrutor, silenciou sobre Deus, para evitar discussões estéreis entre o povo, mas conclamou a todos para obedecê-Lo, como Manifestante da verdade. Desta maneira conseguiu unir a milhões de pessoas, que antes estavam divididas entre si, quer seja em nome de Deus ou em nome das castas.
Disse Buda:
"Uma pessoa não se torna um [bramâne] por nascimento. Ninguém é pária pelo berço. A pessoa torna-se Brahmani pelas suas ações e transforma-se em pária por seus próprios atos."
Um pouco antes de deixar esta terra, Buda fez uma grande promessa para Seus seguidores, que estavam temerosos que Sua causa fosse extinguir-se gradualmente.
Disse Ele:
"Não sou o primeiro Buda que existiu na terra, nem serei o último. No tempo devido outro Buda levantar-se-á no mundo, um santo, um ser divinamente iluminado, dotado de sabedoria em sua conduta, benigno, conhecendo o universo, um líder incomparável dos homens, um mestre dos anjos e dos mortais. Ele vos revelará as mesmas verdades eternas que vos ensinei. Ele vos pregará esta religião, gloriosa em sua origem, gloriosa em seu climáx, gloriosa em seus objetivos, tanto no espírito como na forma. Ele proclamará uma vida religiosa tão pura e perfeita como a que agora proclamo. Seus discípulos serão contados em milhares, enquanto que os Meus contam-se em centenas."
Esta promessa trouxe esperança aos budistas, de que não seriam deixados sozinhos na terra, mas que receberiam a luz orientadora de outro glorioso Buda. Buda está agora regozijante em sua morada eterna, porque vê Sua gloriosa promessa cumprida em Bahá’ú’lláh - a Glória de Deus." http://www.bahai.org.br/religiao/buda.htm
Buda nasceu numa família real do reino do Himalaia, mais ou menos 600 anos antes de Cristo. Era ainda uma criancinha quando um velho sábio chamado Asita visitou o palácio.
Asita era um homem de Deus e trouxe as boas novas ao pai de Buda de que filho haveria de tornar-se o Salvador da Humanidade.
Buda então foi chamado de Príncipe Gautama. Seu pai deu ao Amado Filho todas as alegrias da vida. Desejava fazer dele um bom rei.
Mas Gautama achou que os prazeres do mundo não traziam a felicidade. Um dia, viu um homem velho, depois um doente e em seguida um cadáver.
Descobriu que todos os seres humanos estão sujeitos ao sofrimento e à morte.
Portanto, compreendeu que somente a felicidade espiritual podia tornar os homens realmente felizes. Deixou seu lar, a esposa e o filho para ir em busca da verdade espiritual.
No início, foi para as selvas distantes onde privou-se de alimentos e conforto.
Isto foi inútil, pois se o corpo fica enfraquecido, os poderes mentais também se debilitam. Foi sob uma árvore, Bodí, na Índia, após muita meditação, que Buda recebeu a iluminação.
Daquele dia em diante iniciou Sua grande missão de salvar a humanidade do sofrimento.
Disse aos homens para purificarem suas almas e suas mentes.
Ensinou-lhes como evitar a voracidade e a desonestidade e que compreendessem que este mundo de sofrimento era um lugar onde todos deviam se preparar para as alegrias e felicidades espirituais e eternas.
Deu-nos um exemplo com Sua própria vida abençoada. Quando estava sentado sob a árvore, em meditação, Mara, o espírito mau, tentou-o, oferecendo-Lhe as riquezas do mundo e os prazeres dos sentidos. Mas Buda, o Iluminado, sobrepujou as forças do mal.
Seu poder era o poder do espírito. Através de Seus ensinamentos maravilhosos, Buda ajudou a milhões de pessoas de várias nações a alcançarem a salvação espiritual.
Nos dias de Buda, os habitantes de Seu país estavam lutando uns contra os outros, em nome da divindade. Tinham até inúmeros deuses e deusas para adorarem. Buda sabia que o caminho para Deus era unicamente aquele indicado pelos Seus Manifestantes.
