INTEIROS
Primeiro
não é maior,
oh Pinheiro,
que derradeiro;
e, não abomines:
será pior
se abominares.
Para meditares:
é melhor
o prazer do inteiro,
do vivo conjunto,executando,
do que das separadas
partes, mesmo cantando.
Thursday, January 29, 2009
Wednesday, January 28, 2009
Monday, January 26, 2009
Mente de Principiante
"Há muitas possibilidades na mente do principiante, mas poucas na do perito."Não é fácil "manter a mente pura ou a prática pura em seu sentido fundamental", mas não é impossível. Shoshin, em japonês significa "mente de principiante". Suponhamos que recitamos o pai nosso uma só vez. Pode ser uma boa recitação. Mas o que lhe acontecerá se o recitar duas, três, quatro ou mais vezes? Poderemos facilmente perder a nossa atitude original em relação a ele. O que é o sentido ilimitado da "mente original"?A nossa 'mente original inclui em si todas as coisas. Ela é sempre rica e auto-suficiente. Não devemos perder esse estado mental auto-suficiente. Isto não significa uma mente a abarrotar e fechada mas sim, na verdade, uma mente com equipamento quanto , mas bom, e alerta. Se a nossa mente é sem preconceitos, está pronta para qualquer coisa; está aberta a tudo. Há muitas possibilidades na mente do principiante, mas poucas na do perito.Se não discriminamos nada, limitamo-nos. Se o fazemos em excesso também. Se somos exigentes ou ambiciosos em excesso, ou se não desejamos nada, a nossa mente não é rica nem auto-suficiente. Se nossa mente perder sua auto-suficiência original, todos os preceitos se perderão. Quando a nossa mente se torna demasiado exigente e ávida, acabamos por violar os preceitos: não mentir; não roubar; não matar, não ser imoral e assim por diante. Se conservarmos a nossa mente original, os preceitos se manterão por si próprios.Na mente do principiante não há pensamentos do tipo "eu alcancei algo". Todos os pensamentos egocentrados limitam a vastidão da mente. Quando não alimentamos pensamento nenhum de conquista, nem pensamentos egocentrados, somos verdadeiros principiantes e podemos então aprender alguma coisa de facto. A mente do principiante é mente de compaixão. Quando nossa mente é compassiva, torna-se ilimitada. O mestre Dogen...sempre enfatizou a importância de preservar nossa mente original ilimitada. Com ela somos verdadeiros connosco, estamos em comunhão com todos os seres e podemos, de facto, praticar (ser felizes).Assim, é muito importante manter a nossa "mente de principiante". O real segredo das artes também é esse: ser sempre um principiante. Sejamos muito cuidadosos nesta questão.
Shunryu Suzuki
"Há muitas possibilidades na mente do principiante, mas poucas na do perito."Não é fácil "manter a mente pura ou a prática pura em seu sentido fundamental", mas não é impossível. Shoshin, em japonês significa "mente de principiante". Suponhamos que recitamos o pai nosso uma só vez. Pode ser uma boa recitação. Mas o que lhe acontecerá se o recitar duas, três, quatro ou mais vezes? Poderemos facilmente perder a nossa atitude original em relação a ele. O que é o sentido ilimitado da "mente original"?A nossa 'mente original inclui em si todas as coisas. Ela é sempre rica e auto-suficiente. Não devemos perder esse estado mental auto-suficiente. Isto não significa uma mente a abarrotar e fechada mas sim, na verdade, uma mente com equipamento quanto , mas bom, e alerta. Se a nossa mente é sem preconceitos, está pronta para qualquer coisa; está aberta a tudo. Há muitas possibilidades na mente do principiante, mas poucas na do perito.Se não discriminamos nada, limitamo-nos. Se o fazemos em excesso também. Se somos exigentes ou ambiciosos em excesso, ou se não desejamos nada, a nossa mente não é rica nem auto-suficiente. Se nossa mente perder sua auto-suficiência original, todos os preceitos se perderão. Quando a nossa mente se torna demasiado exigente e ávida, acabamos por violar os preceitos: não mentir; não roubar; não matar, não ser imoral e assim por diante. Se conservarmos a nossa mente original, os preceitos se manterão por si próprios.Na mente do principiante não há pensamentos do tipo "eu alcancei algo". Todos os pensamentos egocentrados limitam a vastidão da mente. Quando não alimentamos pensamento nenhum de conquista, nem pensamentos egocentrados, somos verdadeiros principiantes e podemos então aprender alguma coisa de facto. A mente do principiante é mente de compaixão. Quando nossa mente é compassiva, torna-se ilimitada. O mestre Dogen...sempre enfatizou a importância de preservar nossa mente original ilimitada. Com ela somos verdadeiros connosco, estamos em comunhão com todos os seres e podemos, de facto, praticar (ser felizes).Assim, é muito importante manter a nossa "mente de principiante". O real segredo das artes também é esse: ser sempre um principiante. Sejamos muito cuidadosos nesta questão.
Shunryu Suzuki
Friday, January 23, 2009
"... Etimologicamente, karma quer dizer «acção». Aquilo que fazemos, dizemos e pensamos não tem apenas uma importância moral; é também o que nos molda e modela o nosso mundo. A nossa representação (e percepção) do mundo resulta da totalidade das experiências vividas pela nossa consciência, desde tempos imemoriais... Conhecem-se um milhão e quatrocentos mil espécies vivas sobre a Terra, mas há ainda tanto para descobrir que o seu número exacto pode atingir entre dez e cem milhões... A grande maioria é constituída por insectos e por plantas... os animais que não os insectos são formados por duzentas e oitenta mil. O resto é constituído por por bactérias, virus, algas... Já estamos pouco à vontade para compreender o tempo como a quarta dimensão e eis que os físicos das supercordas nos aparecem a falar de dez ou onze dimensões... Se sonhas que és rei (rainha), a verdadeira questão é saber se o teu sonho é ou não realidade: o estilo e as cores da tua veste real, a forma dos seus botões são questões anedóticas... Somos aquilo que sabemos. Um universo é como um ser humano: nasce, atinge um apogeu, inicia o seu declínio e desaparece, substituído por outro. Muitas vezes, o declínio e o desaparecimento são provocados pelo contacto com outra cultura mais dinâmica, com novas ideias ou reflexões que já não se enquadram no universo antigo. Assim, a humanidade conheceu o universo mítico, o universo geocêntrico e, agora, o universo do big bang... Na cosmologia clássica do b. mencionam-se seis classes de seres, das quais apenas duas nos são perceptíveis: os humanos e os animais. As outras quatro nada têm a ver com as formas de vida que conhecemos. Há também estados «sem forma»...Não. O karma não é uma fatalidade, mas o reflexo da causalidade implica não apenas os nossos actos mas também as intenções que os animam...O karma assemelha-se mais a um potencial, a um cartão de crédito ou a uma dívida do que a uma necessidade (obrigatoriedade). Poderíamos considerá-lo como uma lei natural que faz intervir a consciência. Segundo esta lei, um pensamento ou uma acção positiva (perfeita) leva à felicidade e um pensamento ou uma acção negativa (imperfeita) à infelicidade.(Mas, apesar de uma pedra cair por força da gravidade, tal queda pode ser impedida, se for, p.e., apanhada no ar...)...
Extractos das Págs.: 150, 151,152, 153 de: O Infinito na palma da mão
Extractos das Págs.: 150, 151,152, 153 de: O Infinito na palma da mão
"... Uma vez realizada (compreendida) a verdadeira natureza do real, que é ser vazia e manifestar-se, apesar disso, sob a forma do mundo dos fenómenos, o espírito liberta-se do domínio da ilusão. Quando fordes capaz de deixar que os vossos pensamentos de dissolvam por si mesmos à medida que vão surgindo, eles atravessarão o vosso espírito da mesma forma que uma ave percorre o espaço do céu: sem deixar rasto...... Os neurobiologistas dir-te-ão efectivamente que o mundo é percebido diferentemente pelas diversas espécies animais. Por exemplo, os seus olhos são sensíveis a luzes de cor diferente ou a radiações invisíveis para os humanos. Assim, um cão pode ver no escuro, porque os seus olhos são mais sensíveis aos raios infravermelhos que os dos humanos. Um pombo pode captar raios ultravioletas que nós não captamos. Os morcegos não se orientam através da vista, mas pela escuta do eco dos ultra-sons que emitem. A sua representação do mundo é, portanto, muito diferente da nossa. S biólogos pensam que estas diferenças resultam da selecção natural: cada espécie desenvolveu os modos de percepção mais adaptados ao seu meio e mais úteis para a sua sobrevivência, para a sua reprodução e para a sua proliferação...... É exactamente o que o budismo chama a «verdade relativa admitida por consenso». O mundo não está certamente entregue ao acaso nem ao arbítrio...... Regressamos à noção de verdade relativa e de verdade absoluta. A relativa corresponde á maneira como os fenómenos nos aparecem, com características identificáveis, a absoluta corresponde à ausência de existência própria destas características, o que implica que a natureza última dos fenómenos, a vacuidade (ou interdependência, apesar de , mais à freente, budista dizer, extranhamente, que há independência entre consciência e matéria) está para além de qualquer explicação e de qualquer conceito...... A realidade é sempre determinada pela interacção do observador e do observado. A complementaridade entre o todo e as partes faz com que seja ora o aspecto «parte», ora o aspecto «global» a revelar-se. O observador nada mais faz do que isolar um certo espectro de aspectos que não têm outra realidade senão a de uma interacção particular entre a observação e a globalidade, isto é, entre uma consciência e o conjunto de que ela faz parte... Para um espírito comum, há uma diferença entre a forma comos as coisas aparecem e a sua verdadeira natureza, o que se traduz, do ponto de vista da nossa experiência pessoal, numa mistura de sofrimento e de bem estar. No termo do caminho do conhecimento capta-se directamente a natureza última dos fenómenos, o que conduz à sabedori imutável na qual todo o contraste entre aparência e realidade desapareceu. Desta sabedoria deriva naturalmente uma compaixão ilimitada ( será a compaixão ilimitada a melhor? Não induzirá em erro? ) pelos seres que a ignorância mantém mergulhados em sofrimento sem fim..."
Extractos das Págs.: 139, 140, 148 e 149 de: O Infinito na Palma da Mão
Extractos das Págs.: 139, 140, 148 e 149 de: O Infinito na Palma da Mão
Thursday, January 22, 2009
No concelho do CratoBarragem do Pisão poderá avançar em 2009
29.01.2008 - 12h17 Lusa
A construção da Barragem do Pisão, no concelho do Crato (Portalegre), poderá avançar em 2009, revelou hoje o deputado socialista Ceia da Silva, citando o Ministério do Ambiente.A construção da barragem, para abastecimento público de água e regadio, já foi anunciada por três primeiro-ministros, Mário Soares, António Guterres e Durão Barroso.A data foi indicada pelo Ministério do Ambiente em resposta a um requerimento apresentado pelos deputados do PS eleitos por Portalegre, Ceia da Silva e Miranda Calha."É desta vez que o projecto vai ser concretizado", garantiu Ceia da Silva. O Ministério do Ambiente adianta que o Instituto Nacional da Água (Inag) está a proceder à revisão do estudo de impacte ambiental, no sentido de se promover a realização do processo de avaliação do impacte ambiental. "O processo prevê um prazo de efectivação de cerca de sete meses e a elaboração dos estudos da segunda fase, cerca de três meses", segundo o ministério. O projecto prevê que a aldeia do Pisão, com cerca de 120 habitantes, fique totalmente submersa, com o enchimento da albufeira. A albufeira poderá ocupar uma área de 720 hectares, com capacidade para armazenar 100 milhões de metros cúbicos de água. O perímetro de rega poderá beneficiar mais de três mil hectares dos concelhos do Crato, Alter do Chão, Fronteira e Avis.Fonte:http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1318034
Nota: já vi algures que a área a regar é de 15. 000 ha
29.01.2008 - 12h17 Lusa
A construção da Barragem do Pisão, no concelho do Crato (Portalegre), poderá avançar em 2009, revelou hoje o deputado socialista Ceia da Silva, citando o Ministério do Ambiente.A construção da barragem, para abastecimento público de água e regadio, já foi anunciada por três primeiro-ministros, Mário Soares, António Guterres e Durão Barroso.A data foi indicada pelo Ministério do Ambiente em resposta a um requerimento apresentado pelos deputados do PS eleitos por Portalegre, Ceia da Silva e Miranda Calha."É desta vez que o projecto vai ser concretizado", garantiu Ceia da Silva. O Ministério do Ambiente adianta que o Instituto Nacional da Água (Inag) está a proceder à revisão do estudo de impacte ambiental, no sentido de se promover a realização do processo de avaliação do impacte ambiental. "O processo prevê um prazo de efectivação de cerca de sete meses e a elaboração dos estudos da segunda fase, cerca de três meses", segundo o ministério. O projecto prevê que a aldeia do Pisão, com cerca de 120 habitantes, fique totalmente submersa, com o enchimento da albufeira. A albufeira poderá ocupar uma área de 720 hectares, com capacidade para armazenar 100 milhões de metros cúbicos de água. O perímetro de rega poderá beneficiar mais de três mil hectares dos concelhos do Crato, Alter do Chão, Fronteira e Avis.Fonte:http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1318034
Nota: já vi algures que a área a regar é de 15. 000 ha
BELEZA versus Prazer/bem estar
"Muitas vezes, as teorias que melhor explicam a natureza e são as mais conformes com as experiências são também as mais belas... Há, em primeiro lugar, a beleza intrínseca dos fenómenos naturais, a das rosas, a do pôr do sol (ou do nascer e curso) a das estrelas e a das galáxias... Mas para lá da beleza física há uma beleza mais subtil e abstracta, a das teorias. Uma teoria é «bela» quando tem um carácter inevitável, necessário, e, uma vez elaborada, se impõe como uma evidência. Perante uma bela teoria, um físico dirá para si mesmo: «é de tal forma bela que deve ser verdadeira. Porque não a vi há mais tempo? É assim que a teoria da relatividade de Einstein é tão bela como uma fuga de Bach, na qual não se pode mudar uma nota sem que toda a harmonia desapareça, ou tão perfeita como o sorriso da Gioconda, na qual não se pode mudar o mínimo traço sem destruir todo o seu equilíbrio. A primeira característica de uma bela teoria é, pois, a sua aparente inevitabilidade.A Segunda qualidade é a sua simplicidade. Não se trata necessariamente da simplicidade das equações, mas das ideias que estão subentendidas na teoria. O universo heliocêntrico de copérnio, segundo o qual todos os planetas giram à volta do sol, é mais simples que o geocêntrico de Ptolomeu, segundo o qual a terra ocupa o centro, enquanto os planetas se deslocam em círculos cujos centros se movimentam também noutros círculos... Uma bela teoria não se preocupa com floreados inúteis. Cumpre as exigências da navalha de Occam: «tudo o que não é necessário é inútil.»... Consideremos, por exemplo, a teoria da relatividade de E.. Segundo a opinião geral dos físicos, é a teoria mais bela e o edifício intelectual mais harmonioso que o espírito científico jamais concebeu. Não só ligou e deu unidade a conceitos fundamentais da física até então totalmente desligados – o espaço e o tempo, a matéria, a energia e o movimento, a aceleração e a gravidade...Inevitável, simples e conforme à verdade: eis as características de uma teoria bela.Mathieu – creio que a adequação à verdade corresponde bastante à noção budista de beleza, mas aquilo a que chamamos verdadeiro, neste caso, refere-se mais à adequação com a natureza profunda do ser humano.A definição mais simples consiste na afirmação de que a beleza é aquilo que nos causa um sentimento de plenitude (ou realização), que, segundo as circunstâncias, pode ser experimentado como prazer ou bem estar. Isso permite-nos considerar diversos níveis (e tipos) de beleza associados a diferentes graus de plenitude. Poderá qualificar-se como beleza relativa o que nos traz uma satisfação passageira e como beleza absoluta o que nos leva a uma plenitude durável, mesmo irreversível.A beleza espiritual, a face de um buda, p.e., é particularmente fecunda porque nos faz pressentir o conhecimento (e o poder...) perfeitos e a possibilidade de os atingir. Tudo depende do prazer que nos trazem as formas, as cores, os sentimentos e as ideias ( e os gestos, os toques, os sons, as sensações, as obras...). É assim que a beleza pode ser compreendida de modo muito diferente segundo as pessoas a a sociedade.Thuan – A beleza obedece a critérios que dependem do contexto cultural, social, psicológico ou mesmo biológico. O modelo de beleza feminina no tempo de renoir era uma mulher com formas volumosas. Nos anos sessenta, a beleza feminina era a figura longilínea da top model Twiggy. Vincent van gogh morreu na miséria, desesperado por não conseguir vender as suas telas, que século e meio mais tarde são disputadas a peso de ouro. A apreciação da beleza de uma teoria científica ( e = mc2, p.e.) é claramente menos dependente do contexto cultural: um físico vietnamita compreenderá a beleza da relatividade geral tão bem como um seu colega francês ou americano.M. – porque são pessoas com uma formação análoga...A beleza pode também considerar-se como a harmonia das partes com o todo. Na arte budista existe uma iconografia muito precisa que define as proporções ideais para desenhar o Buda. Utiliza-se uma grelha sobre a qual se colocam a linha curva dos olhos, o oval da face e as diferentes partes do corpo. Estes traços correspondem a uma harmonia perfeita e são os reflexos exteriores da total harmonia do conhecimento perfeito.T. – sempre me impressionou o facto de todas as representações do buda... transmitirem invariavelmente um profundo sentimento de serenidade pelo seu equilíbrio e pela sua beleza.M. – a beleza varia em função da maneira como cada um entende o prazer estético ( do grego aisthetiké, «sensitivo», «o que sente»), do acessório ao essencial. Encontramos em todos os seres pensantes algumas constantes na respectiva concepção fundamental do bem estar e da plenitude. O amor e o altruismo são belos ( e também a justa medida, a nobreza, a vida, a despreocupação realista, a pureza, a higiene, a alegria correcta, a saúde, o equilíbrio, a ciatividade...) enquanto o ódio ou a inveja (e também o pessimismo, a dor, a tristeza, a preocupação excessiva, a sugidade, a injustiça, o desleixo, o vil, a morte, a preguiça, a avareza...), são feios. Repara como os primeiros podem tornar belos os rostos (e os corpos e tudo) e como os segundos desfiguram... A verdadeira beleza traduz uma adequação com a natureza profunda do ser humano... esta natureza é uma perfeição intrínseca ... quanto mais estamos de acordo com a nossa natureza profunda... ( um buda barrigudo não é uma injustiça?Longe de pertencerem ao objecto, as características da beleza relativa estão intimamente ligadas ao observador... o objecto (ser) pode ser percebido como belo quando corresponde ao que se espera. Um matemático maravilha-se com a beleza de uma equação bem concebida e um engenheiro com a beleza de uma máquina. Aquele que deseja a calma escuta, deliciado, um prelúdio de bach. O eremita que contempla a transparência última do espírito não experimenta uma tal necessidade: a sua harmonia com a natureza do espírito e dos fenómenos situa-se num outro plano; para ele(a), todas as formas são compreendidas como a manifestação da pureza primordial, todos os sons como o eco da vacuidade (interdependência global e total) e todos os pensamentos como o jogo do conhecimento. Não faz distinção entre o harmonioso e o discordante, o belo e o feio. A beleza tornou-se omnipresente e a plenitude imutável. Alguém diz: «em vão procurámos pedras da rua numa ilha de ouro.»
