Tuesday, November 30, 2010

Claro que sofremos por culpa nossa
ou de outros, mas, castigo, se tem
de haver castigo, tem de ser adequado
à culpa, mesmo o do auto-flagelado.
E, por que não experimentarmos,
para variarmos,
ficarmos
com problema, com dor
sem fugirmos deles, doutor,
sem os castigarmos?
Que, é sermos também a dor,
o problema, o sofrimento,
e, menos nós próprios, Bento!
É que a vida é assim, Quim:
quanto mais ego mais sensibilidade
à ofensa, à dor,
e, quanto menos ego,
mais sensibilidade
ao êxtase!

Monday, November 29, 2010

Desejar continuidade
É duvidar do eterno,
Da eternidade:
É não sentir a eternidade,
o eterno!
Mas, cessando o eu,
Que é desejo, também de continuidade,
Pela compreensão,
Acontece a eternidade!
O passado é inimigo do presente: cesse pois o apego à palavra dos outros, às suas vidas e experiências, mesmo que elevadas.
Não deixemos que o conhecimento acumulado e o querer saber mais nos impeçam de compreender o intemporal.
Se não estamos satisfeitos com o que somos\temos, é com objectivos, com lutas, com muitos trabalhos e disciplinas que vamos melhorar, ou, é pela compreensão e pela inteligência?
Ambição a mais ou a menos geram dor, mas, é compreendendo isto que ficamos com a ambição no ponto, não pela agressão mesmo que a nós próprios, que é agitação, que impede a compreensão. Para compreendermos são precisas serenidade e tranquilidade, mas não as da forçagem, que são decadência.
Nós criamos a nossa própria confusão, como pode ser outro(a) a desfazê-la?
Precisamos de compreender, certamente, o que se passa, mas, o verdadeiro mestre(a), guru, se assim lhe podemos chamar, não pode ser alguém fora de nós, que só nos explora: só nós nos podemos compreender a nós próprios nos nossos conflitos, nas nossas reações/ações, nos nossos problemas da nossa relação com o presente - a compreensão profunda desta Relação é o único Mestre, a única Autoridade, o único Poderoso(a) que nos pode ajudar!

Sunday, November 28, 2010

http://www.krishnamurti.org.br/?q=node/987
Os senhores ministros das finanças da união da europa deixam o seu banco emprestar dinheiro aos bancos privados a juros baixos, e, deixam também que estes os emprestem aos seus estados a juros altos, ao mesmo tempo que dizem que os bancos privados, que, mandam ainda eles, não podem pagar impostos altos como os demais, devem ajudar tais estados!...
O que é isto se não ilusão, maldade, estupidez, incompetência?
Mas, Deus, a Realidade existem e não são para se procurar, mas, para se viverem. E, o ideal, o objetivo são auto-projeções.
Procurar Deus, o Desconhecido(a) é negá-lo, é negar a sua bondade e presença, e,como tal, procurá-lo(a) é a garantia do seu não encontro.
A Verdade é O que é, não o que foi, o que será ou que gostaríamos que fosse: honrando O que é, O que é nos honra. E, o que é está sempre a mudar: temos de o(a) acompanhar na sua mudança, não é?
A verdade é o desconhecido, e, as mentes são do conhecido: ninguém pode pois levar-nos à verdade. Mas, a verdade,o desconhecido vêm até nós quando estamos esvaziados do conhecido. E, o conhecido cessa quando nos auto-conhecemos totalmente, momento a momento, nas relações.
Mas, verdadeiramente, o Desconhecido, a Verdade nem são para se conhecer, pelo menos individual e egoisticamente, pois, no momento em que os(as) quisermos conhecer desse modo, se vão, se escondem.
O quesilento, o agressor, o(a) conflituoso não é inteligente. Como pode ser inteligente quem dá cabeçadas/murros numa parede? Quem põe na boca ou no estômago ou nos pulmões o que não é própio para a boca, para o estômago,para os pulmões? Quem tem más relações com coisas, seres e pessoas?
Logo, todos os clãs, famílias, países, igrejas, clubes...que sejam filhos do conflito são estúpidos, como sem inteligência somos quando pensamos que se não nos identifcarmos com algo/alguém supostamente maior ou melhor, que se não tivermos muitos ganhos na questão da expansão/contração do eu não somos ninguém, somos uns falhados, não podemos ser felizes.
É que, sendo a vida relação, a um, a dois, a mil, a infinitos(as)... os ganhos e as perdas têm de ser equilibrados, só com deseqilíbrios equilibrados e fluídos inerentes à própria boa vida.
E, os problemas, nem que sejam só(?) de compreensão têm de ser resolvidos logo que surgem.