Ele, sendo um Manifestante de Deus, não queria que Seu povo lutasse contra si mesmo, em nome de um Deus que não seria conhecido senão através d’Ele próprio, Buda.
Como um sábio instrutor, silenciou sobre Deus, para evitar discussões estéreis entre o povo, mas conclamou a todos para obedecê-Lo, como Manifestante da verdade. Desta maneira conseguiu unir a milhões de pessoas, que antes estavam divididas entre si, quer seja em nome de Deus ou em nome das castas.
Disse Buda:
"Uma pessoa não se torna um [bramâne] por nascimento. Ninguém é pária pelo berço. A pessoa torna-se Brahmani pelas suas ações e transforma-se em pária por seus próprios atos."
Um pouco antes de deixar esta terra, Buda fez uma grande promessa para Seus seguidores, que estavam temerosos que Sua causa fosse extinguir-se gradualmente.
Disse Ele:
"Não sou o primeiro Buda que existiu na terra, nem serei o último. No tempo devido outro Buda levantar-se-á no mundo, um santo, um ser divinamente iluminado, dotado de sabedoria em sua conduta, benigno, conhecendo o universo, um líder incomparável dos homens, um mestre dos anjos e dos mortais. Ele vos revelará as mesmas verdades eternas que vos ensinei. Ele vos pregará esta religião, gloriosa em sua origem, gloriosa em seu climáx, gloriosa em seus objetivos, tanto no espírito como na forma. Ele proclamará uma vida religiosa tão pura e perfeita como a que agora proclamo. Seus discípulos serão contados em milhares, enquanto que os Meus contam-se em centenas."
Esta promessa trouxe esperança aos budistas, de que não seriam deixados sozinhos na terra, mas que receberiam a luz orientadora de outro glorioso Buda. Buda está agora regozijante em sua morada eterna, porque vê Sua gloriosa promessa cumprida em Bahá’ú’lláh - a Glória de Deus." http://www.bahai.org.br/religiao/buda.htm
CARMA
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"...vezes, comete-se má conduta sexual por ignorância, achando que não há nenhum mal nisso ou pensando tratar-se de algo especial, como acontece com os que acreditam ser o amor livre um caminho à libertação.
Existem diversas maneiras de nos envolvermos em má conduta sexual. Ela se consuma quando atingimos o êxtase sexual pela união dos órgãos sexuais
MENTIR
"...vezes, comete-se má conduta sexual por ignorância, achando que não há nenhum mal nisso ou pensando tratar-se de algo especial, como acontece com os que acreditam ser o amor livre um caminho à libertação.
Existem diversas maneiras de nos envolvermos em má conduta sexual. Ela se consuma quando atingimos o êxtase sexual pela união dos órgãos sexuais
MENTIR
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Existem muitos objetos da ação de mentir, mas a maioria pode ser incluída em oito: o que se vê, o que se ouve, o que se experiencia e o que se conhece; o que não se vê, o que não se ouve, o que não se experiencia e o que não se conhece. Há casos em que mentira não é uma ação verbal. Por exemplo, alguém pode mentir fazendo gestos, escrevendo ou até ficando em silêncio.
Para que a ação de mentir seja completa, é preciso que o objeto seja corretamente identificado. Se nos equivocarmos a seu respeito, dizendo algo como "minha tigela de oferenda é feita de ouro", quando queríamos dizer "minha tigela de oferenda é feita de bronze", a ação não se consumará. Devemos também estar determinados a mentir e sob influência de uma delusão. No caso de mentir, qualquer das delusões raízes pode estar presente. Existem diversas maneiras de mentir, mas a ação só se compleiará quando o indivíduo para quem a mentira foi dita tiver entendido nosso propósito e acreditar naquilo que lhe foi dito ou indicado. Se não formos entendidos, a ação não se completará. Por exemplo, se sussurrarmos uma mentira no ouvido de nosso cachorro, ele não terá como acreditar em nós; portanto, não incorreremos no pleno resultado negativo de mentir.
Existem muitos objetos da ação de mentir, mas a maioria pode ser incluída em oito: o que se vê, o que se ouve, o que se experiencia e o que se conhece; o que não se vê, o que não se ouve, o que não se experiencia e o que não se conhece. Há casos em que mentira não é uma ação verbal. Por exemplo, alguém pode mentir fazendo gestos, escrevendo ou até ficando em silêncio.
