Saturday, March 29, 2008

DEUS

Thuan – “… No fim de contas, se se afastam o acaso e a teoria dos universos paralelos e postula a existência de um só universo – o nosso – penso que é preciso apostar, como Pascal, na existência de princípio criador.
Mathieu – Muito bem. Examinemos este princípio. Antes de tudo, será que ele pressupõe uma vontade de criar?
Thuan – Esse princípio terá regulado as constantes e as condições iniciais para que conduzissem a um universo com consciência de si mesmo. Chamemos-lhe Deus ou não. Para mim, não se trata de um deus personificado, mas de um princípio panteísta omnipresente na natureza. Einstein caracterizou-o assim: «é certo que a convicção – parecida com o sentimento religioso – de que o mundo é racional ou, pelo menos, inteligível, está na base de todo o trabalho científico mais elaborado. Esta convicção constitui a minha concepção de Deus. É a de Espinoza».”

Fonte: pg. 64 de: “O Infinito na Palma da Mão”, de Mathieu Ricard e Xuan Thuan, da casadasletras, da Eitorial Notícias, Lisboa

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