Saturday, November 27, 2010

Só o novo transforma,
só o novo dá gozo,
só o novo(a) é criador.
E, só em mentes novas
o criador pode nascer,
e, mentes só se renovam
quando percebem todas as suas
actividades, superficial e profundamente.
Sermos novos é sermos criativamente
vazios, momento a momento nos
apercebendo dos nossos desejos,
motivos,exigências, ansiedades,
medos, buscas, criação e seguidismo
de autoridades, disciplinas, controlos,
esperanças, crenças, ideias
sempre cada vez mais funda e vastamente,
até chegarmos à Última
questão do Vazio, que eternamente
se enche e se esvazia, aí onde
o NOVO, o BELO, o ENTUSIASMANTE,
o ESPERANÇOSO, o JUSTO, o ABUNDANTE...
podem e têm de existir!!
Seguir líderes, pensadores e pensamentos
é ainda o dualismo conflituoso, destruidor, escavaquista.
E o melhor mesmo é nada pensar e dar assim lugar ao Amor,
o único que é inovador, redentor, criador, curador...
Mas, se tivermos mesmo de pensar, observar, experimentar
não podemos estar separados do pensamento, da observação, da experiência...
E, se estivermos, que não tentemos ultrapassar esse intervalo pela luta,
pelo esforço, tentando dominar... Esse é o mísero poder de políticos, religiosos e místicos que nada resolve, antes tudo "escavaca": basta mesmo tudo compreendermos.
Tentemos, por amor de Deus, a compreensão e o amor, até pelos "escavacadores"!
Nada de bom é pelo desejo, pelo pensamento que são ilusão, amigos.
O Vazio criador não vem do desejo mas da percepção, momento a momento,
do desejo, dos esforços, das lutas, das divisões conflituososas...
Desejar é apenas ceder à ilusão: quem deseja muito, alcança... mas nada, apenas as ilusões da auto-projeção. Mas, quanto mais profunda e largamente unos
com a observação/experimentação, a todo o momento, de nós próprios, mais unos
com o grande VAZIO criativo, mais criadores e criativos!
Mas, verdadeiramente, a Realidade, a Verdade, Deus, o Todo(a) ou como quiserdes
é de Ordem tal que, enquanto existir experienciador não pode existir a REALIDADE.
Cessem pois até o experienciador e o experimentado! E, então, não o milagre
mas o Divino e o milagre surgem, quando menos esperamos, do Vazio, do Escuro, do Desconhecido!

Thursday, November 25, 2010

Praticar a não violência é ainda violência;
resistir ao conflito, mesmo que arbitrando, é ainda conflito;
dependermos do tempo para fazermos seja o que quer que for ou é preguiça,
ou falsidade ou ambas.
Mas, o mais importante, o essencial, o urgente é QUERER compreender,
o que é serenidade e integração, nunca exclusão, que também é conflito.
E, o eterno problema é o desequilíbrio: o ir sem o vir; a condenação sem o louvor;
a agitação sem o sossego; o escutar sem o falar; o escrever sem o ler; a atenção sem a distração; o mais sem o menos; a concentração sem a expansão; e: o vir sem o ir; o louvor sem a condenação; o sossego sem a agitação; o falar sem o ouvir; o ler sem o escrever; a distração sem a atenção; o menos sem o mais; a expansão sem a concentração...
Mas, muitos não querem compreender nada de nada, de ninguém, deles próprios.
E, todavia, como é URGENTE a total compreensão, não procurando e procurando, resistindo e não resistindo, e, a completa acção.
E, ainda, plano rígido igual a conformismo, compulsão, brutalidade, ditadura, prisão e campo de concentração, e, nenhum plano ou alterações excessivas aos planos, aos orçamentos igual a anarquia, paralisia, libertinagem...

Wednesday, November 24, 2010

A memória da experiência do passado
respondendo ao desafio do presente vai
criando um mesmo futuro. Desafio-te pois, amado,
ao não ego, ao esquecimento não forçado
do eu, à beleza, à paz,à criatividade, ao fado,
ao infinito, às grandes relações. A felicidade,
como o Amor, não é do tempo.
O que é o tempo, tanto cronológico
como psicológico? O intemporal, o infinito
e afins são criação da mente e o tempo também.
Em boas relações, exercendo actividade
sensorial, criando, convivendo,
não há mau tempo, só êxtase, bem estar
e alegria. Quando é que surge o mau tempo?
Não é quando se verifica desequilíbrio entre pensar
ou não pensar e agir ou não agir?
Egoístico, estúpido e desequilibrado agir ou pensar
há pois que evitar, a fim de mau tempo não criar.

