Saturday, November 27, 2010

Só o novo transforma,
só o novo dá gozo,
só o novo(a) é criador.
E, só em mentes novas
o criador pode nascer,
e, mentes só se renovam
quando percebem todas as suas
actividades, superficial e profundamente.
Sermos novos é sermos criativamente
vazios, momento a momento nos
apercebendo dos nossos desejos,
motivos,exigências, ansiedades,
medos, buscas, criação e seguidismo
de autoridades, disciplinas, controlos,
esperanças, crenças, ideias
sempre cada vez mais funda e vastamente,
até chegarmos à Última
questão do Vazio, que eternamente
se enche e se esvazia, aí onde
o NOVO, o BELO, o ENTUSIASMANTE,
o ESPERANÇOSO, o JUSTO, o ABUNDANTE...
podem e têm de existir!!
Seguir líderes, pensadores e pensamentos
é ainda o dualismo conflituoso, destruidor, escavaquista.
E o melhor mesmo é nada pensar e dar assim lugar ao Amor,
o único que é inovador, redentor, criador, curador...
Mas, se tivermos mesmo de pensar, observar, experimentar
não podemos estar separados do pensamento, da observação, da experiência...
E, se estivermos, que não tentemos ultrapassar esse intervalo pela luta,
pelo esforço, tentando dominar... Esse é o mísero poder de políticos, religiosos e místicos que nada resolve, antes tudo "escavaca": basta mesmo tudo compreendermos.
Tentemos, por amor de Deus, a compreensão e o amor, até pelos "escavacadores"!
Nada de bom é pelo desejo, pelo pensamento que são ilusão, amigos.
O Vazio criador não vem do desejo mas da percepção, momento a momento,
do desejo, dos esforços, das lutas, das divisões conflituososas...
Desejar é apenas ceder à ilusão: quem deseja muito, alcança... mas nada, apenas as ilusões da auto-projeção. Mas, quanto mais profunda e largamente unos
com a observação/experimentação, a todo o momento, de nós próprios, mais unos
com o grande VAZIO criativo, mais criadores e criativos!
Mas, verdadeiramente, a Realidade, a Verdade, Deus, o Todo(a) ou como quiserdes
é de Ordem tal que, enquanto existir experienciador não pode existir a REALIDADE.
Cessem pois até o experienciador e o experimentado! E, então, não o milagre
mas o Divino e o milagre surgem, quando menos esperamos, do Vazio, do Escuro, do Desconhecido!

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