Olhar, observar, viver a vida, a beleza
não a partir de porquês, conclusões,
esperanças e desesperos, o que é estreiteza
e dor, mas, a partir das não acumulações.
Nada a ganhar,
nada a perder,
nada a proteger:
só imenso Ser!
Completamente sós,intocados,
em nós mesmos não centrados,
por nenhuma influência,
nenhum desejo intoxicados
é que ficamos libertados.
A energia da fricção
entre o que é e o que devia
ser, da contradição,
nada constrói, só desvia.
E, logicamente, não
é no aumentar da tensão
que tal energia passa a criativa:
alegria, só reconhecendo contradição.
A lei começou
quando terminou
o amor, a amizade,
e, tudo estragou.
O paraíso não
se conquista:
vive-se quando não
mais queremos
vir a ser
e vir a ter,
pois, então
somos e então
temos.
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