BRANQUÍSSIMA LUZ
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Oh pequena dor:
Tu és quem impedes
Dor maior: se for
Amigo, não fedes.
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O que nós julgamos
Que a nós patrão
Nega, nós estamos
Negando ao patrão.
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A acção humana
Inspirada não
É menos, oh Ana,
Que natural cão.
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Isolar nós não
Podemos ninguém
Nem nada, pois, vão
Tal é, dor contém.
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No ponto de dor
E no de prazer,
Amigo doutor,
Está vero Ser.
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O que eu te dou
Tu me dás de volta:
Muito rico sou;
E, quem prende, solta!
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Comemos, comidos
Somos, e, talvez
Não: juizes idos
São talvez, talvez...
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Um vislumbre é
A pequena luz
Da fresta: Deus é
Branquíssima luz.
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