Tuesday, July 11, 2006


Ora, os monumentos ( construções ou obras de escultura que perpetuam memórias ) mais antigos até agora descobertos em Montargil, parecem ser o conjunto de cerca de 40 Antas. Devendo o início da sua construção, que se prolongou por várias centenas? de anos, remontar a cerca de 4. 500 anos a.C..

As Antas sobressaem pela grandeza das pedras, de xisto ou granito, que as formam, sendo, nas palavras de João Luís Cardoso: “ verdadeiros hinos ao esforço colectivo das comunidades ( nossos antepassados ) que as erigiram”.

São de 2 tipos: “câmaras maiores, de planta poligonal, com galeria de acesso”, e, “pequenas construções alongadas e baixas e sem corredor”. Quase sempre construídas no cimo de mamoas ( colinas artificiais ) que podem atingir os 16 metros de diâmetro.

Basicamente, as Antas são sepulcros, individuais ou colectivos, onde se encontravam não só ossos, como os mais variados artefactos dos nossos antepassados do Neolítico, tais como: enxós, machados, massas, cunhas, facas e pontas de setas, em sílex ou fribolite, amoladeiras de granito, vasos e taças de cerâmica, placas ornamentais de xisto com dentes de lobo ou zigue-zagues e goivas, e, até uma matriz de cobre, já da Idade dos Metais, portanto, que foi encontrada na Anta do Monte do Cabeço.

E, digo encontravam, porque já não se encontram lá. Agora estão no Museu Nacional de Arqueologia ( antigo Museu Etnológico do Doutor Leite de Vasconcelos ), em Belém – Lisboa.

As gravuras deste Post são publicadas com a gentil permissão do Instituto Português de Arqueologia e foram retirados da revista: “ O Arqueólogo Português”, de 1953, que se encontra, p.e., na Hemeroteca da CML, perto da Trindade.

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