Monday, July 31, 2006



COMBATENDO EXCESSIVAMENTE
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Combatendo excessivamente seja o que\quem quer que for (ilusões, erros, pecados, demónios, imoralidades, aberrações...), só lhe damos mais força.
Desenvolvendo fé numa pessoa ou ser, tornamo-nos como ela(e).
Os budistas não falam muito em milagres, mas, quando o fazem (p.e. pg. 54 de Caminho Alegre da Boa Fortuna, de Geshe Kelsang Gyatso Rinpoche), soa tanto a milagrismo como o dos cristãos, judeus e outros.
Que mal pode haver (pg. 94 do livro acabado de citar) em desejarmos, moderadamente, objectos/seres bonitos? Haverá outro modo de fazermos um mundo\universo todo bonito? ( O mesmo para a riqueza, a sabedoria, a saúde, a paz, a bondade, a justiça...) E, sem dúvida que os espíritos\almas, que se querem também bonitos, grandes e bons, são uma tremenda realidade.
Ontem vimos, pai e filho, uma gaivota andando pelo meio das pessoas numa praia na Arrábida. Parecia muito velha e doente, e, procurar um veterinário(a). Várias crianças seguiam-na, tocando-a, com os pais aparentemente alheados. E, se tivesse gripe das aves, dizia o filho? Fiquei sem saber se só andava por não poder voar ou por outro motivo. Não estaria tal gaivota criando causa para reencarnar/renascer no futuro como humano(a)?