Págs. 316 a 320 de: O Infinito na Palma da Mão, da casa das letras
"Muitas vezes, as teorias que melhor explicam a natureza e são as mais conformes com as experiências são também as mais belas... Há, em primeiro lugar, a beleza intrínseca dos fenómenos naturais, a das rosas, a do pôr do sol (ou do nascer e curso) a das estrelas e a das galáxias... Mas para lá da beleza física há uma beleza mais subtil e abstracta, a das teorias. Uma teoria é «bela» quando tem um carácter inevitável, necessário, e, uma vez elaborada, se impõe como uma evidência. Perante uma bela teoria, um físico dirá para si mesmo: «é de tal forma bela que deve ser verdadeira. Porque não a vi há mais tempo? É assim que a teoria da relatividade de Einstein é tão bela como uma fuga de Bach, na qual não se pode mudar uma nota sem que toda a harmonia desapareça, ou tão perfeita como o sorriso da Gioconda, na qual não se pode mudar o mínimo traço sem destruir todo o seu equilíbrio. A primeira característica de uma bela teoria é, pois, a sua aparente inevitabilidade.A Segunda qualidade é a sua simplicidade. Não se trata necessariamente da simplicidade das equações, mas das ideias que estão subentendidas na teoria. O universo heliocêntrico de copérnio, segundo o qual todos os planetas giram à volta do sol, é mais simples que o geocêntrico de Ptolomeu, segundo o qual a terra ocupa o centro, enquanto os planetas se deslocam em círculos cujos centros se movimentam também noutros círculos... Uma bela teoria não se preocupa com floreados inúteis. Cumpre as exigências da navalha de Occam: «tudo o que não é necessário é inútil.»... Consideremos, por exemplo, a teoria da relatividade de E.. Segundo a opinião geral dos físicos, é a teoria mais bela e o edifício intelectual mais harmonioso que o espírito científico jamais concebeu. Não só ligou e deu unidade a conceitos fundamentais da física até então totalmente desligados – o espaço e o tempo, a matéria, a energia e o movimento, a aceleração e a gravidade...Inevitável, simples e conforme à verdade: eis as características de uma teoria bela.Mathieu – creio que a adequação à verdade corresponde bastante à noção budista de beleza, mas aquilo a que chamamos verdadeiro, neste caso, refere-se mais à adequação com a natureza profunda do ser humano.A definição mais simples consiste na afirmação de que a beleza é aquilo que nos causa um sentimento de plenitude (ou realização), que, segundo as circunstâncias, pode ser experimentado como prazer ou bem estar. Isso permite-nos considerar diversos níveis (e tipos) de beleza associados a diferentes graus de plenitude. Poderá qualificar-se como beleza relativa o que nos traz uma satisfação passageira e como beleza absoluta o que nos leva a uma plenitude durável, mesmo irreversível.A beleza espiritual, a face de um buda, p.e., é particularmente fecunda porque nos faz pressentir o conhecimento (e o poder...) perfeitos e a possibilidade de os atingir. Tudo depende do prazer que nos trazem as formas, as cores, os sentimentos e as ideias ( e os gestos, os toques, os sons, as sensações, as obras...). É assim que a beleza pode ser compreendida de modo muito diferente segundo as pessoas a a sociedade.Thuan – A beleza obedece a critérios que dependem do contexto cultural, social, psicológico ou mesmo biológico. O modelo de beleza feminina no tempo de renoir era uma mulher com formas volumosas. Nos anos sessenta, a beleza feminina era a figura longilínea da top model Twiggy. Vincent van gogh morreu na miséria, desesperado por não conseguir vender as suas telas, que século e meio mais tarde são disputadas a peso de ouro. A apreciação da beleza de uma teoria científica ( e = mc2, p.e.) é claramente menos dependente do contexto cultural: um físico vietnamita compreenderá a beleza da relatividade geral tão bem como um seu colega francês ou americano.M. – porque são pessoas com uma formação análoga...A beleza pode também considerar-se como a harmonia das partes com o todo. Na arte budista existe uma iconografia muito precisa que define as proporções ideais para desenhar o Buda. Utiliza-se uma grelha sobre a qual se colocam a linha curva dos olhos, o oval da face e as diferentes partes do corpo. Estes traços correspondem a uma harmonia perfeita e são os reflexos exteriores da total harmonia do conhecimento perfeito.T. – sempre me impressionou o facto de todas as representações do buda... transmitirem invariavelmente um profundo sentimento de serenidade pelo seu equilíbrio e pela sua beleza.M. – a beleza varia em função da maneira como cada um entende o prazer estético ( do grego aisthetiké, «sensitivo», «o que sente»), do acessório ao essencial. Encontramos em todos os seres pensantes algumas constantes na respectiva concepção fundamental do bem estar e da plenitude. O amor e o altruismo são belos ( e também a justa medida, a nobreza, a vida, a despreocupação realista, a pureza, a higiene, a alegria correcta, a saúde, o equilíbrio, a ciatividade...) enquanto o ódio ou a inveja (e também o pessimismo, a dor, a tristeza, a preocupação excessiva, a sugidade, a injustiça, o desleixo, o vil, a morte, a preguiça, a avareza...), são feios. Repara como os primeiros podem tornar belos os rostos (e os corpos e tudo) e como os segundos desfiguram... A verdadeira beleza traduz uma adequação com a natureza profunda do ser humano... esta natureza é uma perfeição intrínseca ... quanto mais estamos de acordo com a nossa natureza profunda... ( um buda barrigudo não é uma injustiça?Longe de pertencerem ao objecto, as características da beleza relativa estão intimamente ligadas ao observador... o objecto (ser) pode ser percebido como belo quando corresponde ao que se espera. Um matemático maravilha-se com a beleza de uma equação bem concebida e um engenheiro com a beleza de uma máquina. Aquele que deseja a calma escuta, deliciado, um prelúdio de bach. O eremita que contempla a transparência última do espírito não experimenta uma tal necessidade: a sua harmonia com a natureza do espírito e dos fenómenos situa-se num outro plano; para ele(a), todas as formas são compreendidas como a manifestação da pureza primordial, todos os sons como o eco da vacuidade (interdependência global e total) e todos os pensamentos como o jogo do conhecimento. Não faz distinção entre o harmonioso e o discordante, o belo e o feio. A beleza tornou-se omnipresente e a plenitude imutável. Alguém diz: «em vão procurámos pedras da rua numa ilha de ouro.»
Págs. 316 a 320 de: O Infinito na Palma da Mão, da casa das letras
Wednesday, January 21, 2009
Muitos dizem ou escrevem coisas: uns para tentarem dominar ou dominar mesmo, e, outros, desaparecendo, não permitindo assim que os questionemos.Ninguém que já tenha experimentado o bem estar e o prazer, ou que o tenha visto experimentado, pode deixar de o buscar de novo ou pela primeira vez. Que mal pode haver em querermos ser felizes sempre?Ficamos iguais a (com) quem nos identificamos.Por vezes o único dever que temos a cumprir é estarmos no nosso "posto": é bom estarmos no nosso posto.Só porque tudo, todos somos interdependentes e efémeros não quer dizer que não devamos apreciar e desfrutar do que é bom, belo e agradável, desde que, obviamente, não causemos, a curto ou outro prazo, dor a outros seres ou a nós mesmos. Neste sentido, só o apego e a aversão exagerados podem ser prejudiciais.
"A partir do momento em que nos deixamos prender pelas coisas (e pessoas e seres) como se fossem permanentes e sólidas, começamos a admitir que têm, por si próprias, a faculdade de nos proporcionar prazer ou de serem causas de sofrimento. É deste modo que atribuimos aos objectos e aos seres em geral características – bonito ou feio, agradável ou desagradável – que apenas são rótulos conceptuais. Como explicava Dharmakirti:«Quando há consciência de si, há consciência do outro.De nós e do outro nascem apego e repulsa,E da combinação dos doisDerivam todos os males.» Neste texto, o esforço do budismo não tem como objectivo determinar a massa e a carga das partículas, mas desfazer a noção de solidez e da permanência das coisas (e seres e pessoas) para que não continuemos a ser dominados pela engrenagem das ilusões, causa dos nossos sofrimentos."Comentário: mais uma vez, vemos a grandeza do budismo em livrar da dor. Mas, não basta libertar do sofrimento. Como pode alguém que já experimentou momentos de glória, prazer, exaltação e exultação contentar-se em não ter dor?Mas, aqui e agora, o que há a fazer só pode ser a não consciência de nós, e, a consciência do Todo interdependente.
Pág. 126 de: O Infinito na Palma da Mão
Pág. 126 de: O Infinito na Palma da Mão
Tuesday, January 20, 2009
Buda foi ao inferno. E os demônios ao Nirvana
Por Monja Coen
Dizem que certa feita um Buda foi parar no inferno e que os diabos fizeram de tudo para atentá-lo. Queriam vê-lo infeliz e sofrendo. Não conseguindo foram perguntar a ele: "Como você consegue ficar bem no inferno?". Buda respondeu apenas: "Ah! Aqui é o inferno?" E esses diabinhos ficaram com ele. Mais tarde um chefe diabo veio ver o que estava acontecendo e encontrou todos os diabinhos silenciosamente sentados em meditação, junto ao Buda. Ele conseguira transformar o inferno na Terra Pura. Buda não tentou destruir os demônios, não tentou acabar com o inferno. Apenas manteve a mente quieta e tranqüila. Nirvana é percebermos a transitoriedade de tudo que existe e sermos capazes de tranqüilamente agirmos para transformar as coisas de maneira que o bem seja comum a todos os seres.
Fonte: www.monjacoen.com.br
Por Monja Coen
Dizem que certa feita um Buda foi parar no inferno e que os diabos fizeram de tudo para atentá-lo. Queriam vê-lo infeliz e sofrendo. Não conseguindo foram perguntar a ele: "Como você consegue ficar bem no inferno?". Buda respondeu apenas: "Ah! Aqui é o inferno?" E esses diabinhos ficaram com ele. Mais tarde um chefe diabo veio ver o que estava acontecendo e encontrou todos os diabinhos silenciosamente sentados em meditação, junto ao Buda. Ele conseguira transformar o inferno na Terra Pura. Buda não tentou destruir os demônios, não tentou acabar com o inferno. Apenas manteve a mente quieta e tranqüila. Nirvana é percebermos a transitoriedade de tudo que existe e sermos capazes de tranqüilamente agirmos para transformar as coisas de maneira que o bem seja comum a todos os seres.
Fonte: www.monjacoen.com.br
LIVROS: "O Infinito na Palma da Mão"
A teoria do Big Bang ou do início do presente universo por uma grande explosão pode ser perigosa: explosões não controladas podem causar grandes sofrimentos.O início só parece muito importante quando se "reificam" os fenómenos: " Os fenómenos (seres, etc.) são desprovidos de existência autónoma e permanente. ...«Os fenómenos (seres, etc.) retiram a sua natureza de uma mútua dependência. Não são nada em si mesmos.» A sua evolução não é nem arbitrária nem determinada por uma instância divina, mas segue as leis da causa e efeito no seio de uma interdependência global, de uma causalidade recíproca... A inteligência tem os seus limites e não pode captar a natureza da realidade através de simples conceitos. Só um conhecimento directo (contemplativo, observando e analisando com todos os sentidos), que transcende o pensamento discursivo pode apreender a natureza do mundo dos fenómenos sob uma forma não dual, no qual as noções de sujeito e de objecto ... não têm qualquer significado... Esta interdependência inclui, naturalmente, a consciência. Compreender isto tem imensas repercursões sobre a nossa concepção da existência, sobre a nossa felicidade e sobre o nosso sofrimento. Conceber as interacções efémeras(passageiras) dos fenómenos (seres) como entidades permanentes é exactamente a causa da nossa crença inveterada na noção de um «eu» (e, não adianta muito a separação entre eu e ego, que em última análise são um só, ou têm de o ser!) e no facto de as coisas possuirem propriedades intrínsecas. Esta solidificação justifica as miríades de impulsos de atracção e de rejeição que estão na origem dos nossos tormentos. Cria-se um contraste entre a forma como as coisas nos aparecem e o que as coisas verdadeiramente são. Assim, a concepção do «eu» (ou ego) não é senão um desvio momentâneo do espírito (desvio fatal, digo eu). Mas, sabendo que os fenómenos não existem, a não ser de um um modo efémero e interdependente, não nos ligamos da mesma maneira. Libertamo-nos do erro. É por isso que o conhecimento (da verdade) é libertador. Aquilo a que chamamos nirvana outra coisa não é do que o esgotamento dos pensamentos da inteligência desencaminhada...) " (pgs. 30, 41, 42, 45, 46 de: O INFINITO NA PALMA DA MÃO, de Mathieu Ricard e Trinh Xuan Thuan, da casa das letras)
Reificar: tornar coisa, coisificar, petrificar, separar, isolar, tornar rei...
Nunca te penses separado,
Muito menos te imagines
Superior ou inferiorizado
:Somos interdependentes, Sines!
Mas , a evolução existe, e, o divino, o sublime, o melhor também! E, são a VERDADE!!
O caminho para o prazer
é portanto o da Verdade
conhecer com integridade,
justiça estabelecer.
A teoria do Big Bang ou do início do presente universo por uma grande explosão pode ser perigosa: explosões não controladas podem causar grandes sofrimentos.O início só parece muito importante quando se "reificam" os fenómenos: " Os fenómenos (seres, etc.) são desprovidos de existência autónoma e permanente. ...«Os fenómenos (seres, etc.) retiram a sua natureza de uma mútua dependência. Não são nada em si mesmos.» A sua evolução não é nem arbitrária nem determinada por uma instância divina, mas segue as leis da causa e efeito no seio de uma interdependência global, de uma causalidade recíproca... A inteligência tem os seus limites e não pode captar a natureza da realidade através de simples conceitos. Só um conhecimento directo (contemplativo, observando e analisando com todos os sentidos), que transcende o pensamento discursivo pode apreender a natureza do mundo dos fenómenos sob uma forma não dual, no qual as noções de sujeito e de objecto ... não têm qualquer significado... Esta interdependência inclui, naturalmente, a consciência. Compreender isto tem imensas repercursões sobre a nossa concepção da existência, sobre a nossa felicidade e sobre o nosso sofrimento. Conceber as interacções efémeras(passageiras) dos fenómenos (seres) como entidades permanentes é exactamente a causa da nossa crença inveterada na noção de um «eu» (e, não adianta muito a separação entre eu e ego, que em última análise são um só, ou têm de o ser!) e no facto de as coisas possuirem propriedades intrínsecas. Esta solidificação justifica as miríades de impulsos de atracção e de rejeição que estão na origem dos nossos tormentos. Cria-se um contraste entre a forma como as coisas nos aparecem e o que as coisas verdadeiramente são. Assim, a concepção do «eu» (ou ego) não é senão um desvio momentâneo do espírito (desvio fatal, digo eu). Mas, sabendo que os fenómenos não existem, a não ser de um um modo efémero e interdependente, não nos ligamos da mesma maneira. Libertamo-nos do erro. É por isso que o conhecimento (da verdade) é libertador. Aquilo a que chamamos nirvana outra coisa não é do que o esgotamento dos pensamentos da inteligência desencaminhada...) " (pgs. 30, 41, 42, 45, 46 de: O INFINITO NA PALMA DA MÃO, de Mathieu Ricard e Trinh Xuan Thuan, da casa das letras)
Reificar: tornar coisa, coisificar, petrificar, separar, isolar, tornar rei...
Nunca te penses separado,
Muito menos te imagines
Superior ou inferiorizado
:Somos interdependentes, Sines!
Mas , a evolução existe, e, o divino, o sublime, o melhor também! E, são a VERDADE!!
O caminho para o prazer
é portanto o da Verdade
conhecer com integridade,
justiça estabelecer.
A teoria do Big Bang ou do início do presente universo por uma grande explosão pode ser perigosa: explosões não controladas podem causar grandes sofrimentos.O início só parece muito importante quando se "reificam" os fenómenos: " Os fenómenos (seres, etc.) são desprovidos de existência autónoma e permanente. ...«Os fenómenos (seres, etc.) retiram a sua natureza de uma mútua dependência. Não são nada em si mesmos.» A sua evolução não é nem arbitrária nem determinada por uma instância divina, mas segue as leis da causa e efeito no seio de uma interdependência global, de uma causalidade recíproca" (pgs. 30, 41 e 42 de: O INFINITO NA PALMA DA MÃO, de Mathieu Ricard e Trinh Xuan Thuan, da casa das letras)Reificar: tornar coisa, coisificar, petrificar, separar, isolar, tornar rei...
Nunca de penses separado,
Muito menos te imagines
Superior ou inferiorizado:
Somos interdependentes, Sines!
Mas , a evolução existe, e, o divino, o sublime, o melhor também!
Claro, controlar, eliminar o sofrimento é a primeira coisa a fazer. Mas, ficarmo-nos depois pela paz é pouco. Temos não só de aprender a eliminar a dor como a desfrutar cada vez mais do prazer, passageiro e duradouro.
Monday, January 19, 2009
Deus é espírito e é matéria.Os verdadeiros desejos são materiais e espirituais. E, só o espiritual aprecia o material e este o espiritual. Temos de viver em todos os mundos: superiores e inferiores. Experimentar a força, a sabedoria e o amor de Deus tanto material com espiritualmente é o objectivo, assim como receber de Deus e de todos e a todos e a Deus dar.
Saturday, January 17, 2009
Tikun é correcção, correcção em caso de afastamento de Deus, em todos os sentidos.Não nos esquecermos, nunca, que somos parte de Deus, e, da grande Interdependência - eternidade, somos eternos. Qual medo de morrer!Sermos como Deus - Deus é Deus de sumo e justo prazer, poder, saber, beleza, eternidade, força - e estarmos com Deus(a).E a força, minha Deusa, meu deus. Tanta para usar, descobrir, treinar, gozar.E criar, gerar, ajudar a nascer, a ver a Luz, a Luz, a Luz!!..
E, o Alívio.
E, o Alívio.
Friday, January 16, 2009
Corpo e alma 2lição de 02 de agosto de 2004
Já discutimos as teorias desenvolvidas pela humanidade para responder à questão ‘quem somos nós?’
Nós nos identificamos:
- somente com o espírito que está dentro de nós;
- com o espírito e o corpo (isso se refere à presença do espírito dentro do corpo), ou
- somente com o corpo?
Nós não sabemos o que é o espírito; nós não o vemos ou sentimos, e não podemos pesquisá-lo cientificamente. Então, há milhares de teorias diferentes que se substituem dependendo da moda ou de outras razões. Essas teorias não trazem nenhum benefício para a humanidade.
Para que nossa teoria sobre nós mesmos possa nos ajudar, é preciso que ela seja absolutamente científica e autêntica. Autenticidade pode ser encontrada somente na terceira teoria, cuja essência é que a pessoa não tem nada melhor que seus próprios olhos, e que com a ajuda deles, ela precisa pesquisar a realidade. Isso resulta na conclusão de que não há espírito; há apenas o corpo humano que vive de acordo com suas leis materialistas, e isso é tudo o que nós pesquisamos de acordo com essa teoria. Há algo além disso? Nós não sabemos e não levamos isto em consideração, porque percebemos somente a nossa realidade, que dividimos em duas partes:
A parte revelada de nossa ciência, ou aquela que nós alcançamos hoje: esta, é científica, bem elaborada, respeitável e pesquisável; nós podemos agir dentro desses limites e nessa extensão;
A parte oculta, que nós não conhecemos: ela contém possivelmente algumas conjeturas, teorias e fantasias, porém, nada disso é científico e nós não temos o direito de aceitar isto como fato nem de operar com esses dados, até que eles entrem no domínio de nosso conhecimento e sentimento.
É por isso que a segunda parte é chamada ‘oculta de nós’, e a Ciência da Kabbalah nos adverte a não nos preocuparmos com ela absolutamente, porque nós nos confundiríamos e começaríamos a aceitar essa parte como a revelada. Em outras palavras, nós aceitaríamos nossas conjeturas como fatos e correspondentemente, não somente começaríamos a construir várias outras teorias, mas também, tentaríamos colocá-las em prática a nossa vida. Conseqüentemente, sofremos, e nos forçamos a praticar essas espécies de ‘comunismo’, ‘kibbutz’ etc., e depois não conseguimos sair deles.
Isto é, na realidade, precisamos ser claramente materialistas, porém...
Crítica à Terceira Teoria (a materialista).
A terceira teoria é estranha ao espírito da pessoa educada, porque ela caminha com a individualidade e apresenta a pessoa como uma máquina que é ativada por forças externas. De acordo com essa teoria, segue-se que a pessoa não tem livre escolha em seus desejos – em vez disso, ela está sob o total controle das forças da natureza. Todas as suas ações são forçadas e, naturalmente, ela não é recompensada nem punida por suas próprias ações, pois a lei da recompensa e castigo aplica-se somente a uma pessoa com livre escolha.
Se nós agimos de acordo com nossos hormônios e genes (nós amamos, roubamos etc.), se nossa personalidade e caráter são impressos dentro de nós, se eu não determino originalmente nada dentro ou fora de mim mesmo, tal como em qual família eu fui destinado a nascer, em que sociedade, durante que época, qual escola eu vou freqüentar, o que me acontecerá etc., então, naturalmente, e não tenho nenhuma liberdade de escolha e, assim como um animal, eu simplesmente cumpro as ordens que emergem dentro de mim e as considero como sendo minhas próprias.
Por que eu as considero como sendo minhas próprias?
Porque eu não vejo de modo algum de onde elas vêm. Nenhuma máquina biológica pode ser programada desse modo; nenhuma criancinha ou adulto pode ser programada com algum comando, ou recebendo diversos sinais de longe, e assim a pessoa pensará que eles emergem dentro dela, por si mesmos, e que isso vem dela, porque ela está destacada da percepção de sua Fonte e não compreende de onde tudo isso emerge dentro dela: ou há uma máquina dentro dela, ou o Criador. Se ela não percebe a ‘vontade externa’, então, ela a considera como sendo sua própria vontade.
É assim que nós pensamos sobre nós mesmos quando nós nos pesquisamos do modo como a ciência nos permite. Gradualmente, começamos a revelar que não há nada dentro de nós que seja propriamente nosso. Cada um de nós é somente um pequeno mecanismo executante.
Essa teoria é alheia às massas religiosas que acreditam na recompensa e na punição do Criador, e que confiam no Seu bom propósito, assim como às pessoas não-religiosas. De acordo com essa teoria, nós, que possuímos a mente, somos brinquedos nas mãos da natureza cega que está nos levando a um destino desconhecido.
Nós não queremos aceitar essa teoria, que estabelece que nós somos mecanismos absolutamente pré-programados.
As pessoas religiosas não querem aceitar isto porque elas têm uma idéia, um conceito, ou uma fantasia, sobre recompensa e castigo: eu sofro aqui, e de algum modo isso será compensado.
Porém, há uma certa referência ao homem como algo que tem sua própria vontade e que supostamente influencia seu próprio destino. Isto é, há algo que diz que há um parâmetro livre em nossa vida, que nós podemos mudar por nós mesmos e no qual eu sou um indivíduo e não, meramente, um mecanismo pré-programado.
Os religiosos pensam que se eu agir de algum modo mais nobremente neste mundo, mais corretamente, e de acordo com umas certas leis, então uma recompensa me esperará, por causa das ações corretas que são determinadas pelos limites dessas leis.
O Baal haSulam diz que os não-religiosos também não querem aceitar essa teoria que considera a pessoa um mecanismo total, porque isso destrói, neles, toda a sua alegria de viver. Se eu me avalio como um mecanismo executante então eu não sou capaz de receber nenhum contentamento de nenhuma ação. Isso é suficiente para remover qualquer prazer que haja nas minhas ações. O fato sobre esse prazer é que ele somente se manifesta no desejo, se o desejo for percebido como meu próprio. Se eu não perceber o desejo como meu próprio, então eu não percebo o prazer, por causa do meu egoísmo, isto é: eu não o percebo como Chisaron (desejo, falta de alguma coisa; *pronuncia-se o Ch como o ‘j’ espanhol). E assim, eu não posso perceber a satisfação desse desejo de receber como prazer.
Porém, se nós revelarmos o estado em que o desejo dentro de nós vem do Criador, então, seja o desejo o que for, e seja como for que eu possa satisfazê-lo, eu não perceberei nenhum prazer nele, se eu souber que o desejo não é meu. Porém, pode ser que isso seja bom: a única coisa de que eu preciso agora é unir-me ao Criador, de tal modo que Seus desejos se tornem meus, e então eu terei prazer especificamente no fato de que eu satisfaço Seus desejos dentro de mim mesmo.
Nesse caso, será que especificamente na terceira teoria, há um caminho para a satisfação correta e infinita?
Porém, nós estamos indo um pouco adiante de nós mesmos. O Baal haSulam diz, muito gentilmente, que essa teoria é alheia, tanto aos religiosos, quanto aos não-religiosos, porque ela nos apresenta como mecanismos completamente desprovidos de espírito, que não têm liberdade de escolha.
Por isso, a terceira teoria não é aceita pelo mundo.
