Thursday, August 31, 2006

MENTES TRANQUILAS
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Manter a mente tranquila, sem revoltas nem críticas destrutivas, mantendo a paz e o optimismo, ajudando ao progresso, à aprendizagem, à bondade e à construção. Acreditar que mesmo erros e barbaridades com milhares de anos podem ser desfeitos. Estar efectivamente preparado para tudo. Acreditar que se faz sempre justiça...

Wednesday, August 30, 2006

DAR E RECEBER
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Se tivermos de desequilibrar, que seja para o lado do dar\vender, nunca para o de comprar/receber.
A propósito: recebeu a T. do Tombo, nomeadamente os seus Arquivos Distritais, salvo erro após a instauração da República, um riquíssimo espólio das Freguesias e Concelhos, em registos civis e outros: nascimentos, casamentos, testamentos, óbitos, etc., a que só somos temos acesso indo às Capitais de Distrito. Estará isto certo?

Sunday, August 27, 2006

SOMOS PRAZER
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Somos prazer,
E somos água;
Somos sofrer,
E somos mágoa.
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Somos viver,
E somos vento;
Somos morrer,
Somos rebento.
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Somos prazer,
E somos terra,
E somos ver:
Temos a Erra.
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Somos só um,
E muitos somos;
Somos nenhum,
Somos assomos.
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Somos prazer,
E somos puros;
Somos dever,
E somos muros.
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Somos pensar,
Somos fazer;
Somos do mar,
Somos prazer.
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Deus é prazer,
Não é sofrer;
Deus é viver,
Não é morrer.
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Deus é dormir,
Deus é morrer;
Deus é sentir,
Deus é prazer.
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Somos de Deus,
Deus é de nós;
Nós somos seus,
Vós sois de nós.
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Somos prazer,
Dor não queremos;
Damos prazer,
Dor não fazemos.
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Somos da serra,
Somos prazer;
Não temos terra,
Não há sofrer.
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Somos ataque,
Somos defesa;
E temos fraque,
Não somos presa!

Saturday, August 26, 2006

O PRESENTE
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O momento presente não é tudo. Veja-se um pequeno exemplo demonstrativo: não será melhor deixar o carro/burro num lugar que dentro de 2\3 horas está sob uma sombra compacta do que numa sombra que ficará fraquinha toda a tarde?
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Etmologia: aion - uma idade, vida, eternidade... O mesmo que AEON, um período de tempo extremamente longo e indefinido; milhões e milhões de anos. Um milhão de anos-luz.... Em Geologia um período de tempo maior que uma ERA, como o Eon Fanerozóico, ou um bilhão de anos. In: http://www.eon.com.br/#eon
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O GRANDE OBJECTIVO
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O grande objectivo é pois iluminar todos os seres, por meio da compaixão eterna.
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EMANAÇÃO OU RENASCIMENTO
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Segundo o ensinamento budista há um ciclo de mortes e renascimentos para os seres vivos. Esse ciclo pode e deve ser transcendido por meio da prática do Nobre Caminho Óctuplo.
Algumas fontes, principalmente advindas da Teosofia, atribuem a esses renascimentos características similares à da reencarnação, e a palavra reencarnação é inclusive usada com frequência para se referir aos renascimentos. No entanto é geralmente aceito pelos instrutores budistas atuais que, em vista das doutrinas budistas de Anatta (não-eu) e Anicca (impermanência) que reencarnação é um conceito considerado por muitos como incompatível com o ensinamento budista. O renascimento (ou emanação) descrito pelo budismo é em vez disso uma herança de agregados impermanentes, não de uma verdadeira identidade permanente.
Note-se que o conceito do não-eu (Anatta) não significa que o indivíduo seja inexistente, e sim que deve-se renunciar ao apego àquilo que psicologicamente se considera como "eu" e "meu". Segundo o texto Anatta-lakkhana Sutta [SN 44.10], devemos nos desapegar dos agregados com os quais nos identificamos porque, sendo esses impermanentes, o apego nos leva à insatisfação (Dukkha). IN: http://pt.wikipedia.org/wiki/Renascimento_(budismo)
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POLÍTICA -
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O termo política é derivado do grego antigo πολιτεία (politeía), que indicava todos os procedimentos relativos à pólis, ou cidade-Estado. Por extensão, poderia significar tanto Estado quanto sociedade, comunidade, coletividade e outras definições referentes à vida urbana.
O livro de Platão traduzido como "A República" é, no original, intitulado "Πολιτεία" (Politeía) .
O homem é um animal político
Aristóteles

Tabela de conteúdo
· 1 Acepções
· 2 Sistemas políticos e sistemas de poder
· 3 Pensadores políticos
· 4 Ver também
Acepções
Em seis acepções, senão mais, é entendido e empregado o termo política.
· No uso trivial, vago e às vezes um tanto pejorativo, política, como substantivo ou adjetivo, compreende as ações, comportamentos, intuitos, manobras, entendimentos e desentendimentos dos homens (os políticos) para conquistar o poder, ou uma parcela dele, ou um lugar nele: eleições, campanhas eleitorais, comícios, lutas de partidos etc.;
· Conceituação erudita, no fundo síntese da anterior, considera política a arte de conquistar, manter e exercer o poder, o governo. É a noção dada por Nicolau Maquiavel, em O Príncipe;
· Política denomina-se a orientação ou a atitude de um governo em relação a certos assuntos e problemas de interesse público: política financeira, política educacional, política social, política do café etc.;
· Para muitos pensadores, política é a ciência moral normativa do governo da sociedade civíl. (Alceu Amoroso Lima – Política, 4º edição, pág. 136);
· Outros a definem como conhecimento ou estudo “das relações de regularidade e concordância dos fatos com os motivos que inspiram as lutas em torno do poder do Estado e entre os Estados”. (Eckardt – Fundamentos de la Política, pág. 14);
· Atualmente, a maioria dos tratadistas e escritores se divide em duas correntes. Para uns, política é a ciência do Estado. Para outros, é a ciência do poder; In: http://pt.wikipedia.org/wiki/Renascimento_(budismo)
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EVOLUÇÃO E INVOLUÇÃO
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Evolução e involução, progresso e retrocesso são duas poderosas realidades, e, a reencarnação\renascimento também. E, o que as comanda são a bondade e a maldade, as mais poderosas forças do Universo, que se combatem e completam, sempre com a vitória da bondade. Vejam-se a este propósito, os casos de: 1) um homem cuidadoso que talvez possa lavar um dedo muito pouco sujo num “esguicho” público…; 2) o avanço (é mais cómodo, poderá fazer-nos evoluir) e recuo [é menos funcional (menos adequado à função)] da sanita – enquanto esta não é aperfeiçoada, é muito vantajoso, fazer-se, antes de se passar a ela, como se se estivesse no campo (as pernas encostadas ao intestino… a força da gravidade exercendo-se melhor…), até vir a vontade, além de se comerem alimentos integrais, e manter a calma devida, lógico; 3) um cão grande que, com a permissão do “dono”, bebe água num “esguicho” público (a água do garrafão é melhor…), como se já fosse (ou novamente fosse) um humano…

Thursday, August 24, 2006

ENERGIA E FORMA

Vimos pois que só excepcionalmente, quando nos deslocamos, p.e., a um local sem comida ou com comida muito cara, temos interesse em ingerir mais energia na forma de alimentos, que se querem saudáveis, do que aquela que gastamos na forma de exercício físico, mental e até espiritual. Por outro lado, os chamados maus jeitos e os movimentos custosos derivam quase sempre de falta de exercícios de ginástica, de caminhadas, de corridas, de natação, etc., sempre adequados à idade, sexo e estado de saúde/forma, claro.

CRIADOR E CRIAÇÃO
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Criador e criação, efeito e causa estão intrinsecamente unidos, são inseparáveis, e, têm o mesmo valor e importância.
Alimentos\bebidas amargos são bons para o coração.
Portanto, em princípio, casais com alimentação pouco calórica (há, por exemplo na Net, muitas tabelas sobre as calorias dos alimentos) terão meninos, e, com alimentação com muitas calorias terão meninas. Por outro lado (ver artigo abaixo) um adulto com um peso médio de 70 Kg, que não esteja gordo nem magro, deve ingerir cerca de 2300 calorias alimentares por dia.
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AMOR/COMPAIXÃO
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Possivelmente, qualquer ser vivo pode ter sido nossa mãe, pai, avô, avó, bisavô, bisavó, tia, tio, amigo... nós próprios... em vidas anteriores... Como podemos pois matar outro ser vivo, nem que seja um mosquito ou uma mosca incomodativos, talvez somente para nos ajudar contra a preguiça? Resistamos pois a tal e outras acções destrutivas e veremos milagres. E, como não havemos de desejar/fazer não só que nenhum ser sensitivo não só nunca sofra, mas, seja sempre feliz?
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"DIETA:
Dieta, Calorias e a Primeira Lei da Termodinâmica.
por Gilberto Luiz Sanvitto
atualizado em 05/08/2005

Ou, Como os Conhecimentos de Física Podem Ajudá-lo no Controle do Peso.
Na ciência, o princípio da conservação de energia é descrito pela primeira lei da termodinâmica:
"Em um sistema isolado, a quantidade total de energia, inclusive sob a forma de calor, é conservada".
Esta lei tem muito a dizer sobre a obsessão do mundo moderno de dieta e controle de peso.
Nós obtemos nossa energia a partir dos alimentos (que por sua vez recebem, na base da cadeia alimentar, esta energia do sol). Caloria é a unidade de medida dessa energia.
Ao contarmos quantas calorias ingerimos por dia, estamos medindo a quantidade de energia que agregamos ao nosso organismo neste período.
Freqüentemente, a caloria medida nos alimentos é confundida com a unidade física de energia. Vejamos:

Unidade Física de Energia
É a quantidade de energia necessária para elevar em 1º C a temperatura de 1g de água e é absorvida como cal.

