Sunday, September 05, 2010

Não o símbolo, mas a realidade,
a experienciação profunda de todos
os estados do ser é que é fundamental,
apesar da pretensão de totalidade
do símbolo, claro.
Não estamos condenados nem à limitação
do símbolo, nem à ansiedade,
à monotonia, à incerteza, nem às muitas
dores dos prazeres: uma vida feliz, plena
de êxtase de todos os sentidos e do afeto,
beleza e amor, sem dores, é possível.
Morte é portanto a vida mal vivida,
descanso quanto basta não o sendo de maneira
algum. De modo que, quanto melhor sabemos
viver e vivemos, menos medo da dor e da morte temos.
Gostar de tudo o que somos, de tudo o que vemos,
ouvimos, cheiramos, saboreamos, sentimos, tocamos e temos...
do bom e do mau... do belo e do feio... do triste e do alegre...
Mas, sendo todo(s) bons, belos,felizes!...
Felicidade depois de morte bem sofrida? E, se for mentira?
Muito mais "seguro" a felicidade
em vida, não é?
Medo da morte, de perder a felicidade, de deixar de existir?
Então há que experimentar a perda,
ser a própria perda
e morte em vida, certo?

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