Tuesday, December 29, 2009

Revolução sem conflito

Quando digo que não há evolução não estou a negar o óbvio do "progresso" da caverna ao palácio, do homem das cavernas ao "homo sapiens"(homem sábio), da roda ao jato, do bebé ao adulto, da erva ao antibiótico, da pedra à bomba atómica, etc..
Estou somente a recordar que jato ainda pode cair, que adulto ainda envelhece e morre, que bomba mata muito mais do que pedra,que antibiótico tem efeitos secundários, que novas pestes surgem, que ignorância ainda é muito grande.
Entretanto, Krish., que geralmente aceitou sem questionar a evolução biológica e tecnológica, declarou muitas vezes que ao levar e aplicar o facto desta evolução ao campo da consciência considerando que esta tem estado e continua portanto também a evoluir, a melhorar se limitou e condenou ao gradualismo, ao melhoramento aqui e ali, à reforma sempre carente de nova reforma, ao mero polimento,ao erro, ao passo em falso e ao sofrimento perpétuos, excluindo-se assim da revolução sem conflito, da grande libertação a efectivarem-se já agora pela percepção interior (e exterior, digo), nunca gradual, nunca logo, nunca amanhã ou no ano que vem, o que não quer dizer desprezar o futuro. Ou há mudança/melhoramento totais já, portanto, ou nunca os haverá. E, disto "eu" estou deveras tão certo como de que existo e de que existem os computadores e as secretárias e as mesas onde eles estão e, tudo o resto.
Entretanto, psicológico, tecnológico e biológico não podem continuar separados, se é que ainda o estão, não é?

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