Caloria Alimentar

É a quantidade de energia necessária para elevar a temperatura de 1kg de água em 1°C

Como vemos, esta "sutil" diferença faz com que uma caloria nutricional corresponda a mil vezes mais energia (uma kcal) de uma cal da termodinâmica.
Desfeito o mal-entendido, podemos seguir na interação entre física e controle de peso.
Quando uma quantidade de energia é obtida através da alimentação, a primeira lei da termodinâmica nos diz que somente uma de duas coisas pode acontecer:
1º- a energia é convertida em trabalho com o conseqüente desperdício de calor; ou 2º- a energia é estocada.
Se ingerirmos mais energia do que gastarmos, o excesso será estocado em um compartimento especial do organismo, o tecido adiposo.
Nos dias de hoje, podemos pensar que o Criador se enganou ao projetar o tecido adiposo, que só nos traz problemas físicos e estéticos. Mas se nos reportarmos aos primórdios da humanidade, veremos que os indivíduos, nômades, não tinham capacidade de obter da terra seu alimento. Nessa época, uma das principais fontes de energia do homem era, por exemplo, a ingestão de proteína animal. Podemos imaginar a dificuldade e o tempo necessário para a obtenção desta energia. Por isso, quando conseguia alimento, abatendo um animal, e não sabendo quando o conseguiria novamente, o homem estocava energia. Estrategicamente, era crítico para a preservação da espécie um sistema capaz de armazená-la.
Se, por outro lado, o ser humano ingerir menos energia do que gastar, energia deve ser removida dos estoques para fazer frente ao deficit, a quantidade de gordura do corpo diminui e então a pessoa emagrece.
Para calcular a quantidade de calorias na sua dieta, você pode partir dos seguintes princípios gerais:
Um organismo sob condições normais utiliza para manutenção do seu funcionamento básico (secreções glandulares, potenciais elétricos, contrações musculares) em torno de 33 calorias por dia por cada kg de peso.
Para ganhar 1 kg de peso (gordura) você deve consumir em torno de 7700 calorias acima das necessidades diárias para manutenção (33 calorias/kg de peso corporal).
Supondo que você pese 70 kg, para manter seu peso você deve ter em conta que:
70 kg x 33 calorias por dia = 2310 calorias por dia
Com um dia a dia regular, sem esforço físico demasiado, aproximadamente 2300 calorias diárias de energia é o que você precisa para fazer frente às necessidades de manutenção. Esta ingestão calórica fará você ficar estabilizado, sem engordar nem emagrecer.
Se você deseja perder ½ kg por semana (1 kg corresponde a um estoque de energia de 7700 calorias no tecido adiposo ? a metade disto corresponde a 3850 calorias), você deve reduzir sua ingestão calórica na seguinte medida:
3850calorias7 dias
=
550 calorias por dia
Para perder ½ kg por semana, sua ingestão calórica diária deve ser reduzida de 2300 calorias (sua necessidade básica) para 1750 calorias (2300-550=1750).
Isso significa não comer, no mínimo, aquela sobremesa todos os dias.
A primeira lei da termodinâmica nos dá outra alternativa para reduzir o peso. É aumentar o gasto de energia. Isto pode ser feito através do exercício.
Mas esta alternativa também não é milagrosa. Grosso modo, para queimar 500 calorias você deveria correr 8km, andar 24km de bicicleta ou nadar vigorosamente por uma hora.
Os benefícios do exercício sobre o estado físico, sobre as condições cardiovasculares e na produção de bem-estar são incontestáveis. Porém, para o controle de peso, a maioria dos pesquisadores concorda que o maior benefício do exercício se dá pela sua capacidade de ajudar as pessoas a controlar seu apetite, do que propriamente pela queima calórica que ele propicia.
Agora, munido de lápis e papel, de uma calculadora, da primeira lei da termodinâmica e da tabela de composição dos alimentos disponível neste site, você pode iniciar o seu "autocontrole" de peso.
Mas não esqueça, essas dicas não devem substituir a orientação de seu profissional de confiança, médico e/ou nutricionista. "

Wednesday, August 23, 2006


MENINO OU MENINA?
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"Há mulheres que só parem filhos do sexo masculino, outras somente do sexo feminino.
Muitas mulheres, apesar do desejo inato de ser mãe e sempre adorar seus filhos, às vezes, gostariam de definir um sexo contrário do bebê quando só lhe nascem de um gênero.
Que segredo a natureza adota para definir o sexo das crianças ?
Ano de 2002:

Sabemos atualmente, pelas definições anteriores, que a natureza usa a energia para movimentar o universo e construir qualquer coisa. Com os seres humanos não poderia ser diferente, pois fazemos parte de tudo isso.
O espermatozóide, esta figurinha ao lado é quem será o futuro bebê.
Os mais fortes serão homens, os mais fracos serão mulheres.
Quem define qual espermatozóide, masculino ou feminino será escolhido é o óvulo produzido pelas mulheres.
Óvulos com mais energia colherão espermatozóides mais fortes, que serão meninos.
Óvulos com menos energia colherão espermatozóides mais fracos que serão meninas.
Observação importante:

Os seres humanos, são diferentes entre si. os homens por exemplo, podem ter mais ou menos energia em suas células. Os que possuem menos energia, produzirão normalmente espermatozóides mais fortes. E os que possuem mais energia, produzirão normalmente espermatozóides mais fracos.

Assim como os homens, as mulheres que possuirem menos energia nas células que as outras, colherão normalmente espermatozóides mais fracos. As que possuírem mais energia, colherão espermatozóides mais fortes.
É uma relação matemática, pois os óvulos possuem muita energia, já os espermatozóides pouquíssima. O poder dos contrários os atrai, assim como na eletricidade. Ou seja, pólos iguais se repelem, pólos contrários se atraem.

Se construíssemos uma escala, espermatozóides teriam número negativo, já os óvulos, número positivo.
Espermatozóides de com energia -10 se unirá com óvulo +10. Sempre com número absoluto energético idêntico. Por isso, quanto mais energia no óvulo, ele atrairá espermatozóides mais fortes, de magnitude igual a sua, de sinal contrário.

Quando o óvulo não encontra um espermatozóide de magnitude igual a sua, ele colhe dois em que a somatória tenha o seu valor.
Por exemplo, um óvulo de número +10, não encontrando um espermatozóide de número -10, colherá dois de número -5, ou um de número -6 e outro de número -4, cuja soma é -10, por isso nascem os gêmeos.
Resposta ao enigma:
Quem define o sexo do bebê em praticamente 100% dos casos é a mulher.
Se possuem muita energia em suas células em relação a seus companheiros, sempre terão filhos homens. Se possírem menos energia em suas células em relação a seus companheiros, sempre terão filhas mulheres.

Como algumas mulheres sem querer burlam a natureza:

Já sabemos através de nossa pequena tabela de energia, elaborada há mais de dez mil anos que:
Muita energia quer dizer pouca caloria.
Pouca energia quer dizer muita caloria.

Mulheres que possuem baixa quantidade de energia nas células, e que por isso só geram filhas mulheres, às vezes mudam o hábito alimentar durante trinta dias após a última ovulação, ingerindo apenas alimentos com baixa caloria, isso lhes dará muita energia no óvulo gerado e terão filhos homens.
Mulheres que possuem alta quantidade de energia nas células, e que por isso só geram filhos homens, às vezes mudam o hábito alimentar durante trinta dias após a última ovulação, ingerindo apenas alimentos com muita caloria, isso lhes dará um óvulo com pouca energia e terão filhas mulheres.

Obs: esta mudança alimentar também pode depender dos homens, pois os com pouca energia e que só geram filhos homens, passam a ingerir alimentos com baixa caloria produzindo espermatozóides mais fracos. E os que possuem muita energia nas células fazem o contrário.

lembramos que para qualquer dieta neste sentido ou para qualquer outra finalidade, é sempre necessária a orientação médica.
Observações importantes:

O método já foi descoberto na França, por um cientista que desenvolveu uma dieta apenas com o uso de vegetais. Após quatro filhas mulheres, uma família conseguiu ter um garoto.

No método francês para gerar filhos homens era necessário ingerir açúcar, e filhas mulheres evitá-lo. O método está certo, pois como vimos, o doce possui muita energia, o salgado pouca energia. Esta é uma das poucas coisas que diferenciam a tabela de calorias tradicional da tabela de elementos com mais ou menos energia seguindo os métodos mitológicos gregos. O segredo é que o açúcar libera suas moléculas com energia primeiro que as com pouca quantidade.

Em regiões brasileiras onde normalmente os habitantes exageram na alimentação muito calórica nascem mais meninas que meninos.
Nota 1 (Postada em 21/04/2003):

Um estudo alemão publicado na revista Science, de 28/03/2003, revela que um grupo de cientistas chefiados por Hanns Hatt descobriu que os espermatozóides se atraem por essências florais (perfumadas). Os cientistas estudam agora se os óvulos produzem tais substâncias.

O Respostas ao Impossível já detém este segredo desde 2002. Basta que o leitor vá até a página: Energia . Lá, veja na tabelinha de cor verde, onde definimos os elementos do universo, segundo o livro A Origem Divina de Todas as Coisas, que possuem mais e menos energia. Você vai ver que os perfumes ou fragâncias são elementos que possuem muita energia. Isto prova, pela experiência científica do Dr. Hanns Hatt, que a nossa Teoria acima está certa, e que nada escapa da Teoria da Quantidade de Energia Absoluta dos Elementos. "

Saturday, August 19, 2006

Sempre só desejar e só fazer bem a todas as pessoas e demais seres sensitivos, mesmo aos que nos desejem e façam mal, se é que isso é possível, eis a única coisa que verdadeiramente interessa ver se é possível.