Sunday, July 30, 2006


O QUE É A MEDITAÇÃO

Antes, de apresentar a meditação propriamente dita, segue-se uma explicação geral sobre sua natureza e objetivo. Meditar é familiarizar a mente, de maneira constante e profunda, com um objeto virtuoso. A me­ditação cumpre muitas funções: supera problemas interiores, como aque­les que são criados pela raiva, inveja, apego e ignorância; controla nossa mente e acarreta paz interior; habilita-nos a cultivar intenções virtuosas, que nos levam a praticar boas ações; e elimina intenções não-virtuosas, que nos levam a cometer ações prejudiciais. Praticando meditação, adquirimos experiência em muitos níveis de realização espiritual e evoluímos para estados cada vez mais elevados, até que alcancemos o mais elevado de rodos, o estado da budeidade.
Antes de praticar meditação, precisamos aprender o Dharma, ouvin­do e lendo instruções corretas. Depois, devemos contemplar o sentido daquilo que ouvimos e lemos. Contemplamos o Dharma para entender claramente seu significado e adquirir convicção, testando-o para ver se é lógico e coerente, se faz sentido em nossa, experiência pessoal e se seus objetivos valem a pena: Uma vez que tenhamos obtido uma firme com­preensão do Dharma e estejamos seguros em relação à sua confiabilida­fie, estaremos prontos para praticar meditação.
Existem dois tipos de meditação: a meditação analítica e a medita­ção posicionada. Na meditação analítica, empreendemos um processo intencional de investigação, ou de reflexão, sobre um objeto; analisando seus vários aspectos e examinando-o de vários pontos de vista. Usamos nossa imaginação, contínua-lembrança e capacidade de raciocínio até que, como resultado da investigação, surja um sentimento ou pensamento especial, capaz de mudar nosso estado mental. Como veremos, existem diferentes tipos de objeto. Alguns, como a impermanência ou a vacuida­de, são objetos apreendidos pela mente. Outros, como amor, compai­xão, renúncia ou a determinação de confiar puramente em nosso Guia Espiritual, são estados mentais. Fazemos a meditação analítica até que o objeto específico que estamos procurando apareça com clareza à mente, até que surja o estado mental específico que desejamos gerar.
Por exemplo, quando meditamos sobre como confiar em nosso Guia Espiritual, consideramos os vários benefícios de nos comprometermos a segui-lo com fé, os perigos de rompermos tal compromisso e confiança e as diferentes maneiras de praticarmos confiança sincera por meio de pen­samento e ação. Pelo poder dessa meditação analítica, geramos uma forte determinação de confiar sinceramente em nosso Guia Espiritual. Quan­do essa determinação surgir com clareza e precisão na mente, teremos encontrado nosso objeto de meditação posicionada.
Na meditação posicionada, concentramo-nos em um objeto virtuoso unifocadamente, impedindo que distrações atrapalhem a concentração. O objeto da meditação posicionada pode ser qualquer objeto virtuoso, ou qualquer pensamento ou sentimento especiais que tenhamos gerado pelo poder da meditação analítica. O que faremos é sustentar esse objeto vir­tuoso, pensamento ou sentimento, até que ele comece a enfraquecer; en­tão, retomamos a meditação analítica para torná-lo claro e preciso outra vez. Quando acendemos a lareira com um fole, num determinado ponto o fogo fica tão forte que podemos dispensar o fole, deixando-o simplesmen­te arder. O mesmo ocorre no caso da meditação. Num determinado ponto, podemos cessar a meditação analítica e deixar que a meditação posiciona­da assuma o comando. Assim como o fogo gradualmente esmorece e te­mos de usar novamente o fole, também a meditação posicionada gradu­almente esmorece e temos de aplicar novamente a meditação analítica.
Je Tsongkhapa disse que os meditadores devem combinar esses dois tipos de meditação, porque uma boa meditação analítica resulta numa boa meditação posicionada, e uma boa medit~ção posicionada resulta numa boa meditação analítica. Devemos combiná-las, mesmo quando o objeto da meditação posicionada não for difícil de ser encontrado ou gerado. Por exemplo, se formos fazer meditação posicionada sobre a nossa respiração, teremos que aplicar investigação para encontrar clara­mente nosso objeto. Quando a investigação fizer o objeto aparecer com clareza em nossa mente, estabilizaremos esse aparecimento com a medi­tação posicionada. Objetos como a vacuidade ou a bodhichitta são mais difíceis de ser encontrados e, portanto, exigem mais meditação analítica. Porém, o processo de alternância entre meditação analítica e meditação posicionada é o mesmo.
A meditação analítica faz com que o objeto apareça com precisão e clareza à nossa mente, e a meditação posicionada familiariza nossa mente com seu objeto, de modo que se tornem cada vez mais íntimos, até que ambos se misturem por completo. Exemplificando, se fizermos meditação analítica sobre os sofrimentos de todos os seres vivos, um sentimento de compaixão surgirá com clareza em nossa mente. Quando isso acontecer, faremos a meditação posicionada para tornar nossa mente cada vez mais familiarizada com a compaixão. Por fim, nossa mente vai misturar-se com compaixão. Isso não quer dizer que, daí em diante, seu único objeto será a compaixão. Significa que a compaixão e a nossa mente tornaram-se inse­paráveis. Haverá sempre compaixão em tudo o que fizermos ou pensarmos.
No início, nossa meditação posicionada é muito fraca e dificilmente conseguimos sustentar o objeto por mais de um minuto. Sempre que perdemos o objeto, temos de voltar à meditação analítica, até que ele fique novamente claro. Renovamos, então, o esforço para estabilizá-lo. Repe­timos esse processo muitas e muitas vezes. A maneira de aumentar nosso poder de concentração será explicada com detalhes mais adiante.
Considerando que a maioria dos problemas com que os novatos se deparam ao meditar deve-se ao esforço excessivo que dispensam na meditação posicionada, é importante cultivar moderação e evitar tornar-se tenso por excesso de pressão. Devemos aplicar um esforço firme e descontraído e relaxar sempre que houver sintomas de cansaço.
A prática de meditação é bastante ampla. Ela vai muito além de sentar-se com as pernas cruzadas e fazer sessões formais. Mesmo que nossa meditação posicionada seja fraca, nada nos impede de praticar medita­ção analítica em outros momentos. Por exemplo, se pararmos agora para refletir mais profundamente sobre alguns dos pontos que acabamos de ler, veremos que essa contemplação se converterá naturalmente numa meditação analítica, ainda que estejamos confortavelmente sentados nu­ma poltrona. O mesmo pode ser dito sobre praticar meditação analítica quando estamos passeando, viajando ou fazendo um trabalho manual.
Qual é o objetivo da meditação? Por meio da meditação analítica, percebemos claramente nosso objeto (ou assunto) e, a seguir, por meio da meditação posicionada, alcançamos níveis de experiência ou de realização mais profundos. O propósito principal de todas as meditações do Lamrim é transformar nossa mente em caminho à iluminação, despertando os mais profundos níveis de realização. O sinal de que obtivemos a realização perfeita de um objeto é que todas as nossas ações subsequentes tornam­-se mais significativas e nenhuma delas se mostra incompatível com o objeto realizado. Por exemplo, quando tivermos alcançado uma realiza­ção perfeita da compaixão, nunca mais seremos capazes de maltratar propositadamente um ser vivo e todas as nossas ações serão influencia­das por compaixão.
Nas instruções dadas nos próximos capítulos, forneceremos esque­mas e orientações para as meditações analíticas e indicaremos os objetos das meditações posicionadas. O sentido disso é dar diretrizes. Devemos ser flexíveis e recorrer à nossa sabedoria ao aplicar esses conselhos. Sempre que uma determinada linha de pensamento for sugerida para a medi­tação analítica, devemos, antes de mais nada, entender em que direção ela quer nos levar. Assim, nossos próprios pensamentos, sentimentos e recordações vão brotar, para nos conduzir à mesma direção. De maneira disciplinada, usamos nossos próprios pensamentos e experiências para fortalecer nossa meditação, tomando cuidado para evitar aqueles que são irrelevantes.
Já que o propósito da meditação de Lamrim é adquirir uma experi­ência pessoal em todas as etapas do caminho à iluminação, diversos tipos de raciocínio e de maneiras de pensar são apresentados, bem como refe­rências às escrituras e exemplos para reflexão. Os argumentos não nos são dados simplesmente a título de provas. Na realidade, muitos dos temas sobre os quais meditamos não precisam ser provados, porque são evidentes por si mesmos. Por exemplo, meditamos no seguinte ponto: ''A hora da morte é incerta". É claro que isso não precisa ser provado logicamente, pois todo mundo sabe que a hora da morte é incerta. Toda­via, uma coisa é conhecer essa verdade intelectualmente e outra, bem diferente, é ter uma experiência pessoal de que isso é verdadeiro. Todos sabem que a hora da morte é incerta. No entanto, quantos conseguem viver levando isso em conta, sem pensar ou agir, presumindo: "Não vou morrer hoje."? A maioria de nós passa a maior parte do tempo pensando e agindo como se não fosse morrer. Consequentemente, quando a morte nos atinge, reagimos com susto, dor ou raiva, como se algo inédito e antinatural estivesse nos acontecendo.
Com frequência, nossa maneira habitual de pensar e fazer suposições contradiz nossos conhecimentos. As meditações do Lamrim esclarecem tais contradições. Posto que nossas ideias e comportamentos habituais estão profundamente enraizados, devemos recorrer a diferentes méto­dos para desalojá-los. Raciocinar segundo estrita lógica silogística é um deles. Além disso, podemos recorrer a muitos outros raciocínios e ma­neiras de pensar, para induzir as realizações que irão mudar nossa mente e controlar nosso comportamento. O Lamrim apresenta um versátil de­safio a todos os hábitos mentais equivocados.
É muito mais importante obter as experiências do Lamrim do que apenas aprender seus diversos pontos. Embora o conhecimento das ins­truções seja um pré-requisito necessário à aquisição de experiência, se não perseverarmos na prática das instruções, tal conhecimento será em vão. Se tivermos conhecimento sem experiência, dificilmente controla­remos a mente e, quando formos ensinar aos outros, eles terão dificulda­de em obter realizações.
Não é fácil alcançar realizações. Temos de ouvir ou ler as instruções muitas vezes. Se necessário, devemos ouvi-las ou lê-las cem vezes ou mais e meditar sobre elas repetidamente. Não podemos parar enquanto não tivermos obtido uma realização perfeita de cada etapa do caminho à iluminação. Qualquer relutância em receber as instruções, depois de tê-las ouvido ou lido apenas algumas vezes, indica que ainda não experienciamos o Dharma.
As meditações são apresentadas em sequência, porque uma realização conduz naturalmente à seguinte. No entanto, podemos praticar o ciclo completo repetidamente, em vez de ficar numa única meditação até atingir a realização perfeita. Isso porque a experiência de cada etapa aprofunda-se na dependência da prática das outras.”
In: “CAMINHO ALEGRE DA BOA FORTUNA”, de Geshe Kelsang Gyatso

