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SERENA
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Totalmente serena,
Mas não morta, parada,
Medita a bela Helena,
Consciente, inspirada.
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A si própria ligada,
E ao profundo Ser,
É maior que entronada
De Tróia: sem se perder.
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No meio de estridentes
Ruídos, oh Gaudêncios,
De velhas guerras, entes
Serenos ouvem silêncios!
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E, ficam sem pensar,
Helena, serenamente
Atentos... Te libertar
Vão d' agitação, mente.
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Que brisa tão tranquila,
E tão enraizada
Aquela bela vila
De paz, no ser, Ada!
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E aqueles sobreiros,
E a grande azinheira,
Também os castanheiros...
Que serenos, Machoqueira!
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E ficas mui serena,
Helena: cessa guerra,
Dor fica mui pequena,
Somos unos na serra
.
Com todos que percebemos
Nesta serenidade:
Vero amor vertemos,
Amor de qualidade!
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