Monday, November 22, 2010

O eu é repetitivo, é repetição:
está sempre (re)nascendo,
sofrendo e morrendo,
mas, o verdadeiro anónimo não.

Reside basicamente a dor
no escolher e no evitar...
Mas, cessando a preferência e o rejeitar,
surge o eterno novo, seja onde for.

Para o eu morrermos é vital:
morrermos para o (re)conhecimento
do passado e do futuro: esquecimento
não deliberado é surgimento do sem tempo, do imortal.

E o sem tempo é o amor;
e ser verdadeiro anónimo
não é sinónimo
de deliberadamente não ser/ter, senhor.

É sempre velha, a mente,
e, o amor é sempre novo,
mas, amor sem velho(a) é ovo
estragado, minha gente.

E, amor egocêntrico não
é: se penso/digo que amo, já não
amo: como demais virtudes, amor também não
se cultiva; e, por isso é tão belo, o amorzão!

Só o amor é sempre novo,
só o amor é criativo:
ser muito imaginativo
nada é ao pé do amor, bom povo!

E,o sem tempo, o intemporal
não se atinge tempo usando,
mas, tempo compreendendo, Fernando:
compreender o tempo é dele ficar liberto, Juvenal.

Tempo é igual a pensamento:
sem o tempo, futuro e passado,
cessam actividades do eu marado
e surge amor verdadeiro, livramento.

Thursday, November 18, 2010

Mentalidades demasiado
mundanas, dominadas
por auto-ilusões, facilmente
satisfeitas com palavras
e contrapalavras
só podem criar
crises,nunca resolvê-las,
e, depois,ficar
à espera que alguma coisa aconteça,
já que, as suas cada vez mais
explicações dessas crises e guerras jamais
lhes põem fim. E, quando é que alguma
coisa boa acontece,
se é que acontece? Não
é quando algum de nós\vós vai
além/aquém das palavras
e, no silêncio, na quietude das não
plavras ( que mal pode existir no silêncio, meu Deus ?!)
fica pleno(a) de Amor, de Compaixão
por todos, humanos e não humanos?
A essência da ilusão
está claramente
no desejo, no momento em que desejamos mais
ou menos do que o correcto, fazemos nascer
um estado que aceita facilmente
o falso, a ilusão
que pode ser causa de muito sofrimento.
Procurarmos sem cessar
continuidade, conhecimento e segurança
de forma egoísta, é impormos
a nós mesmos a ilusão,
tornarmo-nos seus escravos. Não
são os outros que nos iludem,
somos nós que nos iludimos a nós próprios,
assim nos prejudicando por vezes muitíssimo.
E, os eus coletivos, os mais variados
grupos, não são menos destrutivos
do que os eus individuais,
todos sendo pensamento(s).
E, disciplinas imperativas
de cooperação só acerbam mais
os eus.
Pensamento é reação
que é condicionamento,
que é opressão; e, fim do intelecto
com todos os seus desejos, ambições, medos,
buscas, interesses tem de terminar
para que o amor possa começar:
amar é cooperar, descobrir
o que é Deus e a Verdade;
amar é abandonar completamente o eu
por intermédio da compreensão,
permitindo o surgimento do Eterno, do Intemporal,
do Desconhecido, do Imensurável...

Wednesday, November 17, 2010

Pensamento
é isolamento,
e, isolamento
não resolve
o problema do eu.
Apenas das actividades do eu
nos apercebermos, sem as
justificar
nem condenar,
sem resultado procurar
é que resolve.
Resultados procurar
pela vigilância,
pela análise, pelo exame
do pensamento
é jamais resolver
o eterno problema do sofrer,
do eu, da ambição, do conflito, da morte.
Sem o eu e os seus desejos de poder,
de ganhar, de ficar à frente,
de continuação, de autoridade
todos os nossos problemas cessam,
sem morrermos.
A crise é a crise do pensar:
quem não pensa,o que não quer dizer
que não faz, não tem problemas,
fica mui sereno e tranquilo
e, pode assim amar.
E é quem ama assim,
até sem o amor procurar,
que é feliz
e ajuda à geral felicidade.