Friday, August 18, 2006

Procuramos não ser causa directa nem indirecta de sofrimento de todos os seres sensitivos. E, não me parece que um animal ferido e atolado em lama que se mexe, p.e., esteja a dar sinais a um predador a fim de lhe apressar o fim... está é a fazer uma última tentativa para se salvar!
Procuramos também ser causa indirecta ou directa de alegria e prazer de todos os seres sensitivos...
Quem é que define o que é virtuoso? Por exemplo: uma pessoa que está só e, não se sentindo bem faz masturbação, está fazendo acção virtuosa ou não virtuosa? Virtuosa, parece-me, se com isso ficar melhor do que estava, pois, não é só aos outros que tem de fazer bem.
E, a pessoa que pode ter filhos mas não os quer ter? Está fazendo uma acção virtuosa ou não virtuosa? Não virtuosa, se não tiver um motivo forte para isso, parece-me, já que, se a seres mais evoluídos do que nós não convém renascerem humanos, o contrário acontecerá a seres menos evoluídos do que nós.

Wednesday, August 16, 2006

Dificilmente uma pessoa muito gorda pode ser feliz. Tão pouco uma pessoa cheia de varizes nas pernas ou de tatuagens nos braços. Tão pouco uma mãe que passa horas a gritar com o filho...
Seguramente que o pão e o arroz integrais são, pelos sais, vitaminas e até proteínas, muito mais completos e saudáveis do que os brancos. Mas, vá-se lá convencer certas pessoas disto!
Deixei normalmente de comer carne, álcool, fritos, açucares brancos, etc. porque isso me estava a matar...
E, sem dúvida que quem directa ou indirectamente mata, morre...
Trabalhamos, convosco, para melhorar a nossa e dos demais saúde, sabedoria, bondade, justiça e vida que, muitas vezes, graças a Deus, melhoram mesmo. Deste modo, não exitamos, p.e., em usar máscaras ou outras barreiras anti-virais, ou, produtos naturais, como o Metagripe, ou, dos médicos ocidentais, como o anti-biótico, se for caso disso. Entretanto, estando mais fortes, e considerando que a vida é para ser vivida tanto fora como dentro de Casa, mesmo sob ataque gripal, não devemos exagerar na precaução de não continuar o exercício ao ar livre, mesmo que tenham vindo frio e chuva no Verão...

Tuesday, August 15, 2006

É portanto somente na união, causa do crescimento e da alegria, que pode existir dor, nomeadamente por entusiasmos excessivos. Não vamos contudo continuar divididos, meio mortos, só para não ter nem a mais pequena dor; vamos é continuar a união com tranquilidade ou com acelerações controladas e protegidas.
Ateismo/Alfabetismo/Analfabetismo
Budismo
Cristianismo\Confucionimso\Comunismo\Canibalismo\Cabalismo
Deismo/Druismo
Franciscanismo
Galicismo
Humanismo, Historicismo
Iluminismo\Islamismo\Internacionalismo
Judaismo, Joaquimismo
Liberalismo
Mundialismo/ Modernismo
Naturalismo
Ortodoxismo\Orientalismo\Ocidentalismo
Portuguesismo/Paganismo/Politeismo/Protestantismo
Qu
Racionalismo\Romanismo
Socialismo
Taoismo
Universalismo
Vitorianismo
Xintoismo
Zoroatismo...
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E, causa e efeito não existem um(a) sem a outra(o), atraiem-se uma ao outro, influenciam-se um à outra, são indissociáveis. Têm portanto igual valor...
Assim sendo, nem sequer o amor é superior à ira, claro!
E, seguramente que não temos nem somos um eu independente, nomeadamente da nossa alma gémea. O mesmo com as posses!
Também não podemos estar somente preocupados em não sofrer! Temos sempre de nos preocupar em agir para a felicidade, o bem estar, o prazer... o que conseguimos com a alma\corpo gémeos!
Claro que existe um corpo/alma que é mais gémeo do que os outros, mas, as almas\corpos gémeos são infinitos, e, são os outros(as) com que nos unimos a cada momento (podemos estar unidos a todos e a tudo!)
Devemos resistir às injustiças 50% das vezes, e, não resistir 50% das vezes. E, insiste-se, as trevas são tão importantes e necessárias como a luz!!

Monday, August 14, 2006

A quietude, a calma e a paciência saciam a inquietude, o descontrolo e a irritação, sendo portanto também causa de bem estar e prazer. Mas, não são só os excessos de comida\bebida, de sexo, de trabalho ou de outra qualquer coisa boa que levam à dor; o excesso de quietude também.
Impurezas, impuros, contaminações e contaminados têm de ser sempre tratados com muito cuidado, mas purificando e descontaminando, se não podem ser causa de muito sofrimento.
Em todo o lado, mais ou menos organizadamente, tem de haver sempre alguém a dar espectáculo. Que os espectáculos sejam pois bons, úteis e variados para todos!

Sunday, August 13, 2006

ONDE ESTÁ DEUS?
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As crianças, sós ou em grupos, sem bons e evoluídos pais ou outros adultos por perto, têm tendência para fazer mal aos animais e outros seres sensitivos. Uma criança também pode, pensando que a terra\areia é bom alimento para os animais, obrigá-los a comê-la, e, eles, para se verem livres dessa parte das crianças, podem fazer que a comem! Aqui o animal é mais evoluído e melhor do que o homem (uma pequena prova da reencarnação?)
Quando perguntamos onde está Deus já estamos com Deus. Como é bom estarmos com Deus, com a Consciência e o Amor universais, sendo parte de Deus!
Como é lógico, quanto menos, directa ou indirectamente, contribuirmos para a morte de outros seres e de nós próprios, mais e melhor viveremos!
Amigo Gyatso, se ninguém se lembra de ter sofrido no útero materno, no nascimento, e, até nos primeiros anos de vida, será bom dar a entender que sofremos muito nessas fases? Mas, sem dúvida que normalmente as grávidas sofrem. Admito mesmo que também sofremos nessas fases. Sendo todavia a vida humana tão rica e boa, e, a única que conhecemos verdadeiramente, não me parece nada coerente nem bom afirmar que devemos trabalhar pelo não renascimento e reencarnação. O que parece até, é que tanto os seres inferiores como os superiores convergem na vida humana. Deste modo, o que temos é de acabar com todos os sofrimentos, os do nascimento incluídos, não com mais nada.
Ora, um dos modos, não o único, claro, de superar/eliminar a dor é pela contra-posição de um prazer de intensidade superior. Temos, portanto, no caso dos nascimentos, e, para já, de enfatizar os prazeres da reprodução e criação, ao mesmo tempo que temos de aprofundar o estudo das gravidezes e partos sem dor, podendo o contributo do budismo ser enorme para isto, atendendo ao conhecimento que tem da mente, do homem e outros. O mesmo para a morte, que poderá ser um prazer tão grande como o oferecido por um merecido descanso após horas ou dias de trabalho instenso, se é que o trablho deveria cansar!
O ocidente não gosta do vazio: "... cada vez que reagimos, perdemos a conexão com a esfera dos 99%. Esta desconexão cria um espaço, um vazio, e o oponente (egoísmo, satã) usa esse espaço como local de fomento do caos" (In: "O Poder da Kabbalah", de Yehuda Berg, da Plátano Editora, 2006); o oriente ama o vazio: "... o Bodhisatva medita sobre a vacuidade para abandonar todos os vestígios de aparência dual e obter uma realização directa" (In: "O Caminho Alegre da Boa Fortuna", de G. Gyatso, anteriormente citado). Mas, tanto o ocidente como o oriente concordam que o egoísmo não é uma coisa boa.
É após o óvulo e o espermatozóide se unirem que passam a ter a possibilidade tanto da dor como do prazer, mas, o prazer do crescimento e da possibilidade de acabar com a dor, ficando só um grande prazer, compensa largamente o possível sofrimento ainda existente!
MAIS PRAZERES DO QUE DORES
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Meditamos nas dores passadas a fim de não cometermos de novo os erros que lhes deram origem, e, meditamos nos prazeres passados a fim de aumentarmos/melhorarmos as causas que lhes deram origem.
O prazer do sexo ocorre mental e ou fisicamente com o contacto de uma parte de um só ser com o seu sexo\corpo ou do contacto sexual/carnal de dois seres, ou, até mais, pelos vistos.
O prazer do milagre ocorre, p.e., quando um processo de cura/evolução é acelerado por acção do amor próprio ou de outrem.
O prazer do convívio ocorre quando dois ou mais seres comunicam, se entreajudam e partilham coisas, ideias, fantasias, informações, etc..
Os prazeres do espírito e da mente ocorrem quando estamos menos carnais, e, mais espirituais.
O prazer de comer/beber acontece com o contacto da comida\bebida boa, saborosa e adequada com a boca, o estômago, o corpo.
O prazer do exercício físico acontece quando trabalhamos com o corpo ou fazemos exercícios de ginástica, de corrida ou de andamento...
Como é óbvio, deve existir não só equilíbrio entre os prazeres corporais e os espirituais, como entre todos os prazeres.
Desejar e fazer coisas para o bem estar, alegria e prazer de todos os seres e nossos, não é um grande prazer?
Como é óbvio, para um ser ser curado não é absolutamente necessário que outro ser fique doente. Veja-se o caso das viroses (excesso de vírus numa pessoa só): só há que destribuí-los. E, se os vírus excedentes mesmo assim não saem o mais certo é que seja outro excedente, mesmo que de natureza diversa, que o esteja a impedir. Não será por acaso que Samir Amin chama à acumulação de dinheiro o vírus capitalista, dizendo que foi numa mulher que ele apareceu primeiro!
BARULHO (homem, lume, barrabotas, an)
MELODIA
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Sabendo o que somos e quem somos não temos medo de nada, embora sendo prudentes em tudo e para com todos os seres. (Knowing what we are and who we are, we are not afraid of nothing, although beeing cautious in everything and with all beeings).
Tudo\todos mudam e tudo/todos somos imutáveis; de modo que nos conhecemos, e, não nos conhecemos ao nos reencontrarmos, nem que seja após 1. 000 reencarnações.
Os escritos sobre a verade acabem sempre por ser traduzidos para todas as línguas: é uma questão de tempo e de oportunidade.
Não existem espíritos\almas sem matéria, nem matéria sem espírito.
Quando um barulho nos incomoda num lugar tapamos os ouvidos ou vamos para outro lugar.
Os pensamentos e os desejos assim como o que fazemos em oculto afectam\criam obviamente a realidade viva.
Temos de ter, cada um(a) as nossas iniciativas, e, nem temos de dizer amen a tudo nem de esperar que nos digam sempre amen.
Se deixarmos de praticar pensamentos/actos que podem fazer sofrer ou matar, a dor e a morte cessam. Se todos praticarmos pensamentos\acções que dêem prazer e vida, o prazer e a vida superabundam.
O óvulo e o espermatozóide sós não parecem ser passíveis de prazer ou dor ao serem transformados noutra coisa.