Foi decidido que o corpo, que é uma máquina, de acordo com a terceira teoria, não constitui a pessoa genuína. Em vez disso, a essência da pessoa, ou o seu ‘Eu’, é uma essência espiritual eterna, invisível e imperceptível, que está localizada no corpo, de um modo oculto – isto é, ela o acompanha.
Desse modo, no final das contas, há um ‘Eu’ dentro da pessoa, que é uma espécie de essência que não está originalmente localizada dentro do corpo, mas em vez disso, que acompanha o corpo.
Porém como essa essência pode ativar o corpo, se de acordo com as afirmações da própria filosofia, o espiritual não tem contato com o material, e de modo algum influencia o corpo? Desse modo, nem a filosofia nem a metafísica são capazes de fornecer a solução para a questão da alma.
Conclusão.
1. Tudo o que a pessoa percebe, ela percebe em seus cinco órgãos sensoriais. A imagem combinada de tudo o que nós percebemos em nossos cinco sentidos é processada e analisada em nosso cérebro, e torna-se comparável àquilo que já conhecemos (isto é, nós comparamos o que nós vemos com todas essas imagens que foram impressas no cérebro), e baseados nisto, nós nos conscientizamos, e é transmitida para a nossa consciência a imagem de nós mesmos e do mundo circundante.
A cada vez nós construímos tudo a partir daquilo que nós percebemos em nossos órgãos sensoriais, e isso, que nós resumimos automaticamente, entra em nosso mecanismo de comparação com nossa experiência (ou aquilo que aconteceu durante a vida), e o resultado é produzido na forma de uma imagem. Tudo é determinado e alcançado apenas por comparação.
Às vezes acontece o seguinte: de repente, algum aroma ou visão evoca uma imagem de minha memória, de algo que aconteceu décadas atrás. De todas as imagens fixadas em minha cabeça, ela escolhe especificamente esta, porque não encontrou outra que seja mais precisa ou similar. Então, eu me torno consciente de que esta comparação com o que está acontecendo hoje vem de muito longe.
Todas essas imagens permanecem fixadas em nosso computador interno, e ele funciona somente por comparação. Se não há comparação, então nós não percebemos de modo algum aquilo que nossos órgãos de percepção captam, e nossa consciência não fixa isto, porque ela funciona somente por comparação entre o que aconteceu no passado e o que existe no presente.
Então, a pessoa percebe tanto seu próprio corpo, quanto o mundo circundante, como resultado das percepções de seus cinco órgãos sensoriais. Nem o corpo nem o mundo existem por si, mas sim, são conseqüência de nossas percepções.
Já falamos do fato de dividirmos nossa percepção do mundo entre a percepção de nós mesmos e a percepção do mundo externo, porque nosso Kli está dividido em duas partes: a interna, e a externa. ‘Shoresh-Neshamah-Guf’, ou ‘raiz-alma-corpo’, é a parte interna do Kli. O ‘Levush ve Eihal’, ou ‘revestimento e construção’, é a parte externa do Kli. Essa divisão do Kli em duas partes aconteceu como conseqüência do Tzimtzum Bet (a Segunda Restrição), isto é, como conseqüência do fato de que nos falta uma tela para unificar todas as partes em um único total. Porém, no futuro, quando formos capazes de criar uma tela para ambas as partes, elas se unirão em um único Kli completo e nós não perceberemos mais o universo como dividido em ‘eu’, e ‘aquilo que me cerca’ – em vez disso, nós o perceberemos como uma impressão unificada.
No TES (*Talmud Esser Sefirot, ‘Estudo das Dez Sefirot’), nós estudamos o porquê da percepção do mundo dividi-lo em duas partes, e como no Gmar Tikkun (*Correção Final) essas duas partes se reunirão em um Kli que consiste de cinco partes, quando ocorrer a anulação do Tzimtzum Bet e o retorno ao Tzimtzum Alef. Não estamos dizendo que há um mundo em volta do Galgalta ou de qualquer Partzuf espiritual; nada existe. A única coisa que existe é o que está no Partzuf. Isso é o que nós percebemos quando nos tornamos completamente corrigidos, em vez de estarmos divididos em Kli Pnimi e Kli Hitzon (* Vaso interior, Vaso exterior).
O Baal haSulam escreveu: ‘Eu sinto a mim mesmo como sólido, e como tendo uma certa medida, porque minhas sensações se apresentam a mim deste modo...’
2. Se a pessoa não tivesse nenhum órgão sensorial, então ela não perceberia a si mesma. Se nossos sentidos fossem diferentes, quantitativa e qualitativamente, então a pessoa se perceberia, ao seu corpo e ao mundo à sua volta de um modo diferente, correspondente à percepção que os órgãos sensoriais lhe dariam.
Tudo muda com relação a nós; não há nada absoluto, imóvel e imutável. Quando dizemos que há a luz Superior, que está em total repouso (a luz Superior que nós não percebemos), estamos nos referindo ao nosso teórico estado final. Porém, quanto a nós, não há um único parâmetro que não esteja sujeito a mudança, e tudo depende somente da combinação desses parâmetros em nós.
3. Tudo o que nós sentimos em nossos cinco sentidos chama-se ‘revelado’. Naturalmente, toda pessoa tem sua própria medida de informação revelada, dependendo de seu desenvolvimento emocional e intelectual. O revelado, isto é, aquilo que está precisa e claramente determinado e é percebido em nossos órgãos, e é reproduzível como um fato, pode ser particular, individual, ou então, geral. O geral é o que é comumente revelado para toda a humanidade em cada estágio concreto de seu desenvolvimento.
No estágio atual do desenvolvimento geral da humanidade, nós podemos ver a diferença que existe entre povos, nações, raças etc. em seu desenvolvimento, e o tipo e o estilo de seus desenvolvimentos. Isto é, todos esses processos são absolutamente individuais.
4. O ‘oculto’ é a informação que ainda não está revelada, mas é potencialmente sujeita a tornar-se revelada no futuro. Nada está oculto. O termo ‘oculto’ refere-se àquilo que está oculto hoje e está pronto a tornar-se revelado amanhã.
O oculto divide-se em dois tipos:
O oculto que nós seremos capazes de revelar em nossos cinco órgãos sensoriais em alguma ocasião no futuro, e
O oculto que nós nunca seremos capazes de revelar em nossos cinco órgãos sensoriais.
O que é isso, o ‘oculto’? A ‘Introdução ao livro do Zohar’ explica que nossa realização inclui a matéria, a forma que a matéria toma, a forma abstrata e a essência. Nós sempre tomamos a matéria e a forma que a matéria assume como um fato. Por outro lado, nós não percebemos, e de modo algum atingimos a forma abstrata e a essência. Isto é o que está fora de nós, ou aquilo que é prévio a nós. Nesse caso, o que é isso, que é chamado o oculto? ‘Oculto’ é o nome da matéria e das formas que estão revestidas na matéria, que ainda não foram atingidas (* NT: a palavra ‘atingir’, aqui, correspondente à palavra hassagah, em hebraico, é utilizada no sentido de alcançar, compreender, discernir, realizar, captar).
Desse modo, o revelado e o oculto referem-se somente aos primeiros dois níveis de compreensão: forma e matéria. É por isso que há uma parte contida no ‘oculto de nós’, que nunca se tornará revelada para nós, porque nós percebemos tudo em nossos órgãos sensoriais e não podemos perceber nada que esteja fora. É possível sentir algo que está fora, através de nossos órgãos sensoriais, somente na medida em que nossos órgãos sensoriais sejam equivalentes a algo que está fora.
Como eu poderia conhecer o que está fora, e ao que eu deveria me tornar equivalente? As pessoas que já percorreram esse caminho me dizem: ‘torne-se equivalente a isto ou aquilo, ou seja, faça essas correções ou mudanças em você mesmo e você sentirá o que está fora’. Se eu não tivesse livros de Kabbalah e conselhos dos Kabbalistas diante de mim, então eu não saberia como mudar, de modo a sentir algo que está no exterior. Por conseqüência, o oculto somente pode tornar-se revelado em correspondência ao conselho daqueles que já o compreenderam (*NT: those who already exist in attainment, ‘já existem em compreensão’).
O mesmo existe em nosso mundo: fala-se à pessoa sobre coisas que ela não percebe ou entende, e então ela revela isto a si mesma.
5. O que não pode ser revelado em nossos cinco órgãos sensoriais pode ser revelado no órgão do sexto sentido. Cada pessoa traz em si o embrião do órgão do sexto sentido, que ela pode desenvolver. A metodologia para desenvolver o órgão do sexto sentido é chamada Kabbalah.
Similarmente às percepções do corpo e da realidade circundante nos cinco órgãos sensoriais, a sensação experimentada no sexto sentido também consiste de dois componentes: o corpo, chamado a ‘alma’ ou ‘Kli’, e o ambiente, chamado o ‘externo’ ou ‘Mundo Superior’.
A alma percebe o Mundo Superior como um sentimento de eternidade, perfeição e conhecimento de tudo.
O que são, então, o corpo e a alma?
O corpo é aquilo que é atingido (*NT: ver nota anterior sobre ‘attain’) em nossos cinco órgãos sensoriais físicos. Vamos supor eu nós estamos em um estado inconsciente, isto é, completamente ‘desligados’; e então nós começamos a perceber. Isso que nós percebemos em nosso estado normal, dentro dos limites de nosso mundo, é feito de duas partes: Eu (meu corpo) e o mundo ao meu redor. Eu posso atingir a mim mesmo e ao mundo ao meu redor desenvolvendo meu conhecimento. Eu posso e preciso desenvolver meu conhecimento e a capacidade de atingir, somente na medida em que isto seja absolutamente real, isto é, o conhecimento entra nos meus cinco órgãos sensoriais e é completamente pesquisado por mim.
Além disso, nós temos algo que pode ser desenvolvido em nós através da metodologia especial da Kabbalah. As pessoas que percebem a dimensão oculta e que simultaneamente existem em corpos do nosso mundo, dão-nos conselhos sobre como fazer isto. Os desejos que me ajudam a perceber a dimensão exterior são chamados a ‘alma’, o ‘corpo da alma’, ou ‘Kli’. Isso, que se percebe no interior do Kli, é chamado ‘luz’. Em resumo, quem não tiver uma tela sobre o desejo de obter prazer do Criador, e quem não receber simultaneamente a luz do prazer, ou o próprio Criador, dentro de seu desejo, de modo a dar prazer a Ele, essa pessoa não terá uma alma. E nesse caso ela é considerada um animal.
Desse modo, os desejos por tipos especiais de prazer correspondem aos cinco níveis de Aviut: desejos corporais, desejos por riqueza, fama, poder e conhecimento. Tudo o que eu obtiver por meio desses desejos é chamado minha vida, meu corpo e minha existência.
Porém, se o desejo de obter prazer do Criador emerge na pessoa (há outra fonte de prazer referida como o "Faraó’, ou ‘Klipa’, mas este é o desejo de obter prazer especificamente no Criador), então isso a leva à Kabbalah. Então a pessoa precisa criar uma tela sobre seu desejo de obter prazer nEle (na percepção do Anfitrião que me serve o alimento). Não no alimento em si, mas na percepção do Anfitrião, e assim, Ele não estará me servindo.
Conseqüentemente, a alma não são os desejos terrenos, mas sim, o desejo pelo Criador, isto é, o desejo por usar o Criador, ou obter prazer nEle. A tela é criada especificamente sobre esses desejos, e então eles são usados para dar prazer a Ele. Como conseqüência disto, alcança-se uma conformidade, isto é, uma equivalência de forma com Ele, ou equivalência a Ele. Enquanto o desejo de obter prazer no Criador não se tornar emergente na humanidade, isto é, enquanto o ponto no coração não emergir, a pessoa não terá nada a corrigir senão seu comportamento neste mundo, que é de alguma forma regulado pela sociedade.
É por isso que corpo e alma são categorias completamente diferentes. A alma, em contraste com o corpo, é o desejo por uma fonte diferente, ou pelo prazer que vem especificamente dEle. Você poderia dizer, ‘mas não há ninguém além dEle, e todos os prazeres vêm dEle’. Sim, vêm dEle. Esses prazeres são corporais, sociais, ou do conhecimento, e embora eles venham do Criador, estão situados numa forma específica para nós, e é por isso que nós os definimos como terrenos. Eu não os relaciono diretamente ao Criador.
Em resumo, é impossível trabalhar pelo Criador, criar uma tela, ou praticar ações de doação, enquanto Ele não se tornar percebido em mim como a fonte do prazer. É por isso que a pessoa cresce sob o sistema dos mundos impuros ou Klipot, e somente quando os desejos impuros pelo Criador emergem nela (os desejos de usá-LO para si mesma), somente então a pessoa adquire a possibilidade de correção. Não há nada a corrigir antes disto. Em princípio, nós sempre dizemos apenas isto, ‘a única coisa que precisa ser corrigida é nossa relação com o Criador’.
Pergunta: quando o interior e o exterior se unificam em um único Partzuf, o corpo (a ‘concha’) desaparece?
Um não afeta o outro. Enquanto eu existo em meu corpo animal, eu posso simultaneamente estar em qualquer dos mundos: no estado da Correção final, assim como no estado mais incorreto. É possível que o órgão de outra pessoa seja implantado em mim, ou o sangue de outro seja infiltrado em mim, ou que eu perca uma parte de meu corpo, ou que o corpo cesse de todo de existir biologicamente. Nada disso pode afetar minha alma de modo algum, ou minha relação com o Criador.
Na realidade isto tem um efeito, isso eleva o nível... Nós vamos discutir esse aspecto em outra ocasião, o que a pessoa adquire após ter-se separado do corpo animal em nosso mundo. Porém, em princípio, esses dois Kelim são completamente desconectados um do outro. Eles influenciam um ao outro enquanto a pessoa percebe simultaneamente ambos os desejos: os desejos deste mundo, isto é, os mais baixos possíveis, e os desejos do mundo superior - isto é, quando ela está na escada dos níveis espirituais e em nosso mundo (*NT: ao mesmo tempo).
Nosso mundo é imutável. Se você picar qualquer Kabbalista com uma agulha ele sentirá a dor; e se você lhe der algo delicioso, ele sentirá prazer. Essas coisas são completamente independentes do seu nível espiritual; elas não mudam, e são determinadas somente por seus componentes animais, tais como onde ele nasceu e como ele foi educado... Todo o seu nível animal é determinado do mesmo modo que qualquer pessoa, isto é, o corpo exige as mesmas coisas que todos os outros corpos exigem.
Por outro lado, o corpo espiritual que se desenvolve nele é o desejo pelo Criador. Isto é algo muito diferente.
Um corpo pode trabalhar através do outro? Praticamente, não. O corpo animal precisa receber tudo o que é preciso para uma existência normal, e ao mesmo tempo a pessoa precisa se dedicar ao desenvolvimento do corpo espiritual, ou Kli.
Pergunta: As percepções do ‘Eu’ e a liberdade referem-se ao corpo ou à alma?
A percepção do meu ‘Eu’ e a percepção da liberdade podem se referir a ambas as coisas:
- aos desejos do nosso corpo, que eu não posso satisfazer, significando então que eu não sou livre para realizá-los;
- aos desejos relativos ao Criador, quando eu estou, por exemplo, sob o controle das Klipot.
Em nosso mundo eu me sinto como um escravo da sociedade ou de meus desejos terrenos, que eu não posso rejeitar; por exemplo, fumar.
No mundo espiritual eu percebo claramente que eu sou escravo de meus desejos espirituais, porque além de mim mesmo e do Criador eu não revelo nenhuma outra fonte de forças e desejos que exista em volta de nós.
Pergunta: Se eu entendi corretamente, o desejo de experimentar prazer em prol de mim mesmo é o corpo, enquanto o desejo de experimentar prazer em prol de doar é a alma? (*NT: for the sake of <=> em prol de).
Nós estamos estudando o Partzuf espiritual. O desejo de experimentar prazer compreende o desejo primordial do Partzuf. Não estamos dizendo que isto já seja o corpo ou Kli. O Kli se forma completamente pela tela e a luz refletida, isto é, o desejo de experimentar prazer em prol do Criador, ou o desejo de realizar esse desejo pelo Criador. Mais precisamente, a intenção de usar o desejo de experimentar prazer, pelo Criador, é o corpo do Kli (Guf). A alma dentro desse corpo é a luz NRNHY que o preenche (*NT: sigla para Nefesh, Ruach, Neshamah, Chayah, Yechidah). É isto que nós estudamos sobre o espiritual, ou que é relatado no TES, isto é, aquilo que a pessoa revela.
Como isto se relaciona com o corpo? Nosso corpo biológico existe por si mesmo; isto também são desejos, mas desejos dos níveis inanimado, vegetativo e animal. Além disso, nós temos desejos humanos e sociais, mas esses desejos não se dirigem ao Criador de forma alguma.
O desejo pelo Criador somente pode existir quando traz alguma relação com Ele. Se alguém em nosso mundo pensa, ‘agora mesmo eu vou comer em prol do Criador’, bem, boa sorte... Porém, isto não é correção. Primeiro é preciso emergir um desejo por Ele, ou o desejo de experimentar prazer dEle, como a fonte do prazer. Somente após, torna-se possível trabalhar contra o desejo que foi dado, isto é, usá-lo com a intenção oposta.
Até que o Criador torne-Se revelado, nós não teremos adquirido o desejo de experimentar prazer dEle, ou a Klipa não vai emergir em nós. Enquanto a Klipa não aparecer em nós, nós não temos nada a corrigir. A Klipa está acima de nosso mundo, ela não corresponde aos nossos desejos terrenos.
O egoísmo de nosso mundo tem necessidade somente de coisas normais, que são comuns a todas as pessoas. Quando nós estudarmos o que é a sociedade do futuro, e como nós podemos regular desejos e relacionamentos entre nós, então nós compreenderemos que eles são todos construídos somente para se tornarem um trampolim para a construção da relação correta com o Criador, ou o caminho para o Kli espiritual.
Para entrar no nível da relação com o Criador, a partir de nosso mundo, nós precisamos trabalhar com livros, o grupo e um Professor. Nós examinaremos isto mais tarde; esses tópicos não são simples.
Pergunta: A única coisa que eu faço neste mundo é meramente escolher o ambiente, e isso é tudo?
Sim. A única realização correta em nosso mundo pode ser atingida somente através da escolha do ambiente, e não porque ele seja espiritual em si, mas porque ele mostra a direção correta do espiritual em mim.
Pergunta: O que significa em nosso mundo ‘o desejo de obter prazer no Criador’?
Em nosso mundo, isto é, no domínio do desejo em eu nós estamos colocados, não há aspiração por obter prazer no Criador. Eu não O vejo. Primeiro, mostrem o Criador a mim, e quando alguma imagem aparecer diante de mim, alguma fonte de prazeres, então eu desejarei ter prazer nEle.
Enquanto eu não tornar isto claro para mim mesmo, enquanto eu não tiver sentido o prazer da Luz Superior (o Criador), e não O tiver experimentado, pois como foi dito, "Taamu ve-reu Ku Shov a-Shem" (‘experimentem, e vejam como o Criador é maravilhoso’); enquanto eu não tiver percebido essa Luz Superior como a fonte do prazer, eu não terei nenhuma relação com ela – eu simplesmente, não a sinto. Ela existe, mas eu não a capto, porque o desejo relacionado a ela ainda não emergiu em mim; eu não tenho nem mesmo uma Klipa.
Quando as pessoas passam o Machsom? No livro ‘Pri Chacham – Cartas’, na carta que está na página 70, o Baal haSulam escreve que as pessoas passam o Machsom quando adquirem o desejo de um amante pela mulher que ele ama: ele não consegue dormir, ele quer tanto estar com ela que nada mais existe para ele, ele precisa somente desse prazer. Esse desejo ainda é animalístico, mais é o maior deste mundo, isso é, ‘eu não preciso de nada neste mundo, seja o que for que você seja capaz de me dar; eu quero apenas a Ele’. Isto já é o começo do desejo da Klipa. A partir desse desejo nós já podemos dizer que, obviamente, você está merecendo o Mundo Superior.
A Klipa são desejos grosseiros de obter prazer no Criador. A Klipa sabe o que o Criador é; ela sabe que espécie de prazer é este. Klipa são os nossos desejos que ainda não se revelaram em nós; eles se dirigem e orientam precisamente na direção dEle. A pessoa já pode corrigi-los; já pode fazer um Tzimtzum (*NT: restrição) sobre eles, ou um Masach (*NT: tela). Porém, nós ainda precisamos crescer para ter esses desejos (os desejos da Klipa). É por isso que eu sempre digo que a coisa mais importante no grupo e em nossos estudos é a grandeza e a importância do Criador.
Não estou dizendo que vocês devam pensar sobre como fazer algo agradável para Ele. Em vez disso, pensem em como fazer com que fique claro, que Ele é a fonte do maior prazer possível. Isto é tudo! Ad she lo Maniah li Lishon (o desejo é tão imenso que não me deixa dormir). É por isso que a importância do Criador é a coisa mais importante. Essa é a única coisa que precisa aparecer diante de meus olhos, para que um me incendeie apenas por isso. Então haverá o que corrigir. Porém, se em vez disso eu começar a observar várias dietas, considerar-me como um homem religioso, rejeitar a vida pessoal, excluir-me da sociedade etc., então eu não realizarei nada. Mesmo em nosso mundo, essa espécie de ações não é aprovada. A Torah proíbe todas as espécies de restrições. Esses não são, de forma alguma, os desejos que precisam ser suprimidos – ao contrário, eles precisam ser desenvolvidos.
Quando eu desenvolvo minha relação com o Criador, e adquiro um louco desejo por Ele, então involuntariamente todos esses desejos terrenos vão recuar para o chão. Porém, eles exigirão sua realização e satisfação, pois o corpo precisa funcionar – ele é construído dessa forma. Nosso corpo não pode ser satisfeito pelo Criador. Você pode pensar nEle o quanto quiser, mas o alimento espiritual não é alimento para o corpo biológico. Eu ainda preciso dar ao corpo tudo o que ele exige em qualquer nível.
Pergunta: O corpo da alma, soa como uma limitação. O corpo da alma deve ter algum tamanho específico?
O corpo da alma é o Guf haPartzuf. Ele é exatamente igual à luz ou o Criador que precisa tornar-se revelado para nós.