Saturday, July 29, 2006

A PRAIA, A ÁGUA, O AR E O SOL do mar são bons para a saúde; verdadeiramente, a vida para ser vida tem de ser vivida na natureza, nas matas, nos campos, nas praias, nas serras, nos vales... nunca só nas fábricas, nos escritórios, nas escolas, nos laboratórios, nos tansportes... Mas, as cidades e vilas também têm os seus encantos, claro!
Não me parece que seja a democracia, com todos os méritos que possa ter, a panaceia do mundo (remédio para todos os males ), mas sim a verdade, a bondade e a justiça. Ora, a verdade é que o corpo\matéria é tão importante como o espírito/mente, e que os opostos se completam e se vão transformando um(a) na(o) outro(a).
Por outro lado, aos seres mais esclarecidos compete preocuparem-se com todos os demais como se fossem seus filhos amados. E, sem dúvida que o mais esclarecido hoje pode ser o mais confuso amanhã!

“No Guia do estilo de vida do Bodhisattva, diz Shantideva:

Quem teria criado as armas
Para os seres que estão nos infernos?
Quem criou o chão de ferro em brasa?
De onde vêm as tentadoras demónias do inferno?

O Habilidoso disse que todas essas coisas
Vêm de uma mente má.

... Meditando no carma, compreenderemos que nossas experiências ruins foram criadas por nossas mentes negativas e veremos que vale muito mais a pena gerar aversão pela causa que pelo seu efeito.”

( In: Pág. 60 do livro “Caminho Alegre da Boa Fortuna”, de G. K. Gyatso)

Uma pessoa pode rebaixar-se, a fim de ajudar os seres que estão em baixo. Mas, há limites para o rabaixamento.

Thursday, July 27, 2006

“ Os prazeres do samsara são enganosos, não trazem contentamento, apenas tormentos. Abençoa-me para ter o esforço sincero e obter a graça da liberdade perfeita” ( Pág. 487 de "Caminho Alegre da Boa Fortuna", anteriormente citado, de Geshe Kelsang Gyatso)

“Ó Protector de todos os seres, Grande Destruidor das hostes de demónios, por favor, ó abençoado, conhecedor de tudo, vem a nós com o teu séquito”. (Pág. 484, do mesmo livro)

“ Costas eretas, mas sem tensão. Isso nos ajuda a desenvolver e manter a mente clara e permite a livre circulação dos ventos subtis de energia” (Pág. 40 do mesmo livro)

Budas foram/são homens que se tornaram\tornam deuses. Buda Shakyamuni será Deus.
Há semelhanças e diferenças entre Cristianismo\JudaismoIslamismo e Budismo. Deus, Alá, Cristo destroiem demónios, e, Buda também. Como os demónios poderão assumir formas de seres sensitivos, deduzo que Buda e seus discípulos também poderão, em condições excepcionais, matá-los. A grande diferença é que os budistas fogem de fazer sofrimento gratuito, mesmo de animais, nem sequer para oferecer a Deus, claro, e, muito menos de pessoas (circuncisão, excisão, e, mesmo baptismo de bebés, suponho). Quanto a comermos alimentos animais (leites, queijos, mateigas) e animais, não deveria já estar provado ser muito melhor, para o nosso bem estar e saúde, não os comermos?

Wednesday, July 26, 2006


VIDA, MORTE, REENCARNAÇÃO...

A fertilidade excessiva da mente\imaginação pode ser prejudicial, mas, sem dúvida que tudo tem de ser analisado até às últimas consequências.
Quando dormimos profundamente é como se estivéssemos mortos. E, quando temos sono e cansaço, ninguém tem medo de dormir, antes pelo contrário, dormir é um desejo cuja satisfação dá gozo. Acontece o mesmo com a morte. Mas, assim como podemos ter insónias, e, bons ou maus sonhos, também a morte pode ser boa ou má. Temos portanto de lidar da melhor maneira possível com vida, insónias, sonhos e mortes.
Ao acordarmos, depois de umas horas ou minutos de sono, é como se tivéssemos renascido/reencarnado, tudo recomeçando de novo.
Quando estamos a dormir bem é como se não existíssemos, mas, existimos. O mesmo quando estamos mortos. Como passamos, entretanto, de mortos a vivos? Também não deve ser muito diferente de como passamos do sono a acordados. Para uns, são os nossos espíritos ( os «eus», afinal ) que andam por todo o lado, sendo vistos só por alguns, que entram num novo ser, superior ou inferior, no acto da sua concepção; para outros, passaremos de mortos a vivos quando as nossas partículas determinantes, feminina e masculina, após terem sido extraídas da terra/água, onde terão ido parar depois da nossa morte, por algum ser não sensitivo ( sem capacidade para a dor e para o prazer ), entram nos nossos futuros pais, os quais, juntando-as, por assim dizer, com a nossa intervenção\ajuda, aquando da concepção dum novo ser, nos ressuscitam/reencarnam. Que diferença faz que seja de uma maneira ou de outra, se é que o modo não é o mesmo, descrito por palavras diferentes?

ALUNO E PROFESSOR

O aluno pode ser induzido a pensar que sabe\é mais do que o mestre, mas, isso dificilmente é verdade. Esta é pois uma das causas de sofrimento do aluno, mesmo que o professor não o queira. E, claro, umas vezes somos alunos, outras professores…

«EUS»

Seguramente que os “eus”, que somos nós e os demais seres, nascem, existem, morrem e são indestrutíveis. Façam\façamo-nos o que quer que seja e seremos, no mínimo, sempre uns grânulos, umas partículas, uns elementos, mesmo que invisíveis a olho nu! E, sem dúvida que pensarmos ser mais, ou menos, do que somos, não é bom para nós nem para nenhum ser sensitivo. Mas, a vacuidade/vazio budista também existe.
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FÉRIAS
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É quando não vamos ao emprego\negócio, quando vamos a outros sítios, quando fazemos outras coisas, quando conhecemos outras pessoas...
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GUERRA
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É quando há armas e estupidez.