Monday, November 15, 2010

Pensamentos, ideias, opiniões
impedem-nos de compreender a coisa,
o problema: são distrações,
obstáculos às boas observações
e audições sem as quais não existem
nem grandes compreensões nem resoluções,
que são sempre das relações.
Esta mente simples, tranquila, serena,
não distraída nem pelo próprio pensamento,
não é produto do treino, da disciplina,
do esforço, do controlo, da meditação...
Surge com a compreensão
de todo o processo de pensar
qaundo vemos os factos sem qualquer distração.
E, mente tranquila é inteligência amorosa
a qual resolve todos os nossos problemas, Rosa.

Saturday, November 13, 2010

Olhamos o nosso eu
sem qualquer movimento
para o destruir ou fortalecer,
e, fim dos problemas.
Não é preciso pensamento,
basta este, este percebimento.
Nada de vigilância, estudo
sobre como resolver os problemas:
isso é ainda eu:
tão somente grande e geral
observação sem justificação
nem condenação.
Espantado pelo poder
dos políticos e não pelo seu,
ou ignorando o seu!
Vá lá, poupem-nos!
Procurar é não
encontrar,
mesmo sendo o amor a se buscar:
amor/felicidade são divinos, perfeitos,
sem esforçar!
A inteligência, a mente do amor
é que são importantes, não
os QIs (coeficientes intelectuais)
da arrogância e da destruição,
mesmo que travestidos de humildade.
E, esta inteligência amorosa
vem com o silêncio, com a tranquilidade,
sem a interposição de ideias,
palavras e teorias, sem qualquer distração.
Verdadeiro pensar é tão
somente ouvir, tocar,
saborear, olhar e observar,
sem nenhuma exclusão.
E ainda: não tenhas medo da independência,
que não é isolamento, pois, se o tiveres
te privas da grande liberdade.
Mas, tu és escravo(a) do pensar, da actividade
mental, não é? e assim te exclues do Amor.
E, não me tentes iludir: sei muitíssimo bem que AMOR
não é por ti, querido pensamento:
mesmo quando te apresentas como novo não
passas de conflito, morte e sofrimento!
Mas, é glorioso o Amor,
até por não ser conseguido até pelo maior
dos martírios, pelo maior dos pensamentos!!

Friday, November 12, 2010

Seguramente que o dinheiro não é o mesmo que aquilo que pode comprar/vender, mas,
é um intermediário das trocas;
Seguramente que dinheiro serve para avaliar coisas e pessoas, e, até para dar a quem queremos...

Wednesday, November 10, 2010

Se não me esforçar
muito sou preguiçoso,
não ambicioso
no bom do ambicionar?
Mas,nós e o objecto/ser
para o(s) quais nos esforçamos,
isto bem vejamos
(correres, esforçares-te
para o objecto\objectivo
é deles te afastares,
te destruires, não vês?
E, por isso, não nos esforçarmos,
mas, mui bem compreendermos
tudo isto é alcançarmos),
isto bem vejamos,
somos o mesmo.
Nós, o espírito, o nosso eu superior
e o corpo, as paixões que nos esforçamos
por dominar,isto bem vejamos,
o mesmo somos.
Dividimo-nos algures entre
eu e objecto, superior(es) e inferior(es),
não tendo muitos cessado de aumentar
tal divisão com todo o sofrimento
e morte envolvidos.
Experimentai, AGORA,AGORA,não amanhã, que é Nunca, para variar,
nestas palavras muito bem atentar,
e... Começareis a ver o processo do pensamento a cessar,
e, portanto também o do tempo,apesar
do adolescente,
também, claro, erradamente,
querer é ver o tempo a passar...
Sem procurarmos, sem acumularmos
e sem nos negarmos a nós mesmos,
mas, não sem criarmos, abundantemente;
sendo perfeitamente unos(as) com nosso pensamento
e experiência;
sem esforço, sem luta, sem desejo,
mas, não preguiçosamente;
a ação da vontade, que é sempre dualista,
conflituosa, separatista, e que vai
sempre do tudo para o nada e vice-versa,
o vir a ser são a essência da deterioração,
do sofrer, da morte, da destruição:
ultrapassamos a ação desta má vontade pela compreensão
de tudo isto.
E, o pensador não é diferente do pensamento:
não somos dois processos, pensador e pensamento:
somos um só processo: pensamento\pensador: nós somos
os nossos pensamentos: melhorando, sem esforço
os nossos pensamentos, nós melhoramos também.
E, sendo nós só pensamento puro, bom, unido, belo
e justo a deterioração, a imitação, a falsificação
e o mal se vão
e o bem estar e a criatividade se instalam.
Exemplificando: descubro que sou demasiado ambicioso:
não posso ir por aí, no meu eu superior,como dizem alguns,
lutando e flagelando o meu eu inferior (todos os "inferiores", nem que seja
só na idade por exemplo), a minha ambição, o que é morte
e destruição. E, sabemos porque nos dividimos assim, ou nos filhos,
físicos ou espirituais, etc.: porque temos medo de cessar, de deixar de existir,
de ficar vazios, de não ser nada... Certo? E, entretanto, um Reservatório só pode ser cheio, estando vazio!...

