Tuesday, May 22, 2012

Quando há amor não 
há nem eu 
nem sensação 
de empenho, de esforço.
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Quando vemos que o eu, no sentido de buscar 
poder e autoridade é o mal, todo o mal,
somos tentados a lutar
para eu dissolver, mas, isso é ainda eu reforçar.
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Criar também  não tem nada a ver
com o eu: mente quieta
é que é o estado de ser
em que criação pode acontecer.
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Coisas só melhoram quando cessa 
todo o vir a ser, todos os ideais, toda a comparação,
todos os objetivos e toda a condenação,
o que é do eu, do sofrimento e do mal a cessação.
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Querermos ser o que não
somos é estupidez, é morte,
é conflito e aflição: o ideal é uma projeção
do que somos, por mais diferente que aparente ser.
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O oposto é uma extensão, uma continuação
do que é. Por exemplo, a não violência
não é paz, é ainda violência,
por mais subtil que seja.
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A não violência é também ilusão
e falsidade, sendo desintegração
a luta pelo falso, pela ilusão.
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Já tomar consciência da partida que a mente
pregou a si própria é o triunfo
do que é, que é a plenitude da verdade,
do momento, da realidade.

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