Tuesday, July 25, 2006

A VERDADE

Como é óbvio, procurar o bem estar e o prazer não só não tem mal nenhum como é natural. Entretanto, buscar o bem estar leva muitas vezes à dor, isto, claro, por haver outros interessados. Assim sendo, também é natural que, após a descoberta das causas, escondidas ou visíveis da dor, as abandonemos. Mas, irá repetir-se tudo de novo, já que estamos sempre a inventar\fazer coisas novas. Para os budistas, e outros, a dor neste mundo parece ser mais do que o prazer, o que não deve ser verdade, pelo que sugerem que um dos objectivos máximos a atingir é não reencarnar. Todavia, parecem falar muito mais deste mundo (samsara) do que do mundo dos budas e outros não reencarnados... Penso contudo que só temos, no ocidente, a ganhar com o estudo do budismo, e, a sua fusão com a religião, filosofia, ciência e ensinos do ocidente. Também o oriente só tendo a ganhar com o estudo e absorção dos ensinos ocidentais.

O TRANQUILO-PERMANECER

“ ... O tranquilo permanecer é ... uma mente que apaziguou as distraçções e permanece concentrada, de maneira unifocalizada, no seu objecto... Possui o êxtase da mobilidade física e mental... Depois de atingir o tranquilo-permanecer, deixamos de sentir desconforto físico ou mental. Nossa mente se acalma, conseguimos sempre gerar pensamentos e sentimentos virtuosos, bem como criar causas de felicidade... esse estado dá origem a outras aquisições, como os diversos tipos de clarividência. Existem cinco tipos de clarividência: a clarividência do olho divino, a clarividência do ouvido divino, a clarividência de conhecer a mente alheia, a clarividência de recordar vidas passadas e a clarividência de poderes miraculosos...” In: Págs. 389 e 390 de: “Caminho Alegre da Boa Fortuna”, de Geshe Kelsang Gyatso, 3ª edição, da Thara Brasil – 2005.
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O BEM E O MAL

Possivelmente, por cada má notícia que as televisões dão diariamente, ocorrem centenas, se não milhares de bons acontecimentos, como crianças que se divertem brincando, pobres ou não a quem se dá alguma coisa, ignorantes que recebem algum ensino, boas descobertas e justiças que se fazem ...

Monday, July 24, 2006

A calma, a serenidade, a tranquilidade e a prudência são características fundamentais dos santos\evoluídos\perfeitos e iluminados de todos os grandes ensinos.
Há muitos que dizem que devemos desejar e agir sempre para o bem de todas as pessoas, mesmo as inimigas, mas, só os budistas dizem que devemos desejar e agir sempre para o bem de todos os seres.
Não se pode dizer que o budismo seja contra os prazeres dos sentidos do corpo, e do mando, da riqueza, da beleza... apesar de, como todas as grandes religiões, lhes pôr e conhecer muito bem os limites. Os grandes prazeres a buscar para o budismo são os espirituais e mentais. E, sem dúvida que o budista parece conhecer mais da mente, do espírito, da vida, da morte e das reencarnações do que qualquer outro.
Faz sentido dizer que o espírito é mais importante do que o corpo e a matéria. Afinal, podemos ser um espírito sem corpo, ou, com um corpo não visível aos olhos. Mas, também faz sentido afirmar que espírito/mente e corpo têm o mesmo valor, já que pode muito bem acontecer que mesmo um espírito que sai dum corpo, ao morrer, p.e., tenha um suporte físico.
O orgulho/vaidade é uma característica errada, causadora de sofrimento, a evitar. Realmente, que sabemos nós? Mas, humildade a mais (da falsa humildade nem se fala) também não é boa. Se sabemos, sabemos. Não pode ser tudo uma imensa incerteza.

Sunday, July 23, 2006

O Budismo tem coisas interessantíssimas, que não podemos continuar a ignorar no ocidente. Uma delas é que tudo e todos somos eternos, sem princípio nem fim, somente com mudanças. Outra é a da reencarnação: todos os seres sensitivos podem reencarnar em qualquer outro desses seres . Deste modo, somos familiares\parentes de todos os seres, qualquer um deles pode ter sido nossa mãe, pai, amigo. Que interessa ser agora inimigo, se já foi um grande amigo? Assim, fazendo bem a todos os seres, fazemos bem a nós próprios, e, fazendo mal a outro ser, fazemos mal a nós próprios.
O budismo muitas vezes não refere Deus, mas, fala bastante de acções virtuosas e de renúncia às acções erradas ou negativas.
Nem a aversão nem o apego são bons, só causam sofrimento, e, derivam de uma atenção errada. Temos de amar mais os de que não gostamos , e, menos os de que gostamos!
As grandes religiões do ocidente e muitos orientais pouco ou nada se preocupam com o sofrimento dos animais, sendo que até os comem, os próprios animais se comendo uns aos outros. Como pode assim acabar o sofrimento?

Saturday, July 22, 2006

Geshe Kelsang Gyatso Rinpoche diz no livro: "Caminho Alegre da Boa Fortuna" que, se a fonte da verdadeira felicidade fosse, p.e., a comida, então comer em excesso não faria mal.

Wednesday, July 19, 2006

Passar horas e horas por dia diante do monitor de um computador parece que pode fazer muito mal à vista...
Pertencermos a um grupo mais ou menos organizado tem forçosamente de nos fazer participar das suas virtudes e dos seus defeitos.
A fim de ir para o governo duas coisas a oposição (de esquerda ou de direita) faz: 1) exagera os erros do governo; 2) promete coisas que não cumpre. Como pode existir bem estar assim?
Duas pessoas, dois grupos, duas realidades podem gerar um(a) terceira que, sendo temporariamente posta d elado, se pode considerar enganada. Mas, se há boa vontade e não má, não há engano.