Estamos falando sobre fato de que a luz geral, que emana do Criador e precisa nos preencher, separa-se depois nas cinco luzes NaRaNChaI que entram nos cinco Kelim: Keter, Chochmah, Binah, ZA e Malchut, ou 613 partes em que esses 5 Kelim se dividem, o que é a mesma coisa.
Desse modo, nós temos a luz ou o Criador, e em face dEle o Kli ou a alma. Isto é tudo.
Pergunta: A alma é infinita do mesmo modo que o Criador?
Com a palavra ‘infinito’ nós queremos dizer que o preenchimento do Kli pela luz dá ao Kli a percepção de satisfação sem limites, sem começo ou fim. É por isso que esse estado é chamado ‘infinito’, ou ‘sem fim’.
Às vezes há um estado em que eu sinto que estou preenchido... sem fim. Então esse sentimento passa. Um pequeno Kli que tenha sido completamente preenchido por uma pequena luz é por assim dizer ‘obturado’ por ela, e percebe a si mesmo como tendo sido satisfeito infinitamente, sem limites, até a borda. Então ele cresce e percebe que não há luz suficiente, e começa novamente a se mover em perseguição da luz.
Quando nós atingirmos o estado em que o Kli nunca mais muda, isto é, ele corresponderá completamente à luz, isto será a Correção Completa (Gmar Tikkun), do ponto de vista do Kli, e o completo preenchimento pela Luz: o Mundo da Infinidade.
Fonte: Centro Mundial de estudos de kabbalah
Já discutimos as teorias desenvolvidas pela humanidade para responder à questão ‘quem somos nós?’
Nós nos identificamos:
- somente com o espírito que está dentro de nós;
- com o espírito e o corpo (isso se refere à presença do espírito dentro do corpo), ou
- somente com o corpo?
Nós não sabemos o que é o espírito; nós não o vemos ou sentimos, e não podemos pesquisá-lo cientificamente. Então, há milhares de teorias diferentes que se substituem dependendo da moda ou de outras razões. Essas teorias não trazem nenhum benefício para a humanidade.
Para que nossa teoria sobre nós mesmos possa nos ajudar, é preciso que ela seja absolutamente científica e autêntica. Autenticidade pode ser encontrada somente na terceira teoria, cuja essência é que a pessoa não tem nada melhor que seus próprios olhos, e que com a ajuda deles, ela precisa pesquisar a realidade. Isso resulta na conclusão de que não há espírito; há apenas o corpo humano que vive de acordo com suas leis materialistas, e isso é tudo o que nós pesquisamos de acordo com essa teoria. Há algo além disso? Nós não sabemos e não levamos isto em consideração, porque percebemos somente a nossa realidade, que dividimos em duas partes:
A parte revelada de nossa ciência, ou aquela que nós alcançamos hoje: esta, é científica, bem elaborada, respeitável e pesquisável; nós podemos agir dentro desses limites e nessa extensão;
A parte oculta, que nós não conhecemos: ela contém possivelmente algumas conjeturas, teorias e fantasias, porém, nada disso é científico e nós não temos o direito de aceitar isto como fato nem de operar com esses dados, até que eles entrem no domínio de nosso conhecimento e sentimento.
É por isso que a segunda parte é chamada ‘oculta de nós’, e a Ciência da Kabbalah nos adverte a não nos preocuparmos com ela absolutamente, porque nós nos confundiríamos e começaríamos a aceitar essa parte como a revelada. Em outras palavras, nós aceitaríamos nossas conjeturas como fatos e correspondentemente, não somente começaríamos a construir várias outras teorias, mas também, tentaríamos colocá-las em prática a nossa vida. Conseqüentemente, sofremos, e nos forçamos a praticar essas espécies de ‘comunismo’, ‘kibbutz’ etc., e depois não conseguimos sair deles.
Isto é, na realidade, precisamos ser claramente materialistas, porém...
Crítica à Terceira Teoria (a materialista).
A terceira teoria é estranha ao espírito da pessoa educada, porque ela caminha com a individualidade e apresenta a pessoa como uma máquina que é ativada por forças externas. De acordo com essa teoria, segue-se que a pessoa não tem livre escolha em seus desejos – em vez disso, ela está sob o total controle das forças da natureza. Todas as suas ações são forçadas e, naturalmente, ela não é recompensada nem punida por suas próprias ações, pois a lei da recompensa e castigo aplica-se somente a uma pessoa com livre escolha.
Se nós agimos de acordo com nossos hormônios e genes (nós amamos, roubamos etc.), se nossa personalidade e caráter são impressos dentro de nós, se eu não determino originalmente nada dentro ou fora de mim mesmo, tal como em qual família eu fui destinado a nascer, em que sociedade, durante que época, qual escola eu vou freqüentar, o que me acontecerá etc., então, naturalmente, e não tenho nenhuma liberdade de escolha e, assim como um animal, eu simplesmente cumpro as ordens que emergem dentro de mim e as considero como sendo minhas próprias.
Por que eu as considero como sendo minhas próprias?
Porque eu não vejo de modo algum de onde elas vêm. Nenhuma máquina biológica pode ser programada desse modo; nenhuma criancinha ou adulto pode ser programada com algum comando, ou recebendo diversos sinais de longe, e assim a pessoa pensará que eles emergem dentro dela, por si mesmos, e que isso vem dela, porque ela está destacada da percepção de sua Fonte e não compreende de onde tudo isso emerge dentro dela: ou há uma máquina dentro dela, ou o Criador. Se ela não percebe a ‘vontade externa’, então, ela a considera como sendo sua própria vontade.
É assim que nós pensamos sobre nós mesmos quando nós nos pesquisamos do modo como a ciência nos permite. Gradualmente, começamos a revelar que não há nada dentro de nós que seja propriamente nosso. Cada um de nós é somente um pequeno mecanismo executante.
Essa teoria é alheia às massas religiosas que acreditam na recompensa e na punição do Criador, e que confiam no Seu bom propósito, assim como às pessoas não-religiosas. De acordo com essa teoria, nós, que possuímos a mente, somos brinquedos nas mãos da natureza cega que está nos levando a um destino desconhecido.
Nós não queremos aceitar essa teoria, que estabelece que nós somos mecanismos absolutamente pré-programados.
As pessoas religiosas não querem aceitar isto porque elas têm uma idéia, um conceito, ou uma fantasia, sobre recompensa e castigo: eu sofro aqui, e de algum modo isso será compensado.
Porém, há uma certa referência ao homem como algo que tem sua própria vontade e que supostamente influencia seu próprio destino. Isto é, há algo que diz que há um parâmetro livre em nossa vida, que nós podemos mudar por nós mesmos e no qual eu sou um indivíduo e não, meramente, um mecanismo pré-programado.
Os religiosos pensam que se eu agir de algum modo mais nobremente neste mundo, mais corretamente, e de acordo com umas certas leis, então uma recompensa me esperará, por causa das ações corretas que são determinadas pelos limites dessas leis.
O Baal haSulam diz que os não-religiosos também não querem aceitar essa teoria que considera a pessoa um mecanismo total, porque isso destrói, neles, toda a sua alegria de viver. Se eu me avalio como um mecanismo executante então eu não sou capaz de receber nenhum contentamento de nenhuma ação. Isso é suficiente para remover qualquer prazer que haja nas minhas ações. O fato sobre esse prazer é que ele somente se manifesta no desejo, se o desejo for percebido como meu próprio. Se eu não perceber o desejo como meu próprio, então eu não percebo o prazer, por causa do meu egoísmo, isto é: eu não o percebo como Chisaron (desejo, falta de alguma coisa; *pronuncia-se o Ch como o ‘j’ espanhol). E assim, eu não posso perceber a satisfação desse desejo de receber como prazer.
Porém, se nós revelarmos o estado em que o desejo dentro de nós vem do Criador, então, seja o desejo o que for, e seja como for que eu possa satisfazê-lo, eu não perceberei nenhum prazer nele, se eu souber que o desejo não é meu. Porém, pode ser que isso seja bom: a única coisa de que eu preciso agora é unir-me ao Criador, de tal modo que Seus desejos se tornem meus, e então eu terei prazer especificamente no fato de que eu satisfaço Seus desejos dentro de mim mesmo.
Nesse caso, será que especificamente na terceira teoria, há um caminho para a satisfação correta e infinita?
Porém, nós estamos indo um pouco adiante de nós mesmos. O Baal haSulam diz, muito gentilmente, que essa teoria é alheia, tanto aos religiosos, quanto aos não-religiosos, porque ela nos apresenta como mecanismos completamente desprovidos de espírito, que não têm liberdade de escolha.
Por isso, a terceira teoria não é aceita pelo mundo.
Foi decidido que o corpo, que é uma máquina, de acordo com a terceira teoria, não constitui a pessoa genuína. Em vez disso, a essência da pessoa, ou o seu ‘Eu’, é uma essência espiritual eterna, invisível e imperceptível, que está localizada no corpo, de um modo oculto – isto é, ela o acompanha.
Desse modo, no final das contas, há um ‘Eu’ dentro da pessoa, que é uma espécie de essência que não está originalmente localizada dentro do corpo, mas em vez disso, que acompanha o corpo.
Porém como essa essência pode ativar o corpo, se de acordo com as afirmações da própria filosofia, o espiritual não tem contato com o material, e de modo algum influencia o corpo? Desse modo, nem a filosofia nem a metafísica são capazes de fornecer a solução para a questão da alma.
Conclusão.
1. Tudo o que a pessoa percebe, ela percebe em seus cinco órgãos sensoriais. A imagem combinada de tudo o que nós percebemos em nossos cinco sentidos é processada e analisada em nosso cérebro, e torna-se comparável àquilo que já conhecemos (isto é, nós comparamos o que nós vemos com todas essas imagens que foram impressas no cérebro), e baseados nisto, nós nos conscientizamos, e é transmitida para a nossa consciência a imagem de nós mesmos e do mundo circundante.
A cada vez nós construímos tudo a partir daquilo que nós percebemos em nossos órgãos sensoriais, e isso, que nós resumimos automaticamente, entra em nosso mecanismo de comparação com nossa experiência (ou aquilo que aconteceu durante a vida), e o resultado é produzido na forma de uma imagem. Tudo é determinado e alcançado apenas por comparação.
Às vezes acontece o seguinte: de repente, algum aroma ou visão evoca uma imagem de minha memória, de algo que aconteceu décadas atrás. De todas as imagens fixadas em minha cabeça, ela escolhe especificamente esta, porque não encontrou outra que seja mais precisa ou similar. Então, eu me torno consciente de que esta comparação com o que está acontecendo hoje vem de muito longe.
Todas essas imagens permanecem fixadas em nosso computador interno, e ele funciona somente por comparação. Se não há comparação, então nós não percebemos de modo algum aquilo que nossos órgãos de percepção captam, e nossa consciência não fixa isto, porque ela funciona somente por comparação entre o que aconteceu no passado e o que existe no presente.
Então, a pessoa percebe tanto seu próprio corpo, quanto o mundo circundante, como resultado das percepções de seus cinco órgãos sensoriais. Nem o corpo nem o mundo existem por si, mas sim, são conseqüência de nossas percepções.
Já falamos do fato de dividirmos nossa percepção do mundo entre a percepção de nós mesmos e a percepção do mundo externo, porque nosso Kli está dividido em duas partes: a interna, e a externa. ‘Shoresh-Neshamah-Guf’, ou ‘raiz-alma-corpo’, é a parte interna do Kli. O ‘Levush ve Eihal’, ou ‘revestimento e construção’, é a parte externa do Kli. Essa divisão do Kli em duas partes aconteceu como conseqüência do Tzimtzum Bet (a Segunda Restrição), isto é, como conseqüência do fato de que nos falta uma tela para unificar todas as partes em um único total. Porém, no futuro, quando formos capazes de criar uma tela para ambas as partes, elas se unirão em um único Kli completo e nós não perceberemos mais o universo como dividido em ‘eu’, e ‘aquilo que me cerca’ – em vez disso, nós o perceberemos como uma impressão unificada.
No TES (*Talmud Esser Sefirot, ‘Estudo das Dez Sefirot’), nós estudamos o porquê da percepção do mundo dividi-lo em duas partes, e como no Gmar Tikkun (*Correção Final) essas duas partes se reunirão em um Kli que consiste de cinco partes, quando ocorrer a anulação do Tzimtzum Bet e o retorno ao Tzimtzum Alef. Não estamos dizendo que há um mundo em volta do Galgalta ou de qualquer Partzuf espiritual; nada existe. A única coisa que existe é o que está no Partzuf. Isso é o que nós percebemos quando nos tornamos completamente corrigidos, em vez de estarmos divididos em Kli Pnimi e Kli Hitzon (* Vaso interior, Vaso exterior).
O Baal haSulam escreveu: ‘Eu sinto a mim mesmo como sólido, e como tendo uma certa medida, porque minhas sensações se apresentam a mim deste modo...’
2. Se a pessoa não tivesse nenhum órgão sensorial, então ela não perceberia a si mesma. Se nossos sentidos fossem diferentes, quantitativa e qualitativamente, então a pessoa se perceberia, ao seu corpo e ao mundo à sua volta de um modo diferente, correspondente à percepção que os órgãos sensoriais lhe dariam.
Tudo muda com relação a nós; não há nada absoluto, imóvel e imutável. Quando dizemos que há a luz Superior, que está em total repouso (a luz Superior que nós não percebemos), estamos nos referindo ao nosso teórico estado final. Porém, quanto a nós, não há um único parâmetro que não esteja sujeito a mudança, e tudo depende somente da combinação desses parâmetros em nós.
3. Tudo o que nós sentimos em nossos cinco sentidos chama-se ‘revelado’. Naturalmente, toda pessoa tem sua própria medida de informação revelada, dependendo de seu desenvolvimento emocional e intelectual. O revelado, isto é, aquilo que está precisa e claramente determinado e é percebido em nossos órgãos, e é reproduzível como um fato, pode ser particular, individual, ou então, geral. O geral é o que é comumente revelado para toda a humanidade em cada estágio concreto de seu desenvolvimento.
No estágio atual do desenvolvimento geral da humanidade, nós podemos ver a diferença que existe entre povos, nações, raças etc. em seu desenvolvimento, e o tipo e o estilo de seus desenvolvimentos. Isto é, todos esses processos são absolutamente individuais.
4. O ‘oculto’ é a informação que ainda não está revelada, mas é potencialmente sujeita a tornar-se revelada no futuro. Nada está oculto. O termo ‘oculto’ refere-se àquilo que está oculto hoje e está pronto a tornar-se revelado amanhã.
O oculto divide-se em dois tipos:
O oculto que nós seremos capazes de revelar em nossos cinco órgãos sensoriais em alguma ocasião no futuro, e
O oculto que nós nunca seremos capazes de revelar em nossos cinco órgãos sensoriais.
O que é isso, o ‘oculto’? A ‘Introdução ao livro do Zohar’ explica que nossa realização inclui a matéria, a forma que a matéria toma, a forma abstrata e a essência. Nós sempre tomamos a matéria e a forma que a matéria assume como um fato. Por outro lado, nós não percebemos, e de modo algum atingimos a forma abstrata e a essência. Isto é o que está fora de nós, ou aquilo que é prévio a nós. Nesse caso, o que é isso, que é chamado o oculto? ‘Oculto’ é o nome da matéria e das formas que estão revestidas na matéria, que ainda não foram atingidas (* NT: a palavra ‘atingir’, aqui, correspondente à palavra hassagah, em hebraico, é utilizada no sentido de alcançar, compreender, discernir, realizar, captar).
Desse modo, o revelado e o oculto referem-se somente aos primeiros dois níveis de compreensão: forma e matéria. É por isso que há uma parte contida no ‘oculto de nós’, que nunca se tornará revelada para nós, porque nós percebemos tudo em nossos órgãos sensoriais e não podemos perceber nada que esteja fora. É possível sentir algo que está fora, através de nossos órgãos sensoriais, somente na medida em que nossos órgãos sensoriais sejam equivalentes a algo que está fora.
Como eu poderia conhecer o que está fora, e ao que eu deveria me tornar equivalente? As pessoas que já percorreram esse caminho me dizem: ‘torne-se equivalente a isto ou aquilo, ou seja, faça essas correções ou mudanças em você mesmo e você sentirá o que está fora’. Se eu não tivesse livros de Kabbalah e conselhos dos Kabbalistas diante de mim, então eu não saberia como mudar, de modo a sentir algo que está no exterior. Por conseqüência, o oculto somente pode tornar-se revelado em correspondência ao conselho daqueles que já o compreenderam (*NT: those who already exist in attainment, ‘já existem em compreensão’).
O mesmo existe em nosso mundo: fala-se à pessoa sobre coisas que ela não percebe ou entende, e então ela revela isto a si mesma.
5. O que não pode ser revelado em nossos cinco órgãos sensoriais pode ser revelado no órgão do sexto sentido. Cada pessoa traz em si o embrião do órgão do sexto sentido, que ela pode desenvolver. A metodologia para desenvolver o órgão do sexto sentido é chamada Kabbalah.
Similarmente às percepções do corpo e da realidade circundante nos cinco órgãos sensoriais, a sensação experimentada no sexto sentido também consiste de dois componentes: o corpo, chamado a ‘alma’ ou ‘Kli’, e o ambiente, chamado o ‘externo’ ou ‘Mundo Superior’.
A alma percebe o Mundo Superior como um sentimento de eternidade, perfeição e conhecimento de tudo.
O que são, então, o corpo e a alma?
O corpo é aquilo que é atingido (*NT: ver nota anterior sobre ‘attain’) em nossos cinco órgãos sensoriais físicos. Vamos supor eu nós estamos em um estado inconsciente, isto é, completamente ‘desligados’; e então nós começamos a perceber. Isso que nós percebemos em nosso estado normal, dentro dos limites de nosso mundo, é feito de duas partes: Eu (meu corpo) e o mundo ao meu redor. Eu posso atingir a mim mesmo e ao mundo ao meu redor desenvolvendo meu conhecimento. Eu posso e preciso desenvolver meu conhecimento e a capacidade de atingir, somente na medida em que isto seja absolutamente real, isto é, o conhecimento entra nos meus cinco órgãos sensoriais e é completamente pesquisado por mim.
Além disso, nós temos algo que pode ser desenvolvido em nós através da metodologia especial da Kabbalah. As pessoas que percebem a dimensão oculta e que simultaneamente existem em corpos do nosso mundo, dão-nos conselhos sobre como fazer isto. Os desejos que me ajudam a perceber a dimensão exterior são chamados a ‘alma’, o ‘corpo da alma’, ou ‘Kli’. Isso, que se percebe no interior do Kli, é chamado ‘luz’. Em resumo, quem não tiver uma tela sobre o desejo de obter prazer do Criador, e quem não receber simultaneamente a luz do prazer, ou o próprio Criador, dentro de seu desejo, de modo a dar prazer a Ele, essa pessoa não terá uma alma. E nesse caso ela é considerada um animal.
Desse modo, os desejos por tipos especiais de prazer correspondem aos cinco níveis de Aviut: desejos corporais, desejos por riqueza, fama, poder e conhecimento. Tudo o que eu obtiver por meio desses desejos é chamado minha vida, meu corpo e minha existência.
Porém, se o desejo de obter prazer do Criador emerge na pessoa (há outra fonte de prazer referida como o "Faraó’, ou ‘Klipa’, mas este é o desejo de obter prazer especificamente no Criador), então isso a leva à Kabbalah. Então a pessoa precisa criar uma tela sobre seu desejo de obter prazer nEle (na percepção do Anfitrião que me serve o alimento). Não no alimento em si, mas na percepção do Anfitrião, e assim, Ele não estará me servindo.
Conseqüentemente, a alma não são os desejos terrenos, mas sim, o desejo pelo Criador, isto é, o desejo por usar o Criador, ou obter prazer nEle. A tela é criada especificamente sobre esses desejos, e então eles são usados para dar prazer a Ele. Como conseqüência disto, alcança-se uma conformidade, isto é, uma equivalência de forma com Ele, ou equivalência a Ele. Enquanto o desejo de obter prazer no Criador não se tornar emergente na humanidade, isto é, enquanto o ponto no coração não emergir, a pessoa não terá nada a corrigir senão seu comportamento neste mundo, que é de alguma forma regulado pela sociedade.
É por isso que corpo e alma são categorias completamente diferentes. A alma, em contraste com o corpo, é o desejo por uma fonte diferente, ou pelo prazer que vem especificamente dEle. Você poderia dizer, ‘mas não há ninguém além dEle, e todos os prazeres vêm dEle’. Sim, vêm dEle. Esses prazeres são corporais, sociais, ou do conhecimento, e embora eles venham do Criador, estão situados numa forma específica para nós, e é por isso que nós os definimos como terrenos. Eu não os relaciono diretamente ao Criador.
Em resumo, é impossível trabalhar pelo Criador, criar uma tela, ou praticar ações de doação, enquanto Ele não se tornar percebido em mim como a fonte do prazer. É por isso que a pessoa cresce sob o sistema dos mundos impuros ou Klipot, e somente quando os desejos impuros pelo Criador emergem nela (os desejos de usá-LO para si mesma), somente então a pessoa adquire a possibilidade de correção. Não há nada a corrigir antes disto. Em princípio, nós sempre dizemos apenas isto, ‘a única coisa que precisa ser corrigida é nossa relação com o Criador’.
Pergunta: quando o interior e o exterior se unificam em um único Partzuf, o corpo (a ‘concha’) desaparece?
Um não afeta o outro. Enquanto eu existo em meu corpo animal, eu posso simultaneamente estar em qualquer dos mundos: no estado da Correção final, assim como no estado mais incorreto. É possível que o órgão de outra pessoa seja implantado em mim, ou o sangue de outro seja infiltrado em mim, ou que eu perca uma parte de meu corpo, ou que o corpo cesse de todo de existir biologicamente. Nada disso pode afetar minha alma de modo algum, ou minha relação com o Criador.
Na realidade isto tem um efeito, isso eleva o nível... Nós vamos discutir esse aspecto em outra ocasião, o que a pessoa adquire após ter-se separado do corpo animal em nosso mundo. Porém, em princípio, esses dois Kelim são completamente desconectados um do outro. Eles influenciam um ao outro enquanto a pessoa percebe simultaneamente ambos os desejos: os desejos deste mundo, isto é, os mais baixos possíveis, e os desejos do mundo superior - isto é, quando ela está na escada dos níveis espirituais e em nosso mundo (*NT: ao mesmo tempo).