Saturday, August 12, 2006

NADA ESCONDIDO
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Nada há escondido, a realidade é o que está à vista.
Fazemos parte de Deus e da Realidade.
Uma formiga, sozinha, na praia corria em direcçao à água. Tentámos impedi-la. Foi muito difícil. Possivelmente morreu, mas, não deixou de existir. E pode ter reencarnado num peixe, tal era a força que a impelia para o mar, ou, mesmo num humano!
Não há diferença entre criador e criação, entre fêmea e macho, entre humano e animal, entre vivo e morto: fazemos todos parte uns dos outros, e, acima de tudo, todos e tudo desejamos estar bem, muito bem mesmo.
Há muitos prazeres na vida e na morte e todos os queremos. Há prazeres para todos e tudo. Mas, prazer de uns à custa da dor de outros é que não!
Como é bom fazermos bem uns aos outros, defendermo-nos uns aos outros, não nos atacarmos uns aos outros, animais e todos os seres incluídos.
Qual a diferença entre o que somos agora e uma partícula de pó? Nenhuma! Não faz pois sentido algum o medo de morrermos. Fomos, somos e seremos sempre algo e alguém importante e glorioso!
Se há seres inferiores a nós, é lógico que também os haja superiores. Sendo justo que todos os seres queiram ser e se tornem efectivamente sempre superiores.
PRAZERES PERFEITOS:
- Prazer de ganhar, dando.
Ex: ganhar na lotaria, totoloto, euromilhões, totobola...
- Prazer de fazer coisas belas, úteis... sem fazer sofrer.
Ex: curar, alimentar, transportar, alegrar, descansar...

Friday, August 11, 2006

NÃO HÁ DIVISÕES
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Não há divisões,
Não há mal, não há
Dor: nem tu és má,
Nem há ilusões.
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Tudo está bem
Assim: tudo é
Esplendor, até
As trevas, meu bem.
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Todos são amigos,
Todos estão certos,
Todos são espertos:
Não há inimigos.
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Somos e não somos
Sós: vejamos todos,
' té os visigodos.
Sejamos quem fomos.
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COMO É BOM/BOA!
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Como é bom um banho matinal ou um par de lençóis lavado!
Como é boa a inspiração musical ou outra!
Como é boa a meditação, a oração, a escrita, a colheita, o movimento\exercício físico e espiritual!
Como é boa a liberdade, a saúde, a vitória... sem a derrota de ninguém!
Como é boa a paz!
Como é boa a entreajuda!
Como é bom estar sempre melhor!
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SE NÃO PODEMOS IR...
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Se não podemos ir fisicamente, vamos mentalmente ter com a parte de nós que está mal.
Fazer mal ao outro(a), pessoa ou animal, é fazermos mal a nós próprios; mas, é muito melhor fazermos bem do que mal!
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PARADISE - PARAÍSO
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É uma estupidez querermos o mal seja de que ser for, pois, isso é querermos o nosso mal. Mas, é muito inteligente querermos o bem de todos os seres que são nós também.
Se estamos mal, temos de fazer alguma coisa para ficarmos bem!
Reencontramos os que morrem, nós incluídos, de várias formas: pela(s) memória(s), pelos descendentes\ascendentes, nós incluídos, e, pelas reencarnações.
Tudo e todos estamos sempre evoluindo e melhorando. Esta é a verdade verdadeira. Mas, nenhuma parte de nós pode ficar fora de controlo!

Thursday, August 10, 2006

CRIADOR E CRIAÇÃO
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Não há, nunca houve separação ou diferença entre criador e criação. Criações (causas) e desejos pelas criações (efeitos) pertencem ao mesmo todo, ao mesmo Deus. Deus também jamais fez, faz ou fará alguma coisa imperfeita ou errada, que necessite de ser corrigida.
Dormir nu não é melhor ? E, estar nu no Verão não pode ser um prazer? E, que mal pode haver no sexo certo?
Por outro lado, se uma coisa nos fez mal no passado, seguramente nos fará o mesmo agora, se voltarmos a repeti-la! E, uma coisa que faz mais mal do que bem, por mais tentadora que seja, nunca deixa de ser uma coisa que faz mal!
É em cada momento, diante das circunstâncias, que vemos o que é melhor fazermos.
ORIENTE/OCIDENTE

A ideia\experiência da vacuidade budista tem muita semelhança com a da energia (1ª causa) primordial cabalista ( a este propósito veja-se, p.e., o livro "O Poder da Cabala", de Yehuda Berg, da Bertrand Editora, 2006 ou talvez até mesmo o site: www.kabbalah.com/portuguese/index.php/p=about/masters/yehuda?)
Mas esta ideia/experiência da energia que se compraz em dar é sem dúvida mais positiva, mais aliciante, mais verdadeira.
Não é todavia necessário haver outra(o) a fim de darmos. Podemos dasr a nós próprios! E, aqui, especialmente o taoismo, demonstrando que o(a) outro(a) é nós, noutra forma, noutro lugar, noutra idade... é também sem dúvida mais positivo, mais aliciante, mais verdadeiro.
E, ocidente, norte, oriente e sul: "ama toda(o) a(o) outra(o) como a ti mesmo", é sem dúvida a panaceia!!
OCIDENTE\ORIENTE
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Somos finitos e infinitos, perecíveis e eternos, humanos e deuses, cheios e vazios...
A pessoa que consegue amar a todas as pessoas e seres é de facto superior, e, o mérito existe: umas vezes merecemos recompensas e outras castigos.
Como há muitos sofrimentos nos renascimentos não controlados (samsara), Buda ensina o não renascimento. Mas, será possível deixarmos de renascer? Será esse o caminho? Não me parece. São todavia de grande valor os ensinos budistas sobre a (im)permanência, o (des)apego, a sabedoria/ignorância, a disciplina moral, a paciência, a mente, etc., etc..

Tuesday, August 08, 2006

BEM ESTAR
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Tanto o materialismo como o espiritualismo estão errados. Há pessoas que vão de um destes extremos para o outro, ficando muito tempo em cada um deles. Esta não é a melhor maneira, pois, todos os seres e tudo serão matéria e espírito. É portanto um erro a existência de sacerdotes, pastores, monges, etc., assim como de activistas contra os religiosos. Todos temos de colaborar na resolução tanto dos problemas espirituais como dos materiais.
A ideia e a realidade da eternidade estão presentes em todos os seres, e, somos unos com todos os seres: animais e pessoas.
Pode ser bastante tentador entregarmo-nos mais ou menos incondicionalmente a um um grupo e seu líder, mas, tal não faz parte da nossa natureza de liberdade. Esse também não é o caminho do bem estar e da felicidade.
"Buda
Buda nasceu numa família real do reino do Himalaia, mais ou menos 600 anos antes de Cristo. Era ainda uma criancinha quando um velho sábio chamado Asita visitou o palácio.
Asita era um homem de Deus e trouxe as boas novas ao pai de Buda de que filho haveria de tornar-se o Salvador da Humanidade.
Buda então foi chamado de Príncipe Gautama. Seu pai deu ao Amado Filho todas as alegrias da vida. Desejava fazer dele um bom rei.
Mas Gautama achou que os prazeres do mundo não traziam a felicidade. Um dia, viu um homem velho, depois um doente e em seguida um cadáver.
Descobriu que todos os seres humanos estão sujeitos ao sofrimento e à morte.
Portanto, compreendeu que somente a felicidade espiritual podia tornar os homens realmente felizes. Deixou seu lar, a esposa e o filho para ir em busca da verdade espiritual.
No início, foi para as selvas distantes onde privou-se de alimentos e conforto.
Isto foi inútil, pois se o corpo fica enfraquecido, os poderes mentais também se debilitam. Foi sob uma árvore, Bodí, na Índia, após muita meditação, que Buda recebeu a iluminação.
Daquele dia em diante iniciou Sua grande missão de salvar a humanidade do sofrimento.
Disse aos homens para purificarem suas almas e suas mentes.
Ensinou-lhes como evitar a voracidade e a desonestidade e que compreendessem que este mundo de sofrimento era um lugar onde todos deviam se preparar para as alegrias e felicidades espirituais e eternas.
Deu-nos um exemplo com Sua própria vida abençoada. Quando estava sentado sob a árvore, em meditação, Mara, o espírito mau, tentou-o, oferecendo-Lhe as riquezas do mundo e os prazeres dos sentidos. Mas Buda, o Iluminado, sobrepujou as forças do mal.
Seu poder era o poder do espírito. Através de Seus ensinamentos maravilhosos, Buda ajudou a milhões de pessoas de várias nações a alcançarem a salvação espiritual.
Nos dias de Buda, os habitantes de Seu país estavam lutando uns contra os outros, em nome da divindade. Tinham até inúmeros deuses e deusas para adorarem. Buda sabia que o caminho para Deus era unicamente aquele indicado pelos Seus Manifestantes.
Ele, sendo um Manifestante de Deus, não queria que Seu povo lutasse contra si mesmo, em nome de um Deus que não seria conhecido senão através d’Ele próprio, Buda.
Como um sábio instrutor, silenciou sobre Deus, para evitar discussões estéreis entre o povo, mas conclamou a todos para obedecê-Lo, como Manifestante da verdade. Desta maneira conseguiu unir a milhões de pessoas, que antes estavam divididas entre si, quer seja em nome de Deus ou em nome das castas.
Disse Buda:
"Uma pessoa não se torna um [bramâne] por nascimento. Ninguém é pária pelo berço. A pessoa torna-se Brahmani pelas suas ações e transforma-se em pária por seus próprios atos."
Um pouco antes de deixar esta terra, Buda fez uma grande promessa para Seus seguidores, que estavam temerosos que Sua causa fosse extinguir-se gradualmente.
Disse Ele:
"Não sou o primeiro Buda que existiu na terra, nem serei o último. No tempo devido outro Buda levantar-se-á no mundo, um santo, um ser divinamente iluminado, dotado de sabedoria em sua conduta, benigno, conhecendo o universo, um líder incomparável dos homens, um mestre dos anjos e dos mortais. Ele vos revelará as mesmas verdades eternas que vos ensinei. Ele vos pregará esta religião, gloriosa em sua origem, gloriosa em seu climáx, gloriosa em seus objetivos, tanto no espírito como na forma. Ele proclamará uma vida religiosa tão pura e perfeita como a que agora proclamo. Seus discípulos serão contados em milhares, enquanto que os Meus contam-se em centenas."
Esta promessa trouxe esperança aos budistas, de que não seriam deixados sozinhos na terra, mas que receberiam a luz orientadora de outro glorioso Buda. Buda está agora regozijante em sua morada eterna, porque vê Sua gloriosa promessa cumprida em Bahá’ú’lláh - a Glória de Deus." http://www.bahai.org.br/religiao/buda.htm
CARMA
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"...vezes, comete-se má conduta sexual por ignorância, achando que não há nenhum mal nisso ou pensando tratar-se de algo especial, como acontece com os que acreditam ser o amor livre um caminho à libertação.
Existem diversas maneiras de nos envolvermos em má conduta sexual. Ela se consuma quando atingimos o êxtase sexual pela união dos órgãos sexuais