Para que a ação de mentir seja completa, é preciso que o objeto seja corretamente identificado. Se nos equivocarmos a seu respeito, dizendo algo como "minha tigela de oferenda é feita de ouro", quando queríamos dizer "minha tigela de oferenda é feita de bronze", a ação não se consumará. Devemos também estar determinados a mentir e sob influência de uma delusão. No caso de mentir, qualquer das delusões raízes pode estar presente. Existem diversas maneiras de mentir, mas a ação só se compleiará quando o indivíduo para quem a mentira foi dita tiver entendido nosso propósito e acreditar naquilo que lhe foi dito ou indicado. Se não formos entendidos, a ação não se completará. Por exemplo, se sussurrarmos uma mentira no ouvido de nosso cachorro, ele não terá como acreditar em nós; portanto, não incorreremos no pleno resultado negativo de mentir.
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DISCURSO DIVISOR
DISCURSO DIVISOR
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o objeto do discurso divisor é constituído por duas ou mais pessoas que mantêm um relacionamento. Se a relação entre elas for boa, nosso discurso divisor causará sua deterioração ou total destruição; se for má, nosso discurso divisor irá piorá-la. É preciso identificar corretamente o objeto e estar determinado a estragar a relação entre as pessoas recorrendo ao discurso divisor. A mente deve estar sob influência de uma delusão. Mais uma vez, qualquer das três delusões raízes pode estar envolvida.
Existem dois tipos de discurso divisor: aquilo que é verdade mas fere ao ser proferido e aquilo que é falso, como calúnia ou difamação. Discurso divisor não é necessariamente uma ação verbal. Podemos destruir a harmonia e a boa vontade entre pessoas por outros meios, como escrever ou silenciar. Há várias maneiras de nos envolvermos em discurso divisor, mas a ação só será concluída quando isso resultar na deterioração de um bom relacionamento ou na piora de um mau relacionamento.
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DISCURSO OFENSIVO
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O objeto do discurso ofensivo é qualquer pessoa que possa ser ferida por aquilo que dissermos. Se ficarmos com raiva do tempo e o insultarmos, nosso discurso ofensivo não se completará, porque o tempo não pode ser atingido por nossas palavras. Temos que identificar corretamente o objeto. Se equivocarmos um objeto por outra - queremos insultar Pedro mas em seu lugar insultamos João, pensando tratar-se de Pedro -, nossa ação não se completará. Além disso, devemos estar determinados a falar ofensivamente e sob influência de uma delusão. Em geral, falamos ofensivamente por irritação e sempre há algum grau de raiva envolvido na ação. Mas podemos fazer isso por apego desejoso. Por exemplo, chamamos alguém de gordo para fazê-lo sentir-se mal e nos deixar seu bolo de chocolate! Às vezes, falamos ofensivamente por ignorância, sem imaginar que os outros serão feridos por nossas palavras. Há casos em que somos deliberadamente ofensivos, convencidos de que palavras duras são benéficas.
Há várias maneiras de nos envolver em discurso ofensivo, e o sarcasmo é uma delas. Com sarcasmo, falamos mansamente, um sorriso no rosto, mas arremessamos as palavras como flechas na mente de outra pessoa. A finalidade do discurso ofensivo é infligir esse tipo de dor. Assim como uma flecha trespassa o corpo de um inimigo, o discurso ofensivo trespassa a sensibilidade alheia. Discurso ofensivo não é necessariamente uma ação verbal. Essa dor pode ser infligida sem palavras. Por exemplo, com um gesto podemos humilhar ou ridicularizar alguém. Sempre que estivermos com outras pessoas, devemos vigiar nossa fala e avaliar a dor que nossas palavras poderiam causar. Pensamos: "Será que essas palavras podem causar perturbação? Vão criar infelicidade?". Como disse Atisha, quando estamos sozinhos, devemos vigiar em particular nossa mente; quando, com os outros, devemos vigiar em particular" nossa fala.