Nosso mundo é imutável. Se você picar qualquer Kabbalista com uma agulha ele sentirá a dor; e se você lhe der algo delicioso, ele sentirá prazer. Essas coisas são completamente independentes do seu nível espiritual; elas não mudam, e são determinadas somente por seus componentes animais, tais como onde ele nasceu e como ele foi educado... Todo o seu nível animal é determinado do mesmo modo que qualquer pessoa, isto é, o corpo exige as mesmas coisas que todos os outros corpos exigem.
Por outro lado, o corpo espiritual que se desenvolve nele é o desejo pelo Criador. Isto é algo muito diferente.
Um corpo pode trabalhar através do outro? Praticamente, não. O corpo animal precisa receber tudo o que é preciso para uma existência normal, e ao mesmo tempo a pessoa precisa se dedicar ao desenvolvimento do corpo espiritual, ou Kli.
Pergunta: As percepções do ‘Eu’ e a liberdade referem-se ao corpo ou à alma?
A percepção do meu ‘Eu’ e a percepção da liberdade podem se referir a ambas as coisas:
- aos desejos do nosso corpo, que eu não posso satisfazer, significando então que eu não sou livre para realizá-los;
- aos desejos relativos ao Criador, quando eu estou, por exemplo, sob o controle das Klipot.
Em nosso mundo eu me sinto como um escravo da sociedade ou de meus desejos terrenos, que eu não posso rejeitar; por exemplo, fumar.
No mundo espiritual eu percebo claramente que eu sou escravo de meus desejos espirituais, porque além de mim mesmo e do Criador eu não revelo nenhuma outra fonte de forças e desejos que exista em volta de nós.
Pergunta: Se eu entendi corretamente, o desejo de experimentar prazer em prol de mim mesmo é o corpo, enquanto o desejo de experimentar prazer em prol de doar é a alma? (*NT: for the sake of <=> em prol de).
Nós estamos estudando o Partzuf espiritual. O desejo de experimentar prazer compreende o desejo primordial do Partzuf. Não estamos dizendo que isto já seja o corpo ou Kli. O Kli se forma completamente pela tela e a luz refletida, isto é, o desejo de experimentar prazer em prol do Criador, ou o desejo de realizar esse desejo pelo Criador. Mais precisamente, a intenção de usar o desejo de experimentar prazer, pelo Criador, é o corpo do Kli (Guf). A alma dentro desse corpo é a luz NRNHY que o preenche (*NT: sigla para Nefesh, Ruach, Neshamah, Chayah, Yechidah). É isto que nós estudamos sobre o espiritual, ou que é relatado no TES, isto é, aquilo que a pessoa revela.
Como isto se relaciona com o corpo? Nosso corpo biológico existe por si mesmo; isto também são desejos, mas desejos dos níveis inanimado, vegetativo e animal. Além disso, nós temos desejos humanos e sociais, mas esses desejos não se dirigem ao Criador de forma alguma.
O desejo pelo Criador somente pode existir quando traz alguma relação com Ele. Se alguém em nosso mundo pensa, ‘agora mesmo eu vou comer em prol do Criador’, bem, boa sorte... Porém, isto não é correção. Primeiro é preciso emergir um desejo por Ele, ou o desejo de experimentar prazer dEle, como a fonte do prazer. Somente após, torna-se possível trabalhar contra o desejo que foi dado, isto é, usá-lo com a intenção oposta.
Até que o Criador torne-Se revelado, nós não teremos adquirido o desejo de experimentar prazer dEle, ou a Klipa não vai emergir em nós. Enquanto a Klipa não aparecer em nós, nós não temos nada a corrigir. A Klipa está acima de nosso mundo, ela não corresponde aos nossos desejos terrenos.
O egoísmo de nosso mundo tem necessidade somente de coisas normais, que são comuns a todas as pessoas. Quando nós estudarmos o que é a sociedade do futuro, e como nós podemos regular desejos e relacionamentos entre nós, então nós compreenderemos que eles são todos construídos somente para se tornarem um trampolim para a construção da relação correta com o Criador, ou o caminho para o Kli espiritual.
Para entrar no nível da relação com o Criador, a partir de nosso mundo, nós precisamos trabalhar com livros, o grupo e um Professor. Nós examinaremos isto mais tarde; esses tópicos não são simples.
Pergunta: A única coisa que eu faço neste mundo é meramente escolher o ambiente, e isso é tudo?
Sim. A única realização correta em nosso mundo pode ser atingida somente através da escolha do ambiente, e não porque ele seja espiritual em si, mas porque ele mostra a direção correta do espiritual em mim.
Pergunta: O que significa em nosso mundo ‘o desejo de obter prazer no Criador’?
Em nosso mundo, isto é, no domínio do desejo em eu nós estamos colocados, não há aspiração por obter prazer no Criador. Eu não O vejo. Primeiro, mostrem o Criador a mim, e quando alguma imagem aparecer diante de mim, alguma fonte de prazeres, então eu desejarei ter prazer nEle.
Enquanto eu não tornar isto claro para mim mesmo, enquanto eu não tiver sentido o prazer da Luz Superior (o Criador), e não O tiver experimentado, pois como foi dito, "Taamu ve-reu Ku Shov a-Shem" (‘experimentem, e vejam como o Criador é maravilhoso’); enquanto eu não tiver percebido essa Luz Superior como a fonte do prazer, eu não terei nenhuma relação com ela – eu simplesmente, não a sinto. Ela existe, mas eu não a capto, porque o desejo relacionado a ela ainda não emergiu em mim; eu não tenho nem mesmo uma Klipa.
Quando as pessoas passam o Machsom? No livro ‘Pri Chacham – Cartas’, na carta que está na página 70, o Baal haSulam escreve que as pessoas passam o Machsom quando adquirem o desejo de um amante pela mulher que ele ama: ele não consegue dormir, ele quer tanto estar com ela que nada mais existe para ele, ele precisa somente desse prazer. Esse desejo ainda é animalístico, mais é o maior deste mundo, isso é, ‘eu não preciso de nada neste mundo, seja o que for que você seja capaz de me dar; eu quero apenas a Ele’. Isto já é o começo do desejo da Klipa. A partir desse desejo nós já podemos dizer que, obviamente, você está merecendo o Mundo Superior.
A Klipa são desejos grosseiros de obter prazer no Criador. A Klipa sabe o que o Criador é; ela sabe que espécie de prazer é este. Klipa são os nossos desejos que ainda não se revelaram em nós; eles se dirigem e orientam precisamente na direção dEle. A pessoa já pode corrigi-los; já pode fazer um Tzimtzum (*NT: restrição) sobre eles, ou um Masach (*NT: tela). Porém, nós ainda precisamos crescer para ter esses desejos (os desejos da Klipa). É por isso que eu sempre digo que a coisa mais importante no grupo e em nossos estudos é a grandeza e a importância do Criador.
Não estou dizendo que vocês devam pensar sobre como fazer algo agradável para Ele. Em vez disso, pensem em como fazer com que fique claro, que Ele é a fonte do maior prazer possível. Isto é tudo! Ad she lo Maniah li Lishon (o desejo é tão imenso que não me deixa dormir). É por isso que a importância do Criador é a coisa mais importante. Essa é a única coisa que precisa aparecer diante de meus olhos, para que um me incendeie apenas por isso. Então haverá o que corrigir. Porém, se em vez disso eu começar a observar várias dietas, considerar-me como um homem religioso, rejeitar a vida pessoal, excluir-me da sociedade etc., então eu não realizarei nada. Mesmo em nosso mundo, essa espécie de ações não é aprovada. A Torah proíbe todas as espécies de restrições. Esses não são, de forma alguma, os desejos que precisam ser suprimidos – ao contrário, eles precisam ser desenvolvidos.
Quando eu desenvolvo minha relação com o Criador, e adquiro um louco desejo por Ele, então involuntariamente todos esses desejos terrenos vão recuar para o chão. Porém, eles exigirão sua realização e satisfação, pois o corpo precisa funcionar – ele é construído dessa forma. Nosso corpo não pode ser satisfeito pelo Criador. Você pode pensar nEle o quanto quiser, mas o alimento espiritual não é alimento para o corpo biológico. Eu ainda preciso dar ao corpo tudo o que ele exige em qualquer nível.
Pergunta: O corpo da alma, soa como uma limitação. O corpo da alma deve ter algum tamanho específico?
O corpo da alma é o Guf haPartzuf. Ele é exatamente igual à luz ou o Criador que precisa tornar-se revelado para nós.
Estamos falando sobre fato de que a luz geral, que emana do Criador e precisa nos preencher, separa-se depois nas cinco luzes NaRaNChaI que entram nos cinco Kelim: Keter, Chochmah, Binah, ZA e Malchut, ou 613 partes em que esses 5 Kelim se dividem, o que é a mesma coisa.
Desse modo, nós temos a luz ou o Criador, e em face dEle o Kli ou a alma. Isto é tudo.
Pergunta: A alma é infinita do mesmo modo que o Criador?
Com a palavra ‘infinito’ nós queremos dizer que o preenchimento do Kli pela luz dá ao Kli a percepção de satisfação sem limites, sem começo ou fim. É por isso que esse estado é chamado ‘infinito’, ou ‘sem fim’.
Às vezes há um estado em que eu sinto que estou preenchido... sem fim. Então esse sentimento passa. Um pequeno Kli que tenha sido completamente preenchido por uma pequena luz é por assim dizer ‘obturado’ por ela, e percebe a si mesmo como tendo sido satisfeito infinitamente, sem limites, até a borda. Então ele cresce e percebe que não há luz suficiente, e começa novamente a se mover em perseguição da luz.
Quando nós atingirmos o estado em que o Kli nunca mais muda, isto é, ele corresponderá completamente à luz, isto será a Correção Completa (Gmar Tikkun), do ponto de vista do Kli, e o completo preenchimento pela Luz: o Mundo da Infinidade.
Fonte: Centro Mundial de estudos de kabbalah
Thursday, January 15, 2009
Como sair das quedas
Mensagem enviada pelo Rav aos estudantes (grupo internacional): O estado de 'queda' e como sair deleEm todos os seus artigos o Rabash escreve que a coisa mais importante é criar um estado, em que a grandeza do Criador seja a coisa mais importante do mundo para nós. No momento em que algo exterior entra em nossos pensamentos e desejos, nós precisamos imediatamente controlar todos os pensamentos e desejos (que nos são enviados) do nosso próprio modo, voltando-nos para a imaginação da grandeza do Criador, Sua singularidade, a conexão com Ele, e Suas ações. * * *Em qualquer situação na vida, imediatamente nós precisamos dizer: ‘Veja o que o Criador está fazendo comigo’, de modo a restaurar a conexão com o Um, com Aquele que está fazendo isto. * * *O que nos acontece é similar a um aprendizado e treinamento. Às vezes parece à pessoa que isto é assim: que é o fim do mundo, que não há saída, que o mundo ao redor é tão triste. Mas depois, aprendendo e praticando, nós vemos que não é assim, que são apenas exercícios, dados a nós pelo Alto, e que esses exercícios são muito específicos e totalmente justos. Nós só conseguimos compreender isto após algum tempo, e só então nós conseguimos avaliar o quanto era necessário esse treinamento, no nível que precede a correção. Assim, tanto quanto possível, nós precisamos manter nosso caminho, apegando-nos constantemente ao Propósito para nosso avanço, mantendo nossa cabeça erguida. Se alguém recebe condições tais, em que ele vê que está indo para o fogo e não há nada que possa fazer quanto a isto, então isto é dado para que a pessoa compreenda que ela não é o mestre em coisa alguma. Tais condições não podem ser evitadas, nem há como escapar delas, mas podem ser abreviadas, de modo que passem rápido e menos dolorosamente. Por isso nós devemos nos voltar para o grupo, para os amigos, para o trabalho comum, para estudar mais, ler e fazer tudo o que seja possível. * * *Se alguém deixa de sentir o Criador, isso não significa que esteja no estado de declínio. A pessoa precisa voltar-se ao livro, ao trabalho, ao grupo, e após algum tempo ela verá a melhora. Mas cada estado deve ser percebido como uma ascensão ao próximo nível. Se estiver na época da alma se corrigir, isto não pode ser evitado. Cada tentativa de escapar prolongará o sofrimento. * * *No declínio, a pessoa se identifica com o desejo de receber. Ela não sente o que faz, ela está imersa nesse desejo de receber, e este, está no completo controle. O poder do desejo de receber é simplesmente quando a pessoa e seu egoísmo, o desejo de receber, tornam-se uma única coisa. (Então) ela não pode nem mesmo sentir que isto é o desejo de receber; não compreende que isto é mau. * * *Um segundo de mal-estar, numa má condição, significa culpar o Criador pelo que Ele faz comigo e ao mundo à minha volta. Isso empurra a pessoa para longe do Criador, impede que ela entre no Mundo Superior. Vocês precisam fazer qualquer coisa para mudar sua atitude quanto a isto. * * *Está absolutamente errado esperar até cair completamente, de modo que mais tarde, possamos começar a subir. Esse é o caminho do sofrimento: esperar e sofrer! O caminho da Kabbalah é imediatamente, assim que você sentir que não está na conexão mais próxima possível com o Criador, definir essa condição como declínio e fazer todos os esforços para ascender. * * *É necessário agarrar imediatamente a possibilidade de ascensão; não é necessário permanecer em declínio por mais do que um segundo. No momento em que eu começo a experimentar a separação, mesmo uma porção minúscula, eu devo me reconectar imediatamente, e essa conexão será mais forte do que antes. As quedas não devem durar mais do que um segundo. Como dizia o Rabbi Zusha: ele tinha quatrocentas ascensões e quedas em dez minutos. * * *Vamos presumir que uma pessoa esteja num mau estado. Depois de chegar em casa, e sentir-se triste, vazio, aborrecido, aí é que começam todas as tarefas. O que fazer? Comece a sorrir, e a ação seguirá a mudança no pensamento e na intenção – você vai ver. Comece a sorrir contra a sua vontade. Comece a dançar. Meu Professor costumava dançar. Ele costumava entrar nesses estados... Eu testemunhei isto; eu não podia acreditar que um Kabbalista fosse pensar em algo semelhante: há ocasiões em que ele não conseguia se levantar, mover um dedo. Ele se trancava numa sala e começava a dançar. Ele sabia dançar? Ele pulava no mesmo lugar – isso é uma dança? E assim ele saía desses estados. Por isso eu digo: sorriam. Comecem sorrindo, e seus pensamentos mudarão. Nós fazíamos esses exercícios com ele. O que mais nos ajudava? Feche seus olhos. Você está se sentindo mal neste mundo; você não quer olhar para isso? Feche seus olhos. Mantenha seus olhos fechados por mais ou menos cinco, ou dez minutos. Quando você abrir os olhos, você verá que não há nada mal, afinal de contas. Por que? Um novo desejo apareceu, você compreendeu que você precisa de algo, que algo está faltando. Você mudou o desejo, você fez seu corpo pensar sobre mudar de desejo. Você começou a ver, e você não via, antes. E você recebeu uma imagem completamente diferente. Quando a pessoa está sozinha, é possível forçar a si mesma a sair de condições que tais, por meios puramente psicológicos. Praticar esportes, nadar, qualquer coisa que você possa imaginar. Não permaneça num mau estado, nem mesmo por um minuto. Mas o meio mais eficaz é, definitivamente, o ambiente. Mude o ambiente. * * *Não esqueçam nem por um momento que a queda é necessária para a futura ascensão, e o desejo de receber aumenta para que possamos ir além dele. Vocês não podem ascender (elevar-se) a menos que primeiro caiam no nível mais baixo. E quando nós caímos nesse nível, nós percebemos que isso é um estado de espírito (a mood drop...), e que (esse nível) está totalmente sob o poder do desejo de receber. É necessário sairmos desse estado de espírito decadente, abandonar os pensamentos que nos confundem e nos empurram para a separação – dizer a nós mesmos que nós não estamos sozinhos, e conectarmo-nos com o grupo, com os pensamentos do grupo; doarmo-nos ao grupo novamente, dedicarmo-nos ao grupo. Ou desligar nossa mente e começar a fazer algum trabalho pelo grupo: publicação de livros, disseminação, qualquer coisa, não importa o quê exatamente, há muito trabalho a ser feito. Faça isso sem pensar, como se você não sentisse nada, como se você tivesse tomado uma pílula que eliminasse a dor, que desligasse a sua mente. E fazendo assim, é possível sair desse estado rapidamente. Não resmunguem para si mesmos, não se aprofundem nisto, e não permitam pensamentos críticos sobre esse assunto, nem analisem essas condições, que não têm nada a ver com o espiritual. Autumn Congress 2003, Lesson of October 17 * * *Em qualquer momento em que a pessoa sinta o mal, ele ou ela não avança, mas ao contrário, sobrecarrega-se, empurra-se para baixo. Desse modo, a pessoa desperdiça tempo e prolonga seu caminho. Nada de bom resulta disso. Se em vez de uma auto-análise sobre quem você é, o quanto você é mau etc., você puder tomar um drink com os amigos, fazer um lanche, e falar sobre o Propósito pelo menos um pouco (sobre quem você é, para o quê você existe), isso é muito mais eficaz que todos os seus sofrimentos, para não dizer mais agradável. Não esqueça isso. (Spring Congress 2004, Lesson on April 8, "The Giving of Torah") * * *Quando uma pessoa cai, ela pára de sentir o Criador, Seu governo. A pessoa mergulha em sensações do que acontece com ela e com seu desejo de receber, em seu Kli de recepção. Então ela somente pode ser curada do mesmo modo que uma pessoa doente, quando outros tomam conta dela. Assim, se uma pessoa não está conectada ao Criador, somente as pessoas à sua volta podem tirá-la de sua condição de ‘morta’. As pessoas em volta podem dar à ‘pessoa doente’ meios que a ajudem a tornar-se ‘saudável’, e recuperar a conexão com o Criador. * * *O Rabash sempre disse que a diferença entre uma pessoa e um grupo é imensa. Para sair da queda ela deve trancar-se na sala, dançar e cantar ali. E é isso que o grande Kabbalista costumava fazer – mesmo que as quedas pudessem ser muito profundas. Foi assim que o Rabbi Shimon caiu no estado chamado ‘Shimon do mercado’. O grupo tem uma grande vantagem – ele nunca fica caído. É como participar de um círculo. Todos estão pulando para cima e para baixo – um está pulando para cima, o outro está descendo, e então vice-versa. Juntos, eles mantêm o nível comum que pode crescer constantemente. Quedas acontecem, mas são imediatamente compensadas pelas ascensões. Você está incluído em mim, eu estou incluído em você, e todos nós estamos no estado em que é vantajoso que cada um possa receber uma queda por um segundo e imediatamente obter ajuda dos outros. Spring Congress 2003, Lesson on October 17. * * *Nós já dissemos que ‘um prisioneiro não se liberta da prisão sozinho’. Para que mais eu precisaria de um grupo, senão para me ajudar num momento difícil? A verdade é: eu não sou um herói. O grupo entra em cena em momentos assim – quando estamos caídos no chão. Então meus amigos precisam se aproximar de mim, me empurrar para fora, forçar-me, fazer-me voltar ao estudo, ou me trazer fisicamente para as aulas – em geral, fazer tudo que seja possível para me sacudir, me pressionar, até que esse período em mim tenha acabado. Eles não devem me excluir; eles precisam esperar até que isso passe. É muito simples. Em regra, o que puxa a pessoa de volta é um estudo intensivo, nem mesmo de artigos ou cartas, mas TES. * * *Quando uma pessoa está em ascensão, ela se empenha na circulação, mas quando ela está em queda, ela não é capaz disso. Mas o que faz a pessoa em seu trabalho normal, nas épocas de ascensões ou quedas? Ela continua a trabalhar? O mesmo se aplica aqui: a pessoa deve continuar seu trabalho. Ninguém lhe diz para pôr seu coração, sua alma nisso, para trabalhar além de seu próprio desejo. Ela precisa trabalhar usando suas mãos e pernas. Sua cabeça. Mecanicamente. Uma organização bem estruturada tem a vantagem de rapidamente tirar a pessoa de uma queda, e isso é porque a pessoa tem que realizar algum trabalho ali. A essência de uma organização bem estruturada é que cada pessoa, segundo suas habilidades, tempo, energia etc. esteja no lugar (cargo) em que ela possa promover circulação com mais eficácia. Fazendo assim, ela está se desenvolvendo do modo mais eficaz. * * *É o Criador que dá à pessoa as quedas e ascensões. Ele também precisa ajudar a pessoa a (lidar) com isso. Não importa em que espécie de estado meus amigos estejam. Isso não me impede de estar alerta. Como se eu estivesse no pelotão de ataque, eu preciso me preocupar somente com uma coisa: como salvar a todos. Outros cálculos se apresentam aqui – mas este, vem primeiro. Se eu começar a conferir os estados e propriedades dos outros, eu abandono aquilo de que fui incumbido. Morning lesson, October 25, 2004. * * *Como ajudar um amigo em declínio? 1. Pense nele e peça (ao Criador) por sua recuperação. 2. Escreva a ele sobre suas tentativas de cuidar dele. 3. Peça que ele responda às suas questões sobre estudo ou outros problemas; procure interessá-lo em alguma coisa, mostra a ele que você precisa da sua ajuda. 4. Dirija-se a ele; descreva para ele a grandeza do atributo de doação e a inferioridade de nosso estado atual; diga a ele que não há ninguém mais feliz na Terra do que uma pessoa que se liberta do pensamento sobre si mesma. 5. Descreva para ele o quanto você aprecia sua contribuição para o grupo. 6. Certifique-se de que cada pessoa sempre tenha uma responsabilidade no grupo (escrever, traduzir, ou outros tipos e trabalho; preferivelmente deve ser uma tarefa de responsabilidade, da qual os outros membros do grupo dependam). 7. Pense menos em si mesmo. Boa sorte. Autumn Congress, October 1, 2004 "Particular Governance of the Creator" * * *Não devemos aceitar a indiferença e o pesar, que nós recebemos com o propósito de que possamos compreender ainda melhor a importância do Propósito de dEle, na direção de Quem nós estamos indo. Isso é feito deliberadamente pelo Alto. Mais além, isso acontece de acordo com a lei que funciona entre aqueles que se amam: um deles quer ver se o outro o ama, e então age como se distanciasse, de modo a permitir ao outro que se aproxime, que expresse o seu amor. Sem obstáculos, sem a distância, a direção do estado de paixão não pode se desenvolver e crescer. Nós recebemos o fardo e a indiferença como uma oportunidade de aumentar nossa paixão pelo espiritual. Se nós os aceitarmos, isso significa que nós não usamos a oportunidade que nos foi dada. De que outro modo nós poderíamos avançar? Assim, ‘tudo o que estiver em suas mãos e em seu poder de fazer, faça!’ – apenas não aceite esses estados. Morning Lesson, October 25, 2004. * * *Se alguém não sentir sua responsabilidade com relação a todos os demais, ela não terá a força para vencer todas as circunstâncias e obstáculos que se agravam. Somente se a pessoa compreende que, por não vencer (essas circunstâncias), ela faz com que todos os outros caiam; somente se ela não quiser isto, porque ela já experimenta um pouco do despertar; (somente se ela sentir) a responsabilidade por cooperar na garantia mútua com todos os demais – (somente por causa) desse sentimento ela receberá ajuda do Alto, que a cada ocasião, vai alterar seu estado. A pessoa receberá um despertar, uma mudança do Alto, somente se ela pensar sobre sua responsabilidade com relação ao grupo. Disso, ela extrairá forças. Morning Lesson, October 25, 2004. * * *Onde quer que eu esteja, para onde quer que eu fuja como uma criança, guiada por toda espécie de desejos que despertam em mim a toda hora, o grupo pode me controlar e me dirigir constantemente. Nenhuma outra força pode sustentar uma pessoa. O grupo é como Ima Ilaya (a Mãe Superior), que eu construo. Estou construindo o Superior – este é o propósito. O propósito é atingir o Criador – construir a unidade das almas, o Kli para alcançar o propósito, e o Kli que recebe o propósito.