Tuesday, July 18, 2006

BEM ESTAR
Todo o pensamento, desejo e acção de todos os seres tem uma única motivação: evitar a dor e desfrutar de bem estar.
Quando estamos com dor, a prioridade é eliminá-la; quando estamos sem dor, a prioridade é adquirir o bem estar.
Entretanto, querermos prazer a mais provoca a dor, e, contentarmo-nos em não ter dor, também.
Em princípio há 3 tipos de desejos (a classificação de Epicuro, http://www.aidscongress.net/pdf/epicuro_abstract_230_comunic_263.pdf, é ligeiramente diferente)
a) De satisfação muito necessária: comer, beber, dormir...
b) De satisfação nem sempre necessária: extravagâncias, sexo...
c) De satisfação prejudicial: ganâncias, desejos ilimitados.

Esta é a realidade. E, a prudência e o conhecimento teórico-prático são fundamentais: nem podemos eliminar a dor a custo de uma posterior dor ainda maior, nem buscar o prazer a qualquer custo.

Sunday, July 16, 2006


FOLCLORE
Os homens do folclore têm mérito: recolhem, preservam e divulgam músicas e danças do passado não muito antigo do povo. Faz-me todavia uma certa confusão que não haja músicas e danças no tempo presente do mesmo povo. Seguramente que se eles tiverem culpa disto é pouca.
Será porque o povo não quer ser povo? Não deve ser, embora num sentido ache muito bem que o povo queira ser mais. Não será antes que tal música e dança existem mas estão ocultas, à margem dos próprios grupos de folclore, porventura só recolhedores quando se formam?
Também os homens da política me causam perplexidade: de um modo geral vêem guerra em quase tudo, sendo o mais importante para eles ganhar e imporem-se, não propriamente congregar esforços e recursos a fim de resolvermos os problemas e melhorarmos a qualidade e a quantidade da nossa vida comum. Sim, porque temos uma vida individual, e, uma vida comum. Não temos o direito de interferir na vida privada de ninguém, apesar de não podermos excluir o bom conselho, desde que não seja sobre matérias polémicas, c.p.e. (como por exemplo) investimentos na bolsa ou números do totoloto. Mas, nem sequer um grupo tem também o direito de se impor a todos os demais!

Saturday, July 15, 2006


EXCESSO DE PESO
O excesso de peso é sempre prejudicial, podendo ser muito prejudicial(quem não sabe isto?).
A atracção e obcessão pela comida pode ser de tal ordem que, até uma pessoa que faz uma alimentação natural pode comer em demasia e ficar gorda.
Como é também sabido, a parte psicológica tem um grande efeito nisto: a pessoa pode dedicar-se à comida por não ter mais nada interessante para fazer, ou, para se "vingar" de qualquer coisa\alguém.
Além do mais, pode ficar assustada por, ao comer menos, fazendo outras coisas, na casa, no quintal, na rua, na praia, no campo, se sentir fraca. Não deve contudo ter nenhum medo de comer menos: o corpo sabe utilizar as reservas! (Só não deixe de beber bons líquidos, em particular nestes calores actuais, claro!)
Não é num corpo gordo que está a FORÇA: ela está num corpo equilibrado, e, numa vida vivida de acordo com Deus, a natureza, os amigos, e, todos os sentidos!!!!!...

Friday, July 14, 2006

ESCRITA E ALFABETOS (Médio Oriente e Ocidente)

Tudo indica que os hieróglifos egípcios estiveram na origem dos alfabetos fenício, judaico, grego e latino. Vejamos então: o A derivará da figura de uma cabeça de boi ou do abutre ou do braço/antebraço; o B da figura de uma casa ou de um pé; o C de um cesto com pega; o D de uma mão(fechada?); o DJ de uma serpente; o E da figura de uma pessoa ou de um abutre; o F, de uma cobra de chifres; o G de um pau lançado? ou de um suporte de jarra; o H de um abrigo de canas ou de um pavio de linho; o I de uma cana florida; o Y de duas canas floridas; o J de uma cobra com a cabeça levantada; o K do hieróglifo da mão; o L, de um leão; o M do desenho para água ou de um mocho; o N de uma cobra um pouco curvada, do desenho para água ou de uma coroa real; o O, o U e o W de um olho ou de uma jovem codorniz; o P de uma cabeça de pessoa ou de um tapete de cana; o Q do desenho de uma colina; o R de uma boca; o S de um pequeno lago de nenúfares ou de um pano dobrado; o T de um pão ou do cruzamento de uma linha horizontal(feminina) com um linha vertical(masculina); o TCH de uma corda de gado; o V de uma cobra de chifres, também?; o X do ventre de animal ou da placenta?.; o Z de um ferrolho.
Também o Alfabeto hebraico tem um significado para as suas letras, alguns coincidentes com estes, outros não tanto. Por exemplo: Alef (A)= touro; Beit(B) = casa; Mem(M) = água; Nun(N) = serpente; Ain = olho; Pé(P) = boca; Reish(R) = cabeça...
Entretanto, uma das coisas que se verifica na evolução da escrita é esta: antes da escrita havia figuras dos objectos, pessoas e outros seres que deram origem a símbolos, e, estes a símbolos de símbolos, que formaram as palavras... De modo que, muita gente hoje aprendendo as letras sem aprender nada disto, deve ter dificuldade não só em compreender as palavras, processos e seres como se deve sentir linguisticamente desenraizada...

Fontes: http://www.proel.org/alfabetos/romano.html,
http://antigoegipto.com.sapo.pt/alfabeto.htm
http://www.kfssystem.com.br/loubnan/fenicio.html, http://istoe.terra.com.br/istoedinamica/hieroglifos/hideograma2.asp
http://www.descobrindo.com.br/iniciacao.htm

Wednesday, July 12, 2006

O facto de, de um modo geral, as pessoas só quase apreciarem coisas que exigem um certo desgaste de quem as faz pode ser mais uma prova de um certo negativismo e pessimismo, pelo menos da época actual. É como os telejornais e jornais que, por cada notícia boa dão 10 ou 20 más. Como se fosse possível o mundo continuar a existir se a realidade fosse assim, com uma tal proporção entre coisas boas e más! Antes, o que deve acontecer é o inverso, as coisas boas devem realmente ser mais do que as más. Adequemo-nos e sejamos e vivamos pois de acordo com a realidade, a fim de tudo ser mais fácil!