MENTIR
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Existem muitos objetos da ação de mentir, mas a maioria pode ser incluída em oito: o que se vê, o que se ouve, o que se experiencia e o que se conhece; o que não se vê, o que não se ouve, o que não se experiencia e o que não se conhece. Há casos em que mentira não é uma ação verbal. Por exemplo, alguém pode mentir fazendo gestos, escrevendo ou até ficando em silêncio.
Para que a ação de mentir seja completa, é preciso que o objeto seja corretamente identificado. Se nos equivocarmos a seu respeito, dizendo algo como "minha tigela de oferenda é feita de ouro", quando queríamos dizer "minha tigela de oferenda é feita de bronze", a ação não se consumará. Devemos também estar determinados a mentir e sob influência de uma delusão. No caso de mentir, qualquer das delusões raízes pode estar presente. Existem diversas maneiras de mentir, mas a ação só se compleiará quando o indivíduo para quem a mentira foi dita tiver entendido nosso propósito e acreditar naquilo que lhe foi dito ou indicado. Se não formos entendidos, a ação não se completará. Por exemplo, se sussurrarmos uma mentira no ouvido de nosso cachorro, ele não terá como acreditar em nós; portanto, não incorreremos no pleno resultado negativo de mentir.
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DISCURSO DIVISOR
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o objeto do discurso divisor é constituído por duas ou mais pessoas que mantêm um relacionamento. Se a relação entre elas for boa, nosso discurso divisor causará sua deterioração ou total destruição; se for má, nosso discurso divisor irá piorá-la. É preciso identificar corretamente o objeto e estar determinado a estragar a relação entre as pessoas recorrendo ao discurso divisor. A mente deve estar sob influência de uma delusão. Mais uma vez, qualquer das três delusões raízes pode estar envolvida.
Existem dois tipos de discurso divisor: aquilo que é verdade mas fere ao ser proferido e aquilo que é falso, como calúnia ou difamação. Discurso divisor não é necessariamente uma ação verbal. Podemos destruir a harmonia e a boa vontade entre pessoas por outros meios, como escre­ver ou silenciar. Há várias maneiras de nos envolvermos em discurso divisor, mas a ação só será concluída quando isso resultar na deteriora­ção de um bom relacionamento ou na piora de um mau relacionamento.
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DISCURSO OFENSIVO
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O objeto do discurso ofensivo é qualquer pessoa que possa ser ferida por aquilo que dissermos. Se ficarmos com raiva do tempo e o insultarmos, nosso discurso ofensivo não se completará, porque o tempo não pode ser atingido por nossas palavras. Temos que identificar corretamente o obje­to. Se equivocarmos um objeto por outra - queremos insultar Pedro mas em seu lugar insultamos João, pensando tratar-se de Pedro -, nossa ação não se completará. Além disso, devemos estar determinados a falar ofen­sivamente e sob influência de uma delusão. Em geral, falamos ofensiva­mente por irritação e sempre há algum grau de raiva envolvido na ação. Mas podemos fazer isso por apego desejoso. Por exemplo, chamamos alguém de gordo para fazê-lo sentir-se mal e nos deixar seu bolo de cho­colate! Às vezes, falamos ofensivamente por ignorância, sem imaginar que os outros serão feridos por nossas palavras. Há casos em que somos de­liberadamente ofensivos, convencidos de que palavras duras são benéficas.
Há várias maneiras de nos envolver em discurso ofensivo, e o sarcasmo é uma delas. Com sarcasmo, falamos mansamente, um sorriso no rosto, mas arremessamos as palavras como flechas na mente de outra pessoa. A finalidade do discurso ofensivo é infligir esse tipo de dor. Assim como uma flecha trespassa o corpo de um inimigo, o discurso ofensivo trespas­sa a sensibilidade alheia. Discurso ofensivo não é necessariamente uma ação verbal. Essa dor pode ser infligida sem palavras. Por exemplo, com um gesto podemos humilhar ou ridicularizar alguém. Sempre que estiver­mos com outras pessoas, devemos vigiar nossa fala e avaliar a dor que nossas palavras poderiam causar. Pensamos: "Será que essas palavras podem causar perturbação? Vão criar infelicidade?". Como disse Atisha, quan­do estamos sozinhos, devemos vigiar em particular nossa mente; quando, com os outros, devemos vigiar em particular" nossa fala.
A ação do discurso ofensivo se concluirá quando o interlocutor en­tender nossas palavras, acreditar que foram proferidas a sério e sentir-se perturbado. Se ele não entender nossas palavras, pensar que estávamos brincando ou permanecer imperturbável, a ação não se completará.
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TAGARELICE
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O objeto da tagarelice é qualquer objeto sem sentido. Mais uma vez, devemos identificar corretamente o objeto, estar determinados a nos envolver na ação e sob influência de uma delusão.
Há muitas maneiras de tagarelar. Exemplo, falar tudo o que nos passa pela cabeça ou falar sem nenhuma finalidade ou senso de responsabilidade. Qualquer conversa que seja sem sentido ou não traga benefício é tagare­lice. A tagarelice nem sempre é verbal. Por exemplo, perder um tempo enorme lendo livros frívolos, cheios de romance e fantasia, é um tipo de tagarelice. Embora não seja, por natureza, uma grave ação não-virtuosa, se nos entregarmos a isso com frequência nossa vida ficará repleta de triviali­dades, e isso poderá se tornar um sério obstáculo à prática de Dharma. A ação será concluída quando os outros ouvirem nossas palavras.
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COBIÇA
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O objeto da ação mental de cobiça é qualquer coisa que pertença aos outros: algum pertence material, emprego, posição de prestígio ou par­ceiro. É preciso identificar corretamente o objeto, estar determinado a possuí-lo e sob influência de uma delusão. Geralmente, sentimos cobiça porque nossa mente está sendo perturbada por apego desejoso. Envolve­mo-nos na ação pensando, repetidamente, de que modo vamos obter o objeto cobiçado; consumamos a ação quando escolhemos um meio espe­cífico de agir e decidimos pô-lo em prática para alcançar nossa meta.
A determinação de possuir o objeto, o exame repetido da melhor maneira de agir e a decisão final de obter o objeto pelo meio escolhido, tudo isso junto forma a sequência de raciocínio que corresponde à ação mental de cobiça. Desde que todos os fatores estejam presentes, a ação se completará, independente de efetivarmos a decisão tomada.
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MALDADE
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O objeto da ação mental de maldade é qualquer outro ser. É preciso identificá-lo corretamente, estar determinado a expressar nossa maldade - sob a influência de uma das delusões raízes. Envolvemo-nos em malda­de quando consideramos, repetidamente, de que modo iremos prejudi­car alguém; consumamos a ação quando escolhemos um meio de agir e decidimos efetivá-lo.

A determinação de expressar nossa malevolência, o exame repetido da melhor maneira de agir e a decisão final de prejudicar o outro pelo meio escolhido, tudo isso junto forma a sequência de raciocínio que cor­responde à ação mental de maldade. Desde que todos esses factores estejam presentes, a acção se completará e incorreremos em seu resultado pleno, quer a tenhamos ou não expressado com uma ação corporal ou verbal.

