O novo
Quando compreendemos, enxergamos toda a verdade de algo isso não fica em memória.
Viver total e exclusivamente o que estamos a fazer é que é deveras importante. Passado e futuro existirão?
Feridos, que adianta remoer passado?
Ansiosos, que vai isso ajudar no futuro?
Feridos e ansiosos, como podemos estar completamente em nós e no momento, feridos ou\e ansiosos?
Prolongar naturalmente o intervalo do silêncio entre pensamentos, lembranças, reações...
Mas, cultivar a memória é afagar o eu, não é?
E, logo, nada de vivo, nada de original, tudo em segunda mão...
Ah, e «depois é que é», «verás como vai ser», «vou dar-te a lua», ou, «se não ganhar o céu, quem ganhará»!...
Mas, que engano, que céu tão pequenino: como podemos através do tempo alcançar o eterno?
E, no entanto, Deus, o Eterno... Tão perto... Tão perto: no cessar da memória, no fim do eu, do meu, do esforço, do tempo, do vir a ser...
E o encanto da primeira vez sempre, porque não há memória...
Do eternamente novo, porque não há passado nem futuro, só o novo...
Do espontâneo sem medo, porque não há inimigo...
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