Tuesday, July 11, 2006

CASTELO (OU CASTELA) MEDIEVAL DE MONTARGIL

Há no Site da escola Básica 2, 3 de Montargil, da autoria do Professor Pedro Ceríaco, um pequeno trabalho sobre as origens de Montargil. Aí se refere o castelo medieval de Montargil, constante do Roteiro dos Monumentos Militares Portugueses, 1947, Vol. III, Lisboa, p. 175, da autoria do General João de Almeida. (Enconta-se, p.e., na Biblioteca Nacional)

Passo a citar João de Almeida:

“ CASTELO DE MONTARGIL – No cimo do outeiro, cota de 104 m., em que está edificada a antiga vila de Montargil, que se levanta a 0, 5 Km. A poente da margem direita da ribeira de Sor, e a 22, 5 Km. A sudoeste da vila de Ponte de Sor, existem as ruínas de uma fortaleza medieval, cujo traçado está ainda bem identificado.
Ignora-se a sua história, mas, dada a natureza e situação dela é de presumir que na origem a fortaleza tivesse consistido num castro lusitano do período calcolítico.
É de crer que ali tivessem estanciado os Mouros.
Sabe-se que o castelo medieval foi mandado construir por D. Dinis, em 1315, possivelmente sobre as ruínas da fortaleza lusitana ou mourisca.”

Nota: O grande amigo de Montargil e nosso, Lino Mendes, dizia-nos recentemente que temos de pedir seja, o que subscrevemos inteiramente, no mínimo, a zona histórica do Outeiro declarada pela Câmara Municipal de Ponte de Sôr, como de interesse Municipal. Ao mesmo tempo não deveria ser localizado e restaurado o que ainda restar da "Castela"?


Ora, os monumentos ( construções ou obras de escultura que perpetuam memórias ) mais antigos até agora descobertos em Montargil, parecem ser o conjunto de cerca de 40 Antas. Devendo o início da sua construção, que se prolongou por várias centenas? de anos, remontar a cerca de 4. 500 anos a.C..

As Antas sobressaem pela grandeza das pedras, de xisto ou granito, que as formam, sendo, nas palavras de João Luís Cardoso: “ verdadeiros hinos ao esforço colectivo das comunidades ( nossos antepassados ) que as erigiram”.

São de 2 tipos: “câmaras maiores, de planta poligonal, com galeria de acesso”, e, “pequenas construções alongadas e baixas e sem corredor”. Quase sempre construídas no cimo de mamoas ( colinas artificiais ) que podem atingir os 16 metros de diâmetro.

Basicamente, as Antas são sepulcros, individuais ou colectivos, onde se encontravam não só ossos, como os mais variados artefactos dos nossos antepassados do Neolítico, tais como: enxós, machados, massas, cunhas, facas e pontas de setas, em sílex ou fribolite, amoladeiras de granito, vasos e taças de cerâmica, placas ornamentais de xisto com dentes de lobo ou zigue-zagues e goivas, e, até uma matriz de cobre, já da Idade dos Metais, portanto, que foi encontrada na Anta do Monte do Cabeço.

E, digo encontravam, porque já não se encontram lá. Agora estão no Museu Nacional de Arqueologia ( antigo Museu Etnológico do Doutor Leite de Vasconcelos ), em Belém – Lisboa.

As gravuras deste Post são publicadas com a gentil permissão do Instituto Português de Arqueologia e foram retirados da revista: “ O Arqueólogo Português”, de 1953, que se encontra, p.e., na Hemeroteca da CML, perto da Trindade.


MONTARGIL AO TEMPO DOS ROMANOS


Tão pouco os Romanos, que desembarcaram na Península Ibérica no ano 218 a. C., por ocasião da 2ª Guerra Púnica ( entre Roma e Cartago ), cujo objectivo era o domínio de toda a bacia Mediterrânica, e outros, desprezaram MonteArgil.
A atestá-lo, uma das vias romanas que vinha de Mérida a Lisboa que passa a norte do seu termo, em Perna Seca, e outra estrada Romana que passava nas Mesas ( Serra de Montargil ), unindo Tomar e Évora, e, a Necrópole de Santo André.

Os resultados das escavações da Necrópole ou Cemitério de Santo André, do tempo dos Romanos na Península Ibérica, feitas nos anos de 1973, 74 e 75 d. C., foram publicados na Revista Conímbriga nº XX, por João Rosa Viegas, Jeannette U. Smit Nollen, Maria Luisa Ferrer Dias e outros, a informação do “Sr. Manuel Falcão de Sousa, proprietário da Herdade de Santo André”.

Segundo a referida Revista: “ A necrópole de Santo André oferece uma cronologia muito homogénea; a maioria dos enterramentos parece caber dentro do período Flávios – Trajano ou, melhor dito, no último terço do séc. I d. C. e no primeiro quartel do séc. seguinte. “