ESPOSAR VISÕES ERRÔNEAS

Para alcançar a libertação e a iluminação, há certos objetos que devemos conhecer, como a existência de vidas passadas e futuras, a lei do carma, as quatro nobres verdades e as Três Jóias. Para cometer a ação não-virtuosa de esposar visões errôneas, temos que estar determinados a negar a exis­tência desse tipo de objeto, pensando: "Como não posso ver minhas vi­das futuras, concluo que não existem". É preciso identificar corretamen­te o objeto negado e estar com a mente sob influência de uma delusão.
Esposamos visões errôneas quando pensamos, repetidamente, de que forma iremos negar a existência do objeto. Há várias maneiras de fazê-lo. Por exemplo, repudiar dogmaticamente o objeto a partir de raciocínios in­correctos ou desenvolver fé em alguém que ensina visões erróneas. Com­pletamos a ação quando escolhemos uma maneira de fazê-lo e tomamos a decisão de nos apoiarmos nisso para sustentar firmemente nossa visão errônea. Quando isso acontece, fechamos a mente e criamos a causa para experienciar o pleno resultado negativo de nossa ação.
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OS FATORES QUE AGRAVAM AS AÇÕES NÃO-VIRTUOSAS
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O grau de sofrimento que experienciaremos em conseqüência de uma ação negativa depende do seu poder, que é determinado por seis fatores:
1. Natureza da ação;
2. Intenção;
3. Modo de agir;
4. Objeto;
5. Freqüência com que a ação é cometida;
6. Aplicação ou não-aplicação de um oponente.
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NATUREZA DA AÇÃO
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Algumas ações não-virtuosas, por natureza, são ainda mais não-vir­tuosas que outras. A gravidade de uma ação não-virtuosa dependerá do..." (Págs. 195 a 198 de: CAMINHO ALEGRE DA BOA FORTUNA, de G. Kelsang Gyatso)
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Monday, August 07, 2006

“… de um rei e que sentira muito ciúme das outras mulheres. O ciúme foi a causa de todos aqueles sofrimentos extremos de sua presente vida.

Meditando sobre esse ponto, geramos uma forte determinação de evi­tar até a mais leve não-virtude e alimentar até os menores bons pensamen­tos e boas ações. Quando essa determinação surgir em nossa mente, faremos a meditação posicionada, para torná-la constante e estável. Se pudermos guardar essa determinação o tempo todo, sem nunca esquecê-la, nossas ações de corpo, fala e mente vão ficar tão puras que não haverá nenhuma base para o sofrimento e desenvolveremos realizações rapidamente.

SE UMA AÇÃO NÃO FOR PRATICADA, SEU RESULTADO NÃO PODERÁ SER EXPERlENCIADO

Numa guerra, alguns soldados são mortos e outros sobrevivem. Os sobreviventes não se salvaram por terem sido mais corajosos que os outros, mas porque não haviam criado a causa para morrer naquele momento.

As escrituras mencionam o exemplo da rainha Ngo Sangma, que se­guia um mestre budista e atingira a realização de um ser Nunca Retomado. A rainha congregava quinhentas discípulas, todas com poderes miraculo­sos. Um dia, o local onde se reuniam pegou fogo. A rainha e suas discípu­las imediatamente voaram para escapar das chamas. Contudo, a rainha compreendeu que elas haviam criado o carma coletivo de morrer quei­madas naquele dia. Por se tratar de um carma que já estava amadurecendo, esse acontecimento era inevitável. Então, a rainha disse às outras mulhe­res: "A única maneira de purificarmos nossas ações não-virtuosas neste momento é experienciando seu efeito". Assim, todas voaram de volta pa­ra o fogo, como mariposas atirando-se na chama de uma vela.

Morava no local uma humilde empregada chamada Gurchog. Por não ter poderes miraculosos, fugiu do incêndio pelos esgotos. Gurchog tam­pouco tinha realizações espirituais ou tempo para praticar o Dharma, ma,. visto que era a única que não havia criado a causa para morrer naquele incêndio, só ela escapou.

Os jornais estão cheios de exemplos semelhantes. Quando um terro­rista põe uma bomba num imóvel, algumas pessoas morrem, ao passo que outras escapam, embora pudessem até estar no centro da explosão. Num acidente de avião ou no caso de uma erupção vulcânica, algumas pessoas morrem e outras escapam como por milagre. Em muitos aciden­tes, os próprios sobreviventes, atónitos, não entendem como se salvaram e espantam-se por outras pessoas, tão perto deles na hora do desastre terem morrido.

Meditando sobre esse ponto, desenvolvemos uma forte determinação: ”vou praticar purificação e envolver-me unicamente em ações virtuosas".

UMA AÇÃO NUNCA É DESPERDIÇADA

Buda disse:

As ações dos seres vivos nunca são desperdiçadas, mesmo que cente­nas de éons transcorram antes de seus efeitos serem experienciados.

As ações não podem simplesmente desaparecer e não podemos transferi-las a outrem, eximindo-nos assim de nossa responsabilidade. Embora as intenções mentais momentâneas que iniciaram nossas ações passadas tenham cessado, as potencialidades por elas criadas em nossa mente não vão cessar, até que tenham amadurecido. O único meio de destruir uma potencialidade negativa antes que amadureça como sofrimento é praticar purificação com os quatro poderes oponentes. No entanto, é muito mais fácil destruirmos nossas potencialidades positivas, pois, se não dedicarmos nossas ações virtuosas, elas poderão ser totalmente ani­quiladas num único instante de raiva. Nossa mente é como um tesouro sem dono e nossas ações virtuosas, como jóias. Se não defendermos nos­sas ações virtuosas por meio de dedicatória, sempre que ficarmos com raiva deixaremos um ladrão invadir nosso tesouro.

Se transcorrerem mil anos entre o momento em que cometemos uma acção e o momento que experienciamos seu efeito, durante todo esse tempo suas potencialidades ficarão guardadas em nossa mente. Se tivermos cometi­do a ação de matar e todas as causas de experienciar seu efeito demorarem cem vidas para se reunir, as potencialidades dessa ação de matar ficarão em nossa mente durante todo esse tempo. No final da 99ª vida, quando estivermos prestes a morrer, poderemos, por exemplo, gerar um apego forte por fogo, e isso ativará nossa potencialidade negativa, propiciando assim as condições necessárias para experienciarmos o efeito amadurecido daquela acção não-virtuosa. O apego que sentimos na hora da morte funciona como água; as potencialidades negativas que foram deixadas na mente pela acção de matar são como uma semente plantada na terra. Quando a delusão­-água do apego nutre a potencialidade-semente, esta amadurece na forma de um renascimento extremamente penoso num dos infernos quentes.

Podemos considerar o exemplo de Shri Datta, que em sua vida cometeu acções extremamente negativas, como oferecer comida envenenada a Buda. Quando ficou velho, interessou-se pelo Dharma e pediu a Buda que lhe concedesse ordenação. Costuma-se dizer que, para se ordenar, uma pessoa tem que possuir, pelo menos, uma minúscula potencialidade virtuosa que seja causa de libertação. Discípulos clarividentes de Buda examinaram Shri Datta mas não encontraram sequer uma dessas potencialidades virtuo­sas, e declararam: "Shri Datta não pode ser ordenado, pois não possui nenhuma potencialidade virtuosa que seja causa de libertação". No en­tanto, tais discípulos não podiam ver as potencialidades sutis, percebidas unicamente por seres iluminados. Ao examinar o caso, Buda divisou uma minúscula potencialidade virtuosa dentro da mente escura de Shri Datta. Buda disse aos discípulos: "Há muitos éons, Shri Datta foi uma mosca e, sem saber, voou ao redor de uma estupa. Essa ação é virtuosa por nature­za e, sendo assim, deixou um traço de bondade na mente de Shri Datta; logo, ele é capaz de atingir a libertação". Buda concedeu-lhe a ordenação e, como resultado, o potencial positivo de Shri Datta aumentou, fazendo com que atingisse, de fato, a libertação naquela vida.

Como afirma Chandrakirti em Guia ao caminho do meio, disciplina moral é a única causa de renascimentos felizes e de libertação para Bodhi­sattvas, Realizadores Solitários, Ouvintes e seres comuns. Praticar discipli­na moral significa abandonar as ações negativas por entender seus perigos. Embora não possamos abandonar algumas delas de imediato, devido a nossos fortes hábitos mentais negativos, outras podem ser radicalmente interrompidas desde já. Devemos treinar a mente com suavidade e firme­za, lidando primeiro com as ações não-virtuosas que podemos facilmente abandonar e, depois, tentando reunir a determinação, a coragem e a ha­bilidade que precisamos para eliminar até nossos mais arraigados maus hábitos. Enquanto mantivermos o desejo sincero de superar nossas ações não-virtuosas e potencialidades, elas irão se debilitar mais e mais. Assim nos parecerá cada vez mais fácil praticar ações virtuosas. Não há razão alguma para inquietações, pois uma determinação contínua e sincera é o bastante para solapar a força de todas as nossas tendências não-virtuosas..

Devemos ser habilidosos e praticar segundo nossas capacidades. Al­gumas pessoas são capazes de abandonar as ações negativas assim que compreendem os ensinamentos sobre o carma; outras, apesar de terem: um bom entendimento, continuam a se envolver compulsivamente em negatividades durante bastante tempo. Se nos forçarmos a superar todos os nossos maus hábitos de uma só vez, ficaremos ansiosos e, a seguir, deprimidos. Resoluções ambiciosas demais resultam em fracasso e desâ­nimo. Ficar desanimado é algo muito perigoso, pois nos leva a abandonar o Dharma. Visto que é impossível ter uma prática espiritual bem-sucedida com a mente tensa e infeliz, devemos sempre praticar com moderação, conservando a mente alegre e descontraída. Então, a meditação vai fun­cionar, nossa mente tornar-se-á mais clara e nossa memória mais forte.

Sempre que tomarmos consciência de ações não-virtuosas e estados ttais negativos, em vez de ficarmos deprimidos e com raiva, sentin­do-nos indefesos e decepcionados, devemos reagir com sabedoria e cria­tividade, praticando confissão e purificação.