A ação do discurso ofensivo se concluirá quando o interlocutor entender nossas palavras, acreditar que foram proferidas a sério e sentir-se perturbado. Se ele não entender nossas palavras, pensar que estávamos brincando ou permanecer imperturbável, a ação não se completará.
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TAGARELICE
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O objeto da tagarelice é qualquer objeto sem sentido. Mais uma vez, devemos identificar corretamente o objeto, estar determinados a nos envolver na ação e sob influência de uma delusão.
Há muitas maneiras de tagarelar. Exemplo, falar tudo o que nos passa pela cabeça ou falar sem nenhuma finalidade ou senso de responsabilidade. Qualquer conversa que seja sem sentido ou não traga benefício é tagarelice. A tagarelice nem sempre é verbal. Por exemplo, perder um tempo enorme lendo livros frívolos, cheios de romance e fantasia, é um tipo de tagarelice. Embora não seja, por natureza, uma grave ação não-virtuosa, se nos entregarmos a isso com frequência nossa vida ficará repleta de trivialidades, e isso poderá se tornar um sério obstáculo à prática de Dharma. A ação será concluída quando os outros ouvirem nossas palavras.
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COBIÇA
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O objeto da ação mental de cobiça é qualquer coisa que pertença aos outros: algum pertence material, emprego, posição de prestígio ou parceiro. É preciso identificar corretamente o objeto, estar determinado a possuí-lo e sob influência de uma delusão. Geralmente, sentimos cobiça porque nossa mente está sendo perturbada por apego desejoso. Envolvemo-nos na ação pensando, repetidamente, de que modo vamos obter o objeto cobiçado; consumamos a ação quando escolhemos um meio específico de agir e decidimos pô-lo em prática para alcançar nossa meta.
A determinação de possuir o objeto, o exame repetido da melhor maneira de agir e a decisão final de obter o objeto pelo meio escolhido, tudo isso junto forma a sequência de raciocínio que corresponde à ação mental de cobiça. Desde que todos os fatores estejam presentes, a ação se completará, independente de efetivarmos a decisão tomada.
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MALDADE
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O objeto da ação mental de maldade é qualquer outro ser. É preciso identificá-lo corretamente, estar determinado a expressar nossa maldade - sob a influência de uma das delusões raízes. Envolvemo-nos em maldade quando consideramos, repetidamente, de que modo iremos prejudicar alguém; consumamos a ação quando escolhemos um meio de agir e decidimos efetivá-lo.
A determinação de expressar nossa malevolência, o exame repetido da melhor maneira de agir e a decisão final de prejudicar o outro pelo meio escolhido, tudo isso junto forma a sequência de raciocínio que corresponde à ação mental de maldade. Desde que todos esses factores estejam presentes, a acção se completará e incorreremos em seu resultado pleno, quer a tenhamos ou não expressado com uma ação corporal ou verbal.
ESPOSAR VISÕES ERRÔNEAS
Para alcançar a libertação e a iluminação, há certos objetos que devemos conhecer, como a existência de vidas passadas e futuras, a lei do carma, as quatro nobres verdades e as Três Jóias. Para cometer a ação não-virtuosa de esposar visões errôneas, temos que estar determinados a negar a existência desse tipo de objeto, pensando: "Como não posso ver minhas vidas futuras, concluo que não existem". É preciso identificar corretamente o objeto negado e estar com a mente sob influência de uma delusão.
Esposamos visões errôneas quando pensamos, repetidamente, de que forma iremos negar a existência do objeto. Há várias maneiras de fazê-lo. Por exemplo, repudiar dogmaticamente o objeto a partir de raciocínios incorrectos ou desenvolver fé em alguém que ensina visões erróneas. Completamos a ação quando escolhemos uma maneira de fazê-lo e tomamos a decisão de nos apoiarmos nisso para sustentar firmemente nossa visão errônea. Quando isso acontece, fechamos a mente e criamos a causa para experienciar o pleno resultado negativo de nossa ação.