Tuesday, November 09, 2010

Quanto mais poder
mais isolamento,
mais conflito, mais
hipocrisia, mais contradição...
Apesar de não
defendermos o poucochinho,
a deficiência, a ignorância,
a doença.
Poder sem opressão,
portanto,
poder da libertação.
E, relação
para o auto-conhecimento
de pensamentos e motivos,
do movimento da grande melhoria,
sem conflito, sem dor, sem morte, sem destruição.
E, ainda, uma pessoa que quer vencer
outra jamais pode ser
melhor do que ela: o problema
das pessoas é não
verem que a essência da crise
é o conflito e que nada melhora enquanto não
cessa a competição e o conflito.

Sunday, November 07, 2010

O novo
é o Desconhecido(a)
que se manifesta na nossa mente
quando não desejamos do e para o centro do ego
dividido somente: nunca somos/podemos ser só um(a),
vida jamais pode ser só um(a).
E, novo não se (re)conhece,
não se (re)experiencia,
não (re)nasce.
E vida é relação
nãs só com pessoas, como com
todos os Seres, ideias e coisas: grandes relações,
grandes vidas; relações infelizes, vidas infelizes.
O nosso problema não é pois a capacidade, que vem
da Relação: só quando não compreendemos esta
e outras infinitas verdades e não estamos/temos as melhores
relações é que temos/somos problemas.
Boas e más sensações?
Desfrutar ao máximo
das boas e evitar ao máximo
as dolorosas é que é ser
inteligente? Julgais-vos mais
inteligentes por isso?
Então dizei-me: e como estais
do Novo, que tem de ser
algo que transcende as sensações
que são sempre mecânicas,
velhas, enfadonhas, doentias?
E, a virtude existe, que é
pureza, que é moralidade,
que é liberdade
mas não medo nem respeitabilidade:
injustiças,manhas e espertezas não são
para respeitar, venham donde vierem.

Thursday, November 04, 2010

Escolha é da confusão, da divisão,
da acumulação, não da libertação.
E, quanto mais nos observamos
mui atenta, profunda e conscientemente,
a cada instante, no nosso pensar e sentir,
mais abrimos a porta ao(à)Desconhecido(a)
que se começa a revelar de todas as formas
e feitios, até nos nossos sonhos: afinal
não somos também um(a) com o Desconhecido(a)?
E ainda, constante e vigilantemente passivos,
o que não quer dizer dormentes mas bem despertos,
os problemas se nos revelam, mesmo as pessoas problema,
e, são resolvidos profundamente,
não só superficialmente:
ativos agressivamente
é que não, pois, só arranjaríamos mais problemas:
a felicidade não é um fim,
é o resultado da Realidade:
e, a mente não pode conhecer a Realidade,
mas, pode compreender-se a si mesma no seu
funcionamento e verdade,
podendo assim existir o(a) Desconhecido(a).

Wednesday, November 03, 2010

Capacidade não
é suficiente
p'rá compreensão
de nós mesmos, Vicente.

Auto-compreensão
é auto-observação
sem identificação,
sem comparação,
sem condenação.

Auto-observação
assim é consciência,
é vida: condenação
não pode substituir
compreensão.

Fiquemos passivos,
tranquilos até diante
do/dos mui negativos,
sem pensarmos neles, Violante.

Passivamente atentos
ouçamos a história
nossa e dos demais rebentos
e seres sem especialização, Dória.