E, de acordo com J. R. Viegas, na mesma Revista: “ A boa aceitação da escavação por parte da população de Montargil e dos campos vizinhos de Santo André animou-nos com as sua visitas e o interesse com que acompanharam as nossas explicações; graças a elas pudemos, com prudente tranquilidade, deixar materiais no terreno durante dias, obtendo assim fotografias de conjunto, sem que nunca tivesse havido interferências furtivas. Devemos também gratidão à Casa do Povo de Montargil e ao seu secretário, Sr. Lino Mendes, pelas facilidades que nos deram para a realização de uma pequena exposição de materiais da necrópole que, durante alguns dias, foi visitada por escolas das povoações vizinhas; e de uma palestra acompanhada de projecção de
diapositivos sobre os trabalhos realizados em Santo André e proferida diante de um auditório extremamente participante.”
Eis alguns dos objectos encontrados na Necrópole que, a informação da Dra Jeannette Nolen soube estarem, não sei se todos, no Museu Arqueológico de Setúbal ( não deveriam era estar, como o espólio das Antas, pelo menos em boa parte, num Museu de Montargil? ): um par de brincos em ouro, urnas ou potes funerárias, ossos humanos, um anel de sinete, que terá pertencido a alguém com um lugar não inferior ao de um “eques Romano”, um anel de prata, fíbulas, que começaram a aparecer na Península Ibérica a partir do séc. I a. C. nos castros Ibéricos e em Numância, fivelas de bronze, pinça, campainha igualmente de bronze, faca de ferro, 2 moedas, pregos, bilhas, jarros, púcaros, cantil, copas ( copos ), pratos, tigelas, malgas, garrafas, testos, potes, etc..
Nota: O mapa da estrada romana foi retirado do site: http://psoutinho.planetaclix.pt , e, a figura dos brincos, do anel, das moedas e das fíbulas da Revista Conímbriga referida acima, com a devida autorização do Instituto de Arqueologia. Pergunta: onde se situava a ponte romana?
TEMPOS TERÃO HAVIDO em que as pessoas tinham só um nome. Depois, com o aumento da população vieram os nomes vários para a mesma pessoa. Com isto, o que acontece é que, p.e., quando fala o João Maria, nem sempre saibamos se é a Maria ou o João que está a falar, dadas as realidades da separação e da união, mesmo numa só pessoa.
Não se percebe porque tantas pessoas se lamentam tanto, ao invés de viverem a vida com alegria.
Um das coisas mais fantásticas acerca das letras é a aparente ou real impossibilidade de ser criada\inventada mais alguma!
Não é também significativo que MÓ se escreva com um O, e não com um A, um U ou um E?
Como não pode deixar de ser, uma coisa tão rica como as letras tem muitos aspectos e coincidências. Não é verdade que, p.e., a posição dos lábios ao pronunciarmos o O é muito semelhante ao próprio O? Já o A é um O mais aberto, e, para não haver dúvidas de que nada se perde, de que nada deve ser perdido, o pedaço que se tira em baixo ao O a fim de dar forma ao A (haverá outras formas de formar o A...), é colocado no meio do A. Também é muito interessante que SEXO, a origem da VIDA, tenha não só um X, um par de sexos complementares que se cruzam, como um O. E, claro, o O aparece também em RODA!
Há pessoas que gostam muito de classificar e compartimentar, o que é importante na organização. Mas, isso tem de ser passageiro, nunca podemos perder de vista o todo. Por exemplo: há quem diga que os hieróglifos, possivelmente as formas de escrita mais antigas, eram sinais que representavam objectos e seres, logo ideias, e, que os alfabetos, posteriores, são constituídos por símbolos que representam sons simples. Mas, como podemos deixar de ver símbolos representativos de ideias mesmo nas letras dos alfabetos modernos? Por outro lado, parece que os hieróglifos também eram usados como letras. Mas, por outro lado, faz sentido dizer que as letras são símbolos de símbolos.


Carta de Privilégio de D. Afonso IV aos Almocreves de Monte argil

“Dom Affonso pela graça de Deus Rej de Portugal e do Algarue A quantos esta carta virem ffaço ssaber que o concelho de Monte argil me disse que a mayor parte das viandas en que sse ham de manteer que as Am de carreto de fora parte mj mandam por eles seus almotacees com ssas bestas e que lhas filham em aqueles logares hu uam pelas dictas viandas en tal guisa que aas vezes nom podem auer mantijmento pera ssj nem pera os que passam polo dicto logo e pedirom mj sobr esto mercee.
E eu ueendo o que mj pediam e querendo lhj fazer graça e mercee tenho por bem e mando que nenhuu nom sseia ousado que filhe nem mande filhar as bestas a fernando afonso e a martim rolos e a vasco esteuez e a Domingos galego almocreues e uizynhos do dicto logar que mj o dicto concelho disse que lhjs compriam pera lhis tragerem as dictas viandas E mando aas mhas Justiças que se lhas Alguem ffilhar que lhas façam logo entregar vnde nom façades E o dicto concelho ou alguem por el tenha esta carta
Dante em monte argil quatro dias de Juynho El rej o mandou per Afonso esteuez francisco lourenço a fez Era de Mª iij Lxxiiij Anos
Afonso esteuez”
Torre do Tombo - Liv. 4, fl. 12, de D. Afonso IV
BANCOS
Os lucros dos 47 bancos a operar em Portugal aumentaram no ano passado 30%(1. 600 milhões de euros), especialmente à custa do crédito às famílias para a habitação, parece, mas os impostos que pagaram só aumentaram 15% (500 milhões de euros). [Fonte: TVI] Seremos, afinal, todos obrigados a contribuir para a eliminação do déficit, menos os banqueiros? Também não percebo porque haviam os jogadores de futebol da Selecção ou a FPF de ser tratados como banqueiros!