Fonte: centro mundial da kabala
Mensagem enviada pelo Rav aos estudantes (grupo internacional): O estado de 'queda' e como sair deleEm todos os seus artigos o Rabash escreve que a coisa mais importante é criar um estado, em que a grandeza do Criador seja a coisa mais importante do mundo para nós. No momento em que algo exterior entra em nossos pensamentos e desejos, nós precisamos imediatamente controlar todos os pensamentos e desejos (que nos são enviados) do nosso próprio modo, voltando-nos para a imaginação da grandeza do Criador, Sua singularidade, a conexão com Ele, e Suas ações. * * *Em qualquer situação na vida, imediatamente nós precisamos dizer: ‘Veja o que o Criador está fazendo comigo’, de modo a restaurar a conexão com o Um, com Aquele que está fazendo isto. * * *O que nos acontece é similar a um aprendizado e treinamento. Às vezes parece à pessoa que isto é assim: que é o fim do mundo, que não há saída, que o mundo ao redor é tão triste. Mas depois, aprendendo e praticando, nós vemos que não é assim, que são apenas exercícios, dados a nós pelo Alto, e que esses exercícios são muito específicos e totalmente justos. Nós só conseguimos compreender isto após algum tempo, e só então nós conseguimos avaliar o quanto era necessário esse treinamento, no nível que precede a correção. Assim, tanto quanto possível, nós precisamos manter nosso caminho, apegando-nos constantemente ao Propósito para nosso avanço, mantendo nossa cabeça erguida. Se alguém recebe condições tais, em que ele vê que está indo para o fogo e não há nada que possa fazer quanto a isto, então isto é dado para que a pessoa compreenda que ela não é o mestre em coisa alguma. Tais condições não podem ser evitadas, nem há como escapar delas, mas podem ser abreviadas, de modo que passem rápido e menos dolorosamente. Por isso nós devemos nos voltar para o grupo, para os amigos, para o trabalho comum, para estudar mais, ler e fazer tudo o que seja possível. * * *Se alguém deixa de sentir o Criador, isso não significa que esteja no estado de declínio. A pessoa precisa voltar-se ao livro, ao trabalho, ao grupo, e após algum tempo ela verá a melhora. Mas cada estado deve ser percebido como uma ascensão ao próximo nível. Se estiver na época da alma se corrigir, isto não pode ser evitado. Cada tentativa de escapar prolongará o sofrimento. * * *No declínio, a pessoa se identifica com o desejo de receber. Ela não sente o que faz, ela está imersa nesse desejo de receber, e este, está no completo controle. O poder do desejo de receber é simplesmente quando a pessoa e seu egoísmo, o desejo de receber, tornam-se uma única coisa. (Então) ela não pode nem mesmo sentir que isto é o desejo de receber; não compreende que isto é mau. * * *Um segundo de mal-estar, numa má condição, significa culpar o Criador pelo que Ele faz comigo e ao mundo à minha volta. Isso empurra a pessoa para longe do Criador, impede que ela entre no Mundo Superior. Vocês precisam fazer qualquer coisa para mudar sua atitude quanto a isto. * * *Está absolutamente errado esperar até cair completamente, de modo que mais tarde, possamos começar a subir. Esse é o caminho do sofrimento: esperar e sofrer! O caminho da Kabbalah é imediatamente, assim que você sentir que não está na conexão mais próxima possível com o Criador, definir essa condição como declínio e fazer todos os esforços para ascender. * * *É necessário agarrar imediatamente a possibilidade de ascensão; não é necessário permanecer em declínio por mais do que um segundo. No momento em que eu começo a experimentar a separação, mesmo uma porção minúscula, eu devo me reconectar imediatamente, e essa conexão será mais forte do que antes. As quedas não devem durar mais do que um segundo. Como dizia o Rabbi Zusha: ele tinha quatrocentas ascensões e quedas em dez minutos. * * *Vamos presumir que uma pessoa esteja num mau estado. Depois de chegar em casa, e sentir-se triste, vazio, aborrecido, aí é que começam todas as tarefas. O que fazer? Comece a sorrir, e a ação seguirá a mudança no pensamento e na intenção – você vai ver. Comece a sorrir contra a sua vontade. Comece a dançar. Meu Professor costumava dançar. Ele costumava entrar nesses estados... Eu testemunhei isto; eu não podia acreditar que um Kabbalista fosse pensar em algo semelhante: há ocasiões em que ele não conseguia se levantar, mover um dedo. Ele se trancava numa sala e começava a dançar. Ele sabia dançar? Ele pulava no mesmo lugar – isso é uma dança? E assim ele saía desses estados. Por isso eu digo: sorriam. Comecem sorrindo, e seus pensamentos mudarão. Nós fazíamos esses exercícios com ele. O que mais nos ajudava? Feche seus olhos. Você está se sentindo mal neste mundo; você não quer olhar para isso? Feche seus olhos. Mantenha seus olhos fechados por mais ou menos cinco, ou dez minutos. Quando você abrir os olhos, você verá que não há nada mal, afinal de contas. Por que? Um novo desejo apareceu, você compreendeu que você precisa de algo, que algo está faltando. Você mudou o desejo, você fez seu corpo pensar sobre mudar de desejo. Você começou a ver, e você não via, antes. E você recebeu uma imagem completamente diferente. Quando a pessoa está sozinha, é possível forçar a si mesma a sair de condições que tais, por meios puramente psicológicos. Praticar esportes, nadar, qualquer coisa que você possa imaginar. Não permaneça num mau estado, nem mesmo por um minuto. Mas o meio mais eficaz é, definitivamente, o ambiente. Mude o ambiente. * * *Não esqueçam nem por um momento que a queda é necessária para a futura ascensão, e o desejo de receber aumenta para que possamos ir além dele. Vocês não podem ascender (elevar-se) a menos que primeiro caiam no nível mais baixo. E quando nós caímos nesse nível, nós percebemos que isso é um estado de espírito (a mood drop...), e que (esse nível) está totalmente sob o poder do desejo de receber. É necessário sairmos desse estado de espírito decadente, abandonar os pensamentos que nos confundem e nos empurram para a separação – dizer a nós mesmos que nós não estamos sozinhos, e conectarmo-nos com o grupo, com os pensamentos do grupo; doarmo-nos ao grupo novamente, dedicarmo-nos ao grupo. Ou desligar nossa mente e começar a fazer algum trabalho pelo grupo: publicação de livros, disseminação, qualquer coisa, não importa o quê exatamente, há muito trabalho a ser feito. Faça isso sem pensar, como se você não sentisse nada, como se você tivesse tomado uma pílula que eliminasse a dor, que desligasse a sua mente. E fazendo assim, é possível sair desse estado rapidamente. Não resmunguem para si mesmos, não se aprofundem nisto, e não permitam pensamentos críticos sobre esse assunto, nem analisem essas condições, que não têm nada a ver com o espiritual. Autumn Congress 2003, Lesson of October 17 * * *Em qualquer momento em que a pessoa sinta o mal, ele ou ela não avança, mas ao contrário, sobrecarrega-se, empurra-se para baixo. Desse modo, a pessoa desperdiça tempo e prolonga seu caminho. Nada de bom resulta disso. Se em vez de uma auto-análise sobre quem você é, o quanto você é mau etc., você puder tomar um drink com os amigos, fazer um lanche, e falar sobre o Propósito pelo menos um pouco (sobre quem você é, para o quê você existe), isso é muito mais eficaz que todos os seus sofrimentos, para não dizer mais agradável. Não esqueça isso. (Spring Congress 2004, Lesson on April 8, "The Giving of Torah") * * *Quando uma pessoa cai, ela pára de sentir o Criador, Seu governo. A pessoa mergulha em sensações do que acontece com ela e com seu desejo de receber, em seu Kli de recepção. Então ela somente pode ser curada do mesmo modo que uma pessoa doente, quando outros tomam conta dela. Assim, se uma pessoa não está conectada ao Criador, somente as pessoas à sua volta podem tirá-la de sua condição de ‘morta’. As pessoas em volta podem dar à ‘pessoa doente’ meios que a ajudem a tornar-se ‘saudável’, e recuperar a conexão com o Criador. * * *O Rabash sempre disse que a diferença entre uma pessoa e um grupo é imensa. Para sair da queda ela deve trancar-se na sala, dançar e cantar ali. E é isso que o grande Kabbalista costumava fazer – mesmo que as quedas pudessem ser muito profundas. Foi assim que o Rabbi Shimon caiu no estado chamado ‘Shimon do mercado’. O grupo tem uma grande vantagem – ele nunca fica caído. É como participar de um círculo. Todos estão pulando para cima e para baixo – um está pulando para cima, o outro está descendo, e então vice-versa. Juntos, eles mantêm o nível comum que pode crescer constantemente. Quedas acontecem, mas são imediatamente compensadas pelas ascensões. Você está incluído em mim, eu estou incluído em você, e todos nós estamos no estado em que é vantajoso que cada um possa receber uma queda por um segundo e imediatamente obter ajuda dos outros. Spring Congress 2003, Lesson on October 17. * * *Nós já dissemos que ‘um prisioneiro não se liberta da prisão sozinho’. Para que mais eu precisaria de um grupo, senão para me ajudar num momento difícil? A verdade é: eu não sou um herói. O grupo entra em cena em momentos assim – quando estamos caídos no chão. Então meus amigos precisam se aproximar de mim, me empurrar para fora, forçar-me, fazer-me voltar ao estudo, ou me trazer fisicamente para as aulas – em geral, fazer tudo que seja possível para me sacudir, me pressionar, até que esse período em mim tenha acabado. Eles não devem me excluir; eles precisam esperar até que isso passe. É muito simples. Em regra, o que puxa a pessoa de volta é um estudo intensivo, nem mesmo de artigos ou cartas, mas TES. * * *Quando uma pessoa está em ascensão, ela se empenha na circulação, mas quando ela está em queda, ela não é capaz disso. Mas o que faz a pessoa em seu trabalho normal, nas épocas de ascensões ou quedas? Ela continua a trabalhar? O mesmo se aplica aqui: a pessoa deve continuar seu trabalho. Ninguém lhe diz para pôr seu coração, sua alma nisso, para trabalhar além de seu próprio desejo. Ela precisa trabalhar usando suas mãos e pernas. Sua cabeça. Mecanicamente. Uma organização bem estruturada tem a vantagem de rapidamente tirar a pessoa de uma queda, e isso é porque a pessoa tem que realizar algum trabalho ali. A essência de uma organização bem estruturada é que cada pessoa, segundo suas habilidades, tempo, energia etc. esteja no lugar (cargo) em que ela possa promover circulação com mais eficácia. Fazendo assim, ela está se desenvolvendo do modo mais eficaz. * * *É o Criador que dá à pessoa as quedas e ascensões. Ele também precisa ajudar a pessoa a (lidar) com isso. Não importa em que espécie de estado meus amigos estejam. Isso não me impede de estar alerta. Como se eu estivesse no pelotão de ataque, eu preciso me preocupar somente com uma coisa: como salvar a todos. Outros cálculos se apresentam aqui – mas este, vem primeiro. Se eu começar a conferir os estados e propriedades dos outros, eu abandono aquilo de que fui incumbido. Morning lesson, October 25, 2004. * * *Como ajudar um amigo em declínio? 1. Pense nele e peça (ao Criador) por sua recuperação. 2. Escreva a ele sobre suas tentativas de cuidar dele. 3. Peça que ele responda às suas questões sobre estudo ou outros problemas; procure interessá-lo em alguma coisa, mostra a ele que você precisa da sua ajuda. 4. Dirija-se a ele; descreva para ele a grandeza do atributo de doação e a inferioridade de nosso estado atual; diga a ele que não há ninguém mais feliz na Terra do que uma pessoa que se liberta do pensamento sobre si mesma. 5. Descreva para ele o quanto você aprecia sua contribuição para o grupo. 6. Certifique-se de que cada pessoa sempre tenha uma responsabilidade no grupo (escrever, traduzir, ou outros tipos e trabalho; preferivelmente deve ser uma tarefa de responsabilidade, da qual os outros membros do grupo dependam). 7. Pense menos em si mesmo. Boa sorte. Autumn Congress, October 1, 2004 "Particular Governance of the Creator" * * *Não devemos aceitar a indiferença e o pesar, que nós recebemos com o propósito de que possamos compreender ainda melhor a importância do Propósito de dEle, na direção de Quem nós estamos indo. Isso é feito deliberadamente pelo Alto. Mais além, isso acontece de acordo com a lei que funciona entre aqueles que se amam: um deles quer ver se o outro o ama, e então age como se distanciasse, de modo a permitir ao outro que se aproxime, que expresse o seu amor. Sem obstáculos, sem a distância, a direção do estado de paixão não pode se desenvolver e crescer. Nós recebemos o fardo e a indiferença como uma oportunidade de aumentar nossa paixão pelo espiritual. Se nós os aceitarmos, isso significa que nós não usamos a oportunidade que nos foi dada. De que outro modo nós poderíamos avançar? Assim, ‘tudo o que estiver em suas mãos e em seu poder de fazer, faça!’ – apenas não aceite esses estados. Morning Lesson, October 25, 2004. * * *Se alguém não sentir sua responsabilidade com relação a todos os demais, ela não terá a força para vencer todas as circunstâncias e obstáculos que se agravam. Somente se a pessoa compreende que, por não vencer (essas circunstâncias), ela faz com que todos os outros caiam; somente se ela não quiser isto, porque ela já experimenta um pouco do despertar; (somente se ela sentir) a responsabilidade por cooperar na garantia mútua com todos os demais – (somente por causa) desse sentimento ela receberá ajuda do Alto, que a cada ocasião, vai alterar seu estado. A pessoa receberá um despertar, uma mudança do Alto, somente se ela pensar sobre sua responsabilidade com relação ao grupo. Disso, ela extrairá forças. Morning Lesson, October 25, 2004. * * *Onde quer que eu esteja, para onde quer que eu fuja como uma criança, guiada por toda espécie de desejos que despertam em mim a toda hora, o grupo pode me controlar e me dirigir constantemente. Nenhuma outra força pode sustentar uma pessoa. O grupo é como Ima Ilaya (a Mãe Superior), que eu construo. Estou construindo o Superior – este é o propósito. O propósito é atingir o Criador – construir a unidade das almas, o Kli para alcançar o propósito, e o Kli que recebe o propósito.
Fonte: centro mundial da kabala
A CAIR?Se deixarmos de sentiro Criador, temos de voltarÀ Cabala, ao Livro, ao Grupo... Cairé só descer, para subirde novo, e, andarem todas as direcções é preciso.Estamos a evoluir,por vezes falhamos,há que corrigir,sem nos massacrar.Mas, há que aceitarcorecção, com siso.E, não temos de cairnem abrupta nem completamente.Se começamos a nos sentirdesligados de deus, com mentecrítica, revoltada, sem consentir,e a ficar mal, podemos sorrir,saltar, andar, cantar, não pensar,olhos fechar, ouvidos tapar,dormir, comer, beber...Voltemos a nos dedicarao grupo, a comemorarcom os amigos, a bom ambientecriar!!
BEM SEM OPOSTO
Receber o prazer do amor,
da beleza, do bem estar,
da exaltação, para dar.
Sempre pelo Rei ansiar,
tudo atribuir ao criador.
Causar contentamento sem dor
em todo o lado, Senhor!
O bem sem opositor
é o da contínua Presença
no e do Divino: que vença
sempre a Verdade, doutor!
Andas a propor
que Deus não existe: atirar
assim contra mãe e pai
é loucura que te vai
fazer sofrer...
Receber o prazer do amor,
da beleza, do bem estar,
da exaltação, para dar.
Sempre pelo Rei ansiar,
tudo atribuir ao criador.
Causar contentamento sem dor
em todo o lado, Senhor!
O bem sem opositor
é o da contínua Presença
no e do Divino: que vença
sempre a Verdade, doutor!
Andas a propor
que Deus não existe: atirar
assim contra mãe e pai
é loucura que te vai
fazer sofrer...
Wednesday, January 14, 2009
Todas as nossas acções têm por fim evitar tudo o que causa sofrimento e desfrutar de tudo o que causa prazer.Não é necessária a dor para apreciarmos e buscarmos o prazer. Neste caso, um bem estar menor substitui muito bem a dor. O abuso dos prazeres (espirituais, mentais e físicos) leva à dor, excepto, claro, o do bem sem oposto. Não desfrutar correctamente dos prazeres também causa dor.
Tuesday, January 13, 2009
Tendência 'alegrista' adia rupturas com Sócrates
JOÃO PEDRO HENRIQUES
PS. O grupo de Manuel Alegre no PS reuniu-se ontem, em Lisboa. Vai manter-se organizado e quer "discutir politicamente" com a direcção do partido e com "base em propostas políticas concretas". Quanto à formação de um novo partido, continua a não excluir. Mas só sublinha as dificuldades.Alegre disposto a "discutir politicamente" com José SócratesManuel Alegre reuniu ontem, no Hotel Altis, em Lisboa, a sua tendência no Partido Socialista. Se alguém esperava rupturas, enganou-se. Houve "decisões", que "a seu tempo serão anunciadas", sobre a "relação" da tendência com a direcção do partido, "tendo em vista as próximas eleições". Mas, para já, revela-se uma vontade: "Estamos, como sempre, dispostos a discutir politicamente e à volta dos valores e princípios que defendemos. E com base em propostas políticas concretas." Questionado sobre se a relação da tendência com o PS saiu mais forte da reunião, revelou-se enigmático: "Não depende só de nós". Depende também, presume-se, da direcção do partido.
Inédito elogio
Outras certezas foram expressas pelo deputado no final da reunião: por um lado, o "movimento vai continuar", "isto é uma realidade" - "haja o que houver, mantemo-nos unidos", sendo agora o objectivo "integrar pessoas não filiadas"; e por outro: "Comigo não há mercearia. Nenhum de nós está à venda para o que quer que seja nem nunca a nossa disputa foi por cargos ou por lugares."Pelo meio, surgiu também, um inédito sinal positivo à governação: "Houve elogios a uma ministra, a da Saúde, pela forma como tem resolvido alguns problemas. Quando se critica também é bom dizer que se elogia."Ana Jorge apoiou Alegre nas presidenciais. Mas este elogio significa também que o ex-candidato presidencial se esforça por manter algumas pontes com Sócrates.À entrada da reunião, assumiu o seu quinhão de responsabilidade na maioria absoluta do PS. "Na maioria absoluta que ele teve, como se viu nas presidenciais, há uma fatia também em que se calhar eu dei a minha contribuição, participando na campanha, como participei ao lado dele."
"Pelos meus lindos olhos"
Foi neste contexto que comentou o convite que o secretário-geral do PS lhe fez, na entrevista à SIC da semana passada, para renovar o seu mandato de deputado: "Sabe que não sou eu sozinho, não é só pelos meus lindos olhos."Rindo-se, recusou a hipótese de vir a ser considerado responsável - "como fez o Ricardo Costa, aliás um excelente jornalista" - de ter nas suas maãos a maioria absoluta do PS nas próximas legislativas. "Qualquer dia sou eu o responsável pelo atentado de Sarajevo", disse - numa referência que se presume ser ao atentado que vitimou, em Junho de 1914, o arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do trono austro-húngaro, atentado esse que esteve na origem da I Grande Guerra Mundial (1914-1918).
Quem financia o partido?
Manuel Alegre voltou a reafirmar que muito dificilmente voltará a ser candidato pelo PS a deputado. "É dificil , a menos que determinadas coisas aconteçam" - "coisas" essas que não especificou. Fez questão, por outro lado, de manter as opções em aberto: "Nunca disse que ia fazer um partido e nunca disse que não ia." Aqui, porém, sublinhou exclusivamente as dificuldades.
"É o meu amigo que financia?", perguntou a um jornalista, rindo-se. O dinheiro, disse, "é uma das coisas que é essencial": "Não sou um aventureiro político, sou uma pessoa responsável. Um partido não se faz como um fato." Por outras palavras: o caminho da criação de uma nova formação partidária parece, excluído. Dramatizando as decisões que terá de tomar, afirmou: "Está um momento pesado para mim, um momento pesado demais para uma só pessoa." Ele e Sócrates poderão entender-se mas "a porta é estreita". "Para ele e para mim."