E, o extraordinário
começa a acontecer
por este grande compreender
de motivos, medos e desejos, Dário:
inteligência e felicidade começamos a ter.
O chamado «jus eminens», ou direito da sociedade não pode sobrepôr-se ao chamado «jus vulgare», ou seja, ao direito individual.
O indíviduo existe para a sociedade assim como a sociedade para o indivíduo, em plena igualdade de direitos e deveres. As sociedades não podem pois agarrar nos indivíduos e fazer deles marionetes, e, os indivíduos não podem parasitar nem as famílias nem as sociedades.
Constituição da República Portuguesa (revisão de 2005)


PARTE II
Organização económica
TÍTULO I
Princípios gerais
Artigo 80.º
(Princípios fundamentais)

A organização económico-social assenta nos seguintes princípios:

a) Subordinação do poder económico ao poder político democrático;

b) Coexistência do sector público, do sector privado e do sector cooperativo e social de propriedade dos meios de produção;

c) Liberdade de iniciativa e de organização empresarial no âmbito de uma economia mista;

d) Propriedade pública dos recursos naturais e de meios de produção, de acordo com o interesse colectivo;

e) Planeamento democrático do desenvolvimento económico e social;

f) Protecção do sector cooperativo e social de propriedade dos meios de produção;

g) Participação das organizações representativas dos trabalhadores e das organizações representativas das actividades económicas na definição das principais medidas económicas e sociais.

Artigo 81.º
(Incumbências prioritárias do Estado)

Incumbe prioritariamente ao Estado no âmbito económico e social:

a) Promover o aumento do bem-estar social e económico e da qualidade de vida das pessoas, em especial das mais desfavorecidas, no quadro de uma estratégia de desenvolvimento sustentável;

b) Promover a justiça social, assegurar a igualdade de oportunidades e operar as necessárias correcções das desigualdades na distribuição da riqueza e do rendimento, nomeadamente através da política fiscal;

c) Assegurar a plena utilização das forças produtivas, designadamente zelando pela eficiência do sector público;

d) Promover a coesão económica e social de todo o território nacional, orientando o desenvolvimento no sentido de um crescimento equilibrado de todos os sectores e regiões e eliminando progressivamente as diferenças económicas e sociais entre a cidade e o campo e entre o litoral e o interior;

e) Promover a correcção das desigualdades derivadas da insularidade das regiões autónomas e incentivar a sua progressiva integração em espaços económicos mais vastos, no âmbito nacional ou internacional;

f) Assegurar o funcionamento eficiente dos mercados, de modo a garantir a equilibrada concorrência entre as empresas, a contrariar as formas de organização monopolistas e a reprimir os abusos de posição dominante e outras práticas lesivas do interesse geral;

g) Desenvolver as relações económicas com todos os povos, salvaguardando sempre a independência nacional e os interesses dos portugueses e da economia do país;

h) Eliminar os latifúndios e reordenar o minifúndio;

i) Garantir a defesa dos interesses e os direitos dos consumidores;

j) Criar os instrumentos jurídicos e técnicos necessários ao planeamento democrático do desenvolvimento económico e social;

l) Assegurar uma política científica e tecnológica favorável ao desenvolvimento do país;

m) Adoptar uma política nacional de energia, com preservação dos recursos naturais e do equilíbrio ecológico, promovendo, neste domínio, a cooperação internacional;

n) Adoptar uma política nacional da água, com aproveitamento, planeamento e gestão racional dos recursos hídricos.

Monday, November 01, 2010

Compreender, estar muito atento
ao que é: privado vira público
e público privado. E, como pode
a mente, que é o conhecido, encontrar,
descobrir o desconhecido(a)? Não pode,
tem de ser o desconhecido(a) a vir ter connosco,
assim como nós vamos ter com a desconhecida(o).
Simplicidade é sensibilidade que é percepção
rápida, e, ser simples é ser desapegado, não acumulativo(a),
livre de desejos, de necessidades, de ideais, de crenças, de motivações,
de rotinas, de padrões de pensamento e de ação, o que não
quer dizer desprezar nem vegetar.
O que somos interiormente acaba sempre por superar o interior:não
bastam pois reformas e melhorias das leis, ainda que sejam importantes:
é fundamental melhorarmos interiormente, apesar de interior e exterior
serem só um(a).
Mentes e pessoas sensíveis, não conformadas, despertas, vigilantes,
interagindo, cooperando,dando e recebendo, criando... Sem compulsões
nem autoritarismos impostos de fora ou auto-impostos.
Não reprimindo, não nos identificando, não sublimando, não substituindo,
não fugindo... Mas, estudando e compreendendo a repressão, a perseguição,
a identificação, a sublimação, a substituição... Tanto maior é a possibilidade
de sermos simples, sensíveis, de percepção rápida...