Sunday, July 09, 2006

EFECTIVAMENTE são os pensamentos e os desejos que vão moldando a realidade, que lhe dão a(s) forma(s) de que se reveste. E, quando todos os pensantes/desejosos quiserem um mundo de paz, bem estar e felicidade, muito possivelmente, esse espírito vai-se propagar aos não pensantes, que deixarão também de fazer mal uns aos outros (só assim se explicam as profecias bíblicas, p.e., vendo no futuro, a criança, o leão e a cobra brincando juntos).
As guerras, sejam de pensamento ou físicas, com armas ou económicas são uma grande estupidez (nem a guerra defensiva escapa a esta definição, pois, onde há inteligência nem esta guerra existe) sempre causadoras de muito prejuízo e sofrimento.
Realmente mandamos todos, todos os seres mandam. E, mesmo uns mandando mais do que outros, isso é só muito temporariamente.
Viver é também adaptarmo-nos. Neste sentido, não há que temer idades avançadas, somente, e quanto baste (q.b.), a não adaptação!
Fazermos coisas interessantes, contribuirmos continuamente para um mundo melhor, mais belo e mais justo!...
A origem e história e significados de letras, palavras e línguas é uma coisa fascinante. P.e.(por exemplo), perguntando porque é PÉ um P e um E, e não outra coisa, ocorreu-me juntar as demais vogais ao P, o que dá PÁ e PÓ!
Estamos continuamente a ser julgados, atacados, e, defendidos!
Há na foz do rio Tejo, ainda altamente poluída, em particular na margem Sul, um peixe, a taínha, que floresce com a porcaria, nomeadamente humana!
Em momentos de inspiração possivelmente qualquer um(a) pode criar uma autêntica obra de arte, como na música, p.e.. Neste caso seria então muito bom todos sabermos ler e escrever pautas musicais!
Conheço uma teoria que diz que foi com as letras Hebraicas, de origem portanto Divina, e, não inventadas pelos homens, que Deus criou o Universo. Nunca ouvi ou li nada de semelhante para as notas musicais. De qualquer modo, há muitas coisas boas que foram(são) inventadas pelos homens, nada disso pondo a existência de Deus, a 1ª Causa, em causa!
São as boas pessoas, Deus e os bons espíritos vigilantes que impedem o surgimento e triunfo do mal e dos maus. Mas, podem existir coisas antigas, doutras vidas até, nos juízos continuamente a decorrer, que desconhecemos, mas que alguém tem de conhecer.
As divisões e os grupos fazem parte da vida e são necessários ao crescimento e ao bem estar, mas, não o são menos as uniões!

Saturday, July 08, 2006

Alguns benefícios de certas coisas que se comem e bebem não compensam de modo algum os prejuízos que ocasionam, nomeadamente na saúde.
Obviamente, todos os desequilíbrios são maléficos ao bem estar.
Se queremos compreender o que se está a passar no presente temos de (re)conhecer e ter presente o que se passou no passado, que é causa do presente.
Ganhar muito implica gastar muito.
Possivelmente a maior e mais nobre das artes, fonte de todas as demais que são a sua expressão, é a do pensamento!
Não podemos dizer tudo, porque isso pode ser usado contra nós; mas, o universo não avança e não melhora se não dissermos/fizermos todos os dias ou mesmo horas um pouco mais.
Se uma solução não resulta, só um(a) estúpido(a) ou corrupta(o) não tenta outra!

Friday, July 07, 2006

Há pessoas que não só são piores do que muitos animais, como ainda podem justificar a sua maldade com pseudo instruções de um deus que fazem à sua imagem. Mas Deus é realmente bom e justo para com toda a sua criação e criaturas.

Thursday, July 06, 2006

Aberta ou escondidamente quase todos tentam ganhar a todos.
Ontem vi uma criança provocar ligeiramente a mãe, que quase lhe bateu, com força, numa vista.
Nós podemos querer uma coisa\pessoa, outro(a) também a podendo querer ao mesmo tempo. Feliz o que desiste primeiro de querer essa coisa/pessoa. Mas, também podemos querer uma pessoa/coisa que nos quer ao mesmo tempo que a queremos, sendo que a satisfação dessa necessidade comum, sendo verdadeira e justa, nos faz igualmente felizes.
Quem quer destruir o que tem vida ou é querido por vivos, é-lhe desejado que seja destruído; quem destrói o que tem vida ou é querido por vivos, é destruído. E, os mortos podem estar mais vivos do que os próprios vivos!
Coração\emoção e razão/pensar e fazer contas têm de estar equilibrados. Ainda há demasidas pessoas em Portugal muito mais emotivas do que racionais.

Wednesday, July 05, 2006

A VOCAÇÃO UNIVERSALISTA DE PORTUGAL é inegável, nenhum outro país tendo, p.e., a esfera armilar na sua bandeira, apesar de mundo não ser o mesmo que universo, claro.
Há muita gente que ganha muito dinheiro, viagens, belas estadias, etc. com o futebol e à custa de milhões que são melhores para essa gente do que para si próprios!... O mesmo se aplica à política, à música, ao jogo, aos negócios e a quase todas as actividades humanas que metem dinheiro.
Os vícios, no jogo, na comida, na preguiça, na bebida, no sexo, na conversa, no fumo, na droga, etc. podem ser uma realidade altamente destrutiva e causadora de muito sofrimento. Mas, não chegando a vício, algumas dessas actividades originam prazer e não dor.

Tuesday, July 04, 2006

Se ganhamos alguma coisa no futebol, também podemos e devemos ganhar noutras coisas, como no nível e qualidade de vida, por exemplo.

Monday, July 03, 2006

Pessoas que há pouco mais de um ano votaram em Sócrates para Primeiro Ministro, fazem agora greve contra ele.
O Governo de S. aumentou o tempo de serviço dos funcionários públicos e reduziu o valor das reformas, com a agravante de, como os anteriores, continuar incapaz de recompensar quem trabalha e penalizar quem o não faz. Pouco mais se pode dizer, a não ser que temos de ter cuidado a fim de não sermos nós os penalizados.
As pessoas do sector privado é que são o inimigo/amigo das do sector público.

Sunday, July 02, 2006

PERTO DE DEUS

Quero que o Livro
tenha como nome
"Perto de Deus". Livro
com Livro de renome!

Livro da preguiça,
e, do não descanso.
Do que muito iça,
e, do todo manso!

Ajudo ao meio
outra encontrar.
a ficares cheio,
sem prejudicar!

O futuro é
caderno em branco
p' ra escrever ao pé
de Deus. Não do manco!

Deus não 'stá no frio,
nem na dor, e, nem
no medo. Em trio:
Mãe, Pai, Filho, vem!

Amo-te, e sou
teu amigo. Perto
de Deus te pôr vou,
do bom Deus e certo!

Como o cantar
dos Alentejanos
do Justo do "bar",
soa bem, sem danos!

Há os que desprezam
poetas e flores,
aqueles que rezam,
e, os dos amores!

E, os que não são
práticos. Uns nem
outros estão
no estar bem.