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OS FATORES QUE AGRAVAM AS AÇÕES NÃO-VIRTUOSAS
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O grau de sofrimento que experienciaremos em conseqüência de uma ação negativa depende do seu poder, que é determinado por seis fatores:
1. Natureza da ação;
2. Intenção;
3. Modo de agir;
4. Objeto;
5. Freqüência com que a ação é cometida;
6. Aplicação ou não-aplicação de um oponente.
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NATUREZA DA AÇÃO
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Algumas ações não-virtuosas, por natureza, são ainda mais não-virtuosas que outras. A gravidade de uma ação não-virtuosa dependerá do..." (Págs. 195 a 198 de: CAMINHO ALEGRE DA BOA FORTUNA, de G. Kelsang Gyatso)
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o objeto do discurso divisor é constituído por duas ou mais pessoas que mantêm um relacionamento. Se a relação entre elas for boa, nosso discurso divisor causará sua deterioração ou total destruição; se for má, nosso discurso divisor irá piorá-la. É preciso identificar corretamente o objeto e estar determinado a estragar a relação entre as pessoas recorrendo ao discurso divisor. A mente deve estar sob influência de uma delusão. Mais uma vez, qualquer das três delusões raízes pode estar envolvida.
Existem dois tipos de discurso divisor: aquilo que é verdade mas fere ao ser proferido e aquilo que é falso, como calúnia ou difamação. Discurso divisor não é necessariamente uma ação verbal. Podemos destruir a harmonia e a boa vontade entre pessoas por outros meios, como escrever ou silenciar. Há várias maneiras de nos envolvermos em discurso divisor, mas a ação só será concluída quando isso resultar na deterioração de um bom relacionamento ou na piora de um mau relacionamento.
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DISCURSO OFENSIVO
.
O objeto do discurso ofensivo é qualquer pessoa que possa ser ferida por aquilo que dissermos. Se ficarmos com raiva do tempo e o insultarmos, nosso discurso ofensivo não se completará, porque o tempo não pode ser atingido por nossas palavras. Temos que identificar corretamente o objeto. Se equivocarmos um objeto por outra - queremos insultar Pedro mas em seu lugar insultamos João, pensando tratar-se de Pedro -, nossa ação não se completará. Além disso, devemos estar determinados a falar ofensivamente e sob influência de uma delusão. Em geral, falamos ofensivamente por irritação e sempre há algum grau de raiva envolvido na ação. Mas podemos fazer isso por apego desejoso. Por exemplo, chamamos alguém de gordo para fazê-lo sentir-se mal e nos deixar seu bolo de chocolate! Às vezes, falamos ofensivamente por ignorância, sem imaginar que os outros serão feridos por nossas palavras. Há casos em que somos deliberadamente ofensivos, convencidos de que palavras duras são benéficas.
Há várias maneiras de nos envolver em discurso ofensivo, e o sarcasmo é uma delas. Com sarcasmo, falamos mansamente, um sorriso no rosto, mas arremessamos as palavras como flechas na mente de outra pessoa. A finalidade do discurso ofensivo é infligir esse tipo de dor. Assim como uma flecha trespassa o corpo de um inimigo, o discurso ofensivo trespassa a sensibilidade alheia. Discurso ofensivo não é necessariamente uma ação verbal. Essa dor pode ser infligida sem palavras. Por exemplo, com um gesto podemos humilhar ou ridicularizar alguém. Sempre que estivermos com outras pessoas, devemos vigiar nossa fala e avaliar a dor que nossas palavras poderiam causar. Pensamos: "Será que essas palavras podem causar perturbação? Vão criar infelicidade?". Como disse Atisha, quando estamos sozinhos, devemos vigiar em particular nossa mente; quando, com os outros, devemos vigiar em particular" nossa fala.
A ação do discurso ofensivo se concluirá quando o interlocutor entender nossas palavras, acreditar que foram proferidas a sério e sentir-se perturbado. Se ele não entender nossas palavras, pensar que estávamos brincando ou permanecer imperturbável, a ação não se completará.
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TAGARELICE
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O objeto da tagarelice é qualquer objeto sem sentido. Mais uma vez, devemos identificar corretamente o objeto, estar determinados a nos envolver na ação e sob influência de uma delusão.
