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AQUELE NÃO SEI QUÊ MISTERIOSO
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"Todo o ser humano - seja ele imperador ou cowboy, princípe ou pobre, filósofo ou escravo - possui um não sei quê misterioso que não compreende nem controla. Algo que pode jazer adormecido por tanto tempo que quase cai no esquecimento; que pode estar tão reprimido que é julgado morto. Porém, numa noite em que a pessoa se encontra só no deserto, sob um céu semeado de estrelas; num dia em que se ergue, a cabeça inclinada, os olhos enevoados de lágrimas, junto a uma sepultura aberta; ou num momento em que se agarra com desesperado instinto à amurada húmida de um barco batido pela tempestade; eis que subitamente, vindo das profundezas esquecidas do seu ser, esse não sei quê misterioso dá um salto em frente. Ultrapassa o hábito; afasta a razão e, com uma voz que não admite recusas, grita as suas interrogações e as suas preces."
De: Bruce Barton, citado por J. Vitale em: "O Factor Atracção", pg. 122, da Lua de Papel, Lisboa.
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