OS TIPOS ESPECÍFICOS DE AÇÕES E SEUS EFEITOS

Este tópico divide-se em quatro partes:

1. As ações não-virtuosas e seus efeitos;

2. As ações virtuosas e seus efeitos;

3. Os fatores que determinam o poder de uma ação;

4. As ações arremessadoras e as ações completadoras.

AS AÇÕES NÃO-VIRTUOSAS E SEUS EFEITOS

Este tema divide-se em três partes:

1. As dez ações não-virtuosas e os fatores que determinam

sua conclusão;

2. Fatores que agravam as ações não-virtuosas;

3. Os efeitos das ações não-virtuosas.

AS DEZ AÇÕES NÃO-VIRTUOSAS E OS FATORES QUE DETERMINAM SUA CONCLUSÃO

Ações não-virtuosas são caminhos que levam aos reinos inferiores. Pri­meiro, precisamos identificá-las e entender como elas levam à dor e à confusão. Com essa compreensão, naturalmente vamos nos esforçar para evi­tá-las. As ações não-virtuosas são extraordinariamente numerosas, mas a maioria pode ser incluída em dez:

1. Matar;

2. Roubar;

3. Má conduta sexual;

4. Mentir;

5. Discurso divisor;

6. Discurso ofensivo;

7. Tagarelice;

8. Cobiça;

9. Maldade;

10. Esposar visões erróneas.

As três primeiras são ações corporais, as quatro seguintes são, sobre­tudo, ações verbais, embora também englobem algumas ações físicas, e as três últimas são ações mentais.

Só experienciamos o resultado pleno de uma ação quando ela é concluída. Para que isso ocorra é preciso que os seguintes fatores estejam todos presentes: o objecto, a intenção, a preparação e a conclusão.

MATAR

O objeto da ação de matar é qualquer outro ser, desde o menor dos insetos até um Buda. Para que haja uma intenção plena de cometer uma ação negativa, três fatores devem estar presentes: discriminação correta, determinação e delusão. No caso de matar, discriminação correta é a identificação correta do indivíduo que intencionamos matar. Por exem­plo, se quisermos matar João mas matarmos Pedro, pensando que ele era João, não teremos completado nem a ação de matar João nem a de ma­tar Pedro, embora nossa ação seja nociva e vá nos acarretar resultados negativos. O fator determinação corresponde à determinação de matar o indivíduo corretamente identificado. Se matarmos alguém acidentalmen­te, sem o menor desejo de infligir dano, nossa ação não estará concluída.. Ao cometer a ação, também é preciso que a mente esteja sendo influen­ciada por delusão. É possível matar sem que isso ocorra, como no caso de alguém que, movido por compaixão, mata para salvar a vida de ou­trem. Para agir assim, uma pessoa deve ter grande sabedoria e a coragem de tomar sobre si qualquer resultado negativo que a ação possa vir a acarretar. Em geral, a ação de matar é motivada por uma das delusões raízes: raiva, apego desejoso ou ignorância. Um ladrão pode matar por apego, achan­do que a vítima impedirá o roubo. Um soldado pode matar por ódio ao inimigo ou por ignorância, acreditando que numa guerra matar não é uma ação negativa. Há aqueles que alegremente matam peixes, pássaros etc., com a crença equivocada de que não há mal algum nisso. Em algumas re­ligiões, chega-se a ensinar que certos atos de matar são virtuosos, como matar animais para sacrifício.

O terceiro fator, a preparação, refere-se aos preparativos que faze­mos para agir. É possível agir diretamente ou encarregar outra pessoa de fazê-lo. Por exemplo, pode-se envenenar a vítima ou contratar alguém: para matá-la a tiros. A ação de matar será concluída quando a vítima mor­rer antes de nós. Nessa hora, contanto que todos os outros fatores este­jam presentes, teremos criado a causa para experienciar o pleno resultado negativo da ação.

É um equívoco imaginar que as conseqüências de nossas ações não­-virtuosas podem ser evitadas quando empregamos outra pessoa para exe­cutá-la em nosso lugar. Na verdade, se usarmos alguém como agente, o efeito total da ação será duplamente severo, pois os resultados negativos serão experienciados por duas pessoas. Além disso, sofreremos também as consequências de explorar outrem por motivos egoístas, ignorando seu bem-estar futuro.

É comum pensarmos que os poderosos são muito afortunados. Na realidade, a posição deles é bastante perigosa, pois é muito difícil que consigam deixar de cometer ações tremendamente destrutivas. Por exem­plo, se um comandante ordenar o engajamento de seu exército numa batalha e nela morrerem mil inimigos, cada soldado sofrerá o resultado negativo correspondente ao número de pessoas que matou; mas aquele que tomou a decisão, arcará com o resultado negativo das mil mortes. Pessoas no poder podem cometer ações imensamente destrutivas com uma simples assinatura ou apertando um botão. O Protetor Nagarjuna rezava para nunca vir a ser um político em vidas futuras, pois sabia que quem assume qualquer ripo de poder e autoridade mundana tem que se responsabilizar pessoal­mente por todas as ações que manda os outros praticarem.

Quando um grupo decide levar a cabo uma ação e esta é concluída, cada pessoa incorre individualmente no resultado dessa ação. Pode ser que o objeto da ação seja um só, mas haverá tantas ações quanto o número de participantes. Isso se aplica mesmo se o grupo indicar uma única pessoa para agir. Todavia, se mandarmos alguém fazer algo e depois mudarmos de idéia, antes de a ação ter sido concluída, não incorreremos em seu resultado pleno.

ROUBAR

O objeto da ação de roubar é qualquer coisa que alguém considere sua, inclusive outros seres vivos, como uma criança ou um animal. Se pegarmos algo que ninguém reivindica possuir, como um objeto achado no lixo, a ação de roubar não é completa.

O objeto do roubo deve ser corretamente identificado. Se quisermos roubar as posses de um inimigo mas roubarmos as de outra pessoa, pen­sando que eram de nosso inimigo, a ação de roubar de qualquer uma das duas pessoas não se completará. Também é preciso que estejamos sob influência de uma delusão. Normalmente rouba-se por apego desejoso mas pode-se roubar por ódio, visando atingir um inimigo. Alguns rou­bam por ignorância, pensando que não há nada de errado em roubar ou justificando o roubo. Por exemplo, pessoas deixam de pagar emprésti­mos, impostos, multas ou prestações, alegando que os sistemas que exi­gem tais pagamentos são injustos, outros se acham no direito de roubar ­seus patrões, dizendo que são ma lremunerados.

Há várias maneiras de roubar. Pode-se roubar secreta ou abertamen­te. Pode-se recorrer a meios tortuosos, como suborno, chantagem ou manipulação emocional. A ação de roubar se completa quando pensa­mos: "Isto agora é meu". Quando pedimos algo emprestado, podemos nos afeiçoar àquilo e mudar de intenção quanto à sua devolução. Se começarmos a pensar naquele objeto como sendo nosso, desde que as demais condições estejam presentes, completaremos a ação de roubar. Enquanto estivermos hesitando, a ação não se consumará. Por exemplo, se entrarmos num trem sem ter comprado a passagem, ao longo do tra­jeto poderemos ficar em dúvida se vamos ter que comprá-la ou não. Mas quando chegarmos ao nosso destino e, com sucesso, tivermos nos esqui­vado dos cobradores, poderemos concluir que conseguimos uma passa­gem grátis. Quando gerarmos este pensamento triunfante, teremos con­cluído a ação de roubar.

MÁ CONDUTA SEXUAL

Se tivermos feito votos de castidade, o objeto da má conduta sexual será qualquer outra pessoa. Se não tivermos feito tais votos e tivermos um parceiro, o objeto de má conduta sexual será qualquer outro parceiro. Se não tivermos feito votos e não tivermos parceiro, o objeto de má conduta sexual poderá ser: o parceiro de outra pessoa (marido, mulher, namorado ou namorada), os próprios pais, uma criança, alguém que tenha voto de castidade, mulheres grávidas, animais ou qualquer pessoa que não consinta.

Precisamos identificar corretamente o objeto da má conduta sexual Por exemplo, se não tivermos nenhum impedimento e mantivermos re­lação sexual com uma pessoa que acreditamos estar na mesma situação que a nossa, quando de fato ela é casada, nossa ação não se consumará. Também é preciso que estejamos determinados a cometer má conduta sexual e sob influência de uma delusão. Em geral, comete-se má conduta sexual por apego desejoso, mas também pode ser por ódio, como no caso de soldados que estupram as mulheres e as filhas do inimigo. Outras…” (pgs. 188 a 194, de: Caminho Alegre da Boa Fortuna”, de Geshe Gyatso.