Há muitas maneiras de tagarelar. Exemplo, falar tudo o que nos passa pela cabeça ou falar sem nenhuma finalidade ou senso de responsabilidade. Qualquer conversa que seja sem sentido ou não traga benefício é tagarelice. A tagarelice nem sempre é verbal. Por exemplo, perder um tempo enorme lendo livros frívolos, cheios de romance e fantasia, é um tipo de tagarelice. Embora não seja, por natureza, uma grave ação não-virtuosa, se nos entregarmos a isso com frequência nossa vida ficará repleta de trivialidades, e isso poderá se tornar um sério obstáculo à prática de Dharma. A ação será concluída quando os outros ouvirem nossas palavras.
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COBIÇA
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O objeto da ação mental de cobiça é qualquer coisa que pertença aos outros: algum pertence material, emprego, posição de prestígio ou parceiro. É preciso identificar corretamente o objeto, estar determinado a possuí-lo e sob influência de uma delusão. Geralmente, sentimos cobiça porque nossa mente está sendo perturbada por apego desejoso. Envolvemo-nos na ação pensando, repetidamente, de que modo vamos obter o objeto cobiçado; consumamos a ação quando escolhemos um meio específico de agir e decidimos pô-lo em prática para alcançar nossa meta.
A determinação de possuir o objeto, o exame repetido da melhor maneira de agir e a decisão final de obter o objeto pelo meio escolhido, tudo isso junto forma a sequência de raciocínio que corresponde à ação mental de cobiça. Desde que todos os fatores estejam presentes, a ação se completará, independente de efetivarmos a decisão tomada.
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MALDADE
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O objeto da ação mental de maldade é qualquer outro ser. É preciso identificá-lo corretamente, estar determinado a expressar nossa maldade - sob a influência de uma das delusões raízes. Envolvemo-nos em maldade quando consideramos, repetidamente, de que modo iremos prejudicar alguém; consumamos a ação quando escolhemos um meio de agir e decidimos efetivá-lo.
A determinação de expressar nossa malevolência, o exame repetido da melhor maneira de agir e a decisão final de prejudicar o outro pelo meio escolhido, tudo isso junto forma a sequência de raciocínio que corresponde à ação mental de maldade. Desde que todos esses factores estejam presentes, a acção se completará e incorreremos em seu resultado pleno, quer a tenhamos ou não expressado com uma ação corporal ou verbal.
ESPOSAR VISÕES ERRÔNEAS
Para alcançar a libertação e a iluminação, há certos objetos que devemos conhecer, como a existência de vidas passadas e futuras, a lei do carma, as quatro nobres verdades e as Três Jóias. Para cometer a ação não-virtuosa de esposar visões errôneas, temos que estar determinados a negar a existência desse tipo de objeto, pensando: "Como não posso ver minhas vidas futuras, concluo que não existem". É preciso identificar corretamente o objeto negado e estar com a mente sob influência de uma delusão.
Esposamos visões errôneas quando pensamos, repetidamente, de que forma iremos negar a existência do objeto. Há várias maneiras de fazê-lo. Por exemplo, repudiar dogmaticamente o objeto a partir de raciocínios incorrectos ou desenvolver fé em alguém que ensina visões erróneas. Completamos a ação quando escolhemos uma maneira de fazê-lo e tomamos a decisão de nos apoiarmos nisso para sustentar firmemente nossa visão errônea. Quando isso acontece, fechamos a mente e criamos a causa para experienciar o pleno resultado negativo de nossa ação.
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OS FATORES QUE AGRAVAM AS AÇÕES NÃO-VIRTUOSAS
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O grau de sofrimento que experienciaremos em conseqüência de uma ação negativa depende do seu poder, que é determinado por seis fatores:
1. Natureza da ação;
2. Intenção;
3. Modo de agir;
4. Objeto;
5. Freqüência com que a ação é cometida;
6. Aplicação ou não-aplicação de um oponente.
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NATUREZA DA AÇÃO
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Algumas ações não-virtuosas, por natureza, são ainda mais não-virtuosas que outras. A gravidade de uma ação não-virtuosa dependerá do..." (Págs. 195 a 198 de: CAMINHO ALEGRE DA BOA FORTUNA, de G. Kelsang Gyatso)
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