Fonte: DN de 2009-01-13
JOÃO PEDRO HENRIQUES
PS. O grupo de Manuel Alegre no PS reuniu-se ontem, em Lisboa. Vai manter-se organizado e quer "discutir politicamente" com a direcção do partido e com "base em propostas políticas concretas". Quanto à formação de um novo partido, continua a não excluir. Mas só sublinha as dificuldades.Alegre disposto a "discutir politicamente" com José SócratesManuel Alegre reuniu ontem, no Hotel Altis, em Lisboa, a sua tendência no Partido Socialista. Se alguém esperava rupturas, enganou-se. Houve "decisões", que "a seu tempo serão anunciadas", sobre a "relação" da tendência com a direcção do partido, "tendo em vista as próximas eleições". Mas, para já, revela-se uma vontade: "Estamos, como sempre, dispostos a discutir politicamente e à volta dos valores e princípios que defendemos. E com base em propostas políticas concretas." Questionado sobre se a relação da tendência com o PS saiu mais forte da reunião, revelou-se enigmático: "Não depende só de nós". Depende também, presume-se, da direcção do partido.
Inédito elogio
Outras certezas foram expressas pelo deputado no final da reunião: por um lado, o "movimento vai continuar", "isto é uma realidade" - "haja o que houver, mantemo-nos unidos", sendo agora o objectivo "integrar pessoas não filiadas"; e por outro: "Comigo não há mercearia. Nenhum de nós está à venda para o que quer que seja nem nunca a nossa disputa foi por cargos ou por lugares."Pelo meio, surgiu também, um inédito sinal positivo à governação: "Houve elogios a uma ministra, a da Saúde, pela forma como tem resolvido alguns problemas. Quando se critica também é bom dizer que se elogia."Ana Jorge apoiou Alegre nas presidenciais. Mas este elogio significa também que o ex-candidato presidencial se esforça por manter algumas pontes com Sócrates.À entrada da reunião, assumiu o seu quinhão de responsabilidade na maioria absoluta do PS. "Na maioria absoluta que ele teve, como se viu nas presidenciais, há uma fatia também em que se calhar eu dei a minha contribuição, participando na campanha, como participei ao lado dele."
"Pelos meus lindos olhos"
Foi neste contexto que comentou o convite que o secretário-geral do PS lhe fez, na entrevista à SIC da semana passada, para renovar o seu mandato de deputado: "Sabe que não sou eu sozinho, não é só pelos meus lindos olhos."Rindo-se, recusou a hipótese de vir a ser considerado responsável - "como fez o Ricardo Costa, aliás um excelente jornalista" - de ter nas suas maãos a maioria absoluta do PS nas próximas legislativas. "Qualquer dia sou eu o responsável pelo atentado de Sarajevo", disse - numa referência que se presume ser ao atentado que vitimou, em Junho de 1914, o arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do trono austro-húngaro, atentado esse que esteve na origem da I Grande Guerra Mundial (1914-1918).
Quem financia o partido?
Manuel Alegre voltou a reafirmar que muito dificilmente voltará a ser candidato pelo PS a deputado. "É dificil , a menos que determinadas coisas aconteçam" - "coisas" essas que não especificou. Fez questão, por outro lado, de manter as opções em aberto: "Nunca disse que ia fazer um partido e nunca disse que não ia." Aqui, porém, sublinhou exclusivamente as dificuldades.
"É o meu amigo que financia?", perguntou a um jornalista, rindo-se. O dinheiro, disse, "é uma das coisas que é essencial": "Não sou um aventureiro político, sou uma pessoa responsável. Um partido não se faz como um fato." Por outras palavras: o caminho da criação de uma nova formação partidária parece, excluído. Dramatizando as decisões que terá de tomar, afirmou: "Está um momento pesado para mim, um momento pesado demais para uma só pessoa." Ele e Sócrates poderão entender-se mas "a porta é estreita". "Para ele e para mim."
Fonte: DN de 2009-01-13
Reforma exige até mais quatro meses de trabalho
CATARINA ALMEIDA PEREIRA
Segurança Social. Os descontos nas pensões vão crescendo com o aumento da esperança média de vida. É preciso adiar a reforma para compensar a introdução do factor de sustentabilidade. Quem se reformar este ano terá que trabalhar mais dois a quatro meses para evitar uma penalização de 1,32%Tempo adicional de trabalho duplica face a 2008Os trabalhadores com 65 anos que se quiserem reformar este ano vão ter que trabalhar mais dois a quatro meses - dependendo do período contributivo - para não serem penalizados na reforma. Isto porque o factor de sustentabilidade, já determinado para 2009, implica um desconto de 1,32% no valor das pensões, explicou fonte do Instituto da Segurança Social ao DN.A reforma da segurança social estabeleceu a progressiva penalização das pensões segundo o aumento da esperança média de vida. O chamado "factor de sustentabilidade" é calculado através da relação entre a esperança média de vida aos 65 anos no ano anterior ao da reforma e o registado em 2006. Um valor que passou de 17,89 anos em 2006 para 18,13 anos no ano passado. O factor de sustentabilidade para este ano é, por isso, de 0,9868. Fonte oficial do Instituto da Segurança Social esclareceu ao DN que este valor se traduz num desconto acumulado de 1,32% sobre o valor da pensão de quem se reformar aos 65 anos. Os beneficiários vão ter que trabalhar mais se quiserem cobrir este valor. Assim, segundo a mesma fonte, quem tiver entre 15 e 24 anos de contribuições para a Segurança Social terá que trabalhar mais quatro meses, além dos 65 anos; para quem descontou entre 25 e 34 anos o período adicional é de três meses; já os que contribuíram durante mais de 35 anos terão que adiar a reforma por dois meses. Desta vez, os trabalhadores no escalão contributivo superior a 40 anos não serão beneficiados, já que os cálculos apontavam para um período extraordinário de pouco mais de um mês que, na prática, é arredondado para dois. De ano para ano, os descontos previstos pelo factor de sustentabiliade registam aumentos significativos. Em 2008, primeiro ano de aplicação do factor de sustentabilidade, o valor do desconto foi de 0,56%. Os beneficiários com uma carreira contributiva de 15 a 24 anos que se reformaram no ano passado podiam compensar o "desconto" com dois meses de trabalho. Uma exigência que duplica este ano, para quatro meses, como forma de evitar uma penalização de 1,32% no valor da pensão. O mesmo aconteceu no caso de quem descontou mais de 40 anos.Que outras opções têm os beneficiários? O Instituto de Segurança Social aproveita para salientar, em comunicado, que "além dos regimes privados já existentes", os beneficiários podem aderir ao Regime dos Certificados de Reforma. Uma solução que não serve, contudo, a quem ainda não subscreveu o produto e se quer reformar este ano.
Fonte: DN de 2009-01-13
CATARINA ALMEIDA PEREIRA
Segurança Social. Os descontos nas pensões vão crescendo com o aumento da esperança média de vida. É preciso adiar a reforma para compensar a introdução do factor de sustentabilidade. Quem se reformar este ano terá que trabalhar mais dois a quatro meses para evitar uma penalização de 1,32%Tempo adicional de trabalho duplica face a 2008Os trabalhadores com 65 anos que se quiserem reformar este ano vão ter que trabalhar mais dois a quatro meses - dependendo do período contributivo - para não serem penalizados na reforma. Isto porque o factor de sustentabilidade, já determinado para 2009, implica um desconto de 1,32% no valor das pensões, explicou fonte do Instituto da Segurança Social ao DN.A reforma da segurança social estabeleceu a progressiva penalização das pensões segundo o aumento da esperança média de vida. O chamado "factor de sustentabilidade" é calculado através da relação entre a esperança média de vida aos 65 anos no ano anterior ao da reforma e o registado em 2006. Um valor que passou de 17,89 anos em 2006 para 18,13 anos no ano passado. O factor de sustentabilidade para este ano é, por isso, de 0,9868. Fonte oficial do Instituto da Segurança Social esclareceu ao DN que este valor se traduz num desconto acumulado de 1,32% sobre o valor da pensão de quem se reformar aos 65 anos. Os beneficiários vão ter que trabalhar mais se quiserem cobrir este valor. Assim, segundo a mesma fonte, quem tiver entre 15 e 24 anos de contribuições para a Segurança Social terá que trabalhar mais quatro meses, além dos 65 anos; para quem descontou entre 25 e 34 anos o período adicional é de três meses; já os que contribuíram durante mais de 35 anos terão que adiar a reforma por dois meses. Desta vez, os trabalhadores no escalão contributivo superior a 40 anos não serão beneficiados, já que os cálculos apontavam para um período extraordinário de pouco mais de um mês que, na prática, é arredondado para dois. De ano para ano, os descontos previstos pelo factor de sustentabiliade registam aumentos significativos. Em 2008, primeiro ano de aplicação do factor de sustentabilidade, o valor do desconto foi de 0,56%. Os beneficiários com uma carreira contributiva de 15 a 24 anos que se reformaram no ano passado podiam compensar o "desconto" com dois meses de trabalho. Uma exigência que duplica este ano, para quatro meses, como forma de evitar uma penalização de 1,32% no valor da pensão. O mesmo aconteceu no caso de quem descontou mais de 40 anos.Que outras opções têm os beneficiários? O Instituto de Segurança Social aproveita para salientar, em comunicado, que "além dos regimes privados já existentes", os beneficiários podem aderir ao Regime dos Certificados de Reforma. Uma solução que não serve, contudo, a quem ainda não subscreveu o produto e se quer reformar este ano.
Fonte: DN de 2009-01-13
Monday, January 12, 2009
Cultura (do latim cultura, cultivar o solo, cuidar) é um termo com várias acepções, em diferentes níveis de profundidade e diferente especificidade. São práticas e ações sociais que seguem um padrão determinado no espaço. Se refere a crenças, comportamentos, valores, instituições, regras morais que permeiam e identifica uma sociedade. Explica e dá sentido a cosmologia social, é a identidade própria de um grupo humano em um território e num determinado período.
Índice[esconder]
1 Principais conceitos
2 Cultura e identidade
3 Evolução Biológica Cultural
4 Percepção e etnocentrismo
5 Cultura em animais
6 Ver também
7 Ligações externas
principais conceitos
Na sua primeira acepção, cultura é um termo que vem do alemão e que é oriundo de palavras como "folk" e "kulture" que quer dizer povo(agricultura)
Voltaire, um dos poucos pensadores franceses do século XVIII partidários de um concepção relativista da história humana.
Diversos sentidos da palavra variam consoante a aplicação em determinado ramo do conhecimento humano.
Agricultura - é sinônimo de cultivo.
Ciências sociais - (latu sensu) é o aspecto da vida social que se relaciona com a produção do saber, arte, folclore, mitologia, costumes, etc., bem como à sua perpetuação pela transmissão de uma geração à outra.
Sociologia - o conceito de cultura tem um sentido diferente do senso comum. Sintetizando simboliza tudo o que é aprendido e partilhado pelos indivíduos de um determinado grupo e que confere uma identidade dentro do seu grupo que pertença. Na sociologia não existem culturas superiores, nem culturas inferiores pois a cultura é relativa, designando-se em sociologia por relativismo cultural, isto é, a cultura do Brasil não é igual à cultura portuguesa, por exemplo: diferem na maneira de se vestirem, na maneira de agirem, têm crenças, valores e normas diferentes... isto é, têm padrões culturais distintos.
Filosofia - cultura é o conjunto de manifestações humanas que contrastam com a natureza ou comportamento natural. Por seu turno, em biologia uma cultura é normalmente uma criação especial de organismos (em geral microscópicos) para fins determinados (por exemplo: estudo de modos de vida bacterianos, estudos microecológicos, etc.). No dia-a-dia das sociedades civilizadas (especialmente a sociedade ocidental) e no vulgo costuma ser associada à aquisição de conhecimentos e práticas de vida reconhecidas como melhores, superiores, ou seja, erudição; este sentido normalmente se associa ao que é também descrito como “alta cultura”, e é empregado apenas no singular (não existem culturas, apenas uma cultura ideal, à qual os homens indistintamente devem se enquadrar). Dentro do contexto da filosofia, a cultura é um conjunto de respostas para melhor satisfazer as necessidades e os desejos humanos. Cultura é informação, isto é, um conjunto de conhecimentos teóricos e práticos que se aprende e transmite aos contemporâneos e aos vindouros. A cultura é o resultado dos modos como os diversos grupos humanos foram resolvendo os seus problemas ao longo da história. Cultura é criação. O homem não só recebe a cultura dos seus antepassados como também cria elementos que a renovam. A cultura é um fator de humanização. O homem só se torna homem porque vive no seio de um grupo cultural. A cultura é um sistema de símbolos compartilhados com que se interpreta a realidade e que conferem sentido à vida dos seres humanos.
Antropologia - esta ciência entende a cultura como o totalidade de padrões aprendidos e desenvolvidos pelo ser humano. Segundo a definição pioneira de Edward Burnett Tylor, sob a etnologia (ciência relativa especificamente do estudo da cultura) a cultura seria “o complexo que inclui conhecimento, crenças, arte, morais, leis, costumes e outras aptidões e hábitos adquiridos pelo homem como membro da sociedade”. Portanto corresponde, neste último sentido, às formas de organização de um povo, seus costumes e tradições transmitidas de geração para geração que, a partir de uma vivência e tradição comum, se apresentam como a identidade desse povo.
O uso de abstração é uma característica do que é cultura: os elementos culturais só existem na mente das pessoas, em seus símbolos tais como padrões artísticos e mitos. Entretanto fala-se também em cultura material (por analogia a cultura simbólica) quando do estudo de produtos culturais concretos (obras de arte, escritos, ferramentas, etc.). Essa forma de cultura (material) é preservada no tempo com mais facilidade, uma vez que a cultura simbólica é extremamente frágil.
A principal característica da cultura é o chamado mecanismo adaptativo: a capacidade de responder ao meio de acordo com mudança de hábitos, mais rápida do que uma possível evolução biológica. O homem não precisou, por exemplo, desenvolver longa pelagem e grossas camadas de gordura sob a pele para viver em ambientes mais frios – ele simplesmente adaptou-se com o uso de roupas, do fogo e de habitações. A evolução cultural é mais rápida do que a biológica. No entanto, ao rejeitar a evolução biológica, o homem torna-se dependente da cultura, pois esta age em substituição a elementos que constituiriam o ser humano; a falta de um destes elementos (por exemplo, a supressão de um aspecto da cultura) causaria o mesmo efeito de uma amputação ou defeito físico, talvez ainda pior.
Além disso a cultura é também um mecanismo cumulativo. As modificações trazidas por uma geração passam à geração seguinte, de modo que a cultura transforma-se perdendo e incorporando aspectos mais adequados à sobrevivência, reduzindo o esforço das novas gerações.
Um exemplo de vantagem obtida através da cultura é o desenvolvimento do cultivo do solo, a agricultura. Com ela o homem pôde ter maior controle sobre o fornecimento de alimentos, minimizando os efeitos de escassez de caça ou coleta. Também pôde abandonar o nomadismo; daí a fixação em aldeamentos, cidades e estados.
A agricultura também permitiu o crescimento populacional de maneira acentuada, que gerou novo problema: produzir alimento para uma população maior. Desenvolvimentos técnicos – facilitados pelo maior número de mentes pensantes – permitem que essa dificuldade seja superada, mas por sua vez induzem a um novo aumento da população; o aumento populacional é assim causa e conseqüência do avanço cultural.
Fonte: wikipédia
Índice[esconder]
1 Principais conceitos
2 Cultura e identidade
3 Evolução Biológica Cultural
4 Percepção e etnocentrismo
5 Cultura em animais
6 Ver também
7 Ligações externas
principais conceitos
Na sua primeira acepção, cultura é um termo que vem do alemão e que é oriundo de palavras como "folk" e "kulture" que quer dizer povo(agricultura)
Voltaire, um dos poucos pensadores franceses do século XVIII partidários de um concepção relativista da história humana.
Diversos sentidos da palavra variam consoante a aplicação em determinado ramo do conhecimento humano.
Agricultura - é sinônimo de cultivo.
Ciências sociais - (latu sensu) é o aspecto da vida social que se relaciona com a produção do saber, arte, folclore, mitologia, costumes, etc., bem como à sua perpetuação pela transmissão de uma geração à outra.
Sociologia - o conceito de cultura tem um sentido diferente do senso comum. Sintetizando simboliza tudo o que é aprendido e partilhado pelos indivíduos de um determinado grupo e que confere uma identidade dentro do seu grupo que pertença. Na sociologia não existem culturas superiores, nem culturas inferiores pois a cultura é relativa, designando-se em sociologia por relativismo cultural, isto é, a cultura do Brasil não é igual à cultura portuguesa, por exemplo: diferem na maneira de se vestirem, na maneira de agirem, têm crenças, valores e normas diferentes... isto é, têm padrões culturais distintos.
Filosofia - cultura é o conjunto de manifestações humanas que contrastam com a natureza ou comportamento natural. Por seu turno, em biologia uma cultura é normalmente uma criação especial de organismos (em geral microscópicos) para fins determinados (por exemplo: estudo de modos de vida bacterianos, estudos microecológicos, etc.). No dia-a-dia das sociedades civilizadas (especialmente a sociedade ocidental) e no vulgo costuma ser associada à aquisição de conhecimentos e práticas de vida reconhecidas como melhores, superiores, ou seja, erudição; este sentido normalmente se associa ao que é também descrito como “alta cultura”, e é empregado apenas no singular (não existem culturas, apenas uma cultura ideal, à qual os homens indistintamente devem se enquadrar). Dentro do contexto da filosofia, a cultura é um conjunto de respostas para melhor satisfazer as necessidades e os desejos humanos. Cultura é informação, isto é, um conjunto de conhecimentos teóricos e práticos que se aprende e transmite aos contemporâneos e aos vindouros. A cultura é o resultado dos modos como os diversos grupos humanos foram resolvendo os seus problemas ao longo da história. Cultura é criação. O homem não só recebe a cultura dos seus antepassados como também cria elementos que a renovam. A cultura é um fator de humanização. O homem só se torna homem porque vive no seio de um grupo cultural. A cultura é um sistema de símbolos compartilhados com que se interpreta a realidade e que conferem sentido à vida dos seres humanos.
Antropologia - esta ciência entende a cultura como o totalidade de padrões aprendidos e desenvolvidos pelo ser humano. Segundo a definição pioneira de Edward Burnett Tylor, sob a etnologia (ciência relativa especificamente do estudo da cultura) a cultura seria “o complexo que inclui conhecimento, crenças, arte, morais, leis, costumes e outras aptidões e hábitos adquiridos pelo homem como membro da sociedade”. Portanto corresponde, neste último sentido, às formas de organização de um povo, seus costumes e tradições transmitidas de geração para geração que, a partir de uma vivência e tradição comum, se apresentam como a identidade desse povo.
O uso de abstração é uma característica do que é cultura: os elementos culturais só existem na mente das pessoas, em seus símbolos tais como padrões artísticos e mitos. Entretanto fala-se também em cultura material (por analogia a cultura simbólica) quando do estudo de produtos culturais concretos (obras de arte, escritos, ferramentas, etc.). Essa forma de cultura (material) é preservada no tempo com mais facilidade, uma vez que a cultura simbólica é extremamente frágil.
A principal característica da cultura é o chamado mecanismo adaptativo: a capacidade de responder ao meio de acordo com mudança de hábitos, mais rápida do que uma possível evolução biológica. O homem não precisou, por exemplo, desenvolver longa pelagem e grossas camadas de gordura sob a pele para viver em ambientes mais frios – ele simplesmente adaptou-se com o uso de roupas, do fogo e de habitações. A evolução cultural é mais rápida do que a biológica. No entanto, ao rejeitar a evolução biológica, o homem torna-se dependente da cultura, pois esta age em substituição a elementos que constituiriam o ser humano; a falta de um destes elementos (por exemplo, a supressão de um aspecto da cultura) causaria o mesmo efeito de uma amputação ou defeito físico, talvez ainda pior.
Além disso a cultura é também um mecanismo cumulativo. As modificações trazidas por uma geração passam à geração seguinte, de modo que a cultura transforma-se perdendo e incorporando aspectos mais adequados à sobrevivência, reduzindo o esforço das novas gerações.
Um exemplo de vantagem obtida através da cultura é o desenvolvimento do cultivo do solo, a agricultura. Com ela o homem pôde ter maior controle sobre o fornecimento de alimentos, minimizando os efeitos de escassez de caça ou coleta. Também pôde abandonar o nomadismo; daí a fixação em aldeamentos, cidades e estados.
A agricultura também permitiu o crescimento populacional de maneira acentuada, que gerou novo problema: produzir alimento para uma população maior. Desenvolvimentos técnicos – facilitados pelo maior número de mentes pensantes – permitem que essa dificuldade seja superada, mas por sua vez induzem a um novo aumento da população; o aumento populacional é assim causa e conseqüência do avanço cultural.
Fonte: wikipédia
SEFIROTES
KETER
Restrição, potência, semente,
Pensamento, iod, J, toda informação
Do passado, futuro e presente,
Fonte, origem de toda a formação.
RORREMÁ
Pai universal, toda a luz, inconsciente,
Toda a sabedoria, intuição, cérebro direito,
"estalo", "clik", criatividade, recipiente
primeiro, enciclopédia, dito e feito.
BINÁ
Mãe universal, topo da coluna esquerda, geradora
De energia cósmica; raciocínio e manobra?
Que dá forma á ideia iniciadora;
Unida a Rorremá passam à obra.
RÉSSED
Misericórdia, gentileza,
Abraão (conhece Abraão?),
Água, compartilhar com firmeza,
Incondicionalmente, dar, estendendo a mão...
GEVURÁ
Julgamento, força, grandeza,
Restrição, disciplinador,
Corrige Réssed, avareza,
Isac, poder, de Réssed moderador.
TIFÉRET
Jacó, equilíbrio, beleza,
Que é equilíbrio, entre julgamento
E misericórdia, entre firmeza
E frouxidão, harmonia, não fingimento!
NETZÁ
Vitória sobre limitações,
Eternidade, Moisés, reciprocidade,
Necessidade de ligações,
Lado direito do cérebro, criatividade.
HÓD
Glória, esplendor, Aarão,
Perna esquerda, cientista,
Lógico, matemático, materialização,
Humildade, futurista?
IÉSOD
Fundamento, reservatório gigante,
José, órgãos sexuais, betoneira
Enormíssima, obra distante
E próxima, terra, namoradeira?
KETER
Restrição, potência, semente,
Pensamento, iod, J, toda informação
Do passado, futuro e presente,
Fonte, origem de toda a formação.