Sunday, August 06, 2006

Carma

CONVENCER-SE DA LEI DO CARMA, RAIZ DE TODAS AS BOAS QUALIDADES E FELICIDADE

A lei do carma é um exemplo especial da lei de causa e efeito, segundo­ a qual todas as nossas ações de corpo, fala e mente são causas e todas nossas experiências, seus efeitos. A lei do carma explica por que cada indivíduo tem um estado mental único, uma aparência física única e ex­riências únicas. Tais coisas são os efeitos das inúmeras ações que cada um fez no passado. Não conseguimos encontrar duas pessoas que tenham criado exatamente a mesma "história" de ações ao longo de suas vidas
passadas; portanto, não podemos encontrar duas pessoas com estados mentais idênticos, experiências idênticas e aparência física idêntica. Cada pessoa tem um carma individual diferente. Algumas desfrutam de boa saúde, ao passo que outras estão constantemente doentes. Algumas são muito bonitas e outras, muito feias. Algumas têm bom temperamento e contentam-se facilmente, outras são rabugentas e raramente gostam de alguma coisa. Algumas compreendem com facilidade as instruções de Dharma, outras acham as instruções difíceis e obscuras.
A palavra carma refere-se principalmente à ação e, em particular, à intenção mental que inicia qualquer ação. Em geral, refere-se a um dos seguintes componentes: as ações, seus efeitos e as potencialidades que as ações deixam na mente, desde o instante em que são concluídas, até que amadureçam e seus resultados sejam experienciados. Existem três tipos de ações: mentais, corporais e verbais. Uma ação mental é uma linha de pensamento completa e não apenas a intenção que a inicia. As ações corporais e verbais também são iniciadas por intenções e acompanhadas por ações mentais. Quando uma ação se completa, ela cria uma potenciali­dade em nossa mente. A potencialidade amadurece quando encontra con­dições adequadas, assim como uma semente amadurece na primavera, quando recebe a dose certa de calor e umidade. Uma potencialidade será virtuosa ou não-virtuosa, amadurecerá como felicidade ou como sofri­mento na dependência da ação.
Se entendermos a lei do carma, entenderemos como controlar nos­sas experiências futuras: abandonando ações prejudiciais que são causas de dor e cultivando ações virtuosas que são causas de felicidade. Meditar na lei do carma é como mirar um espelho que mostra o que devemos abandonar e o que devemos praticar. A lei do carma revela-nos as causas de nossas experiências atuais e o que nos espera em vidas futuras, se não dominarmos nossas negatividades. Ainda que entendamos a lei do carma intelectualmente, precisamos meditar repetidas vezes sobre ela para desenvolver uma profunda convicção. Quando estivermos persuadidos, na­turalmente temeremos nossa negatividade e tomaremos a firme resolução de praticar disciplina moral. Sem uma convicção autêntica, não geramos a energia suficiente para treinar a mente e, assim, continuamos a cometer, compulsivamente, as ações nocivas causadoras de renascimento nos estados de sofrimento.
Sem praticar disciplina moral, ainda que nos refugiemos com sinceridade, não encontraremos proteção perfeita contra o renascimento nos ­três reinos inferiores, pois estaremos transgredindo nosso compromisso de refúgio. Buscar refúgio sem praticar disciplina moral é agir como um prisioneiro que, valendo-se da influência de terceiros, recupera a liber­dade, mas depois continua a cometer os mesmos crimes, de tal modo que sua captura e retorno à prisão é só uma questão de tempo.
Praticar disciplina moral com forte convicção na lei do carma é a Jóia do Dharma de um pequeno ser e a base para o desenvolvimento de todas as outras Jóias Dharma. É uma proteção completa contra os renascimentos inferiores, além de nos conduzir a todas as demais realizações das etapas do caminho. Sem isso, ainda que nos tornássemos um eminente estudioso budista, nossa posição na vida continuaria sendo muito precária. Coma disse o Guia Espiritual de Atisha, Avadhutipa:

Até que tenhamos eliminado o auto-agarramento, nossa prática prin­cipal deve ser a prática de disciplina moral [...] Muitos foram os eruditos famosos que renasceram no inferno.

Assim como as leis de um país não abrem exceções para os intelectuais, também a lei do carma não exclui ninguém por conta de seu saber. Deva­datta, por exemplo, foi um grande erudito e memorizou mais textos do que um elefante conseguiria carregar no lombo. Do ponto de vista inte­lectual, entendia tudo; no entanto, como nunca teve uma profunda e sin­cera convicção na lei do carma, continuou a cometer obsessivamente ações negativas e, em conseqüência disso, renasceu no sétimo inferno quente.
As escrituras citam o exemplo de um praticante do tantra de Yaman­taka que tinha certos poderes, como a habilidade de usar mantras irados. Por não estar verdadeiramente persuadido da lei do carma e não ter uma realização de compaixão, servia-se disso para matar pessoas e, como re­sultado, renasceu como um fantasma faminto. Depois que seu carma negativo amadureceu dessa forma, nem mesmo o poderoso Yamantaka foi capaz de ajudá-lo.
A lei do carma será explicada em quatro partes:
1. As características gerais do carma;
2. Os tipos específicos de ações e seus efeitos;
3. Os oito atributos especiais de uma vida humana plenamente dotada;
4. Como praticar disciplina moral, após adquirir convicção na lei do carma.

AS CARACTERÍSTICAS GERAIS DO CARMA

São quatro as características gerais do carma:
1. Os resultados das ações são definidos;
2. Os resultados das ações aumentam;
3. Se uma ação não for praticada, seu resultado não poderá ser experienciado;
4. Uma ação nunca é desperdiçada.

OS RESULTADOS DAS AÇÕES SÃO DEFINIDOS

Nos sutras Vinaya, Buda diz:

A cada ação praticada, experienciamos um resultado similar.

Quando um jardineiro planta sementes de ervilha, é certo que vão crescer ervilhas e não cevada; quando não planta semente alguma, é certo que nada crescerá. O mesmo acontece conosco. Quando praticamos ações positivas, com certeza experienciaremos resultados felizes; quando comete­mos ações negativas, com certeza experienciaremos resultados infelizes; e quando praticamos ações neutras é certo que experienciaremos resul­tados neutros.
Em A Roda de armas afiadas, Dharmarakshita diz que, se hoje sofre­mos distúrbios mentais, é porque perturbamos a mente de outros no passado. Também diz que a causa principal de qualquer doença física dolorosa é uma acção prejudicial similar feita no passado, como ferir outros dando-lhes uma surra, um tiro, comida envenenada ou remédios errados. Quando essa causa principal estiver ausente, é impossível que haja sofrimento por doença física. Os Destruidores de Inimigos, por exem­plo, podem ingerir alimento envenenado e não sentir nenhuma dor, pois já eliminaram as ações prejudicais e as potencialidades que são as causas principais de tal sofrimento.
Da mesma maneira, as causas principais para os sofrimentos de fome e sede são ações como roubar comida ou bebida dos outros por egoísmo. Dharmarakshita disse que sofrer opressão é o resultado de desprezar, mal­tratar ou explorar pessoas que estão em posição inferior; também pode ser o resultado de desdenhar os outros, em vez de amá-los, ou desprezá-los, em vez de tratá-los com bondade amorosa. As causas principais para os sofri­mentos da pobreza são ações maldosas contra os outros, como impedi-los deliberadamente de satisfazer suas necessidades ou destruir seus bens. As causas principais do sofrimento de ser separado da família e dos amigos são ações como seduzir os parceiros alheios ou, propositadamente, indispor alguém contra seus amigos e empregados. As causas principais do sofri­mento de não ter um bom relacionamento com os Guias Espirituais são ações como não seguir seus conselhos, perturbar intencionalmente sua paz mental ou portar-se de modo desonesto e hipócrita com eles.
Costumamos achar que tais experiências negativas surgem só em fun­ção das condições desta vida. Visto que não somos capazes de explicar a maior parte delas nesses termos, frequentemente achamos que nossas experiências são imerecidas e inexplicáveis e que não há justiça no mun­do. Na realidade, a maioria das experiências desta vida são causadas por ações que cometemos em vidas passadas.
As escrituras relatam a história de um homem chamado Nyempa Sangden. Era tão feio que, só de vê-lo, as pessoas se sentiam mal; mas sua voz era tão melodiosa que, ao escutá-lo, todos desejavam ficar ao seu lado. Só Buda é capaz de saber qual ~ relação exata entre ações e seus efeitos, e explicou o caso de Nyempa Sangden da seguinte maneira: "Uma vez um rei contratou muitos homens para construir uma grande estupa. Passado algum tempo, um dos trabalhadores, por estar muito cansado, sentiu hostilidade contra o projeto do rei. Resmungou consigo mesmo: "Para que serve uma estupa tão gigantesca?". Contudo, quando a estupa ficou pronta e foi consagrada, arrependeu-se de sua raiva e ofereceu um lindo sino para ser colocado nela. A hostilidade do trabalhador causou a feiura do homem e a oferenda do sino, sua voz divina".
Precisamos entender de que modo a qualidade de nossas ações atuais determina a qualidade das experiências que teremos no futuro. Desco­nhecendo isso, criamos por ignorância todas as causas erróneas: aspiran­do à felicidade, criamos a causa do sofrimento e destruímos os próprios meios de satisfazer nosso desejo. Em Guia do estilo de vida do Bodhisattva, diz Shantideva:

Embora queiramos nos livrar do sofrimento,
Criamos a causa para esse sofrimento.
Embora queiramos a felicidade,
Tal qual inimigos, destruímos, por ignorância, nossa felicidade.

Se meditarmos intensamente sobre esse ponto, desenvolveremos a determinação: "Vou abandonar as ações não-virtuosas, porque seu resul­tado é sofrimento; vou empenhar-me em ações virtuosas, porque seu re­sultado é felicidade". Tomamos essa determinação como nosso objeto na meditação posicionada.

OS RESULTADOS DAS AÇÕES AUMENTAM

Até as menores ações não-virtuosas portam grandes frutos de sofrimento, assim como minúsculas ações virtuosas portam grandes frutos de felicidade. Desse modo, grande sofrimento ou grande felicidade podem crescer a partir de pequenas ações. Nossas ações são como minúsculas glandes que produzem gigantescos carvalhos. Embora possamos ter cria­do uma pequena ação não-virtuosa, enquanto não conseguirmos purificá­-la seu poder de produzir sofrimento crescerá dia após dia.
As escrituras citam o exemplo de uma monja chamada Upala, que vivenciou um extraordinário infortúnio antes de se ordenar. Os dois fi­lhos morreram, um afogado e o outro devorado por um chacal. O marido foi morto por uma picada de cobra venenosa. Tendo perdido a família, Upala voltou para a casa de seus pais mas, ao chegar, houve um terrível incêndio, que tudo destruiu. Upala casou-se com um não-budista e teve um filho. Esse homem era alcoólatra. Certa noite, de tão bêbado, matou próprio filho e obrigou a mãe a comer a carne da criança. Upala fugiu desse homem violento e foi para outro país, onde foi capturada por la­drões e forçada a casar-se com o chefe deles. Alguns anos mais tarde, o marido foi preso e, segundo o costume daquele país, ambos foram enterrados vivos. Entretanto, os ladrões, por desejarem a mulher, desenterra­m-na e forçaram-na a viver com eles. Por ter passado por tais tormentos e desgraças, Upala desenvolveu um fortíssimo desejo de se libertar de qual­quer tipo de existência sofredora. Procurou Buda e contou sua história.Buda explicou-lhe que, na vida anterior, ela havia sido uma das esposas
…” (pgs. 183 a 187 de: Caminho Alegre da Boa Fortuna, de Geshe Gyatso)