Friday, January 01, 2010

Mente infinitamente sem eu

O eu não é para se tornar melhor
e muito menos pior, claro: é para cessar.
Mente sem eu é mente
sem conflito, consciente
e inconsciente; é mente
em paz totalmente;
é mente infinitamente
grande, interiormente´
e exteriormente cheia
e vazia de espaço:
não há insulto, nem sofrimento,
nem elogio, nem conhecimento,
nem autoridade, nem desejo, nem ilusão,
nem imaginação, nem ambição,
nem busca, nem medo
que a limite ou condicione...
É mente quieta e silenciosa
profunda, larga e altamente;
é mente iluminada, que não pratica,
mas mui viva, criativa, activa e sensitiva.
O sábio, o seguro nunca pensa, nunca crê,
nunca diz: " eu sei, eu atingi, eu sou
o caminho: sigam-me!"
Temos de ter muito cuidado com quem
diz ou dá a entender que sabe, que não
tem dúvidas,que raramente se engana, não é?
Seguir não é bom, não é da liberdade
nem da felicidade, mas da opressão.
Mas, seguir com certas pessoas é muito bom, certo?
E, a ilusão é o que não é real: um "milagre", por
exemplo, que pode não ser mais do que uma resposta
do inconsciente individual ou de grupo, ao pedido consciente.
E eu também não sou ateu. De modo algum!

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