RORREMÁ
Pai universal, toda a luz, inconsciente,
Toda a sabedoria, intuição, cérebro direito,
"estalo", "clik", criatividade, recipiente
primeiro, enciclopédia, dito e feito.
BINÁ
Mãe universal, topo da coluna esquerda, geradora
De energia cósmica; raciocínio e manobra?
Que dá forma á ideia iniciadora;
Unida a Rorremá passam à obra.
RÉSSED
Misericórdia, gentileza,
Abraão (conhece Abraão?),
Água, compartilhar com firmeza,
Incondicionalmente, dar, estendendo a mão...
GEVURÁ
Julgamento, força, grandeza,
Restrição, disciplinador,
Corrige Réssed, avareza,
Isac, poder, de Réssed moderador.
TIFÉRET
Jacó, equilíbrio, beleza,
Que é equilíbrio, entre julgamento
E misericórdia, entre firmeza
E frouxidão, harmonia, não fingimento!
NETZÁ
Vitória sobre limitações,
Eternidade, Moisés, reciprocidade,
Necessidade de ligações,
Lado direito do cérebro, criatividade.
HÓD
Glória, esplendor, Aarão,
Perna esquerda, cientista,
Lógico, matemático, materialização,
Humildade, futurista?
IÉSOD
Fundamento, reservatório gigante,
José, órgãos sexuais, betoneira
Enormíssima, obra distante
E próxima, terra, namoradeira?
Sunday, January 11, 2009
VEÍCULO
Entre o céu e a terra,
Contemplando… Fixando,
Meditando, saboreando,
Congregando… Até à Serra.
Montado a perder de vista,
Foros do Arrão: longe, denso;
Perto, por semear. Penso
Que há quem invista.
Tão grande verde círculo
Não há por perto: Galveias
Do outro lado, regresso sem peias
À Origem, Montargil Veículo!
E o azul celeste
Pincelado de branco…
Reencarnado no barranco
Da Albufeira, a Leste!
BOA FADA
Irritados, aborrecidos, zangados,
Irados, com ódio de morte
Contra algum ser, pessoa, sorte…
Faz-nos mais mal a nós do que aos culpados.
Não sejamos uma parede absorvente,
Deixemos que a estupidez, a grande injustiça
Faça ricochete e vá inteiriça
Destruir o diabo que é de tal gente.
E, como para Deus nada
É impossível, quer seja pôr fim
Aos(às) diabos(as), quer, quanto a mim,
Regenerá-los, sejamos mesmo uma boa fada
Que nem absorve, nem faz ricochete
À ganância dos maus e más,
Antes, reduzida a tudo/nada, te regozijarás
Fazendo bem a quem te bate com cacete.
OBJECTIVO
O objectivo é o supremo prazer
De Deus, do bem sem oposto,
Do conhecimento, da vista do Rosto,
Da experiência do ter, do ser, do fazer!
O bem supremo é também a paz:
Gostas de guerra e me provocas,
Mas, terás de ir a outro lado: aqui não tocas
No sítio para isso: só paz me apraz!
Entre o céu e a terra,
Contemplando… Fixando,
Meditando, saboreando,
Congregando… Até à Serra.
Montado a perder de vista,
Foros do Arrão: longe, denso;
Perto, por semear. Penso
Que há quem invista.
Tão grande verde círculo
Não há por perto: Galveias
Do outro lado, regresso sem peias
À Origem, Montargil Veículo!
E o azul celeste
Pincelado de branco…
Reencarnado no barranco
Da Albufeira, a Leste!
BOA FADA
Irritados, aborrecidos, zangados,
Irados, com ódio de morte
Contra algum ser, pessoa, sorte…
Faz-nos mais mal a nós do que aos culpados.
Não sejamos uma parede absorvente,
Deixemos que a estupidez, a grande injustiça
Faça ricochete e vá inteiriça
Destruir o diabo que é de tal gente.
E, como para Deus nada
É impossível, quer seja pôr fim
Aos(às) diabos(as), quer, quanto a mim,
Regenerá-los, sejamos mesmo uma boa fada
Que nem absorve, nem faz ricochete
À ganância dos maus e más,
Antes, reduzida a tudo/nada, te regozijarás
Fazendo bem a quem te bate com cacete.
OBJECTIVO
O objectivo é o supremo prazer
De Deus, do bem sem oposto,
Do conhecimento, da vista do Rosto,
Da experiência do ter, do ser, do fazer!
O bem supremo é também a paz:
Gostas de guerra e me provocas,
Mas, terás de ir a outro lado: aqui não tocas
No sítio para isso: só paz me apraz!
Wednesday, January 07, 2009
RÓRREMÁ
Rórremá, mente pura, não diferenciada,
não quebrada, una, que aprende de todo
o homem, de todo o universo, de toda
a criação, de Deus, até do vil e malvado..
BINÁ
Informar (Biná), delinear: sem informação
não há construção: sem pai e feminino
não há obra, não há filhos: Eloim, construção,
piscina, ideias, entendimento, casa, Firmina...
Vila, cidade, Lomba, barriga, útero, cova,
mulher, razão, ideia, fertilização,
formação: exalta a mulher nova
e a velha: viva a Conceição, nasça a Construção!
Dividir, informar, desenhar, movimentar,
contar, projectar, imaginar, apoiar,
investir, melhorar, selecionar, liderar...
Dar o exemplo, em equipa trabalhar mesmo.
Rórremá, mente pura, não diferenciada,
não quebrada, una, que aprende de todo
o homem, de todo o universo, de toda
a criação, de Deus, até do vil e malvado..
BINÁ
Informar (Biná), delinear: sem informação
não há construção: sem pai e feminino
não há obra, não há filhos: Eloim, construção,
piscina, ideias, entendimento, casa, Firmina...
Vila, cidade, Lomba, barriga, útero, cova,
mulher, razão, ideia, fertilização,
formação: exalta a mulher nova
e a velha: viva a Conceição, nasça a Construção!
Dividir, informar, desenhar, movimentar,
contar, projectar, imaginar, apoiar,
investir, melhorar, selecionar, liderar...
Dar o exemplo, em equipa trabalhar mesmo.
Tuesday, January 06, 2009
Monday, January 05, 2009
Sunday, January 04, 2009
O OUTRO LADO
Um sonho pode ser
bem mais interessante
que real, sem doer
algum, só com prazer!
É o material
espiritual: põe-
te a dormir Quental,
vá lá, te põe!
Dormi e não sonhei,
Joaquim, meu igual,
a quem tudo contei,
mas, voltei sem o mal.
Volto, não ao jornal,
mas aos livros e bons:
Lynn Sparrow: o geral
reencarnar, novos tons,
sonhar bem acordado:
objectivo recordado,
não fazendo errado,
indo p'r'o outro lado!
O outro lado, meu
Deus, somos nós os três:
ela, tu e eu,
um de cada vez.
Um sonho pode ser
bem mais interessante
que real, sem doer
algum, só com prazer!
É o material
espiritual: põe-
te a dormir Quental,
vá lá, te põe!
Dormi e não sonhei,
Joaquim, meu igual,
a quem tudo contei,
mas, voltei sem o mal.
Volto, não ao jornal,
mas aos livros e bons:
Lynn Sparrow: o geral
reencarnar, novos tons,
sonhar bem acordado:
objectivo recordado,
não fazendo errado,
indo p'r'o outro lado!
O outro lado, meu
Deus, somos nós os três:
ela, tu e eu,
um de cada vez.
PREÇOS dos COMBUSTÍVEIS em PORTUGAL
http://www.google.com.br/search?hl=pt-PT&q=pre%C3%A7os+combustiveis+dge
http://www.google.com.br/search?hl=pt-PT&q=pre%C3%A7os+combustiveis+dge
EU SOU...
Ser matéria só com prazer,
é sempre mais espírito ter,
mais trabalho 'spiritual fazer,
menos erros cometer!
Eu sou aquele que sou, consciência
puríssima, prazer indescritível, vidência,
eternidade, reverência, independência...
Dependência, omnipotência, volvência.
A imperfeição, o erro e a maldade
derivam da separação da Divindade.
Têm a mesma origem a dor e a fealdade.
Supremo gozo é material espiritualidade.
Todos podemos até ao mesmo tempo ganhar,
mas, diferentes coisas, pois, é empatar
quando ambos os membros do parganham:
todos podemos ganhar sem parar.
O Objectivo, o Trabalho é, claramente,
diminuir a dor, e, aumentar decididamente
e com todos os seres e inteligentemente,
o bem estar e o prazer de toda a gente.
Ser matéria só com prazer,
é sempre mais espírito ter,
mais trabalho 'spiritual fazer,
menos erros cometer!
Eu sou aquele que sou, consciência
puríssima, prazer indescritível, vidência,
eternidade, reverência, independência...
Dependência, omnipotência, volvência.
A imperfeição, o erro e a maldade
derivam da separação da Divindade.
Têm a mesma origem a dor e a fealdade.
Supremo gozo é material espiritualidade.
Todos podemos até ao mesmo tempo ganhar,
mas, diferentes coisas, pois, é empatar
quando ambos os membros do parganham:
todos podemos ganhar sem parar.
O Objectivo, o Trabalho é, claramente,
diminuir a dor, e, aumentar decididamente
e com todos os seres e inteligentemente,
o bem estar e o prazer de toda a gente.
Saturday, January 03, 2009
.
MONTARGIL... em 1860
.
Escritura de compra e venda de um quinhão da Renda de Nove Alqueires e uma quarta de Centeio imposta na Pernancha de Bacho sita no termo desta Vila, que compra José Prates Nunes, a António Narciso Abrantes e sua mulher, Anna Maria, pela quantia de ……… 44. 400 Réis-----------Siza e addecionais………………………………… …2. 608 Réis
Saibam todos quantos este Público Instrumento de Escritura … de compra e venda virem que no Anno do Nascimento de nosso Senhor Jazus Cristo de mil oito Centos e Sessenta, aos honze dias do mes de Agosto do ditto anno nesta Villa de Montargil, FregueZia de Santo Ildefonso do Concelho e Julgado de de Aviz, e aqui em Escriptorio de mim tabellão comparecerão e forão prezentes de huma pparte como comprador Joze Prattes Nunes, Lavrador e morador no Cazal da Pernancha de Bacho deste mesmo termo e Freguesia e da outra pparte como Vendedores, António Narcizo Abrantes e a Expoza, Anna Maria, moradores na Courella do Zambujal, tambem do termo desta mesma Villa e Freguesia, hum e outro são conhecidos de mim tabelleão que dou fe de serem os proprios e por elles Segundos outhorgantes Vendedores, António Narcizo Abrantes e sua exposa Anna Maria, me foi ditto na prezença das testemunhas no fim deste Instrumento nomeadas e asignadas que eles por Justo Títolo herão Senhores e poçuidores de hum quinhão de Renda de Nove Alqueres e huma quarta annualmente imposta na Herdade da Pernancha de Bacho, cituada no termo desta mesma Vila e Freguezia e esta mesma Renda pertenceo a outhorgante vendedora por falecimento de Sua irmã MariaPor isso elles Vendedores tinhão justo contrato de vender, e com efeito venderão de hoje e para todo sempre, ao primeiro outhorgante Comprador a sobreditta Renda de Nove Alqueires e quarta de Centeio impostos na sobreditta Herdade, os quais se achão livres … não estão sujeitos nem hypotecados a divida alguma nem …legitimas… digo outros intreçados e a dita Herdade aonde a mencionada Renda he emposta confronta pelo Nascente com a Herdade da Pernancha de Sima, e com a Sesmaria das Antas = pelo Norte, com a Herdade do Arrão de Sima e da Pernancha de Sima, pelo Poente, com Herdade do Pego da Caldeira e pelo Sul com a Sesmaria da Machoqueira, e que ma milhor forma de direito? retificão agora esta venda e contracto, para que elle comprador goze por si e seus Herdeiros e suceçores, a mesma Renda de nove Alqueres e quarta de Centeio, do mesmo modo que elles vendedores gozarão o milhor sem direito poder ser? Sendo esta venda efectuada pela quantia sertã de quarenta e quatro mil e quatrocentos Réis em Dinheiro de Metal Sonante livres de … Despezas, cuja quantia eles vendedores declararão perante mim e testemunhas, o terem já recebido da mão do comprador na referida espécie de Metal Sonante, e que por isso por esta escriptura davão eles vendedores ao comprador pllena? e … quitação de paga da prezente quantia, e para nunca mais lhes pedirem conta alguma a tal respeito debacho de pena da Lei, e por … estão sastifeitos (em) embolçados elles vendedores tirão, de … e apartão de si e de seus Hedeiros, e suceçores, o exefruto?, e gozo da ditta Renda dos Nove Alqueres e quarta de Centeio, e por isso ……..a pessoa do Comprador, todo Direito Alçado?, Posse e Domínio que tem e poderão? vir a ter, da mencionada da qual o Comprador poderá thomar Posse Judicial… judicial, e quer a thome ou não lhe a dão já por dada e thomada… e qual se obrigão por Suas pessoas e bens a fazerlhe esta venda boa? Livre e dezembraçada, e a defenderem o Comprador quando elle por algum motivo tenha de os chamar a Authoria para responderem em tudo pelo Direito da Nação. E logo pelo Comprador Joze Prates Nunes, também foi dito que elle fazia a Chitação desta? Compra dos nove Alqueres e quarta de centeio de renda annualmente, emposta na Sobreditta Sua Herdade da Pernancha de bacho como Couza Sua própria, para elle gozar e seus Herdeiros e antes da outhorga desta me foi aprezentado o conhecimento do pagamento da Siza do theor seguinte = Nhum = M. d? B = Districto Admnistrativo de Portallegre, Concelho de Aviz, receita eventual, Metal dois mil trazentos e trinta hum = Nottas ## Total dois mil trazentos e trinta hum = Pagou o Senhor Joze Prattes Nunes, da Freguezia de Montargil, a quantia de dois mil trazentos e trinta hum Reis, prvenientes de cinco? por cento Adecionais pela Compra que foi de hum … de Renda de nove Alqueres e huma quarta de Centeio annualmente emposta, na Herdade da Pernancha de Bacho da mesma Freguesia, a António Abrantes e Sua mulher, também … Montargil = pela quantia de quarenta e quatro mil e quatrocentos … Mettal = a qual fica lançada no Livro Competente a folhas … = Recebedoria do Concelho de Aviz cinco de Julho de mil oito centos e sessenta = o Escrivão da Fazenda = Joaquim Maria Nunes = Recebedor? Ignacio Cazemiro Mouratto = Imposto de dês por? … amortização das Nottas = Transporte dois mil trezentos e trinta hum Reis = Nottas = Imposto = duzentos e trinta três … ## = Mettal Tottal = Dois mil quinhentos e sessenta e quatro = Numaro cinco = pagou de sello quarenta Reis = Quatro Reis = de imposto = o Escrivão de Fazenda Nunes = o Recebedor Mouratto = E não continha mais no conhecimento de Siza… Foi esta reciprocamente acceite e outorgada pelo comprador e vendedores, Eu como pessoa Publica também outorguei … em nome dos … e pessoas a quem pertencer vir possa… e foram testemunhas prezentes a todo este Auto = Joze Carlos de Macedo … e morador nesta Villa e Hermenegildo Correia Lavrador e morador no Cazal do Bernardo, também desta mesma Freguesia e todos os três do conhecimento tabelleão que dou fe de serem os próprios e … desta lhes ser a todos Lida por mim Carlos António de Macedo Tabelleão que o escrevi------------------------------------------------------------------------------------------A rogo dos outorgantes e vendedores por me pedirem
António Gil Nunes
Joze Prates Nunes
Joze Carlos de Macedo
Hermenegildo Correia
Fonte: Arquivo Distrital de Portalegre
Fundo: Cartorio Notarial de Ponte de Sôr (Montargil)
Cota: CNPSR03/001/0008, f. 2850
MONTARGIL... em 1860
.
Escritura de compra e venda de um quinhão da Renda de Nove Alqueires e uma quarta de Centeio imposta na Pernancha de Bacho sita no termo desta Vila, que compra José Prates Nunes, a António Narciso Abrantes e sua mulher, Anna Maria, pela quantia de ……… 44. 400 Réis-----------Siza e addecionais………………………………… …2. 608 Réis
Saibam todos quantos este Público Instrumento de Escritura … de compra e venda virem que no Anno do Nascimento de nosso Senhor Jazus Cristo de mil oito Centos e Sessenta, aos honze dias do mes de Agosto do ditto anno nesta Villa de Montargil, FregueZia de Santo Ildefonso do Concelho e Julgado de de Aviz, e aqui em Escriptorio de mim tabellão comparecerão e forão prezentes de huma pparte como comprador Joze Prattes Nunes, Lavrador e morador no Cazal da Pernancha de Bacho deste mesmo termo e Freguesia e da outra pparte como Vendedores, António Narcizo Abrantes e a Expoza, Anna Maria, moradores na Courella do Zambujal, tambem do termo desta mesma Villa e Freguesia, hum e outro são conhecidos de mim tabelleão que dou fe de serem os proprios e por elles Segundos outhorgantes Vendedores, António Narcizo Abrantes e sua exposa Anna Maria, me foi ditto na prezença das testemunhas no fim deste Instrumento nomeadas e asignadas que eles por Justo Títolo herão Senhores e poçuidores de hum quinhão de Renda de Nove Alqueres e huma quarta annualmente imposta na Herdade da Pernancha de Bacho, cituada no termo desta mesma Vila e Freguezia e esta mesma Renda pertenceo a outhorgante vendedora por falecimento de Sua irmã MariaPor isso elles Vendedores tinhão justo contrato de vender, e com efeito venderão de hoje e para todo sempre, ao primeiro outhorgante Comprador a sobreditta Renda de Nove Alqueires e quarta de Centeio impostos na sobreditta Herdade, os quais se achão livres … não estão sujeitos nem hypotecados a divida alguma nem …legitimas… digo outros intreçados e a dita Herdade aonde a mencionada Renda he emposta confronta pelo Nascente com a Herdade da Pernancha de Sima, e com a Sesmaria das Antas = pelo Norte, com a Herdade do Arrão de Sima e da Pernancha de Sima, pelo Poente, com Herdade do Pego da Caldeira e pelo Sul com a Sesmaria da Machoqueira, e que ma milhor forma de direito? retificão agora esta venda e contracto, para que elle comprador goze por si e seus Herdeiros e suceçores, a mesma Renda de nove Alqueres e quarta de Centeio, do mesmo modo que elles vendedores gozarão o milhor sem direito poder ser? Sendo esta venda efectuada pela quantia sertã de quarenta e quatro mil e quatrocentos Réis em Dinheiro de Metal Sonante livres de … Despezas, cuja quantia eles vendedores declararão perante mim e testemunhas, o terem já recebido da mão do comprador na referida espécie de Metal Sonante, e que por isso por esta escriptura davão eles vendedores ao comprador pllena? e … quitação de paga da prezente quantia, e para nunca mais lhes pedirem conta alguma a tal respeito debacho de pena da Lei, e por … estão sastifeitos (em) embolçados elles vendedores tirão, de … e apartão de si e de seus Hedeiros, e suceçores, o exefruto?, e gozo da ditta Renda dos Nove Alqueres e quarta de Centeio, e por isso ……..a pessoa do Comprador, todo Direito Alçado?, Posse e Domínio que tem e poderão? vir a ter, da mencionada da qual o Comprador poderá thomar Posse Judicial… judicial, e quer a thome ou não lhe a dão já por dada e thomada… e qual se obrigão por Suas pessoas e bens a fazerlhe esta venda boa? Livre e dezembraçada, e a defenderem o Comprador quando elle por algum motivo tenha de os chamar a Authoria para responderem em tudo pelo Direito da Nação. E logo pelo Comprador Joze Prates Nunes, também foi dito que elle fazia a Chitação desta? Compra dos nove Alqueres e quarta de centeio de renda annualmente, emposta na Sobreditta Sua Herdade da Pernancha de bacho como Couza Sua própria, para elle gozar e seus Herdeiros e antes da outhorga desta me foi aprezentado o conhecimento do pagamento da Siza do theor seguinte = Nhum = M. d? B = Districto Admnistrativo de Portallegre, Concelho de Aviz, receita eventual, Metal dois mil trazentos e trinta hum = Nottas ## Total dois mil trazentos e trinta hum = Pagou o Senhor Joze Prattes Nunes, da Freguezia de Montargil, a quantia de dois mil trazentos e trinta hum Reis, prvenientes de cinco? por cento Adecionais pela Compra que foi de hum … de Renda de nove Alqueres e huma quarta de Centeio annualmente emposta, na Herdade da Pernancha de Bacho da mesma Freguesia, a António Abrantes e Sua mulher, também … Montargil = pela quantia de quarenta e quatro mil e quatrocentos … Mettal = a qual fica lançada no Livro Competente a folhas … = Recebedoria do Concelho de Aviz cinco de Julho de mil oito centos e sessenta = o Escrivão da Fazenda = Joaquim Maria Nunes = Recebedor? Ignacio Cazemiro Mouratto = Imposto de dês por? … amortização das Nottas = Transporte dois mil trezentos e trinta hum Reis = Nottas = Imposto = duzentos e trinta três … ## = Mettal Tottal = Dois mil quinhentos e sessenta e quatro = Numaro cinco = pagou de sello quarenta Reis = Quatro Reis = de imposto = o Escrivão de Fazenda Nunes = o Recebedor Mouratto = E não continha mais no conhecimento de Siza… Foi esta reciprocamente acceite e outorgada pelo comprador e vendedores, Eu como pessoa Publica também outorguei … em nome dos … e pessoas a quem pertencer vir possa… e foram testemunhas prezentes a todo este Auto = Joze Carlos de Macedo … e morador nesta Villa e Hermenegildo Correia Lavrador e morador no Cazal do Bernardo, também desta mesma Freguesia e todos os três do conhecimento tabelleão que dou fe de serem os próprios e … desta lhes ser a todos Lida por mim Carlos António de Macedo Tabelleão que o escrevi------------------------------------------------------------------------------------------A rogo dos outorgantes e vendedores por me pedirem
António Gil Nunes
Joze Prates Nunes
Joze Carlos de Macedo
Hermenegildo Correia
Fonte: Arquivo Distrital de Portalegre
Fundo: Cartorio Notarial de Ponte de Sôr (Montargil)
Cota: CNPSR03/001/0008, f. 2850
Subscribe to:
Posts (Atom)