Verdadeira inteligência
Conquistar, nem o paraíso!
Os benefícios da resistência, do domínio, da formatação, da construção de diques,
muralhas e barreiras são tão pequenos e exigindo sempre mais resistências, mais
conquistas, mais construções!...
Em particular, comunistas e católicos são mestres da formatação das mentes, com isso
conseguindo, através de enormes sacrifícos, uma certa eficiência, rapidez e vigilância. Mas, nem isso nem as carradas de informação, mesmo a científica, é verdadeira inteligência, não é verdade?
Pois, a verdadeira inteligência é total libertação do medo.
E mais: só a pessoa sem medo é verdadeiramente moral, o que nada tem a ver com a "respeitabilidade", coisa meramente externa e incoerente e por vezes bem cruel, nem com as pseudo-virtudes cultivadas pelo medo.
Compreender, compreender pela atenção e investigação o medo e afins, de resto, é a maneira deste desaparecer de uma vez por todas e se abrir a porta de entrada do Paraíso, do Milénio. Mas não se trata de estarmos atentos e investigando até à exaustão todo o tempo, mas antes de "vermos a necessidade da verdade da atenção; então veremos que a própria necessidade funciona sem nos esforçarmos a estar atentos" - Krishnamurti.
Estar só, nada de consfusões, não é isolamento: é tão somente imunidade, não identificação com a estupidez e a maldade, pois, não há vida a sério sem boas e inteligentes relações, e, mente isolada é mente medrosa.
Mas, há outros tipos de medo, não é?
Medo do poder, da bondade, da maldade, da doença, da concorrência, da dor, da idade, da morte...
Mas, nem tão pouco estes medos podem ser vencidos pela resistência, pela determinação, pela esperteza, pela disciplina, pela formatação, pela conclusão após muito pensar e estudo...
Do que é que temos medo, das palavras ou dos factos, da realidade? Os factos são uma coisa, as ideias, que são palavras acerca deles, outra bem diferente. Se é das ideias que temos medo, nunca iremos estar em relação directa com os factos, nunca os iremos compreender, nunca os iremos olhar olhos nos olhos.
Esqueçamos pois a ideia, em particular diante de uma coisa má, a dor, por exemplo, sem fugirmos. Só quando estamos em completa comunhão com o facto é que não há medo, não é verdade? E, não pode haver comunhão com o facto enquanto tivermos uma ideia, uma opinião, uma teoria tantas vezes a pôr-nos a uma distância de anos luz dele, não é verdade? Frente a frente com o facto não temos medo dele - o que causa o medo é a nossa dúvida receosa do que o facto possa ser ou fazer, o nosso juizo acerca do facto.
E, o que acontece quando ficamos verdadeiramente com a dor? Ela desaparece para semmpre, não é? E, o mesmo com o medo, certo?
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